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    Cassian girou a taça com o líquido âmbar entre os dedos, observando a forma como a luz do ambiente dançava sobre a superfície da bebida. Então, sem tirar os olhos do copo, lançou a pergunta no ar:

    — O que será que a imperatriz tem de tão especial e importante para conversar com aquele anão a sós? — Fez uma pausa teatral antes de completar com um sorriso travesso. — Será que eles…?

    Helick suspirou, já esperando algum comentário daquele tipo vindo do irmão.

    — Cass, será que por um instante você pode parar de pensar nessas coisas? — Respondeu, erguendo a sobrancelha em reprovação. — Esse assunto deve ser altamente sigiloso, mas não faço ideia do que possa ser.

    Por um momento, Helick apenas encarou a própria bebida, levando-a aos lábios lentamente. Mas antes de tomar um gole, lançou um olhar especulativo para Cassian, como se uma ideia tivesse acabado de lhe ocorrer. Cassian, por sua vez, imediatamente negou com a cabeça, gesticulando de forma enfática.

    — O quê? — Helick franziu o cenho. — Eu achei que você ia me chamar para espiar o que eles estão conversando.

    Cassian relaxou no assento, apoiando um braço sobre a mesa.

    — Além das poucas e boas que tivemos naquela floresta, nós ainda passamos o dia inteiro andando pela cidade dos anões e subindo aquela montanha. Estou exausto, vou descansar essa noite.

    Helick estreitou os olhos, analisando o irmão por um momento. Logo, um sorrisinho malicioso surgiu no rosto de Cassian.

    — Você não está pensando em passar a noite com Visna, está? — A voz de Helick não estava muito contente.

    Cassian fez uma expressão de quem havia sido pego em flagrante, mas não demorou a recuperar o sorriso confiante.

    — Por mais que eu adore uma boa fofoca, não tem como deixar essa passar. Eu nunca dormi com uma anã antes. Ao menos, não da raça anã. — Ele tomou um gole de sua bebida, inclinando-se levemente na direção do irmão. — E fala sério, você viu aquele par de peitos?

    Antes que Helick pudesse responder, a conversa foi interrompida por um pigarro discreto. O cocheiro estava de pé próximo a eles, sua taça ainda intocada sobre a mesa. Seu olhar sereno sugeria que ele havia escutado tudo, mesmo que os príncipes estivessem falando baixo.

    — Peço por gentileza que não tentem nada de errado esta noite — disse o cocheiro, a voz calma, mas carregada de um tom de aviso. — Estamos no território dos anões, e não podemos fazer nada que possa parecer um desrespeito.

    Cassian se virou para o homem, inclinando a cabeça levemente.

    — Nós não perguntamos seu nome, não é? — perguntou, como se só agora tivesse notado esse detalhe. — A última vez que você abriu a boca foi para nos incentivar a ajudar Red.

    — Um homem sábio — completou Helick.

    O cocheiro assentiu levemente antes de responder:

    — Phill. O fiel cocheiro oficial de vossa imperatriz. — Se apresentou o homem com uma reverência.

    Helick arqueou a sobrancelha.

    — O oficial? Então presumo que o senhor seja próximo de Rhyssara.

    Phill balançou a cabeça.

    — Próximo não é bem a palavra. Apenas tenho a confiança dela.

    Helick franziu os lábios, refletindo por um instante antes de perguntar:

    — Então, por acaso, sabe do que se trata o assunto da imperatriz com Jeffzzos?

    Phill manteve a postura impassível, mas sua resposta veio sem hesitação.

    — Se Rhyssara não os contou, não cabe a mim fazê-lo.

    Cassian soltou um assovio baixo e virou-se para Helick, um brilho travesso no olhar.

    — É, mudei de ideia. Essa fofoca agora parece ser das grandes.

    Phill arregalou os olhos e ergueu as mãos em um gesto de súplica.

    — Pelo amor dos deuses, não façam nenhuma loucura como espiar Jeffzzos!

    Cassian apenas sorriu, levando a taça aos lábios antes de murmurar:

    — Então é bom você começar a falar.

    Cassian levou a taça aos lábios e, no instante em que a bebida desceu por sua garganta, um calor aconchegante espalhou-se por todo o seu corpo. A exaustão e as dores da longa jornada esvaneceram como se nunca tivessem existido. Era uma sensação revigorante, como se toda a sua vitalidade tivesse sido restaurada.

    — Uau. — Ele piscou, surpreso, e olhou ao redor. Os outros que haviam provado da bebida exibiam expressões igualmente atônitas e aliviadas. — O que foi isso?

    — Uma poção de Peace, preparada pelo próprio Jeffzzos Narins. — Respondeu Phill com um ar solene. — Considerem isso uma honra.

    Helick também bebeu um gole, mas, assim que o efeito revigorante passou, ele voltou a encarar Phill com a mesma insistência de antes.

    — Certo, agora fale. — Pressionou, cruzando os braços.

    Phill soltou um suspiro resignado.

    — Está bem, está bem… — Murmurou, relutante. — A imperatriz está aqui para se certificar de que os anões ainda estão do nosso lado.

    Um silêncio pesado se instalou no ambiente. As palavras do cocheiro caíram como uma lâmina afiada, e o olhar que Cassian lhe lançou deixava claro que ele não gostara nada do que ouvira.

    — Como é? — O príncipe herdeiro franziu o cenho. — O que você quer dizer com “ainda estão do nosso lado”?

    Helick passou a mão pelo rosto, como se se repreendesse por não ter pensado nisso antes.

    — Isso é realmente sério…

    Agora, todos estavam atentos, esperando que Phill explicasse.

    — Hey, como isso pode ser sério? — Cassian gesticulou, ainda incrédulo. — Os anões são nossos aliados há mais de mil anos! O que poderia fazê-los mudar de lado agora?

    Phill o encarou com a paciência condescendente de um professor diante de um aluno particularmente ignorante.

    — Sim, mas você se esqueceu que, na época da escravidão humana, os anões também eram nossos senhores?

    Cassian se calou, absorvendo a informação, e Phill prosseguiu.

    — Eles nos ajudaram na guerra porque as outras duas raças, os dragnaros e os elfos, sempre os trataram com desdém, como se fossem inferiores. Isso facilitou o trabalho de Helisyx ao inflamar o desejo de revolta entre eles e convencê-los a lutar ao nosso lado na Guerra dos Mil Anos.

    — Mas por que isso seria um problema agora? — Marco se aproximou, a expressão carregada de dúvida.

    Phill suspirou e tomou um último gole da bebida antes de responder.

    — Porque, desde que vencemos a guerra e expulsamos as outras raças para continentes isolados, os humanos passaram a tratar os anões como meros serviçais. Com a magia recém-desperta e o estoque quase infinito de diamante negro que retivemos, nós subimos na hierarquia, enquanto eles foram renegados à base. Muitos aceitaram essa nova realidade sem problemas…, mas nem todos. Há quem ainda guarde rancor por terem passado de senhores a subordinados.

    Nastya inclinou a cabeça, os olhos estreitos em pensamento.

    — Se esse é um dilema de séculos, por que só agora se tornou uma preocupação tão grande?

    Foi Helick quem respondeu, o olhar sombrio.

    — Por causa do ataque dos dragnaros. — Ele apoiou os cotovelos na mesa. — Se os anões decidirem mudar de lado e se aliarem às outras raças contra nós… estaremos perdidos.

    E assim termina nosso combo! Espero que tenham gostado, e se tudo der certo volto semana que vem com pelo menos um cap.
    Obrigado pela leitura!

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