Índice de Capítulo

    Nota do autor: Só passando para informar àqueles que ainda não sabem que estamos comemorando o aniversário da nossa comunidade e site. No meu caso em específico, eu vou tentar manter a publicação diária de 2 capítulos por dia durante essa semana de evento e comemoração… Sempre no nosso horário tradicional e de praxe, às 20:00.

    Bom capítulo a todos.

    Com todos os seus capitães sentados à mesa, alguns em bom estado e outros quase caindo de exaustão devido ao desgaste por conta das runas, Alexander correu os olhos por cada um deles, os analisando como um todo e, ao confirmar que realmente parecia faltar algo naquela mesa, ele decidiu partilhar os seus objetivos iniciais antes de ir tomar alguma ação: — Com vocês já empossados, acho que já é hora de apontar o nosso primeiro objetivo, até para que vocês possam se regular e se re-dividir de forma eficiente.

    Ao ouvi-lo mencionar o primeiro objetivo deles como facção, os capitães se voltaram com atenção redobrada e ouviram a explicação dele: — Como primeiro ato enquanto facção plural, e não só de combate, nós vamos assumir o trabalho de reestruturar o arquipélago que conquistamos… Infelizmente, não podemos ficar com ele para nós mesmos, mas vou conseguir, junto à Baronia, os recursos e ordens de concessão para sua reestruturação total. A ideia é fazer um posto avançado que tenha de tudo, desde salinas, estaleiros e locais de construção e reparo de embarcações, até cais de atracamento para rotas comerciais e pontos de observação e proteção preventiva da costa da Baronia de Port.

    Olhando-o como se ele fosse tão incompreensível quanto um louco ou um sonhador, seus capitães esboçaram níveis diferentes de impressão, o incitando a continuar o detalhamento do seu plano.

    — Minha ideia é bem simples, na verdade. Caso vocês não saibam, o Império não vai tolerar, muito menos ver com bons olhos, se eu tentar me expandir por outros meios sem o aval de várias figuras de topo e/ou do Imperador, então só nos resta recorrer a assumir outras áreas para expandir; logo, todos, e literalmente todos, na facção devem aprender, no mínimo, o básico sobre combate para se defender, e o básico sobre alguma outra área para ajudar na execução delas, pois vamos lucrar e enriquecer vendendo, fabricando e aprimorando diversas coisas — explicou ele, ao apontar para Fei Ye e Iskandra. — Podem se familiarizar com isso ao perguntar para eles… Uma vez que você chega ao “limite territorial”, invariavelmente a estrutura, seja família ou facção, tem que variar sua matriz, ou vai acabar se sufocando antes mesmo de conseguir prestígio e poder para pleitear algo mais.

    Ao contrapor os capitães citados, que assentiram para as palavras, Bjorn indagou, como se aquilo não fosse lógico para ele: — Não podemos só contratar alguém?

    — Poder, nós até podemos; e muito provavelmente até iremos. Mas perceba: cada serviço que a facção, ou nós mesmos, enquanto indivíduos, contratarmos de outros grupos, é dinheiro que poderia estar indo para a família de qualquer um aqui que irá para pessoas não relacionadas — respondeu Alexander pausadamente. Não porque achasse que seu capitão fosse burro, mas para que todos ali também entendessem que era bom ver o macro. — É um fato que nós não podemos ser completamente independentes e autossuficientes em todas as áreas. No entanto, quanto mais nos aprimorarmos, mais riqueza geraremos, já que o dinheiro vai entrar mais do que sair das nossas famílias.

    Com todos assentindo em um mínimo de entendimento, Alexander passou a bola para Fei Ye gerenciar o planejamento do arquipélago que conquistaram, como se dissesse: se matem, e saiu da sala para resolver outras questões. Ele era o cara para segurar as pontas, para ser ponta de lança em ataques e confrontos, ou mesmo para dar ideias inovadoras e disruptivas, mas não era o cara para ficar ali fazendo o trabalho pesado de planejamento, no máximo revisando para aprovar algo mais importante e/ou estratégico; era por isso que tinha funcionários.

    Após sair da sala de reunião, com seu objetivo bem definido e previamente planejado para ser algo mais individual entre os envolvidos neste primeiro momento, Alexander passou os olhos pelos membros restantes da facção até encontrar o que procurava: Sunzu. — Venha, vamos caminhar e conversar um pouco.

    Acenando para que os outros pudessem relaxar, enquanto Sunzu o acompanhava para que pudessem conversar andando, Alexander iniciou a caminhada deles com a pergunta que não queria calar: — Você sabe por que eu não te chamei antes?

