Capítulo 29 — O Embate dos Soberanos
O campo de batalha era uma cena de completa devastação. Corpos de nobres jaziam no chão, misturados com os escombros de Lyberion. O ar estava denso com o cheiro de sangue e fumaça, um testemunho silencioso da destruição que Draxion havia causado. No centro deste caos, o Rei Aquiles e a Imperatriz Rhyssara enfrentavam o Dragnaro, suas expressões marcadas por uma mistura de raiva e determinação.
Aquiles, o sangue fervendo em suas veias, encarava Draxion com uma fúria que mal conseguia conter. Cada detalhe do massacre que testemunhara estava gravado em sua mente, uma lembrança dolorosa de sua falha em proteger seu povo. Ele sabia que poderia ter evitado tudo isso se tivesse dado mais atenção aos avisos de Rhyssara sobre a fragilidade da barreira de Helisyx. Agora, diante de um único Dragnaro que causara tanto estrago, ele sentia o peso de sua responsabilidade como rei. Aquiles não podia deixar de pensar no que aconteceria se um exército de Dragnaros viesse: a destruição seria incomensurável.
Ao lado dele, Rhyssara estava igualmente resoluta. Ela segurava sua arma com firmeza, seus olhos brilhando com uma fúria gelada. Ela havia avisado Aquiles sobre o perigo iminente, e agora estava pronta para enfrentar essa ameaça com toda a força que possuía. Mas, em seu íntimo, ela também sentia uma ponta de preocupação, pois sabia que essa batalha não seria fácil. Se Lyberion caísse, seria só questão de tempo até que a destruição chegasse em Ossuia.
Draxion, com uma expressão de desdém, os observava. Porém, em seus olhos havia uma chama de inquietação e raiva mal disfarçada. Ele ainda não conseguia acreditar que havia sido ferido, e por uma humana, uma fêmea. A imagem de Maia Silva, uma das nobres que ousou feri-lo, estava gravada em sua mente. O sangue que escorrera de seu ombro era uma afronta imperdoável, uma marca de desonra. Para Draxion, era como se um mero inseto tivesse ousado desafiar e ferir um deus. Essa ferida, por menor que fosse, era um golpe em seu orgulho e poder.
O silêncio tenso foi quebrado quando Aquiles deu um passo à frente, sua voz carregada de emoção e determinação:
— Draxion! — gritou ele, com uma intensidade que reverberou pelo campo de batalha. — Isso acaba agora.
Rhyssara, ao lado dele, assentiu e acrescentou, sua voz fria como o gelo:
— Você pode ter começado a destruição aqui, mas não sairá impune. Vamos te parar agora e garantir que a raça humana sobreviva!
Draxion ergueu o olhar para eles, o sorriso frio e desdenhoso desaparecendo, substituído por uma expressão de raiva controlada. Seus olhos, antes cheios de desdém, agora brilhavam com uma raiva contida. Ele respondeu, com voz baixa e ameaçadora:
— Vocês são apenas formigas que se recusam a aceitar seu destino. Este é apenas o início. Este reinozinho medíocre é apenas o primeiro de muitos que cairão. E vocês… vocês serão os primeiros a sentir o verdadeiro poder de um dragnaro.
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O ar ao redor dos três começou a vibrar com energia, a tensão quase tangível. Aquiles e Rhyssara se prepararam, seus corpos prontos para o combate, enquanto Draxion assumia uma postura mais agressiva, pronto para mostrar a eles o verdadeiro terror.
Aquiles foi o primeiro a atacar. Com um movimento fluido, ele abriu um portal acima de Draxion e disparou seu Disparo Místico por ele, uma rajada de energia concentrada que cortou o ar com um brilho intenso. O disparo atingiu Draxion, deixando uma marca ardente em sua pele escamosa. O dragnaro recuou, soltando um rugido de raiva e dor, mas sua fúria só aumentava.
Draxion, com reflexos impressionantes, lançou uma torrente de chamas em direção a Aquiles. As chamas avançaram como um mar de fogo, mas Aquiles, com sua precisão quase sobre-humana, se teleportou para longe, reaparecendo atrás do inimigo. Usando seus portais, ele se movia de forma imprevisível, lançando ataques rápidos e precisos que deixavam Draxion cada vez mais enfurecido.
Rhyssara, enquanto isso, canalizava sua Magia de Luz. Ela criou uma barreira luminosa em volta de se e de Aquiles, a luz pulsando com uma energia radiante. Quando via uma abertura, ela lançava seus Feixes de Luz, que cortavam o ar com um brilho ofuscante e atingiam os pontos vulneráveis de Draxion. Cada feixe que acertava o dragnaro arrancava um grito de dor, mas sua resistência parecia inabalável.
Irritado com os ataques incessantes, Draxion mudou sua estratégia. Ele usou sua habilidade de piromancia para criar uma onda de fogo ao seu redor, o calor intenso forçando Aquiles e Rhyssara a se afastarem. Aproveitando a abertura, ele avançou com uma velocidade surpreendente, suas garras prontas para rasgar.
