Capítulo 293 – Energia Yang orgânica
Fora do laboratório de pesquisas, no entorno da arena da academia onde estava acontecendo o torneio acadêmico, Diana e Robert instantaneamente sentiram a explosão de raiva e poder de Alexander. Mais do que isso, eles logo notaram toda a matriz energética pseudo-natural estremecer ante o poder das restrições Tier IV que Helene lançou; Alexander resistindo às restrições; e Storm se preparando para atacar em área com 8 orbes de naturezas diferentes.
— Maldito garoto problemático — esbravejou Robert, antes de encapsular Diana com sua mana e disparar com ela até o local, dizendo: — Contenha essa sua ave, ou vou ter que pará-la eu mesmo.
Assentindo, sem ousar duvidar dele, Diana chamou Storm ao se aproximar e lhe disse para parar e levar seu poder consigo para longe, pois cuidaria pessoalmente da situação a partir dali.
Contendo-se e recuando mediante o pedido dela, o grande pássaro subiu ainda mais, levando os seus ataques consigo para não destruir de vez a matriz em torno da academia, ou piorar ainda mais a situação.
Satisfeito com aquilo, mas sem tempo para postergar o problema por sentir a aura que reconhecia como a da garra de Drayygon, o Duque nem se deu ao trabalho de entrar no laboratório da forma correta e “só” rasgou uma parte dele para obter uma visão do que estava acontecendo, fazendo seu poder descer sobre todos ali de forma quase ostensiva, por assim dizer. Ele, Robert Raiovas, o diretor da academia e atual chefe da família Raiovas, havia chegado.
No entanto, ao ver Alexander aprisionado e restrito por uma gaiola e correntes elétricas, foi a vez de Diana ficar lívida, sombria e com os olhos bem injetados de sangue; passando até a liberar uma aura estranha, que fazia os outros se sentirem mal e com uma sensação de perigo.
— O que, inferno, está acontecendo aqui? — exigiu Robert, sobrecarregado.
— Seu garoto perdeu o controle e saiu atacando os outros — respondeu Helene, ainda sem entender totalmente a situação, mas sem medo algum do irmão. — Da forma que ele estava, não me surpreenderia se matasse alguém, mesmo que fosse sem realmente querer.
— Solte-o, para que ele possa tirar essa coisa da minha academia e explicar o que estava fazendo — disse Robert, claramente endossando que se responsabilizava por contê-lo, se necessário.
Ao ser liberado das restrições, tal qual uma verdadeira besta ferida, Alexander se segurou como pôde para não cair devido aos efeitos residuais da eletricidade em seu corpo e, forçadamente, se moveu para pegar a garra do chão.
Ele então se alçou aos céus com ela na mão, até ficar frente a frente com Robert; para sinalizar e lembrá-lo de que não iria mais falar só com a autoridade dele, mas com a que aquela garra de um ||Rei Dragão|| lhe conferia.
— Se não tivesse lhe prometido ajudar com isso hoje, eu iria embora aqui e agora. Então nunca mais me envolva minimamente com essa pesquisa — disse Alexander bem sério, sem nenhuma boa vontade na voz. — Quanto ao que aconteceu, aquele desgraçado imperial usou minhas ideias e informações para “infectar” uma mulher com energia Yin e criar um análogo inverso a mim para usar em sua pesquisa…
— O senhor, ou mesmo sua irmã, podem não saber de nada e não estarem nem um pouco envolvidos — não negou ele, sendo frio e analítico. — Mas nós tínhamos um acordo… Era dever de vocês saberem e impedirem isso.
— Uma vez que chegou a esse ponto, uma coisa ficou clara: nada impede que usem nossos avanços… MEUS avanços, contra nossas famílias se acharem que isso vai acelerar os resultados que querem — apontou, cada vez mais irremediavelmente decidido. — Talvez o senhor e sua família possam se defender e proteger os seus, mas, como ficou evidente, eu não tenho essa prerrogativa. Não vou ajudar em algo para ser usado em torturas de outros; inclusive da minha família, se eles desejarem.
Frio… impassivelmente frio… mortalmente frio. Após ouvi-lo, Robert correu os olhos pelo entorno e notou que não encontrava o pesquisador imperial.
Verdade seja dita, mesmo não gostando, ele não estava tão assombrado com as ações do pesquisador. Porém, por mais que Alexander novamente tenha sido bem ostensivo, virulento e inconsequente em suas ações, foi o pesquisador-chefe que, premeditadamente e intencionalmente, arrastou a cara de sua família na lama.