    — Há vários motivos possíveis para você ter pensado em fazer isso, mas os que mais me parecem prováveis são que você me usou para passar um recado, ou que eu tenha feito algo que o desagradou, ou mesmo a mescla de ambos — respondeu Sunzu, como se aquilo lhe fosse bem óbvio, sem nem mesmo se virar para avaliar a expressão da outra parte.

    — Se eu lhe dissesse que foi a última opção, você saberia reconhecer nosso ponto de inflexão e para qual finalidade eu possivelmente estou lhe usando? — indagou Alexander enquanto eles continuavam andando calma e relaxadamente.

    — Eu não saberia definir entre tantos pontos qual foi a nossa diferença crítica, que chegou a me desqualificar, se me perguntasse isso quando não me chamou. Mas, ao pensar nas pessoas que você escolheu, uma coisa ficou clara para mim: a nossa visão de mundo é bem diferente uma da outra, o que fere diretamente sua ideia de coesão interna… Estou certo? — sorriu Sunzu, convicto.

    — Sim e não. Você não está de todo certo, mas também não está de todo errado… Eu não tenho nada sério contra sua visão de mundo; meu problema é com as formas e os meios que segue para chegar lá — apontou Alexander, ponderando a melhor forma de exprimir a sua ideia. — Eu não tenho nada contra a sua ideia de tradição, ordem e hierarquia. Mas, para mim, elas são mais restritivas do que deveriam, se é que você me entende…

    — É quase óbvio que um indivíduo, logicamente, deveria conquistar o direito de falar e ser ouvido sobre questões importantes. Porém, mesmo isso tendo lógica e estrutura, para mim, é errado julgar ou restringir ideias apenas pela sua origem, e não pelos seus méritos — acrescentou ele, parando em um jardim próximo com vários passarinhos. — Afinal, no final do dia, há aves que cantam sem ninguém as ensinar ou atestar que sabem cantar; elas simplesmente cantam.

    — Eu sei que a probabilidade de alguém “inadequado e/ou inexperiente” ter uma ideia melhor do que a sua é quase impossível, até por isso estou interessado em você. Mas não estou aqui, conversando com você, vivo e chutando?… Logicamente falando, quais as chances de um jovem adulto da minha idade, sem apoio e/ou background, ter tanto poder e liberdade quanto eu? — exemplificou, estendendo a mão com um pouco de comida para atrair alguns dos passarinhos, acabando com um casal de passarinhos nas mãos. — E, para piorar ainda mais, você não precisa ir muito longe para também encontrar Diana, que não está muito longe de ser essa mesma representação.

    Ao finalmente se voltar para o jovem alto com ele, o homem de meia-idade olhou para os passarinhos por um tempo e o contrapôs: — Acredite ou não, eu entendo o seu ponto. Ele é apenas idealista demais… Não há tempo sob o céu para eu ouvir a todos e ainda decidir qual é o melhor, e por aí vai.

    — Eu NÃO quero, e nunca quis, que você ouça a todos. O importante é estar disposto a realmente ouvir quando alguém incomum falar… Até porque duvido que alguém comum, sem muita confiança, mesmo que vã, terá coragem de vir lhe dar conselhos, muito menos discordar da sua ideia sugerindo alterações, rsrsrs. — disse Alexander ao homem de estatura média, que parecia ser a definição de comum para qualquer guerreiro médio, mas tinha uma poderosa aura analítica que inspirava respeito e/ou receio.

    — Só isso? — questionou Sunzu ao levantar e oferecer o dedo para um passarinho.

    — Para alguém tão bom em analisar e prever estruturas, pessoas e padrões, você não é lá muito bom em se ver de verdade como um todo, rsrsrs — sorriu Alexander, como se estivesse feliz em ver mais “humanidade” do que o esperado. — Se você estiver disposto, e prometer tentar de verdade, eu tenho um cargo que considero perfeito para você na minha facção… Mas lhe adianto que tentar abrir mão dos seus preconceitos forçadamente pode ser bem difícil e muito estressante.

    — Ninguém é perfeito, afinal — respondeu Sunzu descontraidamente, quase no mesmo instante em que o pequeno passarinho no seu dedo voou. — No entanto, superar outra possível limitação antes de ter que parar não seria ruim… Eu aceito.

    — Ótimo. Então eu, Alexander Ocean DragonSeal, o nomeio vice-líder honorário da facção e capitão da 7ª Divisão, a divisão referente a análises, estratégias e previsões em suas variadas áreas — declarou ele, com satisfação, ao estender um contrato previamente preparado, pois sempre quis o talento daquela pessoa para si.

