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    Os olhos do arqueiro brilharam por trás do tecido que lhe cobria o rosto, fixos nos príncipes enquanto seus bandidos cercavam a comitiva. Os príncipes e os guardas em desvantagem numérica, sabiam que não poderiam subestimar aqueles homens, mesmo que eles não possuíssem ARGUEMs.

    Não era necessário analisar muito para saber que a verdadeira ameaça era o homem montado. O arco que ele tinha em mãos brilhava como metal negro e as runas que dele brilhavam entregava bem que ele era um possuidor de um Armamento.

    Os bandidos avançaram em um semicírculo, brandindo armas improvisadas, cercando o grupo real de todos os lados. No entanto, o arqueiro não se movia. Montado em seu cavalo, observava com atenção calculada, analisando cada movimento dos príncipes.

    À beira da Floresta das Árvores Andantes, os troncos retorcidos e galhos entrelaçados lançavam sombras irregulares, criando um ambiente sombrio e claustrofóbico. As folhas secas estalavam sob as botas dos guardas, que mantinham suas armas prontas, aguardando o inevitável confronto. Todos estavam atentos – exceto Redgar.

    Redgar tremia, as mãos apertando a cabeça, em choque. O escudo mágico que antes protegia todo o grupo agora envolvia apenas ele e seu cavalo, deixando o resto da comitiva exposto e vulnerável.

    Marco lançou um olhar rápido para o companheiro. Ele conhecia bem os problemas de Redgar com o controle emocional. Quando uma emoção era despertada, o soldado perdia completamente o domínio, sendo consumido por ela de forma intensa e incontrolável, o que fazia sua magia reagir violentamente. Mas o que havia disparado o gatilho do medo dessa vez? Se nem mesmo diante de um wyvern Redgar havia tremido, o que poderia tê-lo deixado nesse estado agora? Marco não sabia, e não tinha tempo para descobrir.

    — Ora, ora… O que temos aqui? — zombou o arqueiro, com um sorriso cínico. — Saqueio uma vila miserável que mal nos sustentou por dois dias, e de repente… uma mina de ouro aparece na minha frente.

    As risadas nervosas dos bandidos ecoaram ao redor, mas os príncipes mantinham-se firmes, avaliando o inimigo. A batalha era inevitável, e ambos sabiam que não seria fácil.

    — Helys — murmurou Cassian, aproximando-se do irmão —, da última vez, eu nem sei como ativei a magia de fogo na minha espada.

    — Não se preocupe, Cass — respondeu Helick com uma calma incomum. — Eu consigo sentir algo dentro de mim, como se estivesse emergindo, fluindo para a espada e, ao mesmo tempo, de volta para mim. Você sente isso também?

    Cassian apertou o punho de sua espada, tentando sentir o que o irmão descrevia, mas para ele, a sensação era a de uma arma comum.

    Os príncipes posicionaram-se à frente da comitiva, formando a linha de defesa inicial. O nervosismo de Cassian era evidente. Seu desejo de provar seu valor como guerreiro crescia com cada batida de seu coração, sua mão suando enquanto apertava o cabo da espada. Em contraste, Helick mantinha a calma, seus olhos varrendo o terreno e os inimigos com precisão calculada. Cada detalhe, desde a posição dos bandidos até as sombras irregulares projetadas pela Floresta das Árvores Andantes, era registrado em sua mente.

    Porém, uma preocupação o assombrava. Seus olhos, de vez em quando, desviavam-se para a janela da carruagem onde se encontrava Nastya. Ele sabia que a decisão impulsiva de ele e do irmão de seguir os bandidos até ali a colocara em risco. O pensamento o incomodava, mas ele não podia permitir que isso interferisse. Se as coisas saíssem do controle, a presença de Rhyssara, era uma garantia de que todos ali, bandidos e aliados, poderiam ser postos de joelhos com um único gesto da Imperatriz.

    Tály, a alguns passos de distância, preparava-se para o combate com um sorriso quase imperceptível no rosto. Desafios como aquele eram o que a motivavam. Seu corpo relaxado contrastava com a intensidade em seus olhos. Ela já previa a adrenalina da luta que estava por vir. Ao ver Cassian se adiantando na linha de frente, no entanto, suas emoções se misturaram. Um resquício do passado voltou à sua mente – a lembrança de quando ele a enganou e iludiu para seus próprios fins. Ela ainda o desprezava por isso. Contudo, nos últimos tempos, as atitudes dele haviam mudado. Relutante, ela admitia para si mesma que talvez, só talvez, estivesse começando a enxergar algo diferente nele. Mas isso não mudava o fato de que o achava um verdadeiro babaca.

    Marco, sempre atento, analisava a situação com uma postura firme e disciplinada. Ele notou a tensão entre os príncipes, Tály, e os bandidos, mas manteve-se focado no que estava por vir. Sabia que o combate seria mais complicado do que parecia à primeira vista. Os bandidos eram muitos, e embora desorganizados, possuíam um líder que claramente sabia o que estava fazendo.