Como intermediário e “fundo garantidor”, ele sabia que desvirtuar as intenções da pesquisa sem qualquer aviso prévio a eles era uma ofensa gravíssima, que colocava o prestígio deles em risco. Ainda mais porque ele duvidava que o Imperador tivesse dado aval para isso; e muito menos admitiria, mesmo que tivesse dado.
Ao fechar os olhos e se concentrar, o Duque não apenas acalmou e estabilizou, por assim dizer, as distorções energéticas por toda a área, como também fez um raio cair em um ponto específico da Cidade Gêmea, fora da academia. Tudo isso sem causar flutuações que destruiriam a matriz na sua academia… Seu reconhecimento como uma força da natureza não era em vão.
— Agora você — disse Robert, ao se virar para Alexander com puro poder nos olhos, a ponto de parecer que mana líquida corria como raios por eles. — Todos têm seus assuntos, suas obrigações, seus deveres e suas famílias. Achar que está certo não te dá o direito de sair por aí agindo como quer… Esta é MINHA academia; este é MEU território.
Suprimindo tudo e todos presentes ante a sua exasperação, ao ponto de parecer que ouviriam um alfinete cair em um chão de algodão, aquela força da natureza lembrou a todos os presentes naquela área de pesquisa restrita que estavam em sua casa, logo deveriam dançar conforme a sua música ou enfrentar as consequências.
Frio e silencioso, Alexander não se deu ao trabalho de respondê-lo ou dizer mais nada, apenas retornou ao solo para receber os cuidados de Diana. Com tudo dito e feito, não havia mais nada a ser dito ou posto além de terminar o que tinha para fazer ali, voltar para sua casa e cuidar da sua vida e dos seus próprios assuntos.
Sob aquele clima completamente estranho e nada propício, bem em contraponto à impassividade extremamente neutra de Helene, a maioria dos pesquisadores ficou desconfortável, sem saber como se portar. Porém, até desejando suplantar o trabalho do pesquisador-chefe imperial, Alexander apertou a mão com seu [Anel do Deus Ladrão] e a ofereceu à pesquisadora-chefe dos Raiovas.
Mesmo confusa, Helene segurou a mão dele e sentiu a energia nela se transformar em uma forma energética exótica, quase nova, e extremamente estimulante para os seus planos: a energia Yang.
Obviamente, aquilo não era real, sendo a utilização de |Ocultação| e |Status Falso| para “camuflar” a energia dele como “energia Yang orgânica”, mas, mesmo assim, ainda era bastante fidedigna e utilizável como comparativo, devido ao item que a gerava ser de alto nível e bem único.
Ele poderia ter feito isso desde o início e avançado enormemente a pesquisa, em vez de só usá-lo para prejudicar ainda mais seu desafeto. Simplesmente não quis.
Radiante, Helene perdeu o brilho quando seu “catalisador” a intimou: — Chame quem achar necessário, pois eu vou embora assim que o dia virar. E, dessa vez, isso não é mais negociável.
Instantaneamente ficando sombria, como uma criança que perdeu seu brinquedo, a pesquisadora instintivamente olhou para o irmão, mas, ao receber uma negativa, sua raiva contra o pesquisador-chefe imperial disparou.
O canalha não apenas fez o que fez, arrastando a face da família dela na lama, como muito possivelmente comprometeu vários anos de possível colaboração por alguns avanços rápidos, só para fazer seu nome; e, ainda por cima, à custa dela…
Naquele ponto, Alexander nem precisava mais se preocupar com o pesquisador. Era tanta gente atrás dele para lhe dar uma surra que ele seria apenas mais um na fila dos que desejavam fazer isso.
Quase parando prematuramente o torneio da academia, Helene realocou todos em quem confiava para ajudá-la a analisar a energia em Alexander de cabo a rabo; e, nesse caso, literalmente.
Infelizmente para ela, ele não podia, e não faria mesmo que pudesse, modular essa “energia Yang orgânica” para fora do corpo, pois ela era só uma emulação da verdadeira, gerada pelo anel dele.
Impassível, porém contundente, assim que o dia virou, Alexander se reuniu com os seus e foi embora da academia sem olhar para trás.
À primeira vista, algo parecia ter se quebrado para sempre. No entanto, várias guloseimas, mimos, frutas, mel cristal e até mesmo vários [Cremes de Refinamento Corporal] foram deixados em grande quantidade para Solas…
A premissa dele e de Diana era simples: uma criança, nesse caso o afilhado deles, não tinha a menor culpa nas complicações causadas pelos adultos.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.
Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.