Capítulo 057 – Exploração
A diferença de XP entre Alexander e Ocean normalmente não seria tão pequena para que eles subissem de nível juntos, mas graças à (Árvore da Boa Sorte), eles ficaram bem próximos de subir de nível.
— Ela finalmente irá evoluir novamente — pensou Alexander, animado. — Mas isso também me coloca um cronômetro de 3 dias para obter o máximo de pontos de crescimento possível.
Com esse objetivo em mente, Alexander acelerou ainda mais sua velocidade de limpeza, o que também fez com que ele ficasse mais exposto e sofresse diversos ferimentos, que variavam de leves a profundos.
Alexander suportou a dor de cada um de seus ferimentos sabendo que era por um bom motivo. Mas vendo o número de lesões só aumentar com o tempo, Diana não aguentou mais e tentou fazê-lo parar: — Pare Alexander, você já está cheio de ferimentos. Eu não consigo curar tantos de uma vez.
— Não se preocupe. Eles parecem mais graves do que são — respondeu Alexander, tentando transmitir indiferença às lesões, que apesar de não afetarem seu desempenho, ainda doíam muito.
Sem ter uma maneira eficaz de detê-lo, Diana só pôde morder o lábio de frustração e fazer o possível para curá-lo ainda mais rápido.
Sentindo a aproximação de Diana e Ocean, bem como a intensificação gradual do feitiço de cura sobre seu corpo, Alexander desejou poder parar, pois podia imaginar a quantidade de estresse que a intensificação forçada de um feitiço causava. Mas desta vez ele iria parar, ele não podia parar.
Quando chegaram à porta do BOSS da masmorra, Alexander fez uma pequena pausa para tomar um pouco de ar e para que Diana pudesse terminar de curar seu corpo. Mas, surpreendentemente, ela não precisou de muito tempo, pois ele já estava praticamente bem.
Após confirmar duas vezes que Diana estava bem, Alexander entrou na sala do BOSS. Mas enquanto ele pensava na situação de Diana, Mark e Stella investiram contra o BOSS, que carregava um escudo e uma espada, como o anterior.
[{Guerreiro Undead} – Undead – 2ª Evolução]
O avanço da dupla foi bem sucedido e os deixou orgulhosos. Mark fez frente ao BOSS, se mantendo escudo a escudo com ele, e Stella lhe deu cobertura com algumas |Bolas de Fogo| em sequência. Mas após algum tempo, à medida que começaram a perder o impulso criado pelo choque inicial, a pressão sobre Mark tornou-se cada vez mais insuportável.
Sem entender porque Alexander ainda não os ajudava, Stella começou a olhar em volta e o que viu gelou seu coração. No canto mais distante deles, Alexander, que estava montado em Ocean, prendia Diana com um de seus braços e não parecia ter qualquer intenção de ajudá-los.
Para piorar ainda mais a situação da dupla, seu rosto transmitia uma mensagem clara: “Não era isso que vocês queriam? Então lidem com a bagunça sozinhos… Nós não temos nada a ver com vocês dois.”
Ansiosa, Stella tentou repetidamente se aproximar para tentar argumentar com Alexander, mas a cada passo que dava para se aproximar, Ocean dava dois para aumentar ainda mais a distância entre eles.
Incapaz de alcançá-lo, Stella tentou se concentrar em eliminar o BOSS o mais rápido possível. Mas como os seus feitiços eram abrangentes demais, ela só conseguiu levar Mark à beira do colapso ainda mais rápido.
Ao ver Mark prestes a desabar sob os golpes do BOSS, Stella se desesperou, pois ela seria a próxima a morrer se ele sucumbisse, e ela ainda não queria morrer.
Com lágrimas prestes a irromper de seus olhos, Stella engoliu sua raiva, seu orgulho e sua nobreza para gritar por ajuda: — Pare com isso! Exageramos um pouco, mas não merecemos morrer!… Eu não quero morrer!
Seus gritos foram muito comoventes, mas, infelizmente para ela, a pessoa mais afetada foi Mark, que até então só conseguia imaginar a situação.
O pedido desesperado de Stella assustou Mark e o fez abrir um pouco a guarda, o que culminou nele sendo enviado para trás por um forte chute no estômago.
Vendo a morte iminente de seus companheiros de grupo, Diana começou a lutar ainda mais para se libertar de Alexander e ir ajudá-los, mas a diferença de força entre eles era grande demais.
Alexander, ao contrário de Diana, permaneceu mortalmente indiferente. Mas ele ainda respondeu a Stella: — Parar o quê? Eu não estou fazendo nada com vocês.
— Era meu dever, ou de Diana, ou dos alunos da academia, ou talvez do mundo inteiro, mimar e proteger vocês e eu que não fui informado? — zombou Alexander. — Se for esse o caso, perdoe minha total ignorância.
Ao ouvir a resposta de Alexander, Stella achou que tudo estava perdido e começou a chorar. Mas para sua surpresa, Mark, aquele que ela pensou que não conseguiria se levantar, levantou-se cercado por uma energia cinza e translúcida.
— {Vontade de Ferro}?! — perguntou-se Stella incrédula, como se não estivesse vendo Mark, mas sim a corda que iria impedir que ela caísse no abismo.
