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    Finalmente entendendo o forte interesse e afinco de Alexander pelas gemas, pois, naquele mundo, ao invés de serem especificamente anéis, os presentes oferecidos com o pedido de noivado eram mais abrangentes e tendiam a refletir a pessoa ou o casal, muitos se sentiram como se tivessem perdido duas vezes para aquele jovem rico, enquanto outros acharam um desperdício não saber que era ele desde o início e quais eram as suas motivações. Afinal, poderiam tê-lo feito gastar ainda mais do dinheiro que ele havia “extraído” das famílias deles.

    Ao entender a maior parte do que tinha acontecido, e por que tinha acontecido, a mestre de cerimônias pensou por um momento e decidiu dançar conforme a música para aliviar o clima do leilão antes de voltar aos trilhos. — Nossas felicitações ao casal… O senhor teria algo a dizer, por exemplo, como ela o faz se sentir?

    — Ogni giorno una conquista. Mia protagonista, sarà sempre lei — parafraseou Alexander em um perfeito italiano, claramente deixando o público ao seu redor sem entender nada. — Vivo per lei perché oramai, Io non ho altra via d’uscita. Vivo per lei perché mi dà, pause in note di libertà. Se c’è un’altra vita, vivrò ancora per lei. 1

    Com a maior parte da plateia ainda confusa e os olhos da mestra de cerimônias brilhando por algum motivo, Diana, mesmo sem entender nada, voltou a beijá-lo. Ela podia não entender, mas ainda sentia o que ele estava dizendo…

    Um tanto sem jeito, à medida que a sua euforia e excitação começaram a diminuir, Diana se encolheu um pouco em Alexander, que sorriu para ela, pediu desculpas novamente à Staff da casa de leilões e se retirou dos holofotes, fechando a janela.

    Com o leilão voltando a sua normalidade, ou pelo menos se esforçando para isso, Alexander comprou algumas [Pílulas do Despertar]; o [Colar do Juramento], para Diana colocar sua gema; e o [Cajado do Resplendor Mágico], um cajado considerado símbolo de sabedoria e pureza, forjado em ouro encantado e imbuído com cristais de mana pura, possibilitando emitir uma luz suave que nunca se apaga e transcende o físico, conectando seu portador diretamente às fontes de energia mágica, para a avó paterna dela.

    Ele comprou também a [Espada Dual Ilusória de Trevas e Luz], uma espada forjada em uma região onde as forças de luz e trevas se chocam, absorvendo o equilíbrio entre ambas, permitindo dissipar as sombras ao mesmo tempo em que confere ao portador o poder de controlar a sua própria sombra e enganar os sentidos de seus inimigos, criando ilusões que fazem com que duvidem qual lâmina está realmente em movimento, para o avô dela. E por fim, comprou a [Maça do Resplendor], uma maça, dita abençoada pelos deuses da luz, que emite uma luz ofuscante quando é brandida, sendo capaz não só de cegar e nocautear inimigos com golpes pesados de energia luminosa, mas também de crescer em tamanho, aumentando seu cabo e cabeça para se transformar em uma Maça-Longa, estendendo o seu alcance em combate e liberando rajadas de luz que afetam criaturas das trevas e espectrais, mesmo com impactos casuais… essa era para a própria Diana.

    Desembolsando uma “pequena” fortuna, algo em torno de 2.600 grandes moedas de DIAMANTE NEGRO naquele leilão, 2.000 das quais foram somente na sessão especial, Alexander quase se sentiu pobre. Mas não tanto quanto aqueles que não conseguiram comprar quase nenhum bom consumível.

    Para a surpresa de basicamente todo mundo, a mestre de cerimônias não encerrou o leilão e pediu que todos ficassem, pois tinha algo a mostrar como forma de agradecer a todos que participaram.

    Colocando seu item de armazenamento pessoal em cima de um balcão e abrindo um suporte, ela cuidadosamente retirou um tabloide que parecia feito de barro ou pedra, mas que exalava uma energia e uma certa pressão de presença.

    Ao aguçar os olhos ao máximo enquanto olhava para o tabloide, Alexander levou meio segundo para confirmar que era realmente o que estava pensando e então abriu a janela do seu cômodo privado e pulou para se aproximar mais do palco e do tabloide, alertando a todos.

