Capítulo 635 - Salão de Garância
Com os estranhos tremores, um certo alarde foi gerado dentro do Batalhão Zero, com muitos se perguntando o que estava ocorrendo.
Para tranquilizar a todos, Fernando enviou uma mensagem geral aos Soldados, alertando que se tratava de um ‘exercício militar’ de Majores e Generais nas proximidades e o evento deveria ser ignorado.
Mesmo que fosse uma mentira descarada e alguns dos Oficiais e Cabos desconfiassem disso, o jovem Tenente não conseguia pensar em nada melhor. Obviamente ele não poderia dizer que tudo aquilo havia acontecido como uma forma de aviso de uma organização comercial parceira do Batalhão Zero.
Felizmente, como os tremores foram uma ação discreta, onde a Maga sob Diogo havia sido extremamente cuidadosa, o Salão de Garância parecia não ter notado o ocorrido, caso contrário, isso trairia ainda mais complicações a eles.
Após lidar com a negociação extenuante, Fernando retirou-se para seu quarto, deixando os demais assuntos do dia com Lina, Theodora e os outros. Então aproveitou a oportunidade para alternar na leitura do livro de Lincon e a prática mental de Runas. Apesar de tanta coisa acontecendo, o rapaz sabia que não poderia afrouxar nos estudos caso quisesse dominar a Magia de Eletricidade ou aprender a usar Runas e Matrizes.
Após passar uma noite praticamente em claro, o jovem Tenente seguiu em direção a ala dos Oficiais logo pela manhã. Ao abrir a porta da sala, viu uma cena inusitada.
Sobre a mesa de conferência, um enorme sujeito alto e magro de cabelos escuros estava debruçado na mesa e à frente dele estava um homem loiro da mesma forma. Ambos estavam com seus braços direitos apoiados, enquanto seguravam o punho um do outro firmemente, numa queda de braço acirrada. Estes eram Ilgner e o recém recrutado, Alastor.
“O que estão fazendo?” Fernando perguntou, com uma sobrancelha levantada.
“Oh, Tenente, bom dia!” Ilgner disse, sem sequer virar seu rosto, mantendo-se encarando o homem à frente. “Nada de mais, estou apenas testando o novato. Atualmente ganhei vinte e duas rodadas e ele me venceu em nove, parece que ele é realmente qualificado.”
Alastor não disse nada, seu olhar estava totalmente focado no bárbaro loiro, como se tivesse encontrado um inimigo mortal.
Ouvindo a declaração de seu Subtenente, o rapaz pálido tinha uma expressão estranha no rosto.
Testando alguém com queda de braço? Por que ele seria qualificado? Que tipo de lógica é essa? pensou, suspirando, mas logo ignorou os dois, sentando-se na mesa, no lado oposto.
“Como está a seleção dos novos membros?”
“Muito bem, devemos terminar a etapa final hoje. Graças ao gigante aqui, conseguimos eliminar alguns caras muito suspeitos ontem. Ele realmente tem um bom faro para desgraçados.”
“Como assim?” Fernando perguntou em dúvida. Mesmo que Alastor tivesse afirmado possuir alguma forma de identificar pessoas ruins, ele não acreditava muito nisso.
“Bem… Fizemos algumas verificações extras nos indivíduos que ele disse que ‘não prestavam’ e pegamos algumas pessoas suspeitas. Um deles tinha corpos de pessoas mortas dentro de sua Pulseira de Armazenamento, alguns dos cadáveres estavam parcialmente devorados e tinha sinais de mordidas em seus corpos, mordidas humanas… Bem sinistro. Prendemos o desgraçado e o encaminhamos para o Salão da Recepção para investigação. Os outros casos não eram tão graves, alguns ladrões, golpistas e coisas do tipo, os recusamos também.”
Alastor tinha uma expressão focada, enquanto seu braço cheio de veias se esforçava ao máximo para derrubar o do sujeito a sua frente.
