Capítulo 13 – Entre chamas
Com as bolas de fogo se aproximando rapidamente, Akemi sentia a energia voltando a fluir em suas veias. Seu coração acelerava, um tambor enlouquecido que tremia todo o seu ser. Sua pele formigava intensamente, alguns músculos imploravam por movimento.
As chamas estavam prestes a atingi-lo, mas, mesmo tentando se manter alerta, o desespero por não saber o que fazer tomava conta do pobre garoto.
“Não tem pra onde ir! E-eu vou…”, a hesitação em agir tornou o fogo inevitável “… morrer?”
Wooffff!
As chamas acertaram Akemi diretamente, cobrindo-o por completo.
Ninguém sabia o resultado, até que…
— Uh?! É O QUÊ???!!! — Nihara estava incrédulo com o que via.
No momento em que o fogaréu se dissipou, para a surpresa de todos, o atingido surgiu ainda de pé, com os braços protegendo o rosto.
Ao perceber que estava consciente, Akemi abaixou os braços e olhou para o próprio corpo, tentando entender o que acontecia. Não havia nenhuma queimadura ou ferida.
— Ei! Como você está de pé?! Eu te acertei em cheio! — indagou Nihara, furioso.
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— E-eu não sei! Eu…
— Até suas roupas estão ilesas! Que p#rra é essa?!
Em gestos pedindo calma, Akemi tentava conter o adversário irritado. — Ei, espera! Não precisamos lutar assim! A gente po-
— NÃO FALE COMIGO!!! — Nihara foi subitamente envolvido por uma aura vermelha erguida ao seu redor como uma chama viva. Ele rapidamente lançou os braços para trás, inclinou o corpo para frente, fixou o olhar no chão, ergueu os calcanhares, e em questão de instantes, impulsionou-se na direção de Akemi, voando baixo a uma velocidade assustadora com o uso de poder de fogo.
Ffu-woooffff!
Akemi só podia arregalar os olhos em puro choque. Reagir àquela investida? Certamente era pedir o impossível… especialmente para alguém como ele, um novato absoluto no mundo das lutas, ainda mais nas lutas áuricas, onde o limite dos triviais eram definitivamente inexistentes.
Nihara avançou no ar como um predador certeiro, e antes que Akemi pudesse sequer tentar uma defesa, usou todos os requintes de crueldade para com uma mão agarrar a cara do rival e o derrubar contra o chão, tratando-o como nada além de um mero boneco de pano descartável.
O impacto lembrou o bater de um grilhão de ferro, levantando poeira de cinzas. Uma pequena cratera no chão se formou atrás da cabeça do derrubado; um pouco de sangue escorreu pela área atingida.
— Hmm, você é à prova de fogo, mas não de uma boa mãozada. É bom saber disso! — Com um semblante dominador, Nihara retirou a mão e flagrou olhos lacrimejantes carregando medo, desespero e angústia. — Ainda está vivo… Argh! Tenho que acabar logo com isso!
— Po-por favor… n-não… não me mate… — implorou Akemi, com a voz entrecortada pela dor aguda que martelava sua cabeça.
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— Aaah! Que cara patético! — Sem compaixão, Nihara encobriu uma mão em chamas, e exalando um ódio inexplicável, preparou o soco final — achei que teria ao menos uma mísera diversão, mas a ASA não merece seres imundos como você!
— P-por favor…
— Morra.
Fu-wof…!
No entanto…
Quando estava prestes a ser golpeado, faíscas surgiram do corpo de Akemi.
Fzzzt-BOOOOM!
Uma explosão elétrica irrompeu entre os dois combatentes.
Nihara foi lançado como um foguete, subindo a uma velocidade alucinante até chocar a cabeça contra o teto da redoma. A brutalidade do impacto deixou uma mancha de sangue na superfície transparente.
O despenco veio logo depois, uma certa moleza naquele corpo jovem destacava uma provável inconsciência. Quando o solo foi atingido, ergueu-se no ar uma densa fumaça formada pelo poder de fogo, dificultando a visão e aumentando a tensão na arena.
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A plateia na arquibancada testemunhava a cena, confusa.
No chão, Akemi também viu seu adversário sendo isolado. Com o corpo quente, cheio de energia, ele tentou ficar de pé. “O-o que foi… isso?” Quando se levantou, sua aura amarelada emergiu de forma grandiosa, superando até mesmo a de Nihara. — … Ai! — Ao sentir uma pontada atrás da cabeça e massagear a área dolorida, Akemi viu suas mãos banhadas de sangue.
A eletricidade pulsava forte, mas a mente de seu dono estava desorientada. Aquele poder, mais do que nunca, tornou-se um enigma de algo incontrolável.
“Não consigo ver nada por causa dessa fumaça… E aquela mancha no teto… Eu… Eu feri alguém? E-eu feri alguém?! Como eu poderia ferir uma pessoa?! Ainda mais da mesma pátria! E-eu não queria fazer isso! Essa aura… É tudo culpa dessa maldita aura! Não, não, não, eu não posso viver com isso!”
