Capítulo 125 – Planos para o futuro

Ao notar a seriedade da situação, o pai de Diana, que parecia estar pensando em algo durante toda a conversa, quebrou seu silêncio: — Entendi um pouco da sua situação. Mas já que está indo embora, quais são seus planos para o futuro?

— Deixar o Império assim que possível — disse Alexander. — Depois passar algum tempo viajando enquanto fico mais forte para poder me estabelecer em algum reino, de preferência um de Demis ou Dragonewts, quando for forte o suficiente para ser meu próprio apoio.

— Estimo que leve cerca de 3 a 5 anos, mas quando nos estabelecermos, espero que também venham viver conosco, ou pelo menos perto. — explicou. — Prometi à filha de vocês que não haveria mais separação entre o que é meu e o que é dela, então, mesmo que não queiram, vocês também estão, e estarão, inclusos na minha consideração por ela.

— Eu não vou mentir nem tentar enganá-los, nossa jornada pode ser repleta de perigos — continuou ele. — Mas prometo duas coisas: sempre vou protegê-la com todas as minhas forças e não vou fazê-la sofrer intencionalmente.

— Você parece entender bem que essa viagem tem muitos riscos, além de parecer sincero — disse o pai de Diana. — Mas não vou deixá-la ir com você.

— PAI! — protestou Diana.

— … — Mãe de Diana.

— Parece que me entendeu mal. Não estou pedindo a permissão ou benção de vocês, só estou lhes avisando — disse Alexander com calma e suavidade. — Não me importa se é o senhor ou qualquer outra pessoa, nada vai me impedir de levá-la comigo enquanto eu estiver vivo, pois deixá-la não é mais uma opção enquanto ela desejar ficar ao meu lado.

— … — Diana.

— Rsrsrs. — Mãe de Diana

— Boa resposta. Se titubeasse dela tão facilmente, eu certamente não a deixaria ir com você — disse o pai de Diana. — Mas como parece bem assertivo, vou confiar em você… Quando vocês se fixarem, nós nos mudaremos para perto.

— Obrigado pelo voto de confiança — respondeu Alexander — Mas como o dia foi cheio, se isso for tudo, vou encerrar o dia e me deitar.

O pai de Diana então acenou em agradecimento para ele, parecendo entender que Alexander estava saindo para deixá-los ter uma conversa em família.

Ao ver que ele entendeu suas razões, Alexander se dirigiu para o quarto de hóspedes. Mas para surpresa de todos, Diana se levantou, segurou a mão dele e o conduziu para o quarto dela, mesmo com o rosto todo vermelho.

— … — Alexander.

— … — Pai de Diana.

— Rsrs. — Mãe de Diana

Como isso era algo que também desejava, Alexander não ofereceu resistência e se deixou conduzir até o quarto dela, que foi fechado e trancado com eles dentro.

— Seu pai ficou mais surpreso do que eu — comentou Alexander, sorrindo.

— Agora que nos aceitaram, é natural que durmamos no mesmo quarto — disse Diana suavemente, mas com firmeza. — E como você ficou para conversar com eles, também quis mostrar um pouco de determinação… como sua mulher.

Mesmo com o rosto vermelho de vergonha, ela olhou para ele com olhos tão cheios de amor e desejo que fizeram o sangue dele ferver. Mas como não era hora para isso, pois ainda precisava conversar com ela, ele suprimiu a sua luxúria à força e disse: — Obrigado, mas não precisa se forçar tanto.

— Mas eu quero — respondeu ela. — Não só por você ou por mim, mas por nós.

Ao ouvir isso, Alexander só pôde suspirar de paixão e acariciar o rosto dela. Ele era muito vulnerável a ela. — Diana, desde que saímos da masmorra estou pensando em uma única coisa: você é realmente incrivelmente talentosa, mas o seu corpo ainda é frágil. Se você tivesse caído naquela armadilha, eu não teria conseguido chegar a tempo de te salvar…

— Eu posso tentar te vincular a mim para fortalecê-la, mais ou menos como faço com Ocean, mas mesmo que funcione, você ainda precisaria suportar a dor e mudar, e não quero isso — explicou ele, realmente sem saber o que fazer. — Mas também não quero te perder.