“Eu disse que era bom nisso.” falou, com confiança.
Ouvindo tudo isso, a expressão de Fernando mudou, olhando para o gigante de forma estranha.
Ele não era do tipo que confiava ou acreditava nesse tipo de superstições, mas tinha que admitir que se isso fosse realmente verdade, seria um talento realmente incrível.
BAM!
De repente, Ilgner virou o braço de Alastor com força, quebrando a superfície de madeira.
“Vinte e três!” O bárbaro gritou, animado.
“A mesa…!” Fernando exclamou ao mesmo tempo, atônito. Uma mesa como aquela era extremamente cara e difícil de conseguir.
“Hahaha! Foi mal, exagerei um pouco.”
“Não tem problema.” Fernando disse, respirando fundo. “Já que vai ser descontado dos seus salários.”
“…”
Depois de sair da sala de Oficiais irritado, Fernando dirigiu-se ao seu escritório. Chegando lá, viu Lina andando de um lado ao outro, enquanto ordenava alguns Soldados que ficaram encarregados de auxiliá-la a organizar as pilhas de papéis, Poções e equipamentos de reposição que haviam acabado de chegar. Tanto os da negociação com a Loja Etéreas, quanto outros comprados na cidade.
Ao ver o rapaz, a garota parecia ter visto uma luz no fim do túnel.
“T-tenente! Você chegou!” A garota exclamou, como se fosse chorar a qualquer momento.
Vendo as olheiras dela e o fato de estar usando as mesmas roupas do dia anterior, imediatamente soube que ela não havia parado de trabalhar e provavelmente havia ficado ocupada a noite inteira com os assuntos do Batalhão.
Ela é realmente dedicada… pensou, suspirando internamente e sentindo-se mal por deixar tantas coisas em suas mãos.
“Qual é a situação?” Fernando perguntou, calmamente.
“Acabamos de receber o novo lote de equipamentos e Poções que recebemos das Lojas Etéreas, mas como os Subtenentes e todos os Oficiais estão ocupados com a seleção dos candidatos, eu mesma estou fazendo a divisão. Também já terminei de preencher a papelada de entrada do Sargento Arslan e das tropas que vieram com ele, só vou precisar da sua assinatura.” falou, pegando um dos papéis sobre uma das mesas, entregando-o ao rapaz.
O jovem Tenente assentiu, quando moveu o pulso, tirando uma caneta de pena e assinando.
“Eu já apresentei o local a eles e os encaminhei para a Subtenente Theodora, então não precisa se preocupar.” Lina complementou.
Quanto mais a garota falava sobre tudo que estava fazendo, mais Fernando sentia-se mal por sobrecarregá-la.
Droga, de repente eu me sinto como um chefe abusivo… pensou, suspirando, achando que ele não era tão diferente de Raul quanto pensava.
Mesmo sabendo que ele não tinha escolha, já que a promoção para uma Brigada também dependia de sua própria força, ainda se sentia mal com a situação.
Mas, mesmo sentindo-se assim, ele simplesmente não tinha tempo para treinar e gerir todos os assuntos do Batalhão Zero como antes. Se o momento da aplicação para uma Brigada chegasse e sua força fosse insuficiente, eles não teriam escolha se não desistir.
Depois de assinar a autorização, ele pegou uma das pilhas de papéis.
“Eu vou cuidar dessa.” declarou, assumindo-a para si, com alguma culpa.
Os olhos de Lina brilharam ao ouvir isso, quando a garota parecia aliviada. No entanto, isso durou pouco, quando um Soldado entrou no escritório às pressas.
“T-tenente, um mensageiro do Salão da Recepção, acabou de trazer uma mensagem com selo de urgência.”
Fernando franziu a testa ao ouvir isso.
“Me dê.” pediu, recebendo a carta.
