Capítulo 48: Um chamado Inevitável
Sarah parece estar acordando de um sonho. Suas mãos seguram o pergaminho com força, seu coração palpita de forma marcante. Em seus pensamentos, anseia por aventuras tão grandes como Hing Chi teve. Então enrola o pergaminho e o coloca em sua mochila, e volta a explorar o ambiente.
Prateleiras e mais prateleiras surgem com mais e mais pergaminhos. Conforme Sarah avança pelo local, ao fundo, uma luz colorida começa a surgir de forma suave. iluminando as prateleiras a frente. Ao chegar mais perto, um pequeno pedestal em um canto se molda como uma silhueta.
Sarah então se põe a caminhar até ele. A cada passo, o brilho vai ficando mais forte. Chegando até ele, é possível se observar várias pedras coloridas encrustadas no topo do pedestal. Cada uma aparenta ter seu próprio brilho. No centro, entre as pedras, outro pergaminho.
Esse, agora repousa aberto. Não é muito grande. E nele, só existe alguns desenhos de linhas tortas, e pequenos círculos todos irregulares. Alguns mais esticados que outros. Sarah então coloca a adaga sobre o pedestal para segurar o pergaminho com as duas mãos. Ao fazer isso, a luz mais forte da adaga que bate nas costas do pergaminho, revela uma inscrição na parte superior.
==>Para quem se atreve a enfrentar o desconhecido<==
De novo a mesma frase. Outra coisa também foi revelada. Um triangulo surge em uma parte do pergaminho, perto de onde existem vários daqueles círculos irregulares. Sarah encara por alguns segundos, reparando que as linhas parecem algo que ela já viu em algum lugar.
De repente tudo começa a tremer outra vez, dessa vez por alguns poucos segundos. Apressada, Sarah coloca mais esse pergaminho em sua mochila, pega sua adaga e vai em direção a saída. Conforme ela se afasta o brilho das pedras encrustadas vai diminuindo até se apagarem.
Chegando do lado fora, mais um tremor acontece por mais alguns segundos. Depois de tudo se normalizar, Sarah decidi voltar para o templo para ver como Zhau e os monges estão.
Ao chegar no templo, Zhau já está na porta se preparando para sair atrás de Sarah.
— Que bom que você está bem. — Ele coloca a mão no ombro dela.
— E vocês? Está tudo bem? — Ela o indaga com a testa franzida.
— Já estamos acostumados com isso. Eu que fiquei preocupado com você, por estar na trilha. Várias rochas se desprendem durante esses tremores e alguma poderia ter te atingido. ― Ele dá um leve sorriso sem abrir a boca enquanto tira a mão do ombro dela.
— Falando nisso, posso te pedir uma coisa? ― Sarah o indaga com o olhar de gato pidão.
— Pode pedir o que você quiser.
— Em um trecho da trilha. Uma espécie de biblioteca escondida na montanha, apareceu graças a um deslizamento de terra. — Ao falar sobre isso a pupila de Zhau se dilata por um segundo e volta ao normal. — Por favor, não chama ninguém não para ver aquele lugar. Vocês não poderiam cuidar dele até eu voltar?
— Sim, mas. Você já vai? — Zhau a indaga com uma feição um pouco triste.
— Eu preciso voltar para Niang. Tenho que fazer algumas pesquisas sobre um pergaminho que descobri ali na biblioteca.
Zhau então suspira enquanto seus ombros relaxam.
— Tudo bem. Vou falar com os outros sobre isso. E… Tome cuidado em sua jornada de volta tá. E sempre que precisar, estaremos aqui! — Zhau inclina a cabeça levemente para a direita enquanto coloca a mão no ombro de Sarah outra vez. De surpresa, ela se aproxima e dá um forte abraço nele. — Forte como sempre.
— Obrigado por tudo. Se cuidem. E diz para eles que vou sentir saudades. — Sarah fala enquanto já corre pela lateral do templo em direção a grande escadaria.
Chegando na metade do caminho para a escadaria, Sarah escuta um pequeno barulho as suas costas. Ao se virar, seus olhos começam a lacrimejar. Todos os monges foram até a porte do templo e começaram a gritar e pular para se despedir. Ela também pula e acena com o braço para eles. Nesse momento, uma brisa bate de sua lateral, jogando para o lado seu cabelo que está amarrado para cima. Enquanto enxuga seus olhos, acelera os passos até o Jeep com um sorriso de boca fechada.
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Depois de Sarah partir, Zhau vai até a trilha para ver a biblioteca. Entrando nela sem temor algum. Com uma tocha em mãos, ele acende algumas outras tochas presas em alguns pontos espalhados do local. E coloca a que segura em um suporte perto de uma parede vazia no fim da biblioteca. Depois, ele coloca suas duas mãos em uma parte da parede que está vazia, e começa a empurrá-la. Seus olhos reluzem suavemente um brilho azul.
A parede começa a se abrir igual a porta principal. Um cômodo escondido se revela.
Dentro, uma grande capsula prateada e deitada preenche o centro do local. Ela está aberta na parte de cima, a parte de dentro dela é igual a parte de dentro de um berço. Zhau a observa com olhar distante enquanto dá um leve sorriso. De repente sente uma mão em seu ombro. Seu coração dispara enquanto dá um passo para frente e se vira para trás para ver quem era.
Uma pessoa coberta por um capuz todo branco se revela iluminada por uma das tochas do lado de fora do cômodo. Parte de seu cabelo comprido está exposto e Zhau repara que ele preto. Então a figura retira o capuz, nesse momento Zhau fica aliviado e suspira com calma.
— Bem-vinda de volta. — Zhau fala com sorriso no rosto.
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Sarah ao chegar em seu apartamento. Vai até a cozinha pegar água para beber. E quando vai abrir a geladeira, olha para a janela e começa a lembrar daquele momento incrível que teve. Um sorriso de boca fechada se molda. Ela pega a água, bebe um pouco e vai tomar banho para relaxar um pouco antes de começar sua pesquisa.
Após mais de uma hora revendo livros, acessando vários sites e artigos em uma rede chamada Intet. Sem encontrar nada, olha para o pergaminho mais uma vez e o encara por alguns segundos. Regalando os olhos, ela abre uma nova página e pesquisa por mapeamento marítimo.
Um mapa em alta definição preenche a tela. Ao passar o olho por ele todo, ali está o que ela procura. Ao colocar o pergaminho sobre a tela colada na parede. Os círculos tortos do pergaminho se encaixam perfeitamente com o desenho de uma região que não fica muito longe do arquipélago de Fiore. Nesse momento o coração dela palpita mais forte. O pergaminho parece criar vida e sussurrar em sua mente, a chamando para uma aventura.
Todos os pelos arrepiados em seus braços, praticamente deduram o que se passa em sua mente e coração.
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