Índice de Capítulo

    Com a produção atingindo a fase crítica e Alexander passando a usar materiais extraídos diretamente da sua |Natureza Selvagem|, foi a vez do avô de Diana pular na bala e servir como guerreiro de teste, já que o físico dele era muito melhor que o do filho… Mas mesmo que o físico dele pudesse ser colocado entre os melhores em comparação com os dos aventureiros rank prata, a sua pele quase foi corroída quando entrou em contato com um [Tônico do Físico da Fera] que tinha uma gota do sangue de Drayygon diluída em 10 porções.

    Ao ver que o tônico ainda era muito forte para pessoas normais, Alexander esperou o avô de Diana se recuperar um pouco e então lhe aplicou a versão diluída em 15 porções. Pois se este era o preço para ajustar a fórmula para o irmão de Diana, ele nobremente faria-lhes o favor de deixá-los pagar…

    Alguns dias depois, quando Alexander finalmente terminou, pai e filho já estavam cobertos de marcas. Ele havia os testado até concluir que as porções seriam de 1 gota para 50 poções no [Tônico do Físico da Fera], e 1 gota para 100 poções no [Tônico da Linhagem da Fera], o qual exigia alguns cuidados extras, pois era de uso oral e interno.

    Alexander obviamente não tinha certeza se esta era a melhor proporção, e obviamente teria que reajustá-la gradualmente, mas dados os limites da situação, essa foi a melhor opção que conseguiu.

    Exaurido por produzir e reajustar fórmulas que continham partes de si mesmo como ingredientes, Alexander decidiu viver alguns dias tranquilos antes de retomar suas atividades. Mas como se os céus desdenhassem das suas escolhas, justo na manhã seguinte, um enviado imperial bateu na porta dos pais de Diana, o procurando, para informá-lo da decisão da capital.

    Transtornado ao ler o comunicado imperial, Alexander avançou sobre o enviado, agarrando-o, abriu suas asas e voou vertiginosamente para algum lugar.

    — Aquele garoto deformou uma placa de metal sem usar energia? — perguntou o avô de Diana, que assistiu ao desenrolar da situação ao lado do restante da família, com uma cara um tanto incrédula.

    Não podendo se importar menos com aquela pergunta no momento, o primeiro instinto de Diana foi chamar seu familiar para segui-los. Mas assim que montou em Pequeno Preto, ela olhou para a mãe e parou, pois se acontecesse alguma coisa, eles poderiam precisar deles ali…

    Em outro ponto da cidade, quando finalmente chegou ao seu destino, Alexander invadiu tempestivamente a guilda dos aventureiros, com o enviado ainda nas mãos, e o arrastou até o guichê de atendimento. — Contacte-o! Agora!

    Estremecendo da cabeça aos pés diante daquela imensa hostilidade, o enviado não conseguiu responder adequadamente ao pedido, o que não o deixou nada feliz.

    A situação agravou-se a tal ponto que o mestre da filial apareceu antes mesmo de ser chamado para garantir que não piorasse ainda mais. — O que você está fazendo na minha guilda?

    — Eu não quero problemas com você nem com a Guilda — respondeu Alexander, controlando um pouco mais a sua ira, mas sem recuar. — Porém não pretendo sair sem antes resolver meus problemas…

    Franzindo a testa ao perceber o quão transtornado Alexander parecia estar, Marcos, o mestre daquele ramo da guilda dos aventureiros, virou-se para o homem na mão dele interrogativamente. — E quem é esse?

    — A pessoa que precisa contatar as pessoas certas para que todos possamos seguir com nossas vidas — respondeu Alexander, voltando a emitir um pouco da sua ira.

    Ao ouvir que havia uma solução relativamente simples e pacífica, Marcos sinalizou para Alexander soltar o homem. E ao obter o auxílio do mestre da Guida, o enviado se recompôs um pouco e lhe entregou algumas cartas.