    Any, à margem da formação, mantinha seu olhar fixo nos bandidos, como se fossem obstáculos insignificantes. Sua missão era clara: proteger os príncipes e os levar para Ossuia a qualquer custo. Para ela, os sentimentos ou hesitações que Cassian e Helick poderiam ter não faziam diferença. Seu foco era absoluto. Sob sua pele, o sangue parecia vibrar, pronto para se transformar em lâminas afiadas quando necessário. Sua expressão permaneceu impassível, bela e fria como gelo, enquanto observava os inimigos avançarem.

    Do outro lado, o arqueiro líder não se movia de seu posto elevado. Montado em seu cavalo, ele observava o campo de batalha com uma tranquilidade quase desconcertante. Seus olhos brilhavam por trás do tecido que cobria parte de seu rosto, analisando cada movimento dos príncipes e seus guardas. Ele sabia que o verdadeiro teste não seria apenas na força, mas na estratégia. Seus bandidos estavam preparados, seguindo suas ordens sem hesitação. Cada movimento, cada ataque, seria cirúrgico.

    O arqueiro líder observou os príncipes e seus guardas com frieza, sua postura imóvel em contraste com a tensão crescente no campo de batalha. Com um gesto mínimo, ele ordenou o avanço dos bandidos. Eles se moveram rapidamente, fechando o cerco em torno da comitiva. O arqueiro, no entanto, manteve-se à distância, seu olhar fixo em Cassian. Ele sabia que derrubar o herdeiro desestabilizaria todo o grupo.

    A primeira a agir foi Tály. Com um sorriso feroz, ela avançou sem hesitação. O calor de sua magia emanava de seus punhos, e ela murmurou com determinação:

    — Magia Marcial! Estilo boxe, punhos de fogo!

    As chamas explodiram ao redor de seus punhos enquanto ela desferia socos contra os bandidos que se aproximavam. Cada golpe era preciso, e os inimigos caíam um a um, incapazes de resistir à força devastadora de seus ataques flamejantes. Ela lutava com intensidade, o corpo em harmonia com o fogo que a envolvia. Seus olhos, mesmo durante o caos, pousaram em Cassian por um breve momento. Havia ressentimento, sim, mas ela não podia negar que algo nele havia mudado.

    Quando um bandido se aproximou pela lateral, empunhando uma lâmina enferrujada, Tály girou o corpo com um chute preciso, seus olhos brilhando enquanto conjurava:

    — Magia Marcial! Estilo Thay, chute de pedra!

    Rochas se ergueram ao longo de sua perna, e o chute derrubou o bandido com força esmagadora. Ela manteve o ritmo, sua atenção agora completamente dedicada ao combate.

    Marco, por sua vez, observava os padrões de ataque dos bandidos com atenção, ajustando-se ao ritmo da batalha. Quando um oponente com uma lança avançou em sua direção, ele notou a precisão dos movimentos do inimigo. Em vez de tentar bloquear diretamente, Marco usou sua espada prateada para espelhar os movimentos do adversário. Sua habilidade começou a emergir com mais clareza. O inimigo tentou uma estocada rápida, mas Marco desviou o ataque com fluidez, girando a lâmina de volta com um golpe idêntico e eficiente. A lança caiu de suas mãos enquanto ele tombava no chão, derrotado.

    Conforme mais bandidos se aproximavam, Marco continuava observando e se adaptando. Ele percebia que seu poder estava evoluindo, permitindo-lhe não apenas imitar e entender os padrões de movimento dos inimigos, mas também antecipar suas ações. Cada combate que enfrentava tornava-se uma oportunidade de refinar suas habilidades, e desta vez, ao contrário do que foi contra os wyverns, ele faria com maestria.

    Any, por sua vez, era uma força imparável no campo de batalha. Sem hesitar, avançou rapidamente entre os bandidos, suas lâminas de sangue moldando-se em seus braços com precisão mortal. Em um movimento fluido, cortou dois inimigos que tentaram cercá-la, seus corpos caindo ao chão antes mesmo de perceberem o que havia acontecido. Para ela, o combate era apenas um meio de alcançar seu objetivo. A missão de proteger os príncipes era tudo que importava.

    Enquanto Tály, Marco e os outros lutavam ao redor, Any manteve seu foco imperturbável. Ela não tinha tempo para distrações ou dúvidas. Cada inimigo que surgia diante dela era eliminado com precisão fria. Para ela, eles não passavam de obstáculos. Cassian e Helick precisavam chegar a Ossuia, e ela não permitiria que nada os impedisse de cumprir esse destino.

    O arqueiro, ainda distante, observava a batalha. Seu olhar não se desviava de Cassian. O príncipe herdeiro era o alvo, e o arqueiro sabia que um tiro certeiro poderia virar o jogo. Calmamente, ele puxou a corda do arco, as runas em sua arma brilhando com um brilho branco letal. A flecha estava prestes a ser disparada.

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