    Levantando as mãos para a segurança como se estivesse esperando por aquilo, ou pelo menos o desejando, a mestra de cerimônias não o interrompeu ou disse algo até que ele parou de olhar para a peça e a indagou: — Esta peça está à venda?

    — Infelizmente não — informou a jovem mulher. — Ela só pode ser trocada…

    — Então esqueça… O que devem querer é um preço muito alto — disse Alexander com um suspiro. — Obrigado pelo seu tempo. Desejo-lhe sorte. Muita, muita sorte.

    — Espere um pouco — pediu a mestre de cerimônias. — Você realmente entendeu o que está escrito neste tabloide?

    — Muito pouco — informou Alexander com um encolher de ombros. — Apenas o suficiente para saber que essa é só uma parte de um todo, e que o seu conteúdo é sobre uma habilidade de proficiência em combate.

    — Já que você as entendeu, pelo menos um pouco, pode me dizer que línguas são essas? — perguntou a jovem entusiasmada. Mas dessa vez Alexander apenas deu de ombros e disse: — Difícil dizer. É mais sobre conhecer um pouco dessas línguas do que saber algo sobre as informações e especificações delas.

    Notando que a outra parte sabia de algo e entendia muito bem seu valor, e por isso não queria revelar ou mesmo negociar, só tendo dito uma parte devido à confusão que havia causado, a mestra de cerimônias pensou por um momento e estendeu a mão: — Prazer em conhecê-lo. Eu sou Galene CrossSea.

    — Prazer. Eu sou Alexander Ocean DragonSeal — apresentou-se também Alexander.

    — Podemos nos encontrar posteriormente para “conversar”? — perguntou Galene, sorrindo de forma quase insinuante, mesmo na presença de tantas pessoas.

    — Não me importo, muito pelo contrário, faço muito gosto — respondeu ele com um sorriso desconhecido. — Mas não acho que algum de nós abrirá mão de nossos pontos tão facilmente.

    — Veremos — disse a jovem, sorrindo, antes dele lhe passar o seu endereço e voltar para o lado de Diana, pagar por seus itens e ir embora.

    Quando voltaram para casa, Diana, que obviamente notou que ele sabia mais do que disse sobre o que eram as línguas daquele tabloide, perguntou-lhe diretamente sobre isso, curiosa: — O que foi exatamente aquilo no final do leilão? Aquela tabuleta é mesmo tão especial que você nem quer negociar?

    — Sim e não… É complicado — suspirou Alexander ao pensar em como explicar seu ponto a ela. — O texto em si não precisa necessariamente que eu o leia. Minha não colaboração só fará com que demore mais… Mas uma das línguas daquela coisa não deveria estar aqui, e é algo que eu mesmo não conheço totalmente, muito menos entendo completamente… Aquilo era, sem dúvida, sumério, e sumério arcaico.

    — Sumério? — perguntou Diana.

    — Uma antiga língua morta. Algo como a língua dos elfos, que é paralela à língua que usamos, mas sem ninguém que ainda possa falá-la e muito poucos, ou ninguém, que ainda a entenda — explicou Alexander, ainda meio perdido em pensamentos.

    — Se a língua está morta e há muito poucos que ainda entendem alguma coisa sobre ela, como eles conseguirão decifrar essa tábua? — indagou Diana.

    — A segunda língua usada é uma versão antiga e pouco usada da escrita de nossa |Língua Universal| — respondeu Alexander, sorrindo afetuosamente para ela ao sair de seus pensamentos. — Mais cedo ou mais tarde eles encontrarão alguém que a reconheça e então será só uma questão de tempo até que eles entendam a maior parte do texto e comecem a tentar deduzir todo o resto pelo contexto.

    — Já que é assim, por que não ajudá-los? — sugeriu Diana.

    — Os itens que compramos hoje também devem nos ajudar de uma forma ou de outra, mas tivemos que pagar o que consideraram um preço justo por eles. Então por que não fazer o mesmo? — sorriu ele amplamente. — Mas esqueça isso. Vamos ver o que podemos achar de bom nas coisas não identificadas que compramos.

