Índice de Capítulo

    Izumi adentrou a fortaleza e deparou-se com dois corredores, um à esquerda e outro à direita. Sem hesitar, escolheu o caminho da direita, onde a presença demoníaca era mais intensa. Avançou sem demora, eliminando os inimigos um a um, até que, de repente, interrompeu seus passos.

    Os seus corpos…

    Ele mal pôde acreditar no que via. Ao cortar aqueles seres, seus corpos simplesmente desapareciam, como se nunca tivessem existido. Considerou absorver a energia negativa deles, mas desistiu da ideia para evitar acumular mais dessa força sombria.

    Diante de uma das portas no corredor, arrombou-a e encontrou mais demônios avançando com armas e flechas. Todos tinham formas humanas e uma aparência surpreendentemente semelhante.

    A energia negativa no centro da fortaleza era inconfundível, mas decidiu eliminar cada inimigo antes de seguir até a fonte principal. De corredor em corredor, de quarto em quarto, aniquilou todos pelo caminho. Ao concluir a chacina, avançou pelo corredor central, onde uma porta de tamanho imponente surgiu diante dele.

    Ele reduziu a porta a pedaços e atravessou a entrada. Enquanto avançava, observou estátuas de diversas figuras espalhadas ao redor. No fundo do salão, um casal ocupava o trono. Eram quase idênticos, diferenciando-se somente pelo corte de cabelo e pelo gênero.

    A mulher exibia traços delicados, enquanto o homem possuía uma postura imponente. Ambos tinham cabelos verdes, pele parda e olhos que brilhavam na escuridão. Por um instante, Izumi considerou a possibilidade de aqueles demônios não serem verdadeiramente destemidos, ao menos em comparação com Camion.

    No entanto, ao lembrar-se de Aaron, um deles, apesar da reputação, não era tão poderoso, tudo começou a fazer mais sentido. Quando Ui e os demais chegaram, o interesse de Izumi por aqueles oponentes enfraqueceu, pois pareciam inferiores ao esperado.

    Dam ao ordenar que matasse os gêmeos, a vontade dele diminuiu ainda mais. Desejava eliminá-los, mas fazê-lo naquele momento significaria obedecer a um humano, algo que não toleraria.

    Assim que os inimigos lhe deram as boas-vindas, a escuridão começou a se espalhar. Os pés do homem no trono escureceram, acumulando energia negativa, e o piso ao redor seguiu o mesmo efeito. A mão da mulher refletiu a mesma transformação e impregnou no apoio de braço do trono.

    — Eu sou Léo — declarou, enquanto demônios surgiam do piso, como se o próprio chão os tivesse invocado.

    — Eu sou Loi — afirmou, enquanto demônios emergiam do apoio de braço, uma aparição assustadora.

    — E juntos, somos os Destemidos Gêmeos! — declararam em uníssono, enquanto os invocados se lançavam sobre Izumi.

    Ele ativou instantaneamente “Super Speed Brute Force Cure Iz” e exterminou todos em um piscar de olhos. No mesmo instante, avançou contra os destemidos, encostou a lâmina na cabeça de cada um e retornou à sua posição original.

    Para os presentes, os demônios simplesmente desapareceram no momento do ataque. Surpresos, os gêmeos trocaram olhares antes de se erguerem do trono, assumindo uma postura mais cautelosa.

    — Max, cuidem deles.

    — Então aquele acordo continua de pé? — perguntou, mas Izumi permaneceu em silêncio. — Certo. Idalme e eu cuidamos do homem. Ui e Dam da mulher.

    — Espera! — gritou Dam e apontou sua arma para o mestiço, uma expressão de dúvida e desafio no rosto. — Você não vai lutar?

    Izumi, sem olhar para trás, direcionou sua “Intenção Assassina” exclusivamente para o atirador e afastava-se cada vez mais. Ele não lançou um único olhar para trás, como se aquilo já fosse parte de uma história encerrada.

    Naquele instante, Dam compreendeu a verdade. Izumi nunca teve a intenção de ajudá-lo. Na realidade, jamais quis se envolver em sua causa. Era apenas alguém movido por seus próprios interesses. Desanimado, baixou a arma, resignado consigo mesmo.

    Ui, que estava ao lado, deu uma batida forte nas costas dele e disse:

    — Não se preocupe! — Em seguida, se aproximou da orelha de Dam e sussurrou: — Na verdade, eles fizeram um acordo sobre essa situação.

    — Acordo? — perguntou, curioso e ligeiramente surpreso.

    — Sim. Se os Destemidos forem fracos demais, deixa comigo. Senão, não vou me intrometer na sua luta. Essas foram as palavras do Max.

    — Entendo — respondeu, absorvendo a informação, agora mais tranquilo.

    Dam ainda estava desanimado, mas conseguiu se recompor, embora de forma tímida. Os inimigos, prontos para a batalha, olhavam para Izumi com incredulidade, se perguntando, em silêncio, quem seria aquela pessoa.

    — Irmão, vamos pensar nisso depois.

    — Irmã… sim.

