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Capítulo 79 — Desafio
O som surdo do corpo de Jeffzzos atingindo o chão ecoou pelo salão. Seu corpo jazia em uma poça de sangue, os olhos desfocados fitando o vazio, sem vida. O silêncio pairou sobre todos, interrompido apenas por um grito desesperado.
— Jeff… JEFFZZOS!! — Visna urrou, sua voz carregada de incredulidade e desespero.
Sanur deu um passo para trás, empunhando seus martelos gêmeos — o prateado na mão esquerda e o dourado na direita — os olhos ferozes buscando a origem do ataque.
— Quem diabos é você?! Como entrou aqui?! — rugiu ele, a tensão marcando cada músculo de seu corpo.
A assassina, ainda envolta em sombras, deu um passo à frente. Sua voz era distorcida, como se ecos mascarassem sua verdadeira entonação.
— Ele está morto. — Sua voz carregava uma frieza impassível. — O encanto de suas vestes provavelmente se desfez.
Visna correu até o corpo de Jeffzzos, caindo de joelhos ao lado dele. Lágrimas de fúria e dor queimavam seus olhos quando ela puxou de dentro de suas vestes um martelo de cabo vermelho e cabeça de metal.
— Você vai pagar por isso! — rugiu ela, saltando com toda a sua força contra a mulher mascarada.
O brilho rúnico de seu martelo se intensificou, a arma se expandindo até quase dobrar de tamanho no exato momento em que uma manopla negra flamejante interceptou o golpe.
O impacto ressoou pelo salão como um trovão, sacudindo o ambiente. Faíscas dançaram no ar quando metal encontrou metal.
— Pelos quatro deuses, eu vou adorar isso. — A voz de Tály soou cheia de excitação. Ela havia se libertado das correntes mágicas e agora estava entre Visna e a assassina.
— SAIA DA MINHA FRENTE! — Visna gritou de fúria e atacou novamente, tentando passar por Tály e chegar até a assassina que permanecia imóvel. A soldado lyberiana se pôs a frente da sacerdotisa mais uma vez.
Visna golpeou com seu martelo. Se Tály não saísse da frente, ela a esmagaria primeiro.
Tály avançou, adiantando um passo, desviando o golpe com sua manopla esquerda, abrindo a guarda da anã.
— Magia de Fogo, Estilo Boxe. — Tály murmurou, seus olhos brilhando com determinação. — Ali Incandescente!
Seu punho direito flamejante colidiu brutalmente contra o abdômen de Visna. A força esmagadora do golpe lançou a anã para trás, enquanto labaredas a envolviam.
No entanto, antes que Visna pudesse ser consumida por completo pelo fogo, um sopro gelado extinguiu as chamas.
Tály estreitou os olhos, procurando o responsável.
Helick se adiantou, as correntes que o prendiam agora congeladas e quebradas.
— Não podemos matar nenhum anão aqui. — Ele explicou com firmeza. — Ainda precisamos do apoio deles.
Tály olhou para Visna caída, inconsciente, e então assentiu lentamente.
— Certo. — Ela se afastou, observando Sanur com atenção.
O líder anão analisava a cena com olhos afiados, mas foi em Tály que sua atenção se fixou. Ele mirou as manoplas negras que cobriam seus punhos, reconhecendo imediatamente seu próprio trabalho.
— Então aquela garotinha cresceu… — murmurou.
Os demais se libertaram e se reuniram no centro do salão. A assassina os observava, sua presença enigmática deixando todos em alerta.
— Quem é você? — Rhyssara perguntou, sua coroa brilhando em um tom avermelhado.
A mulher inclinou a cabeça ligeiramente, seu tom desprovido de qualquer emoção.
— Aquela que acabou de salvar sua vida. — Então, como se fosse feita de névoa, desapareceu diante dos olhos de todos.
Um silêncio tenso se instalou no salão. Mas logo foi quebrado pelo som de passos apressados ecoando pelo corredor principal.
Sanur riu, uma risada grave e carregada de incredulidade.