Normalmente, se fosse uma convocação oficial diretamente dos Generais, eles o fariam por meio do Cubo Comunicador, o que significava que era algo relacionado ao próprio Salão da Recepção, então poderia ser mais problemas.
Abrindo a carta e varrendo seu olhar sobre o conteúdo, a expressão dele mudou.
“Tenente, o que houve?” Lina perguntou, preocupada.
“O Salão da Recepção está me convocando para dar explicações sobre a Sopa Revitalizante. Segundo eles, querem averiguar a procedência disso.”
Em suma, o Salão estava usando a justificativa de que a Sopa poderia ser algo prejudicial às tropas e queriam saber do que era feita e seus efeitos nocivos.
Obviamente, Fernando não tinha intenções de revelar qualquer coisa, principalmente sobre a relação dela com a carne de Delgnor.
“I-isso, eles podem fazer isso? Talvez o senhor apenas devesse ignorar, como fez com a senhora Amélia.”
Fernando negou rapidamente com a cabeça.
“Não posso fazer isso, a convocação conta com o apoio de um General.”
“Poderia ser…”
“Sim, o General Herin.” falou, com uma voz fria.
Por mais que ele estivesse fazendo seu melhor para ignorar o sujeito, Herin continuava dificultando sua vida dia após dia com todos os tipos de métodos incômodos.
As intenções do sujeito eram claras. Mesmo que não pudesse atingi-lo diretamente, o General continuaria usando sua autoridade e a posição da Administradora Júnior Amélia para pressioná-lo, até que encontrasse algo que pudesse usar contra ele.
Parece que esse cara realmente não vai me deixar em paz. Talvez eu devesse tomar contramedidas… O jovem Tenente pensou, levemente irritado.
Inicialmente, ele havia planejado conseguir a promoção do Batalhão Zero para uma Brigada Nomeada, se o fizesse, por mais que Herin o odiasse, o sujeito simplesmente não conseguiria mais tocá-lo. No entanto, se ele permitisse que o General continuasse agindo como queria, era uma questão de tempo até que conseguisse uma brecha. Se ele não tomasse cuidado, a questão com a Sopa de Delgnor poderia ser justamente o tipo de justificativa que seus inimigos estavam procurando.
“Parece que eu tenho que ir até o Salão da Recepção agora mesmo.” Fernando falou, em tom de desculpas.
“Ah… Isso, não tem problema, Tenente, eu consigo lidar com as coisas por aqui. Eu acho…” A Tesoureira falou, com o brilho em seu olhar desaparecendo.
Parece que eu sou mesmo um chefe ruim… O rapaz pálido pensou, de forma irônica, enquanto saia. Ao olhar para trás, não pôde deixar de se sentir mal ao ver a garota o olhando como um cachorrinho abandonado, o que fez seu sentimento de culpa ficar ainda pior. Desculpe Lina, vou te compensar com algumas férias no futuro!
Fernando até pensou em colocar algumas pessoas para ajudá-la nesse meio tempo que estaria ocupado, mas dentre os membros qualificados e de confiança do Batalhão, só havia Cabos e acima. Dentre eles certamente ninguém iria querer ser rebaixado a ficar uma posição abaixo da Tesoureira e mesmo se houvesse alguém disposto, seria difícil fazer isso sem causar um desfalque severo de mão de obra.
Bem, eu penso nisso depois.
Após algum tempo, Fernando chegou em frente ao Salão da Recepção. Ao olhar para o lugar movimentado, com pessoas entrando e saindo sem parar, ele não pôde evitar de compará-lo com o Salão de Belai.
Mesmo que não fosse tão ativo quanto o da outra cidade, tudo parecia estar se encaminhando, o que era algo bom. Afinal, há apenas um mês o local todo era apenas um amontoado de cadáveres, com rastros de sangue e lutas por todo o lugar deixado pela chacina dos Orcs.