Aquiles mal teve tempo de reagir antes de ser atingido, o impacto ecoando em sua armadura prateada e o jogando para trás. Ele rolou no chão, sentindo o gosto de sangue na boca. Antes que Draxion pudesse continuar o ataque, Rhyssara se colocou entre eles, seu cetro transformado em uma lança brilhante.
— Não subestime o poder de Ossuia! — gritou ela, e com um movimento rápido, lançou a lança em direção a Draxion. A arma perfurou a escama do ombro direito do dragnaro, arrancando um rugido de dor e raiva. Com um gesto elegante das mãos, Rhyssara chamou a lança de volta, a arma brilhante retornando para seus dedos como se tivesse vida própria.
Aquiles, recuperando-se, abriu um novo portal e surgiu ao lado de Rhyssara, ajudando-a a recuar enquanto planejavam seu próximo movimento.
Draxion, enfurecido pelas feridas e humilhações sofridas, decidiu acabar com a batalha de uma vez por todas. Sua figura imponente começou a brilhar com uma intensidade ameaçadora, e o ar ao seu redor se tornou sufocante e pesado. As chamas que emanavam de seu corpo aumentaram, criando uma aura de calor insuportável. Ele ergueu seus braços escamosos para o céu, e uma energia vermelha e pulsante começou a se acumular em suas garras, crescendo cada vez mais.
— Chegou o fim para vocês, humanos! — rugiu Draxion, sua voz reverberando com uma fúria primordial.
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O chão ao seu redor começou a rachar e tremer, as pedras se desintegrando sob a pressão crescente do poder que ele estava canalizando. As poucas árvores próximas que ainda sobreviviam, queimaram instantaneamente, e a grama verdejante transformou-se em cinzas. O céu acima começou a escurecer, como se a própria natureza estivesse recuando diante do apocalipse iminente.
Rhyssara e Aquiles sentiram o terror e a desesperança crescendo em seus corações. Eles sabiam que não poderiam permitir que aquele poder fosse liberado completamente. Aquiles abriu portais ao redor de Draxion, tentando conter a energia devastadora que emanava do dragnaro, mas a força era avassaladora. Cada portal parecia à beira de colapsar sob a pressão, as bordas tremulando e distorcendo enquanto tentavam absorver o poder inimaginável.
— Não vamos deixar ele disparar isso! — Gritou Rhyssara, sua lança voltando a forma de cetro. Com um grito desesperado da Imperatriz, magia de luz reforçou os portais de Aquiles.
Aquiles respondeu apenas com uma calma fria, concentrando toda sua energia na tarefa quase impossível.
Draxion, com um sorriso cruel, continuou a reunir energia, uma esfera de fogo e destruição crescendo entre suas garras. Quando ele finalmente lançou seu ataque, a explosão foi cataclísmica. O poder desencadeado era como um sol em miniatura, irradiando uma luz cegante e uma onda de calor que vaporizaram tudo em seu caminho.
Aquiles, com um esforço titânico, abriu um portal diretamente em frente à explosão, tentando redirecionar a força destrutiva. O portal tremulou violentamente, suas bordas começando a se fragmentar sob a intensidade do ataque. Cada segundo que passava parecia uma eternidade, enquanto a energia colidia com o portal, enviando ondas de choque através do campo de batalha.
Sua determinação era tudo o que ele expressava. Seus olhos fixos, sua postura firme, seu poder concentrado.
Draxion, percebendo a luta desesperada de Aquiles, aumentou ainda mais seu poder, a energia se expandindo e ameaçando romper a barreira do portal. O ambiente ao redor estava sendo destruído: árvores queimavam até virarem pó, o chão rachava e se transformava em lava, e o ar estava cheio de cinzas e fumaça sufocante.
Mesmo com a retribuição das chamas, Draxion permaneceu de pé, sua figura ardente no epicentro da destruição. O campo de batalha estava devastado, a terra queimando e o ar repleto de fumaça e cinzas. Mas, apesar de seu poder imenso, ele finalmente sentiu o peso da resistência de Aquiles e Rhyssara. Com um último esforço, Aquiles criou mais um portal logo acima da cabeça de Draxion.
Aquiles, após todo seu esforço e usando cada gota de mana que lhe restava ele conseguiu redirecionar o golpe avassalador do oponente.
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O Dragnaro sorriu. Aquiles e Rhyssara temeram o sorriso da fera.
— Vocês deveriam saber que dragnaros são imunes ao elemento que dominam, — Falou Leonardrick que ainda estava no campo de batalha, mas sua presença havia sido completamente esquecida pelas figuras poderosas no local — e serem atingidos com seus próprios elementos só os fortalece.
— E agora? — O tom de urgência na voz de Rhyssara.
