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    O sol nascia mais uma vez, iluminando as enormes muralhas prateadas que cercavam um reino grandioso e próspero. O calor que aquecia a cidade servia como um sinal para todos os comerciantes, indicando que era hora de levantar suas barracas e começar mais um dia de negócios.

    As ruas se agitavam e as pessoas despertavam, até mesmo no enorme palácio dourado que ficava ao fundo do reino, cujas cores pareciam brilhar como o próprio sol que se erguia.

    A gigante estrela ainda não iluminava totalmente a cidade, e já se podiam ouvir tilintares de lâminas em uma das várias salas externas do palácio. Dois jovens, um com armadura azul e outro com armadura vermelha, se enfrentavam na sala de treino, tão encharcados de suor que parecia que estavam ali antes mesmo da estrela maior brilhar no céu.

    Ambos usavam adagas de lâmina longa, uma com a guarda em formato de lobo e a outra entalhada com a cabeça de uma águia, cada uma possuindo uma joia na testa do animal. A joia na testa da águia era amarelada com uma mescla alaranjada; já a do lobo era de um azul tão claro que quase se aproximava de um branco reluzente.

    O tilintar das armas se chocando ficava mais forte a cada impacto. O jovem de vermelho era feroz em cada golpe, rápido e incrivelmente mortal, como uma águia caçando no céu. Já o de azul era calmo e ágil, como um lobo solitário, escapando de cada corte que seria fatal se atingisse o alvo.

    Ambos possuíam cabelos castanhos que balançavam conforme atacavam e desviavam. O lutador que vestia as cores celestes do céu tinha uma trança que ia até abaixo do pescoço, enquanto o que usava as cores da brasa, em contrapartida, tinha o cabelo curto.

    A luta entre os dois se prolongava e, a qualquer momento, um deles cederia. Foi o jovem de azul que deixou a primeira abertura aparecer, e os olhos do oponente brilharam ao identificar a brecha, uma pequena falha na defesa à altura do peito. O garoto carmesim atacou então, veloz como um felino, tentando apunhalar o peito da armadura do adversário.

    Por um breve segundo, o menino de azul sorriu. Era uma falsa abertura, uma isca. Quando o atacante percebeu o sorriso, já era tarde. Com um giro para trás, mais rápido do que a maioria dos soldados mais bem treinados conseguiria fazer, o jovem de azul deu uma rasteira certeira que jogou o garoto de vermelho no chão.

    — Deslizou, irmão. — Foi o que o até então vencedor disse, com o sorriso ainda estampado nos lábios.

    Um sorriso que não durou muito. Ele se desfez assim que, com um giro igualmente veloz, ainda no chão, o jovem de cabelos curtos usou as pernas para fazer com que o irmão caísse junto.

    — Não sei por que você ainda insiste em achar que poderia me vencer, Helys — falou o irmão de vermelho, já de pé, estendendo a mão para o irmão caído.

    — Essa foi quase, Cass — grunhiu Helys, ao pegar a mão do irmão.

    A atenção de ambos foi tomada quando o som de palmas ecoou pela sala de treino.

    Um homem de armadura prateada, com uma capa azul esvoaçante e cabelos loiros e longos, adentrou a sala com um largo sorriso para os irmãos.

    — Vejo que não amoleceram depois que eu saí em missão, meus príncipes. — Ele fez uma sutil reverência.

    O sorriso do homem, já na casa dos 35, mas com uma aparência jovial, ressaltava certa satisfação.

    — Sam! — disse Helys, indo em direção ao soldado.

    — Vejo que voltou inteiro, Capitão — falou Cass, devolvendo a reverência.

    — Cassian — cumprimentou Sam com um leve sorriso — você sabe que não precisa se preocupar comigo.

    — Eu não me preocupei. Na verdade, fiquei torcendo para que você voltasse com pelo menos uma cicatriz desta vez.

    Os três riram.

    — Cass! Isso não é jeito de falar com o nosso mestre.

    — Veio aqui só para nos ver treinar? — indagou Cassian.