Mas graças aos investimentos e esforços massivos de Wayne e sua aliança, a cidade estava se recuperando numa velocidade impressionante.
Sem pensar muito, Fernando entrou no Salão e caminhou em direção à mesa da recepção. Inicialmente, pensou em se apresentar, mas logo percebeu que não precisaria. Assim que viram seu rosto, as três funcionárias do balcão ficaram agitadas.
“É ele, o tal Tenente que irritou a senhora Amélia.” Uma das funcionárias disse, cheia de receio e aversão. “Ouvi dizer que ele ameaçou agredi-lá, que brutamontes sem noção! Além disso, é tão pálido e bisonho, ele não tem vergonha?”
“Aquele do Batalhão Zero, certo? O que se passa na cabeça de um simples Tenente para ter a ousadia de provocar uma Administradora? Mesmo que ela seja uma Júnior agora, é quase certo que ela vai assumir a posição de Principal, já que possuí boas relações com o General Herin.” Outra disse, com um olhar apático.
“Quando isso acontecer, ele vai estar acabado.” Outra falou.
Vários outros comentários soaram um após o outro, as recepcionistas não pareciam preocupadas em baixar a voz ou esconder seu desdém. Era como se Fernando tivesse as ofendido pessoalmente.
Até mesmo os Guardas na entrada e aqueles patrulhando na parte interna do grande saguão não puderam deixar de olhar para essa cena com pena do rapaz.
Diferente de Soldados, os funcionários civis empregados pela Legião normalmente não respondiam à todas as leis militares que as tropas, mas a processos administrativos muito mais brandos. Sendo assim, contanto que não cometessem nenhum grande erro, as três mulheres não estavam muito preocupadas em serem punidas.
Parece que a influência dessa Amélia no Salão de Garância é maior do que eu imaginava. Provavelmente essa gente foi trazida por ela. deduziu, ao ver a atitude delas.
Ao chegar a essa conclusão, percebeu que não poderia levar de forma leviana a situação com a mulher. Se Amélia controlasse a totalidade do Salão no futuro, ele estaria em sérios problemas, mesmo se conseguisse promover o Batalhão Zero a uma Brigada Nomeada, ainda estaria sob a influência indireta dela.
Ainda que ele não fosse parte de uma Tropa Estacionária e estivesse no meio a uma campanha de guerra que havia sido pausada devido ao Armistício, enquanto estivessem estacionados em Garância, estariam nas mãos dela, caso assumisse a posição de Administradora Principal. Até mesmo se apenas conseguisse uma vaga de Administradora Sênior, já seria suficiente para lhe causar muita dor de cabeça.
Parece que eu sou bem azarado com Administradores. Talvez isso seja algum tipo de sina? Fernando pensou consigo mesmo, suspirando, ao lembrar-se de Jean Armand em Vento Amarelo.
“Estou aqui para ver Amélia Albrechete.” declarou, no balcão de entrada.
“É senhora Amélia.” A recepcionista falou, de forma ranzinza. “Você pode esperar ali, quando ela estiver disponível nós o avisaremos.”
O rapaz pálido deu de ombros para a forma de falar da mulher, sentando-se no banco próximo ao balcão.
Após isso, Fernando esperou pacientemente, porém, após uma hora aguardando, franziu a testa. Ao olhar para as recepcionistas, que a cada poucos instantes lhe davam olhares de ridículo ou cochichavam, entendeu tudo.
Amélia estava planejando provocá-lo, o deixando esperando por um bom tempo propositalmente.
Entendendo isso, o jovem Tenente decidiu não perder seu valioso tempo à toa dessa forma, quando começou a usar os dedos para desenhar runas no ar.
Mesmo que parecesse algo inútil, segundo o que Wedsnagauer e Alfie haviam falado, quanto mais ele fizesse esse tipo de prática mental, mais preparado ele estaria para o momento que começassem as aulas reais de Inscrição.