    Com seus planos saindo mais ou menos como ele queria devido ao bom senso das pessoas, Alexander esperou Sunzu terminar de selar o contrato e, sem aviso prévio, pressionou uma runa de {Baú Mímico} contra a costa da mão dele. — Não conte aos outros capitães. A maioria deles recebeu apenas 1 runa tão singular, e você vai receber 2 runas; afinal, eu preciso compensá-lo por colocá-lo apenas como um vice honorário, mesmo quando você vai agregar tanto à facção… Agora vamos. Vou lhe apresentar aos outros e lhe deixar a par do que estamos fazendo.

    Surpreso com a marca da runa na sua mão desaparecendo, Sunzu nem protestou muito e o seguiu até a sala de reunião à vista de todos. E, lá, foi apresentado como Sunzu Europa, ou Sir Sunzu, os ||Olhos Analíticos||, cavaleiro empossado da 07ª divisão e vice-líder honorário da facção DragonSeal, reconhecido perante eles com a runa do {Kobold Xamânico Animalista}.

    O {Kobold Xamânico Animalista} é uma criatura que encarna a conexão entre o mundo físico e o sobrenatural, representando a fusão das forças primordiais da natureza. Ao longo de sua jornada, ele transcende o papel de mero conjurador, tornando-se um mediador poderoso entre os vivos e o poder espiritual, com a responsabilidade de proteger a sua tribo tanto dos seus inimigos, quanto dos desequilíbrios naturais.

    Embora tenha uma relação pragmática com os espíritos, o {Kobold Xamânico Animalista} não os vê apenas como fontes de poder a serem exploradas. Ele reconhece que, para acessar verdadeiramente essas forças, é necessária, no mínimo, uma afinidade com elas; uma conexão genuína, e não apenas uma exploração. Essa compreensão o impede de simplesmente dominar as criaturas espirituais, entendendo que essa relação deve ser, no mínimo, equilibrada.

    Ao longo de sua evolução, esse tipo de Kobold aprende a extrair fragmentos das essências dos espíritos das criaturas que derrota, podendo fundir sua essência com essas entidades de maneira a se fortalecer. No entanto, esse poder não é concedido sem custo: o kobold deve manter um equilíbrio delicado, ou corre o risco de ser consumido pelos instintos selvagens das feras com as quais se funde. O poder acessado é uma troca constante, onde cada fragmento de força traz consigo um desafio psicológico e espiritual.

    Por meio dessa fusão, o {Kobold Xamânico Animalista} não apenas adquire habilidades extraordinárias, mas se aproxima do entendimento profundo da natureza cíclica da vida e da morte. Ele passa a compreender que o ciclo natural é composto por um constante fluxo entre os mundos, e que o poder que ele invoca é tanto uma bênção quanto um peso.

    Entre suas habilidades notáveis, destacam-se:

    |Leitura de Aura|: Ativa uma percepção espiritual aguçada, permitindo ao usuário discernir as intenções e a natureza espiritual das criaturas ao seu redor. Ele pode distinguir entre seres puros e corrompidos, o que se revela vital tanto em combate quanto em negociações ou interações sociais.

    |Criação de Totem|: Permite retirar parte da essência espiritual das bestas, feras ou monstros abatidos e transformá-las em totens espirituais. Esses artefatos espirituais armazenam aspectos da criatura original (como força, resistência, astúcia ou habilidades específicas), podendo ser invocados mais tarde para diversos efeitos.

    |Manifestação de Totem|: Materializa um ou mais totens previamente criados em um local próximo (curta distância), estabelecendo uma conexão espiritual com a área. Após estabilizados, esses totens podem permanecer ativos a uma distância média do usuário, concedendo benefícios (buffs) específicos do totem sobre a área; como aumento de força, resistência, velocidade ou percepção, dependendo do totem.

    |Incorporação Espiritototêmica|: Possibilita fundir-se completamente com o espírito de um dos totens, transformando-se temporariamente, adquirindo parte das características e habilidades da essência do espírito utilizado. Contudo, esse poder traz consigo um risco: o usuário deve manter o controle sobre seus próprios instintos ou perderá sua humanidade para os instintos primitivos do espírito com o qual se fundiu. A fusão não é apenas uma troca de poder, mas um teste de resistência psicológica e espiritual, que pode levar a um ponto de ruptura, caso a fusão seja demasiadamente intensa.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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