Capítulo 292 – Avanços e reviravoltas na pesquisa
Ao receber o aval e as especificações dadas por Robert sobre o que fazer, Alexander beijou Diana na testa; sorriu quase apologeticamente para Solas, que estava com a sua madrinha e a mãe, Brie; abriu um largo sorriso, daqueles que querem ver o mundo em chamas, suspeitosamente muito parecido com o de Lucas; e, então, pulou pela janela, abrindo suas asas e ascendendo ao céu em alta velocidade.
Para a consternação de todos na academia e arredores, poucos segundos depois, ele mergulhou e chegou ao solo como uma granada tática, usando |Pouso Sísmico| em potência máxima, causando um grande estrondo.
Assustados, quase todos ali se perguntavam o que estava acontecendo, quando a voz de Alexander reverberou por toda a instituição: — Eu sou Alexander Ocean DragonSeal, o atual campeão imperial e desta academia, falando diretamente da arena principal, o local onde me tornei campeão.
— Com o aval e a permissão do diretor da academia, declaro aberto nosso torneio acadêmico! — retumbou ele, provocativamente. — Aqueles que ainda desejam participar e têm a coragem, ou audácia, de me enfrentar, independentemente do ano na academia, devem subir nesta arena e esperar o início do combate.
Em polvorosa, todos os alunos basicamente pararam o que estavam fazendo e passaram a se olhar com vários tipos de estranhamento. O maior deles, obviamente, era: vou ter que lutar contra esse monstro para ter a mínima condição de participar do Torneio Imperial e/ou minimamente me destacar?
Impassível no centro, e epicentro, da arena, Alexander viu e ouviu, aos poucos, seu desafio se propagar e as pessoas chegarem. Algumas delas estavam meio indecisas; algumas apenas entravam diretamente na arena; enquanto outras simplesmente desistiam e só se sentavam nas arquibancadas, para assistir ao que aconteceria quando tudo começasse.
Após alguns minutos naquele alvoroço, um Mark completamente equipado o viu no meio da arena e avançou sem medo ao seu encontro, mas ele o parou. — Nada pessoal, porém todos devem manter alguma distância até tudo começar.
— Mas pode falar o que precisar daí mesmo… — completou. — Não tenho nada a esconder, e vários aqui devem estar com as mesmas dúvidas que você.
— Isso tudo aqui é realmente sério? — indagou Mark com estranheza.
— Claro — assegurou Alexander com firmeza. — Mesmo que eu estivesse fazendo isso da minha cabeça, uma vez que o Diretor está aí e não me impediu, já é por si só uma autorização a mais para que nós resolvamos por nós mesmos.
— Já que você está dizendo que isso é sério mesmo, quais são as regras? — indagou Gwyneth, não ousando subestimá-lo.
— Mesmas regras e mesmas limitações, basicamente — respondeu ele. — Vamos ter apenas uma única alteração; no entanto, isso vai ficar para quando o Diretor mandar alguém sinalizando que o tempo de preparo acabou.
Assentindo, o casal viu os irmãos Azure e outros chegarem e passou a conversar sem parecer se importar muito; até que uma moeda foi jogada de longe, depois de algumas horas desde o desafio. Moeda a qual Alexander recebeu com maestria.
— Maravilha. Parece que nós já podemos conversar — avisou Alexander, brincando com a moeda. — A nova regra é muito simples: para ser justo, assim que essa moeda tocar o chão, todos vocês devem tentar me eliminar enquanto tentam se manter na disputa… Sim, a nova regra basicamente diz que sou apenas eu contra todos vocês juntos, sem qualquer restrição de colaboração.
Com o grupo de estudantes explodindo em uma confusão barulhenta, com vários reclamando e/ou xingando por estarem sendo subestimados, Alexander os calou ao lançar a moeda bem alto para cima e passar a se preparar, enquanto liberava sua aura literalmente monstruosa, sem reservas, sobre todos eles.