“Ei, o que esse cara tá fazendo?” Uma das mulheres perguntou, ao ver o rapaz pálido movendo os dedos, como se estivesse escrevendo algo.
“Eu não sei… Talvez ele seja louco?”
“Faz sentido, só alguém retardado desafiaria a senhora Amélia.”
Mesmo ouvindo isso, o jovem Tenente não se importou. Por mais ridículo que ele parecesse para os outros, sabia o quão importante esse tipo de treinamento era e não tinha interesse em parar apenas por causa de opiniões de terceiros.
“Ugh! Além dessa cara feia, ainda é um esquisitão, que nojento!”
Apesar de estar fazendo seu melhor para ignorar os comentários, o último realmente o atingiu em cheio, já que era muito semelhante ao que havia ouvido em suas últimas lembranças traumáticas na Terra. Logo Fernando olhou para a mulher com um olhar frio.
“Ele está olhando para você, acho que ele te ouviu!” A colega avisou.
“Eca, esse olhar de peixe morto em cima de mim… Com certeza está imaginando coisas horrorosas comigo… Acho que vou tomar um banho depois que ele sair daqui.”
Essas desgraçadas… O jovem Tenente pensou, frustrado, nunca imaginando que seria bolinado por um bando de recepcionistas atrevidas.
Mesmo que agora ele não fosse mais o rapaz tímido de antigamente, sendo um homem casado, não pôde deixar de sentir como se tivesse voltado aos seus tempos de escola ou no pouco tempo em sua universidade.
Apesar de estar furioso e sendo um Tenente que poderia facilmente discipliná-las, se conteve. Afinal, essa poderia ser mais uma das artimanhas de Amélia ou Herin. Sendo assim, decidiu que não cairia tão facilmente em suas provocações. Ou ao menos foi isso que pensou, quando uma das mulheres aproximou-se dele, tapando o nariz.
“Você ai, está fedendo, então espere do lado de fora. Alguém vai te chamar quando a senhora Amélia voltar.”
Quando a mulher disse isso, várias das pessoas que estavam passando, incluindo Cabos, Oficiais e Tenentes, não puderam deixar de olhar para a situação com interesse, com alguns até mesmo rindo. A recepcionista estava deliberadamente tentando humilhá-lo.
O rapaz pálido pareceu não reagir a isso, quando se levantou calmamente. Vendo isso, a mulher estava prestes a lançar mais um insulto, quando sentiu um forte solavanco.
Boom!
Tudo que ela viu foi uma mão aproximando-se, quando foi agarrada pelo pescoço.
Fernando estava de pé a sua frente, erguendo-a pela garganta, enquanto seus pés balançavam de um lado ao outro, em desespero e grunhidos.
Quando as outras duas recepcionistas viram isso, levantaram-se, em choque.
“O que está fazendo, seu lunático! Solta ela agora mesmo! Guardas!”
Os Guardas, que estavam acompanhando a situação de longe, reagiriam rapidamente quando correram até o rapaz com as espadas em punho. Mesmo que soubessem que as funcionarias estavam deliberadamente dificultando a vida do rapaz, sabiam que isso deveria ser algo envolvendo os superiores e não queriam se envolver, mas como ele havia agido contra elas fisicamente, só lhes restava se intrometer na situação.
“Solte-a agora mesmo e nos acompanhe!” Um dos homens falou. Havia uma clara hesitação em sua voz, principalmente ao notar a insignia de Tenente em seu peito, mas não tinha muito o que fazer.
Fernando não respondeu às palavras do homem.
“Eu, Fernando Nóbrega, Tenente do Batalhão Zero, fui insultado. Como um alto oficial, pelo regulamento interno da Legião, tenho o direito a executar os infratores, incluindo membros do Salão da Recepção, então estarei cumprindo com meu direito agora.” declarou, com uma voz gelada.
Todos ao redor, congelaram no lugar ao ouvirem isso.

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