    Franzindo ainda mais a testa diante do conteúdo das cartas, Marcos mostrou um olhar que não poderia ser mais estranho, mas mesmo assim dobrou e devolveu as cartas ao enviado, instruiu algo ao funcionário que o acompanhava e foi para os fundos da Guilda. — Siga-me, Alexander.

    Não sentindo nenhuma grande malícia de Marcos, e em última instância precisando da autorização dele para utilizar o sistema de comunicação da Guilda, Alexander o seguiu até uma sala privada estranhamente hermética.

    Antes que qualquer um deles pudesse sentar-se ou dizer alguma coisa, a assistente do mestre da filial entrou e posicionou um cristal no suporte de metal que parecia estar ancorado no centro da sala.

    Ao ver aquela cena pela primeira vez, Alexander só confirmou que era o mecanismo de comunicação da Guilda quando uma voz familiar soou do cristal. Mas assim que notou isso, ele e sua raiva avançaram desenfreados em direção ao cristal. — Minha família não será moeda de troca! EU NÃO SEREI ACORRENTADO!

    Com aquele meio de comunicação sendo, em sua essência, uma das pouquíssimas magias de natureza espacial que poderia ser considerada avançada, uma parte da raiva desenfreada dele foi naturalmente transmitida em algum nível ao outro lado, e isso deixou a outra parte cheia de estranheza.

    Ao ver ali sua deixa, o mestre da Guilda sinalizou para todos os funcionários saírem e informou ao estimado pilar do Império que iria deixá-los sozinhos.

    — Você achou mesmo que não íamos fazer nada e deixá-lo ao acaso com o risco de começar uma guerra quando alguém vier te incomodar? — perguntou o diretor Robert ao ouvir o som da porta sendo fechada, claramente descontente com o tom de Alexander. — Pois, assim como nós, você sabe que algum atrito é inevitável.

    — Do meu ponto de vista, você não poderia receber um favor maior — continuou o diretor. — Porque apesar de obviamente ser capaz de administrar a sua situação de alguma forma, aqueles ao seu redor estariam sempre suscetíveis a investidas de outras pessoas e/ou poderes.

    — Não pense que eu não entendo seus planos — rebateu Alexander. — O senhor deseja me enraizar no Império para que possam me assimilar aos poucos até um ponto em que eu não consiga mais dissociar minhas cores das do Império.

    Incapaz de refutar a alegação apresentada sem comprometer-se como algo com que não poderia se comprometer, o diretor optou pelo silêncio para que a outra parte pensasse em sua proposta sem deixar tudo muito claro.

    — O que exatamente vocês querem de mim? — perguntou Alexander após algum tempo, demonstrando claramente que estava aberto a fazer algumas concessões, mas não todas. — Eu ainda pretendo não pisar na capital imperial, e muito menos me curvar para pessoas que não fizeram nada por mim por causa de “títulos”.

    Finalmente vendo um caminho para a convivência e integração entre as partes, o diretor ficou satisfeito com o rumo daquela conversa e decidiu ver quais concessões estavam em jogo: — Então, o que você propõe?

    — Que as coisas fiquem como estão: minha família e eu não receberemos chamados “obrigatórios” — disse Alexander. — Em troca, posso proteger essa área.

    — Que tipo de acordo é esse? — reclamou o diretor, obviamente querendo mais concessões. — Ele ao menos lhe parece justo ou proporcional?

    — Realmente não me parece proporcional — reconheceu Alexander. — Mas pelo menos é realista, em vez de esperar que eu receba ordens obtusas ou aja como a arma de outra pessoa por algo que nem quero.

    Ao se deparar com esse novo desacordo, o diretor optou novamente pelo silêncio, mas desta vez para sinalizar que a outra parte ainda não havia se comprometido.

    — Eu também posso dar alguma “prioridade” aos protetores regionais em relação à contratação dos meus serviços — disse Alexander após pensar um pouco. — Mas lhe adianto: não vou agir como arma do Império e vocês terão que pagar pelos meus serviços como qualquer cliente. Afinal, sou um aventureiro, não um nobre.