— Sorte que vocês têm um anão aqui. — Sorriu Leonardrick. — MAGIA DE TRANSMUTAÇÃO! MUDANÇA DE ELEMENTO! FOGO PARA ÁGUA!
O martelo de Leonardrick brilhou intensamente, e uma onda de energia mística se espalhou pelo campo de batalha. As chamas ao redor de Draxion começaram a se transformar, suas cores mudando de vermelho e laranja para um azul profundo. A temperatura ao redor caiu drasticamente, e a terra, antes queimando, começou a se resfriar. As chamas que envolviam Draxion se transformaram em torrentes de água, envolvendo-o em um abraço gélido e sufocante.
Draxion rugiu de dor e surpresa, sua imunidade ao fogo se tornando inútil contra o novo elemento. Ele tentou resistir, mas a água transmutada por Leonardrick o enfraquecia rapidamente. Seu corpo, antes invulnerável às chamas, agora tremia sob o impacto gelado.
Aquiles aproveitou a oportunidade, criando novos portais ao redor de Draxion, ampliando a força do ataque de Leonardrick. A água fluía com intensidade crescente, envolvendo o dragnaro e apagando seu fogo interno.
Rhyssara, vendo a chance, canalizou sua Magia de Luz, disparando feixes de energia que atravessavam a água e atingiam Draxion diretamente. Cada golpe de luz aumentava o sofrimento do dragnaro, forçando-o a recuar.
Leonardrick, com um movimento poderoso, trouxe seu martelo ao chão, solidificando a água em gelo. Draxion, agora preso em uma prisão de gelo, lutava desesperadamente, mas seu poder estava diminuindo rapidamente.
— Hora de pagar pelo que fez, Draxion. — Falou Aquiles, seus olhos envoltos de fúria enquanto canalizava poder em suas mãos, pronto para selar o destino do invasor.
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— Acalme-se, Aquiles. — Falou Rhyssara, caminhando em direção ao dragnaro preso no gelo, sua presença firme e imponente.
— Não me peça para me acalmar contra esse desgraçado! — Rugiu Aquiles, mas segurou seu ataque. — O que planeja?
— Nós o derrotamos, e ele está em uma posição deplorável. — Respondeu Rhyssara, agora a poucos centímetros do dragão humanoide.
— Como ousa, humana imunda! — Grunhiu Draxion, cuspindo seu sangue quente como lava na direção de Rhyssara. — Eu jamais estarei em uma posição inferior à de qualquer lixo como vocês!
Rhyssara se aproximou ainda mais, dessa vez segurando firmemente o chifre esquerdo da criatura com sua mão direita, forçando-o a olhar em seus olhos. Seu movimento foi lento, mas cheio de autoridade e desprezo. Rhyssara já havia participado de inúmeras batalhas e derrotado inúmeros homens ao decorrer de sua vida e ela reconhecia o olhar de Draxion.
Era medo.
— Você perdeu. — As palavras afiadas como adagas fatiaram o orgulho de Draxion. — Agora… — Um brilho dourado e negro começou a irradiar da coroa que Rhyssara usava, a Coroa de Edgar, o ARGUEM herdado de Ossuia. — … Me diga o que você e sua raça planejam, e como passaram pela barreira de Helisyx.
O poder emanava da coroa, envolvendo Rhyssara em uma aura majestosa e ameaçadora. Ela manteve seu olhar fixo no de Draxion, a força de sua vontade quebrando qualquer resistência que ele ainda pudesse ter. Contra sua própria vontade, Draxion começou a falar:
— Nós planejamos invadir este continente e matar qualquer um que resista, mas o objetivo final… — A voz de Draxion falhou, como se resistisse à magia de controle da coroa.
Rhyssara, com um movimento rápido e decidido, levou seu cetro ao peito de Draxion e disparou um feixe de luz a queima-roupa. O dragnaro rugiu de dor.
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— Me obedeça e responda, lagarto que pensa que é dragão. — A voz de Rhyssara era como uma lança, destruindo qualquer resistência mental do dragnaro.
Em meio a murmúrios de dor, Draxion voltou a falar:
— O objetivo final é conseguir as Joia-Mapa e pegar a chave para o continente do sul. Nós passamos pela barreira com a ajuda dos… Elfos.
O coração de Rhyssara e Aquiles pararam por um breve segundo.
— Elfos…? — Disse Leonardrick, caindo de joelhos no chão, como se apenas o peso da palavra o derrubasse. — Não… Não pode ser…
— Entendem agora… — Começou Draxion em uma risada estridente. — Vocês já estão mortos.
Rhyssara, sem perder a compostura, entortou o chifre de Draxion para baixo, fazendo-o urrar de dor novamente.
— Por que enviaram você sozinho? E o que são essas de Joia-Mapa? — Perguntou Rhyssara, a voz gélida e implacável.
— Espero que todos vocês sofram antes de suas mortes. — Respondeu Draxion, enquanto o brilho de vida sumia de seus olhos.
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