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    Ao ouvir que Tom havia sido acertado, Fernando ficou perplexo, mas não havia muito o que fazer.

    Ele queria poder prestar ajuda na parte de tras, mas não se atrevia a tirar os olhos dos Elfos Negros.

    Ao contar os números dos inimigos, ficou surpreso com o quão pequena era a equipe inimiga, haviam apenas três deles.

    Sem pensar duas vezes lançou outra saraivada de ataques.

    Boom! Boom!

    “Arqueiros e magos, foquem seus ataques neles, não deixem que atirem!” Fernando gritou.

    Seguindo as ordens de seu líder, Louisa, Emily, Lina, Cintia e Kelly disparam ataques sem parar.

    Mesmo que Emily estivesse preocupada com Tom, ela acabou deixando-o aos cuidados de Karol para cumprir sua função.

    Quando Karol se aproximou, viu Tom ajoelhado. A flecha estava atravessada acima de seu peito, na intersecção entre seus músculos. 

    Ao ver isso ela suspirou aliviada. Se a flecha tivesse acertado um ou dois centímetros abaixo, eles não poderiam fazer nada além de vê-lo agonizar até a morte.

    Mas mesmo que não tenha sido um ataque mortal, o local acertado ainda era muito perigoso e sensível. Então ela foi cuidadosa ao deitá-lo no chão, protegido atrás de seus companheiros.

    Noah e Ugo avançaram com seus escudos, protegendo os magos e arqueiros.

    Os Elfos Negros rapidamente recuaram, se abrigando atrás das arvores. Mesmo sendo mais habilidosos no arco e flecha, eles estavam em uma grande desvantagem numérica.

    Fernando aproveitou o momento em que os Elfos se esconderam para remover a flecha presa em seu antebraço. Ao olhar para ela, ficou surpreso, era feita de uma madeira completamente preta e mesmo a ponta de metal era escura.

    Ao ver isso, entendeu porque não conseguiam ver os ataques chegando, as flechas estavam perfeitamente camufladas na escuridão. Finalmente ele percebeu porque Simon estava tão hesitante em enfrentá-los durante a noite.

    Depois de remover a flecha, Fernando olhou friamente em direção aos Elfos Negros. Ele precisava acabar com eles antes que os reforços chegassem. 

    Claramente esse pequeno grupo pretendia apenas atrasá-los. Ele imaginou que já havian enviado alguém ou avisado de alguma forma as tropas principais.

    Tendo se decidido, Fernando rangeu os dentes e deu uma ordem difícil para ele.

    “Lance, Archie , Remir, Leo e Ronald, preciso que vocês chamem a atenção deles.”

    Ao ouvir isso, os cinco ficaram surpresos, avançar contra essas flechas mortais nessa escuridão seria muito perigoso. As chances de serem feridos ou mortos era muito alta. 

    Ronald ainda lembrava que Fernando defendeu um ataque certeiro que atingiria seu rosto momentos antes. Devido a isso ele estava hesitante, mas conhecendo Fernando, sabia que o mesmo deveria ter algum motivo para dar essa ordem.

    Lance olhou para Ronald, e o mesmo assentiu, então ambos avançaram com suas espadas em mãos. Focando-se em proteger sua cabeça e peito, contanto que não recebessem um ataque crítico, as poções de cura poderiam cuidar do resto.

    Leo, Remir e Archie hesitaram um pouco, mas ao ver Ronald e Lance avançando corajosamente, eles deixaram de vacilar e firmaram seus passos logo atrás.

    Vendo um pequeno grupo de humanos vindo em sua direção, ao mesmo tempo que eram bombardeados por magias e flechas, os Elfos Negros perceberam que se não reagissem agora, seriam cercados.

    Swish! Swish!

    Um dos elfos se expôs, atirando contra o grupo que se aproximava.

    “Ugh!”

    Mesmo tentando se proteger, Ronald foi acertado no ombro, a dor era tão intensa que seu rosto ficou pálido, o medo tomou conta de si. Tudo que ele queria era recuar e fugir, mas tendo visto Fernando por tantas vezes avançando contra os inimigos mesmo machucado, ele rangeu os dentes e seguiu em frente.

    Swish!

    Os elfos hora e outra se mostravam para atirar. Mas com o bombardeio de ataques, eles só conseguiam atirar aleatoriamente.

    Swish!

    “Ah!! Poha! Eu sou de mel por acaso?!!!” Ronald gritou quando uma flecha atingiu seu braço que segurava a espada. Ele estava indignado, havia tantas pessoas. Por que só miravam nele?

    Swish!

    De repente, Archie sentiu algo gelado passando por sua bochecha, quando colocou a mão em seu rosto, sentiu algo quente, era sangue. Uma flecha passou raspando por seu rosto!

    Vendo que os humanos não desistiam de vir em sua direção, os elfos se sentiram pressionados.

