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    『 Tradutor: Crimson 』


    O enorme tronco preenchia completamente o interior da barreira.

    Era como se um gigantesco pilar estivesse erguido até o céu.

    Não, para ser preciso… era mesmo um tronco.

    O tronco da Árvore Divina.

    Um equipamento exclusivo de Goshogawara, feito a partir de um galho da Peônia.

    Um esmagamento simples, porém poderoso, baseado em sua capacidade de estender-se e aumentar de tamanho.

    Visto de cima, provavelmente parecia um enorme carimbo sendo pressionado contra o chão.

    “Haa… haa… será que deu certo…?”

    No topo do tronco, Goshogawara observava o que acontecia lá embaixo.

    A altura do tronco chegava a cerca de 100 metros — comparável a uma famosa estátua de Buda.

    “A barreira… não quebrou, né…?”

    Ele olhava preocupado, mas não havia sinal de ruptura na barreira erguida pelo Rei do Mar, Shuram.

    A barreira bloqueava o Esquadrão Avançado, mas permitia a passagem de habitantes locais e monstros.

    Essa mesma regra se aplicava a armas e ataques.

    O tronco de Goshogawara atravessara a barreira sem resistência e atacara o interior livremente.

    “Goshogawara-saaan! Deixe o tronco assim por enquanto!”

    “Entendidooo!”

    Ele respondeu ao ouvir o grito de Aivar vindo lá de baixo.

    Precisavam gritar — àquela altura, uma voz normal não alcançaria.

    “… Se tudo der certo, talvez consigamos manter o alvo imobilizado.”

    Se possível, não quero matar ninguém.

    Mesmo o Esquadrão Avançado, que veio aqui para nos matar… esse era o verdadeiro sentimento de Goshogawara.

    “Se conseguíssemos levar isso para uma conversa…”

    “Se conseguissem, o que aconteceria?”

    “Hã…?”

    ZUN — algo atravessou o coração de Goshogawara.

    Era uma lança vermelha.

    Ele encarou, atônito, a ponta que perfurava seu próprio peito.

    “… Um golpe impressionante. Um esmagamento por pura massa, absoluto. Qualquer um, exceto eu, teria sido derrotado sem saída… Eu admito, irmão. Eles são fortes. E eu estava errado.”

    “Hã… e…?”

    A lança foi puxada de volta, jorros de sangue explodiram do peito de Goshogawara, caindo como chuva.

    E então, dos domínios internos do tronco — de dentro da própria madeira — Beld emergiu aos pés dele.

    “Goshogawara-san!”

    Aivar gritou.

    Os outros observavam a cena em completo choque.

    “… Então, se eu passar pelo interior da arma — pelo interior do tronco — consigo atravessar a barreira…”

    “Aparentemente, a característica da Árvore Divina… a característica da Peônia e a do Rei do Mar não combinavam muito bem. Estão se anulando mutuamente… Um defeito que teriam percebido se tivessem mais tempo. Graças a isso, consegui atravessar a barreira.”

    A figura que apareceu estava em frangalhos, coberta de sangue. O braço esquerdo estava torcido para um lado impossível, e um dos olhos havia sido esmagado. Mesmo assim, a aura de batalha em seu corpo não demonstrava o menor enfraquecimento.

    “Agora, vamos começar… uma luta de matar ou morrer, com tudo o que temos.”

    Tendo escapado da barreira e recuperado sua liberdade, a lança de Beld avançou contra Aivar e os outros.


    Enquanto isso, Nishino e os demais continuavam atacando à distância do lado de fora da barreira.

    Mas os resultados estavam longe do ideal.

    Mesmo o disparo mais forte de Ichinose não conseguia causar dano algum em Gashmash e Reald — os dois membros do Esquadrão Avançado.

    “Tsc, que ataques michurucas. Ei, entrem logo aqui! Vamos resolver isso no mano a mano!”

    Reald provocava, mas Nishino e os outros não se moviam.

    Nishino apenas reunia informações com calma, analisando a situação — ou seja, a diferença de força entre ambos os lados.

    Que droga… não dá. Não importa o que façamos, não temos como vencer esses caras do jeito que estamos.

    Por mais que tentasse, a conclusão era sempre a mesma.

    Derrota. Só essa palavra.

    O grandalhão é o Reald, o magricelo é o Gashmash… Certo. Já consigo entender mais ou menos as habilidades deles. Reald luta no corpo a corpo, usando o punho fortalecido. Em contraste, Gashmash usa magia à distância — especialmente ataques de “gelo”.

    Reald bloqueou os disparos de Ichinose com os punhos; Gashmash, com paredes de gelo.

    E nenhum dos dois se deu ao trabalho de desviar dos outros ataques.

    Balas da força de autodefesa, bombardeio, gás venenoso — tudo inútil.

    A única vez que mostraram alguma reação foi contra os tiros de Ichinose.

    E mesmo assim sem sofreram um arranhão.

    Obviamente, meu “Comando” também não vai funcionar. A diferença de nível é grande demais. Talvez, só talvez, tivesse algum efeito se estivessem à beira da morte…

    Nishino olhou de relance para Rikka.

    Nem mesmo a Rikka em sua forma Oni conseguiria enfrentar aquele brutamontes. A diferença de atributos é absurda. Provavelmente, em atributos puros, ele supera até a Ribel ou aquele tal de Glenn que apareceu primeiro. Se ainda usar habilidades de reforço… é impossível lidar com esse cara.

    “Cara… que situação…”

    Quanto mais pensava, mais desesperadora a situação parecia.

    Então o que fazer? Desistir?

    A resposta — claro — era não.

    “Vamos fazer isso…”

    Eles já haviam superado o desespero muitas vezes antes.

    “Pessoal, tenho um plano. Escutem bem.”

    Eles iriam mostrar a esses caras.

    Que as pessoas deste mundo — não são fracas.

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