— Realmente não quero usar isso, por isso não falei nada antes, mas as adversidades serão cada vez mais difíceis… Não quero acabar perdendo você em algum acidente — completou ao acariciar a cabeça dela com carinho.

— Se for mesmo possível, pode fazer isso — disse Diana. — Não quero ser um fardo… Quero poder te ajudar cada vez mais.

— Não precisa responder tão rápido, esta é uma escolha séria. O processo vai ser doloroso — respondeu Alexander. — Você viu o que aconteceu com minhas asas.

— Vai ficar ao meu lado? — perguntou ela. — Vou conseguir com você ao meu lado.

— Claro que ficarei ao seu lado — garantiu ele. — Mas você tem certeza?

— Sim — respondeu Diana bem assertiva e sem qualquer medo.

— Então não resista e tente me aceitar — disse Alexander. — |Vincular Familiar|.

Assim que a sua habilidade foi usada, ele sentiu… empecilhos. Alguma coisa não parecia estar se encaixando até que algo veio da própria Diana para ajudá-lo.

* Ding! * 

[Você vinculou uma {Homem-Fera (Cão Negro)} com sucesso]

Ao sentir que conseguiu vincular Diana ao sistema, Alexander ficou bem feliz. Mas ao olhar para as informações dela, ele ficou bem surpreso com a imensa contradição apresentada, pois embora fosse comparável à sua fase inicial de {Goblin Dual-Core}, havia algumas partes extremamente dominadoras.

[(Descendente Divino): Aprimoramento raro que desperta em descendentes de deidades aleatoriamente, concedendo-lhes grande aptidão e um extremo potencial de crescimento.]

[(Benção da Luz Avançada): Aprimora a aura defensiva; fortalece toda e qualquer coisa relacionada ao elemento luz; fornece resistência à confusão, debuffs, ao elemento trevas e ao cansaço; e permite transcender os limites de qualquer coisa do elemento luz.]

[(Corpo Espiritual): Um despertar espiritual que aprimora o próprio físico, aumentando e se tornando uma grande reserva para as energias e poder mental do seu portador.]

[{Sentimental}: Permite ao portador fortalecer e/ou aprimorar aspectos, fisicos/tangíveis ou espirituais/intangíveis, através da intensidade de seus sentimentos, contornando assim a limitação do que deveria ser a realidade ao seu entorno.]

— (…) — Alexander sabia bem que Diana era especial e tinha um grande potencial, mas mesmo ele não imaginava que fosse nesse nível. Ela até era da linhagem de uma verdadeira deidade e herdou uma parte de tal poder.

Com tanta coisa para processar, Alexander se perdeu em pensamentos até que Diana falou com ele: — Funcionou, não foi?… Posso me sentir ligada a você.

— Sim, mas isso foi apenas o começo do processo — explicou Alexander. — Então foque em acompanhar e deixe qualquer dúvida para depois, tudo bem?

— Tudo bem — respondeu Diana.

Com tudo encaminhado, ele finalizou às missões da {Masmorra Avançada – Variante} e de relatar a descoberta de uma nova masmorra para obter suas recompensas. 

* Ding! *

[Você recebeu: (400K de XP), (9 pontos de crescimento), (80 pontos de atributo livre), (Cartão de Recompensa Aleatória)]

Somando os pontos, Alexander ganhou 9 pontos de crescimento e 80 pontos de atributo livre, pois a masmorra variante lhe forneceu 1.5x da {Masmorra das Trapaças}. E como já tinha alguns pontos de atributo livre acumulados, ele decidiu alocar a maior parte para estar nas melhores condições possíveis, deixando apenas 2 pontos para trás.

[95 pontos adicionados a Vitalidade]

[35 pontos adicionados a Força]

[35 pontos adicionados a Defesa]

[15 pontos adicionados a Destreza]

[15 pontos adicionados a Agilidade]

[70 pontos adicionados a Inteligência]

[15 pontos adicionados a Charme]

[25 pontos adicionados a Sorte]

— Vou começar de forma leve — avisou Alexander — Está pronta?

— Sim — confirmou Diana.

Com a confirmação, ele começou a “presenteá-la” com os componentes que considerou mais adequados para ela.