    Avaliando as runas que havia comprado, o sorriso de Alexander cresceu ainda mais. Havia até um tipo de runa em particular, bastante útil, que se repetia muito no lote de runas adquirido.

    No entanto, ao avaliar uma delas em particular, seu corpo ficou estático, e um olhar de alegria, desejo e incredulidade surgiu em seus olhos.

    [Runa Especial Alaune do Néctar da Perdição (Consumível): A solidificação de parte das características da {Alaune do Néctar da Perdição} em uma runa que concede habilidades correspondentes ao amálgama que a formou a quem se marcar com ela. Não pode ser usado por bestas, feras e afins.]


    Possibilita o uso do aprimoramento (Néctar da Perdição).

    Possibilita o uso da habilidade especial de proficiência |Charme Sedutor|.

    Possibilita o uso da habilidade especial passiva |Sintonia da Natureza|.

    • Possibilita o uso da habilidade especial ativa |Absorção de Nutrientes|.


    [(Néctar da Perdição): Possibilita a produção e secreção de um néctar incolor e inodoro, que parece inofensivo e até benéfico, mas que causa uma sensação de euforia e excitação a ponto de dar um leve controle sobre quem o ingere.]

    [|Charme Sedutor|: Permite atrair o alvo com uma aura de beleza, inocência e pureza, fazendo-o baixar a guarda, manipulando sua própria aparência e ambiente com ilusões e miragens para parecer ainda mais irresistível, se assim desejar.]

    [|Sintonia da Natureza|: Permite ao portador sintonizar sua essência com a natureza, criando uma harmonia que fortalece a sua conexão com o ambiente natural. Isso não apenas aumenta sua afinidade com o verde e a vida selvagem, mas também o permite se camuflar melhor em meio à natureza e comunicar-se levemente com plantas, criaturas selvagens, espíritos da floresta e afins.]

    [|Absorção de Nutrientes|: Permite utilizar o contato direto para envolver o alvo em um processo que parece mais amoroso do que um ataque, onde as energias e os nutrientes do alvo são absorvidos sem dor e quase imperceptivelmente.]

    Sabendo que estavam sozinhos na casa, Alexander largou o que estava fazendo e se virou para Diana com um sorriso quase distorcido. — Parece que continuaremos o que começamos no leilão mais cedo do que pensávamos.

    Ao reconhecer aquele olhar e sorriso distorcidamente sacana, Diana não pareceu se importar muito e, calmamente, colocou seu familiar em uma grande pilha de pedras de mana. No entanto, assim que fez isso, ela se virou e saiu correndo da sala a toda velocidade, pois não queria ser pega daquele jeito na frente de seu familiar.

    Ainda não entendendo a dinâmica entre as pessoas que cuidavam dela, por vários motivos, mas sentindo que Diana não se sentia ameaçada, Alex olhou na direção em que ela correu, depois voltou seu olhar para a pilha de pedras de mana sangrentas que ela havia lhe deixado e decidiu ficar por ali mesmo, comendo e descansando.

    Enquanto isso, no quarto já fechado, inevitavelmente capturada, Diana foi instigada em meio a gemidos de cima a baixo, antes de ser jogada na cama sem a maior parte de suas roupas mais externas.

    Acuada, mas não mais se encolhendo como um filhote, e sim avançando contra ele e o puxando consigo como uma voraz predadora, ela tirou a camisa dele e mordeu sua clavícula antes de subir, beijando do seu pescoço até a boca, tentando afirmar sua dominância. Mas nada disso adiantou. Ela foi colocada de volta abaixo, e dessa vez os alvos dele pareciam ser mais sensíveis.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (04,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

    1. Este trecho foi parafraseando da canção “Vivo Per Lei” de Andrea Bocelli, portanto todos os créditos artísticos e para os devidos propósitos desta música poética vão para o autor. Tradução: — Cada dia uma conquista. Minha protagonista, será sempre ela — parafraseou Alexander em um perfeito italiano, claramente deixando o público ao seu redor sem entender nada. — Vivo por ela porque agora já não tenho outra saída. Vivo por ela porque ela me dá, pausas em notas de liberdade. Se houver outra vida, viverei novamente por ela.[]

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