38 Resultados com a tag ‘Histórico’
- Capítulo
Capítulo 16 - Liberdade
Tassi mal podia acreditar no que seus olhos testemunhavam. Cada vez que Carlos usava aquele estranho artefato do diabo, um estampido ensurdecedor cortava o ar, seguido por algo invisível que se chocava violentamente contra as barreiras mágicas de Jorge. A velocidade dos ataques era tanta que seus olhos mal podiam acompanhar. Um cheiro de pólvora queimada, metálico e acre, impregnava o ar. De repente, Carlos parou. A arma emitiu um clique seco e ele a jogou no chão. Por um instante, os escudos de Jorge…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 15 - Armas
No engenho de Seu Jorge, os dias se arrastavam num ciclo monótono de sofrimento. O ar pesado e doce do caldo de cana se misturava ao cheiro de suor e terra úmida. O estalido seco dos chicotes ecoava com uma frequência dolorosamente familiar, intercalado com os gritos abafados dos escravizados. Enquanto isso, na casa-grande, o cheiro adocicado e enjoativo da cachaça parecia perpetuar a atmosfera de violência. Carlos mantinha sua rotina: o trabalho exaustivo no canavial sob o sol inclemente e as…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 14 - Papisa - Parte II
O escritório da Papisa Paula era um refúgio silencioso, onde o único som era o sussurro das páginas sendo viradas. O ar carregava o cheiro envelhecido da tinta, do papel antigo e da cera de abelha das velas que iluminavam a pesada escrivaninha de mogno. Sob a luz tremulante, seus dedos deslizavam pelas linhas do relatório do padre Antônio, vindo do engenho de Jorge de Oliveira. Uma passagem em particular prendia sua atenção, descrevendo um escravo que parecia diferente dos demais. Ela ergueu os…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 13 - Papisa - Parte I
O primeiro raio de sol mal havia rompido o horizonte quando Carlos despertou, mas sua mente já estava pesada, revirando a conversa da noite anterior com Tia Vera. A imagem dos olhos vermelhos de Dona Alice e das marcas roxas em seus braços pálidos dançava em sua mente, alimentando um caldeirão de ódio silencioso. O ar úmido e pesado da senzala, carregado do cheiro de suor e terra, parecia ecoar sua impotência. “No fim das contas” pensou, com uma amargura que deixava um gosto amargo na boca…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 12 - Vítima
O sol já se punha, tingindo o céu de laranja e roxo, quando Carlos despertou. Ele havia passado a tarde toda deitado de lado em sua cama de terra batida na senzala. Mesmo com a pomada mágica do padre, uma sensação latejante e quente persistia sob sua pele, uma lembrança dolorosa da manhã. O ar dentro da senzala era pesado, carregado de cheiro de suor e terra. Não conseguira fazer outra coisa a não ser adormecer, e só despertara com o burburinho distante da hora da janta. Esfregou os olhos,…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 11 - Igreja
Carlos, ao ouvir a insinuação de que Pedro poderia ser o dedo-duro, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. O ar abafado da senzala, carregado do cheiro de suor e fumaça, pareceu ficar mais pesado. “Não pode ser ele. O Pedro foi a primeira pessoa que me estendeu a mão aqui.” Pedro se aproximou e sentou-se no meio deles. Seus olhos se voltaram para Tassi, suavizando-se. — Então, como está se sentindo agora que finalmente se livrou daquela máscara horrível? — Estou me…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 10 - Tassi Hangbé
Carlos estava aproveitando seu único dia de descanso na semana para conversar com Tassi e obter mais informações sobre este mundo. O ar dentro da senzala era pesado, carregado do cheiro de corpos suados e da fumaça residual do fogão de lenha. A luz fraca que entrava pelas frestas da madeira iluminava finos flocos de poeira dançando no ar. — Me diga, ser adepto de usar gemas mágicas é algo raro? — perguntou ele, quebrando o silêncio. Tassi suspirou profundamente, e Carlos pôde quase…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 9 - Dia de Descanso
Mais uma vez, o sol nasceu sobre o engenho. Ao contrário dos outros dias, desta vez Carlos acordou com um fio de animação para o trabalho. Ele conseguira convencer o senhor do engenho a comprar armas no dia anterior. Ou seja, só teria que aguentar seus dias de escravo até a próxima visita do comerciante ambulante, no mês seguinte. Claro, tudo dependia de o ambulante conseguir algumas armas e balas. Animado, devorou o café da manhã — se é que se podia chamar aquele punhado de feijão cozido e…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 8 - Um Mundo Livre
Carlos voltou para a senzala depois de uma longa tarde de trabalho na casa-grande. O ar quente e pesado do entardecer carregava o cheiro doce e enjoativo da cana queimada, misturado ao odor de terra molhada. No caminho, sob a luz fraca do crepúsculo, avistou a figura conhecida de Tassi. O rosto dela era parcialmente oculto pela máscara de flandres que cobria a boca, e na testa, uma ferida recente formava a marca cruel de um "F", cicatriz indelével deixada pelo senhor do engenho. Se aproximou com…- 156,0 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 7 - Comerciante
Voltando para o canavial, Carlos se deparou com uma mulher usando uma máscara no rosto e um "F" marcado na testa. Era Tassi, que segurava um cajado de madeira com uma gema marrom incrustada na parte superior e, logo acima, uma pequena gema verde. Lentamente, ela se dirigiu ao meio do canavial e fincou o cajado no chão. Assim que o fez, os pés de cana-de-açúcar começaram a crescer visivelmente, folhas verdes sussurrando ao vento enquanto se erguiam. O aroma adocicado da cana fresca encheu o ar.…- 156,0 K • Ongoing
- Anterior 1 2 3 4 Próximo