— Eu não sei o que acabou de acontecer, mas não pensem que isso muda alguma coisa. — Sua voz soou como um trovão prestes a desabar.
Em um instante, o salão foi inundado por centenas de anões da Guilda da Fornalha Proibida. Na linha de frente estavam Thirg e Flet, empunhando espadas de chamas negras, uma versão menor daquelas usadas anteriormente.
Rhyssara ergueu seu cetro, sua voz preenchendo cada canto do salão.
— Ajoelhem-se.
Um a um, cada anão caiu de joelhos. A ordem da imperatriz não podia ser contestada.
Sanur arregalou os olhos, sua perplexidade evidente.
— Isso… Isso é impossível! Essa coroa só subjuga aqueles que são inferiores a você em poder mágico. Para controlar tantos ao mesmo tempo, sua mana teria que ser maior que a soma de todos os meus homens!
Rhyssara bateu o cetro no chão. A luz se expandiu como um clarão divino, refletindo em seus olhos de um azul cortante.
— Renda-se, Sanur. Ainda preciso do seu apoio. Se confiar em mim, trabalharemos juntos para derrotar as outras raças. E quando tudo acabar, honrarei minha promessa: o continente do sul será do seu povo.
O salão mergulhou em um silêncio absoluto. Todos aguardavam a resposta do líder anão, que agora via a realidade de sua posição.
— Não há garantias de que venceremos desta vez. Na última guerra, elfos e dragnaros cometeram o erro fatal de nos subestimar até ser tarde demais. Agora eles já sabem do que somos capazes. Virão com força total.
— Seu medo de se aliar aos humanos é porque acha que somos fracos? — interrompeu Cassian, a voz carregada de desafio. — Não imaginava que o líder da Fornalha Proibida fosse um covarde!
Sanur franziu a testa, sua expressão sombria.
— Chame como quiser. Foi difícil na última guerra, quando todos os humanos capazes de segurar uma arma lutavam até a morte. Agora vocês amoleceram. Criaram leis que limitam quem pode ou não usar magia. Como esperam vencer se nem deixam sua própria raça lutar? Vocês seriam um peso morto desta vez.
Cassian avançou um passo, seus olhos queimando de determinação.
— Então te proponho um desafio.
A atenção de todos se voltou para ele.
— Vamos duelar. Se eu vencer, você aceitará ser nosso aliado por um pacto mágico.
— E se você perder? — a voz de Sanur carregava um tom perigoso.
— Eu mesmo lhe entrego o ARGUEM de Lyberion.
O salão inteiro pareceu prender a respiração. O peso da proposta caiu como um martelo sobre todos. Até mesmo Sanur, acostumado a desafios, estreitou os olhos, avaliando o príncipe.
— Isso foi, sem dúvida, a coisa mais idiota que você já disse, Cassian. — protestou Rhyssara, sua voz carregada de frustração. — Você tem ideia do poder de Sanur? Ele é um dos guerreiros mais poderosos do continente! E você… acabou de despertar seu ARGUEM. Mal sabe usá-lo direito! Reconsidere!
Mas Cassian sequer piscou. Sua decisão já estava tomada.
— Não se preocupe, não irei perder.
Helick observou o irmão com um misto de surpresa e apreensão.
— Tem certeza?
Cassian virou-se para ele, um sorriso determinado nos lábios.
— Sim. Este será meu primeiro dia lutando não só por mim, mas por Lyberion e por nossa raça.
Seus olhos ardiam com uma confiança inabalável.
— E então, Sanur? Aceita o meu desafio?
Sanur o encarou por um longo momento. Então, um sorriso feroz surgiu em seus lábios.
— Você tem coragem, garoto. Mas coragem e força não são a mesma coisa.
Ele ergueu seus dois martelos, deixando-os repousar pesadamente sobre o chão de pedra.
— Espero que esteja pronto para provar que suas palavras não são vazias.
Como prometi ao meu mais fiel leitor SilentStudent5405, vulgo Morgan, no próximo dia de postagem, que será dia 07/03, teremos dois caps no mesmo dia! Um as 06:00 e outro as 20:00! Feliz Aniversário meu brother!!
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