    O sorriso do capitão se desfez conforme ele falava:

    — Na verdade, não. Vim a mando do Rei. Ele os convoca para a sala do trono antes do horário habitual.

    Os irmãos se entreolharam.

    — Sabe do que se trata? — perguntou Helys.

    — Não, Helick. Ele só disse que queria a presença de vocês na sala do trono antes da primeira refeição.

    Helick olhou para um relógio adornado com pérolas que ficava no alto da parede do salão de treinamento, cujos ponteiros marcavam seis horas.

    — Acho que devemos nos apressar então.

    Sam seguiu para cumprir seu dever, enquanto os jovens caminhavam em direção à sala do trono, que ficava no cômodo mais ao fundo do palácio. Para chegar até lá, eles precisavam cruzar quase todo o castelo, passando pelo belíssimo jardim que abrigava todos os tipos de árvores frutíferas do continente.

    Assim como tudo no palácio, o jardim era gigantesco. Raízes e frutas enfeitavam o chão, o cheiro cítrico aromatizava o ar, enquanto algumas flores e trepadeiras adornavam as paredes e o solo de tijolos beges. Para manter tudo em ordem, havia dezenas de jardineiras espalhadas pelo local, cada uma cuidando de uma determinada tarefa, de forma que as frutas jamais fossem desperdiçadas e sempre coletadas no momento certo.

    Os irmãos andavam pelos jardins, apreciando a beleza e a abundância do lugar, que nunca deixava de os surpreender. Mas o verde que mais encantava Helick, com uma beleza avassaladora, não eram as folhas das árvores que dançavam com o vento, mas sim os olhos esmeralda de uma jovem jardineira.

    A linda garota colhia maçãs no momento da passada dos príncipes, a pele bronzeada reluzindo com o brilho do sol nascente.

    — Bom dia, Nastya — cumprimentou Cassian, já que o irmão sempre perdia as palavras quando via a jovem jardineira.

    Helick saiu de seu transe quando ouviu a voz sarcástica do irmão.

    — Bom dia, Nastya — disse Helick, tentando controlar o nervosismo.

    Com um sorriso de quebrar corações, a garota colheu duas maçãs, as mais vermelhas e grandiosas, e as entregou para os príncipes.

    — Bom dia, meus príncipes — respondeu ela, abaixando a cabeça enquanto entregava as maçãs.

    Helick segurou sua maçã, tentando disfarçar o rubor que subia em seu rosto.

    — Não precisa de tal reverência — começou ele, com uma voz mais suave. — Somos amigos há bastante tempo.

    — De fato — disse Cassian, dando uma mordida na maçã e piscando para o irmão.

    Nastya levantou os olhos, capturando o olhar de Helick por um breve momento antes de voltar a seus afazeres, o sorriso ainda presente em seu rosto.

    Helick não conseguiu evitar um sorriso enquanto a observava se afastar. Cassian, percebendo o olhar do irmão, sussurrou com um tom brincalhão:

    — Acho que o jardim não é a única coisa que floresce por aqui.

    Após o pequeno passeio pelos jardins, os príncipes adentraram no salão que dava acesso à sala do trono.

    As paredes eram cobertas por uma fina camada de ouro e exibiam adornos e pinturas épicas que contavam histórias. Diversas batalhas travadas na guerra contra os dragnaros e os elfos estavam desenhadas com riqueza de detalhes, como se cada gota de sangue derramada na luta contra a escravidão tivesse sido eternizada.

    Depois de mais alguns minutos caminhando, chegaram a um corredor onde as paredes e o teto contavam histórias de um milênio no passado, quando o primeiro rei fundava o primeiro reino humano, liberto da escravidão das outras raças.

    De frente para uma imensa porta, dois guardas estavam parados em guarda. Enquanto os príncipes passavam, houve uma breve reverência.

    A porta, adornada em ouro, exibia o semblante gigante de um leonzir feroz rugindo. Os leonzires, animais com rosto, juba e patas dianteiras de leão, além de patas traseiras, asas e cauda de gavião, eram o símbolo do Reino, criaturas lendárias que lutaram ao lado dos humanos mais marcantes da história pela liberdade.