    O Diretor Robert, como um dos pilares do Império e protetor regional, ainda não estava nem de longe satisfeito com as concessões oferecidas. Mas conhecendo o temperamento de Alexander, ele sabia que mais concessões não seriam fáceis, sem mencionar que com aquelas haveria ao menos algo mais credível para apresentar aos seus pares, pois qual dos protetores regionais não era uma potência diplomática ou militar do Império Vermillion?

    — As suas concessões ainda me parecem pequenas, mas eu posso tentar resolver isso se você prometer não causar muita confusão — disse o diretor após pesar os prós e os contras, obviamente ainda esperando formar uma conexão entre as partes para assimilá-lo com o tempo.

    — O que posso lhe prometer com toda sinceridade é não procurar ativamente por problemas e responder às minhas possíveis divergências com a mesma intenção que for emanada para comigo ou minha família — disse Alexander, bem mais calmo, como se tivesse resignado-se com a situação dele. — O resultado final dependerá exclusivamente da outra parte, pois garanto que poucos devem conseguir escapar ilesos de mim por meios naturais.

    Recebendo outra resposta que não desejava, o diretor se perguntou se tudo aquilo realmente valeria a pena e iria funcionar. Mas ele não culpava Alexander por essa parte em si, pois sabia como as coisas funcionavam e não iria lhe dizer para que simplesmente deixasse sua família ser intimidada.

    — Então nós ficamos acertados assim — disse o diretor com um suspiro, resignando-se ao fato de que não poderia forçá-lo muito mais. — O que você planeja fazer agora?

    — Eu pretendia viajar com Diana por algum tempo — respondeu Alexander. — Mas com a mãe dela grávida e essa nova situação, devo passar algum tempo com eles para resolver e organizar tudo.

    Ao saber que a mãe de Diana estava grávida, o diretor Robert não pôde deixar de se contorcer em pensamento. Se soubesse disso antes, poderia ter tentado extrair mais concessões de Alexander, pois estabilidade era o ideal para uma grávida.

    — Estarei no aguardo do seu presente de felicitações — disse Alexander. — Ou o senhor acha que lhe contei isso só para informá-lo sobre outra vulnerabilidade da minha família a ser explorada?

    — … — diretor Robert. — Vou pensar sobre isso. Mas agora tenho resolver outros assuntos, então estou encerrando nossa comunicação aqui.

    — … — Alexander.

    Com a “ligação” sendo encerrada abruptamente, e a sala só para ele, Alexander colocou a mão no cristal de comunicação e tentou analisá-lo. Mas logo o mestre da filial entrou e lançou-lhe um olhar que já dizia tudo.

    Pego em flagrante por Marcos e não tendo como negar o que estava fazendo, ele apenas largou o cristal e abriu um sorriso podre. — Agradeço pela sua ajuda.

    — Desta vez suas ações não levarão a nada, mas lembre-se que nossa Guilda não é diretamente subordinada a nenhum poder, seja reino ou império — disse Marcos secamente e sem reservas. — Se continuar exagerando assim, você será banido.

    Perdendo imediatamente seu sorriso e olhando no fundo dos olhos do mestre da filial, Alexander dirigiu-se para a saída, mas não sem deixar seu ponto: — Eu não comecei isso… Mas NINGUÉM vai mexer com a minha família sem uma resposta correspondente da minha parte.

    Quando ele voltou para casa ileso, as pessoas lá ficaram aliviadas, mas a dúvida também estava estampada em seus rostos.

    — O que aconteceu para você agir daquele jeito? — perguntou Diana, preocupada.

    — Pela autoridade do Duque Marvin, protetor do mar do Império, e a anuência do próprio Imperador, Dimitri LittleLight foi nomeado Barão, bem como o protetor e regente desta área — disse Alexander, inexpressivo, ao mostrar o documento oficial.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: http://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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