Sem tempo para confirmar sua suposição, ou mesmo enxugar as lágrimas do rosto, Stella seguiu Mark, que começou a atacar o {Guerreiro Undead} rindo como um maníaco, para tentar acabar com isso e sobreviver.
Alexander foi o menos surpreso com a energia, pois a notou antes de qualquer um deles, incluindo o próprio Mark. Ele a viu surgir para proteger Mark do chute que o tiraria da luta.
Mesmo com essa reviravolta, Alexander não interveio. Ele apenas soltou Diana e continuou a observar com interesse enquanto pensava: — Parece que o talento dele despertou neste momento de “vida ou morte”. Sua sorte não o abandonou.
Com o aumento de Defesa, Vigor e Força que o talento {Vontade de Ferro} parecia lhe proporcionar, foi a vez de Mark pressionar o BOSS.
As maiores vantagens dos {Undeads}, em equiparidade, contra um humano era não sentir dor e não ter as restrições corporais de autopreservação dos seres vivos. Mas com o despertar do seu talento, Mark superou essas vantagens.
O único problema de Mark era que ele não conseguia causar muito dano. Mas não era algo que ele precisava no momento, pois Stella estava cuidando disso.
Com o passar do tempo, o trio foi se organizando em um bom arranjo para enfrentar o {Guerreiro Undead}. Mark mantinha o BOSS sob controle, Stella causava o dano e Diana curava Mark.
A coesão improvisada deles foi tão boa que eles chegaram um passo mais perto de derrotar o BOSS. Mas quando eles estavam à beira da vitória, duas manchas passaram por eles, uma branca azulada e outra preta acinzentada.
O trio só entendeu o que aconteceu quando era tarde demais. A mancha branca azulada, que era estalactite de gelo, explodiu ao se chocar contra a cabeça do {Guerreiro Undead}, e a mancha mais escura, que era a lança de Alexander, veio logo em seguida e explodiu a cabeça parcialmente congelada do BOSS.
* Ding! *
[Missão Concluída]
Essa ação deixou o trio que estava lutando com um misto de sensações. Alguém roubou a conquista pela qual eles trabalharam tanto.
Como se isso não bastasse, Alexander ainda provocou: — Vocês não precisam me agradecer por ajudá-los. Foi apenas uma simples cortesia minha.
Ao ver alguns rostos hostis lhe encarnando, Alexander usou |Campo da Água|, |Bênção de Mana| e começou a canalizar o |Rajada Elemental da Água| na sua adaga. — Inconformados?… Querem um pedaço de mim?… Me mordam se puderem. Vamos ver quantas rodadas desse feitiço vocês conseguem aguentar.
Naquele momento, Mark e Stella odiavam profundamente Alexander por agir de forma tão dominadora com eles. Mas eles odiavam ainda mais sua incapacidade de fazer algo a respeito, pois sabiam que acabariam mortos em um confronto.
Ao vê-los se resignarem e recuarem, Alexander dissipou seu feitiço e foi pegar sua lança e os itens do baú, pois eles não eram qualquer ameaça para ele.
Mesmo no melhor dia deles, eles não conseguiram derrotar Alexander em um confronto direto. O melhor que eles poderiam fazer, contando com muita sorte e com muito descuido de Alexander, seria forçá-lo a ativar seu talento, mas isso resultaria em morte certa, dentre outras causas, por envenenamento.
Deixando esses seus pensamentos de lado, Alexander disse novamente à “dupla dinâmica” para ir embora, mas eles recusaram novamente, dizendo que queriam mais experiência. Eles até prometeram obedecer desta vez.
Pensando que seria uma pena desperdiçar essa mão de obra neste momento de necessidade, Alexander decidiu explorá-los para limpar as outras {Masmorras Intermediárias} da Cidade Martelo de Ferro mais rápido.
Com o tempo, quando eles pareciam querer desistir, Alexander os provocava para que eles permanecessem movidos pelo orgulho apesar do cansaço.
Sem perceber a tática de Alexander, Mark e Stella foram explorados até que a exaustão total os impediu, o que era até normal. O que realmente surpreendeu Alexander foi Diana, ela não caiu de exaustão com eles.
Com a ajuda deles, Alexander conseguiu limpar as {Masmorras Intermediárias} da Cidade Martelo de Ferro antes do quinto dia de viagem, o que foi muito bom, mas mesmo assim não pôde deixar de provocá-los: — Isso é tudo o que vocês têm? Tão fracos…
Mark e Stella quase enlouqueceram com esta última provocação, mas enquanto pensavam em como combatê-la, Diana começou a curar suas feridas.
— Não é só ele, ela também está de pé. E nos ajudando. — pensou a dupla com gosto amargo na boca. — Será que nós somos tão fracos assim?
Assim que Diana terminou de tratar a dupla, Alexander sorriu reflexivamente para ela e deu um tapinha em sua cabeça como se ela fosse um filhote que tivesse feito um bom trabalho.
Ao perceber que isso podia parecer estranho e/ou ofensivo para ela, Alexander parou, mas ela não lhe pareceu ofendida, apenas um pouco corada.
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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