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Harmonia Corporal)]

* Ding! * 

[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), o aprimoramento (Harmonia Corporal) evoluiu para (Harmonia Corporal Avançada)]

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Bênção da Água)]

* Ding! * 

[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), o aprimoramento (Bênção da Água) evoluiu para (Benção da Água Avançada)]

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Desenvolvimento Corporal)]

* Ding! * 

[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), o aprimoramento (Desenvolvimento Corporal) evoluiu para (Desenvolvimento Corporal Extremo)]

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Resistência a Venenos)]

* Ding! * 

[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), o aprimoramento (Resistência a Venenos) evoluiu para (Resistência Extrema a Venenos)]

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Existência Superior)]

* Ding! * 

[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), o aprimoramento (Existência Superior) evoluiu para o aprimoramento especial (Centelha Divina)]

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com a habilidade |Asura|]

* Ding! * 

[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), a habilidade |Asura| foi aprimorada para a habilidade especial de proficiência |Bodhisattva¹|]

— (…). A capacidade desse aprimoramento beira o ridículo — pensou Alexander. Mas obviamente feliz por ela. — Você está bem, Diana?

— Sim — respondeu ela. — O meu corpo está coçando um pouco, e eu me sinto um pouco estranha, mas, no geral, me sinto mais bem do que mal.

— Tem certeza que você não quer descansar? — perguntou Alexander, claramente preocupado. — A próxima parte é a que vai realmente doer.

— Estou bem — garantiu Diana. — Pode continuar.

Alexander hesitou um pouco, pois não haveria como recuar, mas acabou suspirando e cedendo. A dor e as mudanças eram um preço pequeno comparado a perdê-la.

— Tudo bem. Tire as suas roupas, use o seu feitiço |Redução de Dor| e coma esse fruto — disse Alexander ao lhe entregar o [Fruto da Árvore das Bênçãos]. — Seu corpo deve crescer durante o processo. As roupas podem acabar atrapalhando ou rasgando, principalmente as que te dei, pois são bem mais resistentes.

— … — Diana. — Isso é vergonhoso.

— Posso restringir a iluminação se isso a deixar mais confortável — ofereceu ele.

— Mas eu sei que mesmo assim você ainda estará vendo quase tudo — disse ela.

— E tem alguma parte que eu ainda não vi? — provocou Alexander sorrindo.

Ao ouvi-lo, Diana enrubesceu imediatamente, pois ele não estava mentindo. Mas ao pensar mais um pouco sobre isso, ela pareceu encontrar uma resposta e criou coragem para falar: — Poderia ficar também?… E apagar as luzes?

O primeiro pensamento de Alexander foi que esta não era a melhor ideia, pois o tornaria um perigo ainda maior para o processo. Mas ao pensar com cuidado, concluiu que isso não mudaria nada, pois suas roupas não eram um impedimento real caso ele perdesse o controle. — Se você for se sentir melhor.

Com alguns acenos de mão em conjunto com o seu |Controle Refinado da Mana|, Alexander fez todos os preparativos necessários. Quanto a manter o controle, esse nunca foi um problema, pois ele sabia da delicadeza dessa situação.

Quando Diana terminou de comer o [Fruto da Árvore das Bênçãos] e lançou seu feitiço |Redução de Dor|, Alexander mordeu seu lábio e lhe deu um beijo.

Assim que ela sentiu o leve gosto ferroso na boca, ele se afastou e lhe passou o aprimoramento mais truculento da noite.

* Ding! * 

[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Constituição Dracônica)]

Obs ¹: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 10,00 R$).

Obs ²: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

1. O termo bodhisatta (pāli), comumente representado por uma figura dourada de 100 mãos, foi usado por Buda no Cânone Páli para referir-se tanto em sua vida anterior, como em sua última vida (Sidarta Gautama) como um novo homem antes de sua iluminação, no período durante o qual ele foi trabalhar para a sua própria libertação.
   
   Neste caso específico, como Diana foi a primeira a atingir este nível, estou usando este termo como a representação de um ascendente ainda preso pelas limitações terrenas, fazendo uma forte referência a um famoso bodhisatta que poderia ter ascendido completamente à iluminação, mas ficou preso no desejo de ajudar seus semelhantes a encontrar e seguir o caminho da iluminação. ↩︎