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    O sol da manhã lançava uma luz suave sobre os jardins, que ainda carregavam as cicatrizes do recente ataque dos wyverns. As flores estavam esmagadas, os canteiros enegrecidos, e árvores, outrora imponentes, agora se curvavam em agonia, seus troncos parcialmente carbonizados. Os trabalhadores do castelo já haviam começado a reconstrução, mas os sinais da devastação ainda eram evidentes em cada canto. O aroma de terra queimada e cinzas misturava-se com o leve perfume das poucas flores que haviam sobrevivido.

    Enquanto os príncipes observavam o que restava dos jardins, uma carruagem se aproximou. Era uma estrutura sólida, pintada em um tom de prata vibrante, com detalhes em dourado, na lateral, o símbolo do leonzir rugindo com as asas abertas.

    Junto da carruagem chegaram mais cinco cavalos, neles montados os quatro guardas que faziam a escolta pessoal dos príncipes, Redgar, Tály, Marco e Any; além do Capitão da Guarda Real, Sam Haras.

    Passos calmos podiam ser ouvidos vindos do palácio atrás dos príncipes, que ao se virarem, viram o pai e a Imperatriz de Ossuia.

    Meus filhos, — começou o rei, com uma voz que misturava cautela e preocupação — a jornada até Ossuia será desafiadora. Por isso, pedi ao capitão Haras que escolhesse os soldados mais aptos e leais para acompanhá-los.

    Os soldados desceram dos cavalos assim que viram o rei e se ajoelharam em reverência. Marco em especial corou quando ouviu as palavras do rei. O jovem soldado sabia o tanto que havia batalhado para chegar onde estava, e ouvir que era um dos melhores escolhidos a dedo pelo capitão o enchia de orgulho e realização.

    — Não me surpreendeu que ele escolheu os mesmos que faziam a escolta pessoal de vocês, afinal eu também havia pedido os mais competentes e leais na ocasião.

    Aquiles fez uma pausa, observando os soldados que se ajoelhavam em reverência. Cada um deles, outrora renegado, encontrou no capitão Haras uma oportunidade que outros jamais ofereceriam. O rei conhecia Sam o suficiente para saber que sua escolha era baseada em mérito, não em afeto pessoal.

    — Só espero que desta vez não deixem passar nada — concluiu o rei, como se ainda não tivesse esquecido o deslize dos soldados ao deixarem a mulher mascarada se aproximar dos príncipes.

    Sam, o Capitão da Guarda Real, se aproximou dos irmãos, seus olhos exibindo uma mistura de orgulho e tristeza. Ele havia treinado não só Cassian e Helick, mas também os soldados que agora os acompanhariam nessa missão.

    — Vocês todos treinaram duro para momentos como este. Vocês têm a força e a habilidade para enfrentar o que quer que esteja esperando por vocês lá fora — disse Sam, sua voz grave.

    Ele então se virou para os príncipes, observando as espadas que eles carregavam, os ARGUEMS, em bainhas comuns que haviam pegado no castelo.

    — Antes de irem, tenho algo para vocês. Leonardrick me pediu para entregar-lhes isto. — Sam retirou de dentro da carruagem duas bainhas novas, cada uma envolta em um pano de veludo. — Ele queria poder entregar pessoalmente, mas teve que ir na frente para avisar os anões das Montanhas de Patrock o que aconteceu aqui.

    Helick recebeu sua bainha com uma expressão de admiração. A peça era um trabalho de arte impecável: branca como a neve mais pura, com intrincados detalhes metálicos em azul-claro que pareciam capturar o brilho etéreo do gelo sob o sol. Na entrada da bainha, onde a guarda do lobo negro de sua espada repousaria, um design elegante evocava as orelhas do animal feroz, como se estivesse sempre em alerta, pronto para proteger e atacar. O toque frio da bainha parecia harmonizar com a magia glacial que pulsava na lâmina de Helick, refletindo a serenidade e o poder implacável de seu espírito.

    Cassian, por sua vez, observou sua bainha com um olhar fascinado. De um rico tom de marrom, seus detalhes metálicos dourados e vermelhos evocavam a vivacidade de uma chama viva. O design lembrava as asas de uma águia em pleno voo, abertas em um gesto de liberdade e audácia. Cada traço parecia capturar o espírito inquieto e determinado do príncipe, assim como a energia pulsante de sua magia que rasgou os céus durante a batalha contra o wyvern. Ao tocá-la, era como se pudesse sentir a vibração de sua própria essência, um lembrete constante de sua força e propósito.

    A combinação de cores e formas não era meramente decorativa; era uma celebração das almas dos príncipes. A bainha de Helick, com sua frieza serena, e a de Cassian, com sua intensidade calorosa, refletiam perfeitamente as magias que despertaram nas espadas durante a batalha. Cada detalhe parecia contar uma história. O anão era realmente um artista.

    — Obrigado, capitão… e Leonardrick, é claro — disse Helick, olhando para o horizonte, como se seus agradecimentos pudessem alcançar o anão.

    Cassian assentiu em confirmação, também agradecendo.

    Quando os jovens se prepararam para seguir para a carruagem, passos apressados ecoaram no chão de pedras brancas.

    Nastya corria em direção ao grupo, vestida para a viagem. Ela usava roupas práticas, que realçavam sua pele bronzeada. Sua blusa era de um verde profundo, combinando com seus olhos, e calças de couro marrons, que a permitiam mover-se com facilidade. Um manto leve, de cor cinza, cobria seus ombros, e botas de couro reforçado completavam o conjunto. Ela carregava consigo uma pequena bolsa, presumivelmente com os instrumentos necessários para identificar e coletar as plantas que encontrariam ao longo do caminho.

    Helick franziu a testa, confuso. — Nastya? O que você está fazendo aqui? Eu procurei por você para me despedir, mas não te encontrei.

    Nastya parou à frente do grupo e fez uma leve reverência, com um sorriso sereno nos lábios enquanto ofegava após a breve corrida.

    — Fui convocada pelo rei para me juntar à viagem. Parece que precisaremos de alguém que conheça as plantas mágicas e tóxicas da floresta, e, pelo que ouvi, sou a pessoa mais qualificada para isso. — A jovem corou quando percebeu que podia ter sido levemente arrogante. — Bem… Foi o que eu ouvi, pelo menos.

    — Fico feliz que você esteja vindo — falou Helick, sem perceber, abrindo um sorriso quente de felicidade.

    Rhyssara, observando a interação, sorriu para Aquiles, um olhar que dizia mais do que palavras poderiam expressar. “Agora eu sei por que você não gostou muito da ideia de trazê-la”, parecia dizer o sorriso da imperatriz.

    Aquiles, sem falar nada, apenas deu um leve suspiro, aceitando o fato de que, por mais que desejasse manter seus filhos longe de problemas, o destino sempre encontrava uma forma de desafiá-lo.

    — E onde está tio Agnus? — Perguntou Cassian. — Achei que ele viesse se despedir também.

    — Agnus está ocupado nas muralhas — falou o rei — Eu o deixei encarregado da segurança dos limites do reino. Quando passarem por lá provavelmente o verão.

    Com todos preparados, o grupo se organizou para iniciar a jornada. A carruagem estava pronta, os soldados em suas posições, e os príncipes, agora acompanhados de Nastya e Rhyssara, davam os primeiros passos rumo ao desconhecido.

    E assim se inicia o segundo arco de ARGUEM – O Império!

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