Na fração de segundo referente ao primeiro tilintar da moeda no chão, ele meio que se contraiu, como se estivesse se apertando em um autoabraço1, e liberou uma violenta onda de energia dracônica omnidirecional sobre a arena. E, quando quem assistia pensou que já havia acabado, seu corpo se abriu em um rugido2, liberando uma violenta onda de poder mágico…
Em um curtíssimo espaço de tempo, Alexander havia usado 2 |Pulsos de Energia|, intercalando uma onda de energia dracônica bruta e outra de poder mágico.
Desmaiando-os e/ou arremessando-os para fora da arena, tossindo sangue, ao usar ⅓ de sua respectiva energia em cada ataque, ele fez com que, contando com ele mesmo, restassem menos de 10 pessoas na arena. Dessas, várias estavam sob a proteção do escudo de Mark, que, em momento algum, ousou subestimá-lo.
Um pouco ofegante e respirando com certo peso por lançar para fora uma parte significativa das suas reservas de energia, Alexander correu seus olhos por todo o estrago que tinha feito. No entanto, felizmente, Robert havia protegido os alunos assim que eles iam sendo expulsos da arena pelo poder dele.
Apreensivos e assustados com o que havia acontecido e com seu oponente, todos os estudantes que sobraram instintivamente se reuniram em um bolo e passaram a se perguntar como lidariam com o monstro à sua frente. Porém, ele retraiu a sua aura a algo quase irrisório e pacífico, virando-se para ir embora.
— Considerem-se classificados para amanhã — disse, provocativamente. — Seria injusto decidir a ordem de eliminação baseada em quem eu escolhesse primeiro.
Surpresos com aquele temperamento e a discrepância de poder, todos na arena ficaram sem poder dizer muito e apenas o assistiram voar na direção de onde veio a moeda, com um pensamento em suas cabeças: eles estão em uma liga diferente. Ele já não é mais um aluno como os outros; ele é um monstro.
— O que achou do meu desempenho? — indagou Alexander ao chegar onde o grupo de Robert estava. — Meu poder corresponde à descrição que dei, ou ainda vou precisar voltar lá amanhã e maltratá-los mais um pouco?
Lançando-lhe um olhar estranho, assim como os outros, exceto Diana, o Duque só pensou por um tempo e não disse nada em resposta. O garoto à sua frente estava avançando e crescendo de forma atrozmente rápida, como nunca tinha visto.
— Vou tomar isso como um “sim” e aguardar as próximas especificações sobre o que fazer na casa reservada para minha família — disse ele, sorrindo, antes de se virar para sua noiva. O surpreendente era que Solas já parecia afeiçoado a ela, mesmo ainda olhando para ele de forma ressentida.
Ao “sorrir para não chorar” com aquela disparidade de tratamento, Alexander se reuniu com Diana para se despedirem dos demais e foram para a casa reservada à família deles na academia; para que Robert pudesse pressionar os outros diretores com a ameaça de colocar Alexander para lutar, e, consequentemente, varrer todos os do nível estudante com facilidade.
Assim que se instalaram na casa, o casal permitiu-se sentir o desgaste das habilidades que haviam usado naquele dia, comeu algo simples, tomou banho e foi descansar. O dia seguinte poderia ser tranquilo, mas também poderia ser bem exaustivo e demandar muito de ambos…
Já no começo da manhã seguinte, Alexander recebeu os materiais acordados e se preparou para ajudar Helene em sua pesquisa, a ponto de Diana ficar bastante surpresa e indagar: — Não vai assistir para ver quem vai vencer?
— Não é necessário. O vencedor é óbvio — assegurou ele, com certeza. — Se não houvesse restrição, talvez valesse assistir, e eu até poderia apostar meu dinheiro em Mark, visando lucrar muito. Porém, mesmo que não use diretamente ela, itens abaixo do nível (Elite) de pico não conseguem resistir ao poder ofensivo que aquela espada oferece passivamente ao seu portador, Jason…
— Eu já segurei aquela coisa por alguns instantes; acredite em mim, eu sei. Mark e qualquer outro no nível estudante vai perder para aquilo — completou.
— Isso não é perigoso? — apontou ela, já meio preocupada.
— Sim. E muito — concordou Alexander, sem parecer muito preocupado. — Por mais que seja o atual portador dela e alegadamente um gênio, Jason não controla a tal espada, e o poder pode sair do controle e destruir até as defesas dos adversários dele; é quase como se a espada controlasse a relação entre eles… Mas não precisa se preocupar muito com isso, pois, se eu sei disso, é claro que o diretor também sabe e deve tomar medidas, talvez até pessoalmente.