    “Precisamos fugir, vão nos alcançar!” Uma elfa magra disse.

    “Não! Temos que segurar as tropas humanas aqui! Meu pai logo chegará com as Tropas Valamis!” Um elfo esguio disse.

    “Meu senhor, não há tem-” Antes que a elfa pudesse terminar a frase, sentiu algo atrás de si. Rapidamente largou o arco e sacou uma pequena espada, cortando em direção à sua esquerda.

    Ting!

    Nesse momento, Theodora se mostrou, saindo da escuridão e defendendo o ataque.

    Dois dos três Elfos Negros avançaram em direção a ela. Enquanto o último continuou a atirar flechas nos outros humanos

    Vendo os dois elfos vindo em sua direção, Theodora não recuou, mas sorriu, preparando-se para enfrentá-los de frente.

    Os elfos ficaram surpresos, primeiro por essa mulher humana ter conseguido se esgueirar até eles sem que notassem. E em segundo lugar, por ela se atrever a enfrentá-los de frente. Mesmo que força não fosse o forte de Elfos Negros, eles ainda tinham um talento natural muito superior aos humanos em relação a Agilidade.

    Independente do que fosse, eles planejavam matá-la rapidamente.

    Assim que ambos estavam prestes a cortar em direção a Theodora, um som ensurdecedor soou.

    Boom!

    “Ahhh!!”

    A elfa que estava com a adaga a poucos centímetros do rosto de Theodora, teve sua mão decepada a partir do pulso.

    Um jovem humano com um rosto pálido, uma expressão gelada e uma névoa vermelha envolvendo suas pernas surgiu entre os elfos.

    Sem hesitar, ele chutou o outro elfo. Enquanto Theodora esfaqueou em direção ao elfo que continuava atirando, perfurando sua nuca e matando-o na hora. O elfo confiava tanto em seus dois companheiros, que em momento nenhum virou para trás.

    Ao ver um dos seus sendo morto, o outro elfo que foi chutado pelo jovem humano, arregalou os olhos em choque. Com uma expressão cheia de raiva, ele levantou sua espada curta, mas o jovem humano à sua frente foi mais rápido.

    Ting!

    O Elfo Negro foi jogado de volta ao chão como uma boneca sem vida.

    Fernando olhou friamente para o elfo no chão, então levantou sua Kilrayzer, pronto para tirar sua vida.

    “Não!!! Você não pode! Ele é Helian! Filho de Valeres, o Campeão! Se mata-lo, todo Elfo Negro do Vale das Orquideas irá caça-lo!!” A elfa gritou em plenos pulmões, mesmo ajoelhada com a mão decepada e sangrando, ela não parecia se importar. Tudo que estava em sua mente era salvar o outro elfo.

    Fernando parou por um momento, surpreso com essa elfa gritando. Estava mais surpreso por poder entendê-la, mas não se importou. Ele não tinha intenção de poupar um inimigo que tentou matar ele e seus companheiros.

    Assim que sua espada estava prestes a descer sobre o elfo caído, Theodora segurou seu braço.

    “Você não deve!!”

    Fernando franziu a testa ao ver Theodora o parando. Ele não havia poupado nem os homens de Bob William´s, porque deveria poupar um elfo que o atacou?

    Ela ainda sente simpatia por eles? Se for o caso, isso pode ser problemático. Fernando pensou consigo mesmo.

    Theodora pareceu entender o que se passava em sua mente.

    “Não é o que você está pensando, líder.” Ela explicou com um rosto sério.

    “Se o que essa mulher diz é verdade, matar esse homem é a pior decisão que podemos tomar.”

    Fernando franziu a testa, não entendendo do que ela estava falando.

    Nesse momento, Lance, Ronald e os outros chegaram.

    “Os elfos estão mortos?” Lance perguntou, mas ficou rapidamente perplexo ao ver uma mulher elfa ajoelhada, com a mão decepada.

    “Líder, um Campeão Élfico tem uma posição igual a um General. Valeres é um dos grandes Campeões dos Elfos Negros, se matar seu filho, ele irá nos caçar até Vento Amarelo.” Theodora disse com a voz trêmula, demonstrando que estava assustada.

    Fernando ficou surpreso com isso, mesmo diante de Malik, um Subtenente, ela não havia mostrado um pingo de medo.

    Depois de ouvir isso, ele ficou hesitante.

    “Se não matá-los, irão nos perseguir de qualquer jeito!” Fernando disse com um rosto frio.

    “Não! Se poupar a vida do jovem senhor, garanto que não iremos atacá-los!” A elfa berrou.

    “Avic, pare de fazer promessas para esses humanos, deixe-me morrer como um guerreiro!” O elfo chamado Helian falou.

    Fernando manteve sua espada apontada para o elfo caído. Mesmo a beira da morte, ele continuava encarando-o, com seus olhos negros e expressão orgulhosa.

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