    Os soldados de guarda deram um passo para o lado enquanto abriam a porta para os príncipes, que entraram e viram um homem imponente, de cabelos grisalhos, sentado em um trono.

    — Enfim, chegaram — disse o Rei, a voz rouca ecoando pela sala.

    O Rei se levantou do trono de madeira de nanmu, que repousava sobre um estrado elevado no final de uma pequena escadaria de três degraus. O encosto alto era adornado com a escultura de um leonzir, cujas asas majestosas e garras afiadas pareciam prontas para proteger o Rei e sua linhagem, enquanto uma espada gigante repousava nas costas da fera de metal. O assento era forrado com veludo vermelho, bordado com fios de ouro que formavam o brasão real.

    A sala grandiosa tinha paredes altas revestidas de painéis de ouro e mármore, que se estendiam até o teto, onde havia uma ilustração da grande praça central do reino. A luz do sol entrava pelas janelas altas, criando padrões dourados no chão de mármore polido. O ar estava impregnado com o aroma cítrico de frutas frescas, recém-colhidas dos jardins visíveis através das janelas mais baixas.

    — Sentem-se — completou o rei, descendo do trono e se encaminhando para a mesa. Sua armadura prateada, como a dos soldados, emitia sons pesados a cada degrau descido, e sua capa vermelha era soprada para trás pelo vento.

    Os irmãos se dirigiram à longa mesa de madeira com pernas de metal, forrada com um pano branco com linhas de ouro. Sobre a mesa estavam diversas frutas que vinham diretamente do bem cuidado jardim da realeza. Pratos de porcelana e talheres de prata repousavam em frente às cadeiras de madeira com almofadas vermelhas e linhas douradas.

    — Na virada do dia de hoje para o seguinte será a grande celebração à Deusa Terramara — começou o rei, pegando uma pera.

    Cassian não conseguiu conter um sorriso ao se lembrar da principal comemoração do reino.

    A grande celebração à Deusa Terramara comemorava o surgimento da raça humana na Terra. Terramara surgiu do jovem planeta quando este foi agraciado com a vida e os elementos pelos deuses Drakoth, o Deus Dragão Senhor dos Elementos, e Dungrim, o Deus Anão da Criação Celestial.

    Ela é considerada a mãe de todas as grandes raças do mundo, pois se relacionou com ambos os deuses, gerando os anões e os Dragnaros. Terramara simboliza a capacidade dos humanos de superar desafios impossíveis, pois enganou o Deus da Criação Celestial para que ele criasse um ser igual a ela, dando origem à espécie humana.

    Na celebração à Deusa, os humanos comemoravam o privilégio da vida e o amor incondicional que a chamada “Mãe Terra” tinha por eles. Reuniam-se em festas, banquetes, danças e outras formas de celebração.

    O Rei percebeu o sorriso de Cassian e falou rapidamente:

    — Não quero que vocês saiam do palácio até o meio-dia de amanhã — disse o rei, mordendo a fruta que tinha em mãos.

    — Mas, pai, essa é a principal celebração do reino — começou Cassian. — Como príncipe e futuro rei, devo estar presente desde o início para mostrar nossa fé à Mãe Terra.

    O Rei riu com escárnio.

    — Não me venha com desculpas esfarrapadas, Cassian. — O sorriso irônico deu lugar a uma voz grossa e repreensiva. — Você está perto de seu vigésimo aniversário e ainda age como um garoto irresponsável.

    O príncipe mais velho ficou sem palavras quando o pai continuou:

    — Acha que eu não sei das suas saídas pela madrugada? Eu sou o rei. Sei tudo o que acontece no meu reino, e meus filhos não são exceção. Como este é o ano em que você despertará seu ARGUEM, diversos lordes estarão presentes para ver o herdeiro do trono, e não quero que você esteja bêbado, jogado aos fenos com uma plebeia qualquer.