Akemi virou o olhar para a plateia e viu uma mistura de emoções nos espectadores; alguns pareciam animados, outros, chocados. Ao lado direito dele, grande parte da família Miyazaki parecia estressada com a queda de Nihara.
Entre os membros da família de fogo, estava um casal em pé, gritando, a preocupação claramente era com o garoto caído sob as cinzas.
Novamente, a atenção de Akemi foi para a realçada no trono, que o encarava com um olhar curioso. Apesar daquilo, o jovem Aburaya sentiu sua angústia sendo percebida pela garota, supondo que ela compreendia que ele não desejava estar naquela situação.
À medida que o tempo avançava inexoravelmente, uma cena intrigante tomava o foco de todos. De entre a densa névoa cinzenta envolvendo a arena, uma silhueta escura se levantava. Parecia ser Nihara Miyazaki quem se aproximava; o seu redor vibrava com a aura vermelha em fúria.
Todos se impressionaram pelo rapaz ígneo de pé…
Nihara continuava entre as fumaças, envenenado pela raiva e inveja. — O que diabos é você?! Como um perdedor possui uma aura tão forte?! Isso não faz sentido!
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— Foi um acidente! Eu não queria te machucar!
— Não queria me machucar?! OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ!!!
A fumaça diminuiu, revelando Nihara em sua totalidade. O sangue escorria da testa, tampando o olho azul direito com um forte tom de vermelho escuro, enquanto o cabelo desgrenhado dava uma aparência ainda mais selvagem.
A aura vibrava como uma chama indomável, não deixando a determinação e a raiva diminuírem.
— Não fui eu quem fez isso! Por favor, calma!
Rangendo os dentes e com uma das mãos em chamas, Nihara perdia a paciência diante das respostas vacilantes, sua fúria crescia ainda mais nos gestos. — Vai ficar tirando sarro de um Miyazaki enquanto luta até a morte?! Acha mesmo que pode esbanjar essa aura assim na minha cara?! Vou te fazer respeitar a mim, e principalmente, a minha família!
“Ele tá vindo de novo…” Com a presença de sua aura e ainda sentindo a energia pulsar, Akemi respirou fundo e tentou controlar as emoções, afastando o medo e a incerteza. “Não tenho escolha, terei que enfrentá-lo!”
Para mais uma investida, Nihara se lançou, suas chamas pareciam queimar ainda mais.
Ffu-woooofffff!
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“Não… Não tem como, é muito rápido!” Por novamente não saber o que fazer, o coração de Akemi disparou, e sua cara se contorceu pela surpresa e medo, vendo-se incapaz de lidar com o ataque avassalador.
Apesar de notar sua energia aumentar a cada milissegundo, ele permaneceu paralisado no mesmo lugar, sem nenhuma alteração em seu rosto assustado.
No meio do ar, Nihara projetou uma voadora com seus dois pés flamejantes, destinados a atingir o braço de seu alvo. — PREPARE-SE PARA MORRER!!!
Quando estava prestes a ser acertado, Akemi instintivamente se esquivou para o lado num piscar de olhos.
Nihara passou direto. Faíscas elétricas e chamas voaram pelos ares.
“O que foi isso? Meu corpo… se mexeu sozinho…?” O jovem Aburaya sentiu seu corpo ser impulsionado por conta própria, mas antes que percebesse, seu oponente voltou rapidamente para atacar com um soco em chamas.
Não havia como Akemi desviar; ainda estava desequilibrado da última esquiva, resultado de um erro técnico decorrente de sua inexperiência em combate.
Vendo a brecha, Nihara tentou desferir um soco veloz, mas à medida que seu punho se aproximou do rosto do oponente, uma pequena esfera de energia rompeu-se em eletricidade. — Arg! — Ele cambaleou para trás, segurando a mão direita afetada; a determinação era o que o mantinha de pé. — Por que eu não consigo te acertar com fogo?!
Akemi estendeu as mãos para frente em um pedido de trégua. — Ei, chega! Não precisamos nos machucar mais!
— Do que você está falando?! Cale a boca! Não quero te escutar, que voz irritante!
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Com um olhar feroz, Nihara avançou com as mãos envoltas em chamas, cada movimento vinha de uma fúria indomável. Ele saltou para frente e desferiu um soco flamejante.
Akemi, guiado por um instinto desesperado, ergueu os braços sobre o rosto, esperando se proteger do impacto devastador. Então, como se respondesse ao seu clamor, uma barreira elétrica amarelada emergiu ao seu redor.
O soco de Nihara atingiu a defesa, que mesmo trêmula, cintilava como um campo de energia instável, cercando Akemi em um casulo protetor.
“A minha aura… fez isso…?”
— Argh! Chega desses seus truquezinhos! Me enfrente! — Ainda mais furioso, Nihara não interrompia os ataques.
O som dos frenéticos socos em chamas contra a barreira era amedrontador, cada golpe liberava uma onda de calor abrasadora.
O fogo encontrava a eletricidade, e faíscas voavam em todas as direções, iluminando o combate com um forte brilho alaranjado…
“Essa barreira… não vai durar muito tempo. O que eu faço?!”
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