Índice de Capítulo

    Capítulos novos toda segunda, quarta e sexta. Segunda e sexta às 20:00 e quarta às 06:00!

    Siga nosso Discord para ver as artes oficiais dos personagens e o mapa do continente!

    A eletricidade queimava.

    Any despencou dos céus direto para o chão da arena.

    A plateia vibrou. Realmente as histórias sobre o nível de letalidade de Suzano era real. Em seu primeiro ataque tudo havia acabado.

    Era o que a maioria pensou, Hermes estava pronto para anunciar o fim da luta, mas da fumaça no chão o corpo incinerado de Any começou a se mover.

    Sua pele carbonizada pela descarga elétrica se refazia como se fosse milhares de linhas de tear formulando um corpo pálido.

    Suas feridas se fecharam e em questão de meio minuto ela estava de pé mais uma vez.

    — Demorei só trinta segundos para me refazer cada órgão interno e tecido de pele? — Falou a soldado de pé, surpresa com a própria regeneração. — Essa armadura anã realmente ampliou meus poderes. Da última vez demorei cinquenta e sete segundos.

    Suzano diminuiu sua altitude até ficar pouco mais de cinco metro do chão e olhou fixamente para Any.

    — Controle de sangue e regeneração aceleradíssima. Uma verdadeira hemomante.

    A soldado se pôs mais uma vez em posição de combate.

    — Fala como se não fosse novidade. Já lutou contra alguém com poderes parecidos?

    Suzano tossiu, uma tosse seca.

    — Na realidade não. O último que controlava sangue conseguia só fazer alguns projéteis de sangue e sua cura não foi tão eficaz quanto a sua, afinal, depois de um raio meu, ele não se levantou mais.

    Any não conversou mais, agora ela partia para o alto mais uma vez, tentando alcançar Suzano.

    Enquanto ela saltava na direção do ossuiano, ela podia ver as nuvens carregadas do céu brilhando em amarelo e branco e azul vibrantes. Descargas elétricas que estavam prontas para serem evocadas.

    Suzano assim o fez com um movimento de seu braço, o erguendo e então dando uma ordem silenciosa com um movimento em arco na direção de Any.

    A soldado rapidamente mordeu a própria mão, a fazendo jorrar sangue e um escudo de sangue a cercou. O impacto de eletricidade e sangue fez um cheiro repugnante tomar conta da arena que foi tomada pela fumaça pútrida.

    Dois chicotes de sangue emergiram da fumaça mirando as pernas de Suzano que foi surpreendido por um breve momento.

    Any se lançou na direção dele usando os chicotes como estilingue e suas unhas estavam cobertas por sangue afiadíssimo que prometia dilacerar o que quer que encontrasse pela frente.

    Um raio amarelado caiu do céu mirando Suzano e uma aura de raios o protegeu. Quando Any tocou no peito de Suzano, os raios a eletrocutaram de imediato.

    A soldado urrou de dor.

    — Sei que isso não vai ser o suficiente, então…

    Suzano levou sua mão direita até a face da lyberiana e ergueu seu corpo tostado para o céu e o esticou com sua mão esquerda que segurou suas pernas.

    Mais um raio caiu. Esse por sua vez partindo o corpo de Any em dois.

    — ANY!! — Gritou Helick de dentro da sala dos vencedores.

    Tály que estava desacordada acordou com o grito desesperado de Helick. Ela travou um segundo ao perceber que sua cabeça repousava no colo de Morgan que via a luta com uma expressão séria.

    — Se acalme meu príncipe! — Chamou Marco.

    O semblante de Helick estava em um misto de terror e fúria.

    — O que esse cara está fazendo? Desde o princípio ele tentou matar, ele não tentou vencer de nenhuma outra maneira desde o início!

    Morgan aproveitou que Tály não estava mais em seu colo e se levantou, ficando ao lado de Cassian que o olhava com um semblante não muito amigável.

    — Esse é o jeito de Suzano. Todo e qualquer tolo que o desafia ele mata. Suponha que faça isso para passar uma mensagem clara que não deve ser desafiado.

    — Que tipo de pensamento doentio é esse? — Perguntou Cassian. — Pensei que ossuianos vivessem pelo combate e pela glória.

    — Nem todos. Alguns só querem ficar quietos e tranquilos com sua vida. E pra piorar os únicos que tem a chance de fazer isso são os mais poderosos e implacáveis. Mas afinal, o que sua companheira pensou em desafiar o mais poderoso da Cidade dos Corajosos? O que ela busca com isso?

    No chão da arena o corpo mutilado e dividido em duas partes de Any se encontrava inerte.

    Mas isso não durou por muito tempo. Em questão de segundos suas partes se reaproximaram abruptamente e o processo de cura acelerado se repetiu.

    — Não, isso ainda não foi o suficiente! — Falou Any se levantando como se estivesse frustrada.

    Suzano reparou no semblante da soldado que havia resistido até mesmo um de seus golpes mais cruéis e continuava de pé.

    — Nem isso funcionou? Mas que estranho, a algo diferente em seus olhos… O que seria? O que esconde por detrás dessa máscara dura e impiedosa minha jovem?

    — Cala a boca e apenas me proporcione a batalha que eu tanto desejei!

    Foices de sangue se materializar nas mãos de Any que as arremessou contra Suzano com velocidade e precisão letal.

    — Se você não desce até aqui, eu te faço cair!

    As foices cortaram os céus perseguindo Suzano que se esquivou facilmente voando entorno dos ventos.

    Mas Any ainda não havia acabado, com uma ordem de suas mãos que pareciam dançar, as foices deram meia volta e voltaram a perseguir o ossuiano.

    — Interessante. — Falou Suzano apontando sua mão direita para frente enquanto um raio caia em sua direção e era conduzido pelos seus dedos até as foices.

    Any deu mais uma ordem as suas criações de sangue e elas desviaram no último segundo do disparo de relâmpagos e avançaram contra o alvo.

    Suzano teve que se desviar mais uma vez, mas agora as foices o seguiam de perto.

    Any estava concentrada guiando as foices que giravam, pressionando e forçando a descida de Suzano.

    — Mas o que é isso? — Falava Hermes boquiaberto com a pressão que Suzano estava sofrendo. — Ela está… Pressionando o SkyFall? Seus poderes regenerativos foram um choque que virou o rumo da batalha! Suzano que sempre fora o executor mais rápido dessa arena pelos últimos trinta anos, agora se vê encurralado por não conseguir finalizar o combate com seus golpes destrutivos!

    — Já chega disto! — Trovejou Suzano que deu um rasante até o solo da arena, um relâmpago azulado vindo dos céus o seguindo.

    O impacto na arena fez uma onda de choque e energia que destruiu tudo que tocava inclusive as foices que o seguia implacavelmente.

    Any não conseguiu se mover a tempo para se esquivar do golpe a onda de choque a acertou em cheio.

    O poder destrutivo foi tanto que toda sua pele fora evaporada, deixando apenas uma caveira encharcada de sangue e tecido flácido interno de órgãos de armadura na arena.

    A arena se calou.

    — Pelo jeito as armaduras anãs são realmente resistentes. — Zombou Suzano, certo da vitória.

    Mas o sangue voltou a brilhar, e o corpo de Any voltou a se reconstruir. Conforme suas cordas vocais foram reconstruídas, gritos de dor e agonia ecoaram. Dolorosamente e interminavelmente ela voltava a vida.

    — Não… AINDA NÃO FOI O SUFICIENTE!!!

    Apoie-me

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 100% (2 votos)

    Nota