    Cassian se calou perante as palavras do pai. Helick se manteve em silêncio, esperando ser convidado para a conversa.

    — Quanto a você — disse o Rei, olhando para Helick —, tente não ignorar as ladies para ir atrás de certa empregada. Você pode não ser o herdeiro, mas também é parte da realeza. Aja como tal.

    — Nossa mãe não era uma lady — respondeu Helick, falando sem pensar.

    Quando o rei assimilou as palavras, cerrou instintivamente os punhos e olhou para o filho mais novo com um olhar de reprovação.

    — E sabemos como acabou.

    O clima pesado foi interrompido quando o Capitão da Guarda Real entrou na sala do trono, onde acontecia o banquete.

    — Perdão, majestade, fui informado de que solicitou minha presença. Achei que já haviam terminado a refeição — disse Sam, ajoelhando-se.

    — Não se desculpe, capitão — respondeu o rei, desviando os olhos de Helick. — Chegou em boa hora, na verdade.

    Os príncipes então notaram que havia uma cadeira a mais à mesa.

    Sam, compreendendo o convite, se encaminhou para se sentar.

    — Como estão as fronteiras? — perguntou o rei, pegando um pedaço de frango suíno. A carne, vinda de um porco bípede com braços e patas de frango, era uma das mais suculentas disponíveis no continente, perdendo talvez apenas para um bom e temperado boi-serpente.

    — A fronteira com o Deserto dos Exilados continua a mesma de sempre. Exilados tentando voltar e morrendo para os insetos gigantes das areias.

    — Bom, assim a natureza nos poupa o trabalho de lidar com aqueles criminosos — disse o rei, com tranquilidade.

    — Pai, já acabei aqui, então voltarei para meu treinamento, se me der licença — falou Cassian, arredando a cadeira para trás.

    — Não, não lhe dou licença — respondeu o rei. — Você será o herdeiro da coroa e está chegando o momento de despertar seu ARGUEM. Está mais do que na hora de você aprender sobre os assuntos do reino.

    Cassian se conteve para não revirar os olhos e se sentou novamente.

    — Se quiser, pode ir, Helick — proferiu o soberano para o filho mais novo.

    — Não, faço questão de ficar. Os assuntos do reino são interessantes para mim — respondeu o príncipe mais novo para o pai.

    O rei deu um pequeno sorriso de aprovação.

    — Continue, capitão.

    Porém, antes de Sam continuar seu relatório as portas da sala do trono foram abertas novamente.

    — Me desculpem o atraso — falou um homem de pele clara bronzeada, cabelos castanhos meio longos, roupas pomposas, barba bem feita e de sorriso sínico. — Espero não ter perdido nada.

    O Rei balançou a cabeça em desaprovação.

    — Atrasado como sempre, Agnus.

    — Ao menos eu apareci, não é, irmão? — respondeu Agnus. — E como vão meus sobrinhos!? Por que essa cara de velório?

    — Isso não vem ao caso, Agnus. Apenas sente-se e ouça o relatório do capitão Haras.

    Agnus torceu o nariz quando olhou diretamente para Sam pela primeira vez.

    — Ah, bem que eu estranhei o cheiro de plebe na sala do trono — zombou Agnus ao se aproximar da mesa e estalar os dedos, fazendo uma cadeira de gelo surgir.

    Em meio àquela vestimenta caríssima e exagerada, as luvas que Agnus usava emanavam um poder gélido, seu Armamento de Guerra Mágico, seu ARGUEM.

    — Por favor, não fique muito próximo, Agnus — comentou Sam sem se dar ao trabalho de olhar para o rosto de quem o insultara. — O cheiro de futilidade irrita minhas narinas.

    — Já chega! — ordenou o rei. — Agnus, você é A Mão do Rei de Lyberion e estamos tratando de assuntos oficiais. Aja como tal antes que eu afunde seu crânio neste piso.

    Agnus que se preparava para lançar mais um insulto recuou e se recostou na cadeira de gelo.

    — Prossiga com o relatório das fronteiras — falou o rei por fim se servindo de uma taça de vinho.

    — O restante das fronteiras estão calmas como de costume e os ossuianos estão intensificando seus treinamentos militares em campo aberto.

    Agnus deu uma risada preguiçosa enquanto comia.

    — Pobres coitados, se matam de treinar ao invés de aproveitar a boa vida que conquistamos com a liberdade.

    — Eles ainda esperam o dia em que a barreira que nos protege das outras raças caia — concluiu o rei. — Uma blasfêmia ao sacrifício de Helisyx.

    Helisyx foi o primeiro humano a despertar um ARGUEM e o primeiro rei dos humanos. Um de seus maiores feitos foi ter criado a barreira que não permite a entrada de nada que não seja humano no continente.

    — Por enquanto não devemos nos preocupar com os ossuianos, aparentemente a forma deles celebrarem a Mãe Terra é por meio do combate. Não devem apresentar riscos para nós, embora eles anseiam e aguardam a guerra, não é contra a própria raça que eles lutam — finalizou o capitão. — Agora, saindo um pouco do assunto das fronteiras, gostaria de levantar a questão dos vilarejos que trabalham para o reino por fora dos nossos muros.

    — E o que tem eles? — perguntou Agnus com desdém.

    — Há diversos vilarejos que nos ajudam com mineração, alimentação e trabalhos braçais em reformas e construções em Lyberion. — Argumentou Sam. — Dei uma passada rápida em alguns vilarejos e vi que eles precisam de assistência.

    Agnus rapidamente respondeu:

    — Não devemos nada a eles, tudo o que eles nos dão é pagamento por mantermos eles protegidos das bestas que rondam na Floresta das Árvores Andantes.

    O rei deu um gole na taça de vinho e após falou:

    — Sam, você pede ajuda em nome dos aldeões, mas Agnus insiste que não devemos fazer nada, e ele está correto. Foi firmado a muito tempo atrás que os serviços deles eram em troca de proteção e nada mais que isso. Há algo que possa fortalecer seus argumentos?

    — Que não tenha haver com seu sangue ruim, é claro — completou Agnus.

    Sam pela primeira vez olhou nos olhos de Agnus naquela reunião.

    — O que disse? — Perguntou o capitão seriamente baixo, colocando a mão na espada ao lado do corpo, ainda sentado.

    Helick e Cassian que estavam na mesa se entre olharam com uma expressão de “vai dar merda”.

    De repente os irmãos sentiram um peso incomum em seus ombros, como se uma pressão estivesse os puxando para baixo.

    — O que foi? Sua audição está ruim? Será que tem algo a ver com suas origens, querer ajudar estes pobres coitados? — Falou Agnus colocando os cotovelos na mesa, apertava as luvas na mão e encarando Sam de volta enquanto uma frente fria começou a tomar o local.

    O peso que os príncipes sentiram se dobrou de tamanho, a ponto de eles terem que se segurar na mesa para não caírem no chão. O rei, com uma tosse discreta, fez com que a Mão Real e o Capitão da Guarda desviassem o olhar um do outro. O peso que quase esmagou os príncipes cessou, e o capitão da guarda continuou:

    — As pessoas trabalham melhor e são mais produtivas quando se sentem valorizadas. Não estou propondo dar nada para eles, mas sim investir para uma melhoria produtiva — argumentou Sam. — Garanto que se investirmos neles como cidadãos oficiais de Lyberion e os acolhermos nosso retorno anual pode dobrar, no mínimo.

    — Seus argumentos são bem embasados, faça um relatório com detalhes de seu projeto e o entregue para minha aprovação oficial.

    — Como quiser, senhor — falou o capitão em tom de gratidão. — Não vai se arrepender, meu rei.

    Agnus fez uma careta de incredulidade e se levantou estalando os dedos e fazendo a cadeira de gelo se desfazer.

    — Que desperdício. Bom, acho que isso encerra nossos assuntos matinais, estou me retirando.

    O rei apenas assentiu enquanto também se levantava.

    — Esta reunião está finalizada.

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