Ao entender os pontos centrais envolvidos, Diana achou por bem ficar no torneio da academia, caso precisasse e/ou pudesse ajudar, até porque não era uma fonte versada no tema da pesquisa com a qual seu noivo iria colaborar.
Feliz pela assertividade dela em focar em seus pontos fortes, e a respeitando, ele se despediu dela com um beijo e foi ao encontro de Helene no laboratório para a pesquisa sobre energia Yin e Yang.
— Você finalmente chegou — disse ela com certo ânimo e certo ressentimento ao vê-lo. — Desta vez, o nosso custo foi alto, então espero algo à altura.
— […] — suspirou Alexander. — Se não quer que fiquemos andando em círculos, me dê as informações que acharem cabíveis para não ficarmos nos repetindo.
Não achando de todo ruim que o jovem à sua frente fosse tão direto e pragmático, especialmente em uma pesquisa tão animadora na qual ela queria avançar, Helene reuniu as informações para norteá-lo em que ponto estavam e o deixou lendo-as, enquanto organizava a elite dos pesquisadores para que obtivessem o máximo de proveito daquela oportunidade…
Surpreso com o ponto a que tinham avançado, ele passou a ponderar seriamente em que medida devia ajudá-los sem entregar demais, uma vez que não queria ver um avanço ainda mais rápido. No entanto, quanto mais lia a pesquisa, mais e mais seu rosto ficava assustadoramente impassível.
— Quem? — rosnou Alexander, correndo os olhos pela sala ao explodir em fúria assim que terminou de ler os dados da pesquisa. — Quem fez essa merda?!
— Quem o quê? — indagou Helene, confusa. Mas já era tarde demais.
Os olhos de Alexander cruzaram com os do pesquisador que liderava a colaboração imperial. Ele não só soube que fora a outra parte que havia feito aquilo, a outra parte também soube que ele havia descoberto tudo apenas pelos dados.
— E daí se eu tiver feito isso?… — disse o líder dos pesquisadores imperiais. — Foi tudo pelo bem do avanço rápido e efetivo da pesquisa.
— Desgraçado — rosnou Alexander, brilhando de onde estava e reaparecendo à frente do pesquisador, desferindo-lhe um ataque pesadíssimo. — Já que é assim, vamos ver se você vai gostar quando eu te transformar em minha cobaia e fizer sua pele erodir e sua carne corroer de tanta energia Yang.
O líder dos pesquisadores imperiais tinha seu gabarito e competências, podendo ser até um mago melhor e mais refinado do que Alexander; porém, era visível a disparidade física entre ambos.
No entanto, antes de ||A Besta|| subjugá-lo totalmente, uma gaiola e correntes de restrição de energia elétrica surgiram ao seu redor, prendendo-o.
— |Restrição de Raios e Relâmpagos| — conjurou Helene, agora indignada e bem enraivecida. — Você me trata como se eu fosse ar para agir assim aqui, garoto?
Rugindo em resposta ao poder elétrico que parecia atravessar sua carne como verdadeiros grilhões, Alexander, transformando a dor em raiva, e sua raiva em mais poder, ativou |Expansão Corporal| e |Expansão Muscular|, lutando contra as restrições, e por fim, assim que conseguiu se mover um pouco, lançou a garra de Drayygon no chão entre eles, liberando uma aura progressiva absurda.
— Me solte agora, ou nem mesmo eu vou ter como parar, muito menos controlar, o que vai acontecer — apontou ele, com a raiva de quem já havia decidido cortar qualquer ponte com aquela pesquisa ali; no mínimo…
Coincidentemente, quase ao mesmo tempo em que isso acontecia, em outra parte do Império, na Cidade das Luzes, uma aura absurdamente poderosa e sua pressão desceram sobre a cidade, fazendo todos ali se sentirem, no mínimo, desconfortáveis. E isso porque seu portador ainda não havia feito nenhum movimento; a aura estava apenas agindo de forma bem passiva.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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