    Logo, todos se posicionaram e atacaram simultaneamente. Léo foi rápido ao atacar Max com um jab, mas ele conseguiu se defender. Contudo, a sequência de ataques ainda não havia terminado. Em um movimento ágil, ele desferiu um direto no rosto do Max, que o desestabilizou.

    Em seguida, um uppercut fez o seu alvo bater no teto e cair de volta ao chão. Léo, sem esperar, girou o corpo e, com um chute poderoso, enviou Max longe. Ele atravessou a porta, rolou pelo corredor até parar e utilizou suas explosões para controlar a queda.

    — Fácil demais! — declarou Léo.

    Idalme, que estava hesitante, percebeu o perigo quando o inimigo a encarou, sorrindo, e se preparou para atacar. No entanto, antes que ele se aproximasse, ela colocou a mão no chão e ergueu uma muralha de chamas, forçando o destemido parar bruscamente.

    Sem hesitar, disparou várias flechas, que atravessaram as chamas e atingiram o peito de Léo. Contudo, o impacto foi inútil, sem causar efeito.

    — Uma usuária de fogo, interessante — disse ele, empolgado, enquanto atravessava a muralha de chamas com facilidade. — No entanto, fogo não funciona contra mim.

    Idalme recuou um passo, como se tivesse encontrado seu inimigo natural. Logo em seguida, Léo a agarrou pelo pescoço e começou a apertar. De longe, Izumi observava, encostado em um canto e sorriu ao ver o sofrimento dela.

    A alegria dele, no entanto, foi interrompida quando Max retornou rapidamente. Com uma voadora certeira, atingiu o demônio na cabeça, fazendo-o voar e bater contra os destroços à frente.

    — Explosões? Também não funcionam comigo — alertou, deslocando o pescoço com um estalo. — No entanto, esse golpe… me doeu um pouco.

    — Idalme, me dê cobertura! — gritou Max e limpou o sangue que escorria da boca.

    Ela, embora hesitante, concordou.

    Na luta entre Loi, Ui e Dam, na primeira investida, a destemida pulou e atingiu o chão com tanta força que ele rachou. Ui se esquivou com facilidade, e Dam só conseguiu desviar por pouco. Ao ver o atirador ao seu alcance, Loi o acertou com um chute meia-lua, fazendo sua cabeça bater violentamente no chão.

    De repente, o demônio começou a gingar e movia-se como se estivesse dançando, balançando os pés para frente e para trás, em perfeita sincronia com as mãos que defendiam seu rosto. Em seguida, levantou as pernas com força e preparou-se para esmagar o pescoço dele com um golpe brutal.

    Com um chute preciso de baixo para cima, Ui interceptou o ataque.

    — Nossa, você é forte! — declarou a destemida, sorrindo.

    — Sim, sou — respondeu, sofrendo um pouco com a dor.

    Logo depois, Loi executou um mortal para trás e continuou com sua ginga impecável. Enquanto isso, Ui ajudava Dam a se levantar, que ainda estava no chão.

    — Você está bem? — perguntou, olhando para ele com preocupação.

    — Sim.

    — Se preparem! — alertou a inimiga, com um olhar desafiador, que já se posicionava para o próximo movimento.

    Ela executou um mortal para frente, seguido de outro para trás, e então saltou alto, girando até parar atrás de Ui e Dam. Com os pés, atingiu-os com força e os fez ser arrastados para frente.

    Os dois rapidamente se recompuseram, se posicionando para continuar a luta. Ui esclamou com determinação:

    — Eu vou segurar ela. Me apoie de longe!

    — Sim! — Dam respondeu com firmeza e recuou para tomar uma posição estratégica.

    Loi correu em direção a Ui e lhe deu uma chapada na cara, seguida de uma armada e um chute meia-lua. Ela se esquivou por pouco, mas o chão de repente se escureceu. Dele, uma mulher-demônio apareceu, segurando flechas nas mãos, e atirou na direção dela.

    Droga, vou ser acertada!

    De repente, seu corpo foi puxado com força para o chão, e o ser invocado desapareceu. A destemida ficou confusa, sem entender o que havia acontecido. Mas logo sentiu uma grande energia ao seu redor, vinda de um corpo surpreendentemente pequeno.

    — Um demônio ajudando uma humana? Interessante — disse Loi, sem parar de gingar.

    — Ui, escuta, vamos lutar juntas. Enquanto eu distraio ela com a minha velocidade, você causa dano — comunicou Ziro rapidamente.

    — Sim — respondeu com determinação.

    — E você, inseto, não se esqueça de apoiar de lá — alertou Ziro para Dam.

    — Não precisa me dizer! — declarou, já se preparando.

    — Interessante… muito interessante! — exclamou Loi, com um sorriso provocador.

    Com um sorriso confiante, voltou a gingar, seus movimentos fluindo com precisão. A expressão em seu rosto deixava claro que algo estava prestes a acontecer. Ao redor, seus adversários se mantinham alerta, mas a atmosfera havia mudado. 

    Com um plano cuidadosamente elaborado, eles se posicionaram, prontos para enfrentar uma luta que agora parecia tomar um rumo imprevisível.

    Apoie-me

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota