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Capítulo 143 — Conversa Particular
A claridade do sol sem o filtro das águas tomou seus olhos após emergirem.
Todos já estavam na margem, aguardando.
Marco e Redgar foram a margem e ajudaram os príncipes a saírem do Rio Vida.
— E então, como foi? — Rhyssara perguntou, seus olhos brilhando com uma ansiedade contida.
Os príncipes então contaram o resumo da conversa.
Helick abriu a mão, revelando a terceira joia, e parte de um suposto mapa.
— Um mapa? — Rhyssara sussurrou para si mesma. — Do próprio Helisyx?
— Foi o que o polvo gigante disse. — Cassian respondeu se jogando no chão e se sentando para descansar e se secar com uma toalha que Kadia havia trazido. — Para onde ele leva, como se usa? Isso aí ele disse que é com a gente.
Todos ficaram em silêncio por um tempo. Haviam recebido uma resposta, mas junto dela vieram mais inúmeras perguntas.
— Vamos continuar com nosso plano de chegar até onde minha visão indicou, o Castelo Negro. — Helick falou decidido e quebrando o silêncio. — Não sei porque eu tenho visto essas coisas, mas se elas nos trouxeram até aqui, até o Kraken, imagino que a próxima pista do que precisamos fazer estará no local que a visão indicou.
— Bem… — Morgan começou. — Vamos ter que aguardar mais uma semana até podermos nos inscrever para a próxima Ascenção. Os combates estão acontecendo hoje, avisei para deixar nossa inscrição pronta…
— Não tem problema. — Helick respondeu tranquilo. — Bom que dá tempo de Any se juntar a nós novamente.
Redgar pareceu se animar com a ideia do grupo voltar a estar completo.
— Podemos ir ver as lutas, como conhecem os poderes de Any, provavelmente vão enrolar a luta dela para o final. — Pontuou Suzano.
Após isso eles retornaram ao casarão e começaram a se trocar e a reunir seus pertences. Suzano havia falado que não precisavam levar mais do que a roupa do corpo e seus ARGUEM, já que provavelmente passariam mais uma semana em sua casa.
Todos assentiram e continuaram se preparando para a visita na arena. Suzano por sua vez se encaminhou para fora do Casarão.
— Vou preparar o CSR para a viagem. — falou o anfitrião. — Kadia, venha comigo.
A mulher de pele ébano assentiu e seguiu seu senhor.
Cassian viu a cena e seus olhos brilharam quando terminou de se trocar. Ele prendeu a bainha na cintura e deslizou sua espada por ela em um assovio rápido. E logo em seguida se pôs em direção a porta.
Mas longos cabelos castanhos ficaram a sua frente.
— Aonde pensa que vai, Cass? — Helick falou desconfiado.
— Vou ver se Suzano precisa de ajuda na preparação do CSR. — Respondeu ele rapidamente tentando passar pelo irmão mais novo.
— Kadia já foi com ele.
— Ela é uma bela dama, mas acredito que um CSR peça a ajuda de um homem, não acha? — Cassian respondeu dando tapinhas no ombro do irmão, enquanto passava.
— Tem certeza que não está indo para ouvir a conversa deles? — Helick estreitou os olhos.
— Eu? — Cassian fez um gesto teatral e exagerado. — Jamais!
— Cass… — Helick falou com um tom de advertência. — Se você ouvir o que não deve só vai gerar mais problemas.
Cassian deu um sorriso de canto e continuou a seguir para a porta.
— Relaxa.
E assim ele passou pela porta.
Ao seguir para o lado de trás do casarão, onde o CSR ficava estacionado, Cassian viu Suzano e Kadia conversando.
Mas uma terceira figura se fazia presente. Os cabelos vermelhos ondulando com os ventos do tempo frio e cortantes da colina davam um ar a mais de imponência a Imperatriz Rhyssara BloodRose.
Cassian se esgueirou por uma coluna e ouviu o que eles conversavam.
— Você já está ficando velho Suzano… — Rhyssara falava. — Por favor, reconsidere a minha proposta.
Suzano então puxou Kadia mais para perto de si.
— Não posso Rhyss. Você mais do que ninguém sabe que não posso.
Kadia parecia abatida, olhando para baixo.
— Fall, você sabe que tem que ir. Eu não quero ser motivo do império perder um soldado poderoso como você, ainda mais com tempos difíceis chegando. — Falou Kadia para Suzano. — Sem contar que de dez anos para cá eu posso sentir sua mana caindo…
— Não fale mais sobre isso! — Suzano parecia meio perturbado com aquela conversa. — Eu não posso seguir para o Castelo Negro com Rhyssara, porque Kadia… jamais conseguiria…
— Suzano! — Rhyssara o interrompeu. — Não diga essas palavras de traição. Você sabe o que eu teria que fazer caso concluísse.
— Eu sei… O mesmo que o RedPunch fez com você e Fenrir.
— Jamais eu faria com você ou com meu pior inimigo o que ele fez comigo. Mas ainda sim… Eu teria que fazer algo.
Os olhos velhos, mas fortes de Suzano furaram a imperatriz antes de concluir:
— Sou muito grato por nossa amizade e a forma como queres fazer as coisas de uma maneira que não vá me ferir e nem a Kadia. Eu não poderia pedir mais do que isso nem mesmo nos meus sonhos. Mas não posso deixar isso para trás para me juntar ao seu pequeno conselho.
— Você sabe, se juntando ao pequeno conselho do império, a Coroa de Edgar pausará seu envelhecimento instantaneamente, preservando seus poderes e saúde. Se continuar aqui, mesmo que sua aparência externa esteja bem, você morrerá de velhice em menos de cinco anos!
— Que os quatro deuses abençoem que estes sejam os melhores cinco anos do império.
— E quando a guerra começar? — Perguntou Rhyssara para o amigo. — Posso contar com sua força?
— É claro. Protegerei esse império com minha vida quando for chegada a hora. Só não posso ir com você agora.
Cassian percebeu que o ápice da conversa tinha cessado e se retirou sem fazer barulho.
O que foi aquilo que ele acabara de ouvir?
Os pensamentos do príncipe foram interrompidos quando seus olhos encontraram o de seu irmão que estava logo atrás de si.
— Fica quieto… e anda.
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