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    O calor ficou insuportável.

    O chão sob as espadas começou a rachar, exalando fumaça negra como se o próprio solo estivesse prestes a ser consumido pelas chamas. Era como se o círculo mágico estivesse despejando toda a sua energia naquela nova forma de combate.

    Cassian apertou a empunhadura da espada, seus olhos cravados na monstruosidade diante deles.

    — Isso… não é um bom sinal.

    Os soldados e os príncipes se preparavam para lutar contra a nova ameaça, mas algo inusitado aconteceu.

    As espadas negras recuaram, girando espalhafatosamente para trás.

    Quando eles visualizaram para onde estavam indo viram Rhyssara se movendo pelo chão, a lança na mão, enquanto desviava dos fortes golpes de punhos dos anões-gigantes.

    Sempre que eles erravam um golpe ela contra-atacava com espetadas precisas.

    Os seres encapuzados rugiam de dor e raiva.

    — Como é possível uma mulher humana ser tão poderosa?! — Urrou o da esquerda. — Não acredito que teremos que apelar para isso, Thirg.

    — Não importa, Flet. — A fala em meio a um sorriso, enquanto ele erguia a mão para segurar algo. — Agora ela morre.

    Uma das gigantescas espadas negras que vinha girando violentamente se encaixou na não de Thirg com perfeição e ele imediatamente desferiu um golpe em Rhyssara.

    Mais atrás um suspiro ecoou.

    — Droga! — Se queixou Visna caindo de joelhos. — Minha mana acabou. Agora além das chamas ela vai ter que lidar com a Maldição Negra.

    Cassian entendeu imediatamente a gravidade daquilo e gritou:

    — Imperatriz! A mana de Visna…

    — Eu sei — cortou Rhyssara, sua voz seguia tranquila e calma mesmo com o espadão flamejante vindo em sua direção.

    Com um conjurar mental ela fez com que sua lança voltasse a sua forma de cetro.

    — Magia de luz. — Conjurou Rhyssara. — Barreira de Luz.

    Um domo translúcido se formou em volta da imperatriz, contendo o ataque de Flet.

    — Não pense que isso irá segurar a Maldição Negra! — Voziferou o anão-gigante.

    Da espada, labaredas de chamas negras começaram a se alastrar pelo domo de Rhyssara, o consumindo de forma rápida. Enquanto isso a outra espada repousou nas mãos de Flet que arrancou para frente da imperatriz, pronto para desferir o golpe fatal assim que a defesa desmoronasse.

    O sorriso no rosto de Flet se alargou quando o domo foi completamente consumido pela Maldição Negra e então golpeou sem hesitar a mulher em sua frente. Porém um brilho surgiu não mãos de Rhyssara e o cetro deu lugar a duas adagas que prendiam uma em cada mão da imperatriz.

    Centímetros antes da lâmina gigante tocar a pele branca entre os seios de Rhyssara, ela desapareceu.

    O estrondo da lâmina perfurando o solo tomou o local com ecos que fizeram os tímpanos das pessoas no local vibrarem.

    — Vocês não tem chance.

    A voz de Rhyssara estava vindo do alto e quando Thirg olhou para o companheiro viu Rhyssara sentada na cabeça de Flet.

    — Ora sua…! — Antes de terminar de praguejar, Thirg sentiu uma ardência nos pescoço e logo após seu peito se esquentar com o próprio sangue. — Mas o quê?

    O mesmo aconteceu com Flet, um leve corte superficial que por pouco não atingira um ponto vital.

    — Pretendo negociar e fazer uma aliança ainda mais justa para o seu povo com os humanos. — Começou Rhyssara, sua voz estava mais fria que qualquer gelo que Helick poderia conjurar. — Matar gente de seu povo não me ajudaria nas negociações, mas não me testem. A próxima vez que moverem um único músculo contra mim ou meus aliados farei vocês sangrarem até a morte.

    Os dois anões-gigantes ficaram sem voz, sem reação. Eles jamais poderiam imaginar que existia um humano tão poderosos ao ponto de humilha-los tanto.

    — Nós… Nós não podemos… — Começou Flet, seu gigante corpo parecia tremer em meio as palavras. — Não podemos deixar que ninguém entre na sede da guilda da Fornalha Proibida sem ter um nome…

    Sua fala não parecia uma exigência, estava mais para uma súplica. Algo na voz de Flet parecia implorar para que Rhyssara soubesse o nome de qualquer anão que residia ali.

    — Sanur. — Uma voz ecoou entre os aliados de Rhyssara. —Viemos ver Sanur.

    Era Tály. Ela havia usado o nome do anão que a havia ajudado a despertar seu ARGUEM.

    — É mesmo! — Se queixou Cassian. — Como nos esquecemos? Esse é o nome do Líder da guilda da Fornalha Proibida que ajudou Tály na lembrança que vimos no Bosque das Sete Sombras!

    — Sa…Sanur?! — gaguejou Thirg. — Vocês vieram para ver o Lorde Sanur Forbbi?

    Rhyssara saltou de cima da cabeça de Flet, suas vestes a fazendo planar até seus pés tocarem com delicadeza o chão.

    — Sim. Vim para tratar de assuntos de extrema importância com Sanur Forbbi, Líder da guilda Fornalha Proibida.

    — O senhor Sanur não gosta de ser incomodado… — agora Flet balbuciava. — Tem certeza que é só com ele?!

    O grupo se impressionou com a mudança de atitude que os dois tiveram. Eles já haviam desistido da luta ao verem as habilidades de Rhyssara, o que era incrível, mas ao ouvirem o nome de Sanur eles pareciam aterrorizados.

    — Sim. É só com ele. E caso não saibam, eu também não gosto de ser incomodada. E neste exato momento sua hesitação está me incomodando. — As palavras de Rhyssara eram claras e exatas.

    Não importa o que eles tivessem medo que Sanur pudesse fazer com eles, a imperatriz tinha um olhar de quem faria dez vezes mais.

    — Tu… Tudo bem! — Os anões reduziram de tamanho até voltarem a ficar menores que a imperatriz. — Nos acompanhem, por favor.

    Eles falaram caminhando em direção a entrada.

    — Me lembre de nunca, nunca mesmo, bater de frente com essa mulher. — Cochichou Cassian para Helick.

    — Você vai ser rei de Lyberion e precisará negociar com ela sobre taxas e impostos de produtos importados de um reino para o outro recorrentemente. — Respondeu Helick. — O que você mais vai fazer é bater de frente com ela.

    Cassian piscou.

    — Isso significa que eu vou bater de frente com ela… o tempo todo?!

    Helick apenas deu um tapinha no ombro do irmão antes de seguir o grupo.

    Cassian permaneceu parado por um instante, boquiaberto, antes de resmungar e se apressar para acompanhá-los.

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