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    Cassian e Helick não perderam tempo.

    O primeiro ergueu a espada, e uma aura avermelhada brilhou ao redor da lâmina. Ele avançou sem medo, sua arma em chamas cortando um dos golens ao meio, o brilho de seu fogo alaranjado se misturando com o fogo negro que impregnava o corpo do monstro. No entanto, a criatura não caiu. As chamas negras mantiveram os fragmentos unidos, e, com um rugido disforme, o monstro se reergueu.

    — Eles não morrem tão fácil — resmungou Cassian, recuando enquanto sentia o calor sufocante se intensificar. — Como que ela fez parecer tão fácil?

    Helick avançou ao lado do irmão, seu olhar gelado fixo nos inimigos. Com uma série de golpes, ele desferiu cortes congelantes em três golens consecutivos, suas vestes brilhando com um azul pálido conforme ele avançava. A cada movimento de sua lâmina, uma onda de frio se espalhava pelo campo de batalha, recobrindo as criaturas de uma camada de gelo espesso. O calor sufocante das chamas negras diminuiu no instante em que sua magia começou a se espalhar. As criaturas gemiam, seus movimentos se tornando mais lentos, os olhos incandescentes oscilando entre as chamas e o gelo que os consumia.

    — Essas armaduras… — refletiu Helick por um momento, sentindo uma aura que não era dele emanando. — Elas estão me ajudando a canalizar melhor a minha mana!

    Visna, que mantinha sua posição logo atrás do grupo, soltou um risinho, como se dissesse: “finalmente perceberam.”

    — Presente de Jeffzzos. Ele as comprou com a Guilda da Forja Ancestral assim que soube que haviam chegado às montanhas — explicou ela.

    Cassian assobiou em surpresa.

    — Então não preciso me segurar — falou ele, seus olhos faiscando em desafio.

    Ficando mais uma vez em posição de batalha, o príncipe que portava a espada de lâmina serrilhada e avermelhada com entalhes de águia atacou novamente, desta vez sem se conter.

    Conforme Cassian avançava e liberava todo o incêndio descontrolado dentro de si, ele sentia como se uma mana auxiliar fizesse um filtro para liberar somente o que ele mentalizava. Era como se a magia de sua armadura negra entendesse suas intenções e o ajudasse a se conter sem precisar raciocinar tanto. O peso da chama parecia mais equilibrado, mais fluido. Seus golpes foram precisos e, ao entrarem em contato com seus alvos, os incendiavam imediatamente, fazendo com que nada restasse além de cinzas. O calor ao redor aumentou, mas não o suficiente para incomodá-lo.

    Enquanto os príncipes lidavam com os golens ao seu redor, Redgar avançou como uma fera. Ele saltou sobre um dos monstros, suas botas marcando o ombro de rocha negra da criatura, e desceu o punho com força. O impacto soou como um trovão. A cabeça do golem implodiu sob seu golpe, rachaduras se espalhando pelo resto do corpo antes que ele desabasse em pedaços. Os outros ao redor rugiram e atacaram com chamas negras em sua direção. Uma aura amarelada circulou a silhueta de Redgar e o protegeu, dissipando as chamas antes que o alcançassem.

    — Essa armadura é perspicaz — comentou ele, socando outro golem e destruindo sua perna, fazendo-o cair. — Conforme eu luto, ela está se impregnando na minha mente e me forçando a ter lembranças que despertam a emoção necessária para moldar a magia da forma que o combate pede. É perturbadoramente intrusivo, mas… ajuda.

    Ao seu lado, Marco ergueu a espada e seu ARGUEM brilhou enquanto refletia a pouca luz do ambiente. Com um movimento fluido, ele atacou, e sua lâmina perfurou o peito de uma criatura, a imagem do golem sendo refletida na lâmina como um espelho. No mesmo instante, a armadura que o envolvia brilhou com um tom arroxeado, e uma onda de poder percorreu seu corpo.

    — Mas o quê? — murmurou ele, sentindo a mana se moldando por conta própria.

    Geralmente, ele teria que entrar em contato direto com a mana inimiga para entendê-la e copiá-la, mas parecia que a armadura simplesmente fazia esse trabalho para ele. A partir do momento em que sua lâmina entrava em contato com o inimigo, a armadura fazia a leitura e a transferia para a mana de Marco.

    — Interessante… — Seus olhos brilharam com a descoberta.

    Um dos golens tentou atacá-lo, mas antes que a criatura pudesse se mover, Marco repetiu o golpe. Sua espada agora emanava chamas negras, e quando ele a enfiou no peito do golem, este foi consumido pelo próprio fogo, se transformando em cinzas.

    Any, por sua vez, parecia lutar como de costume, porém com muito mais intensidade. Seu sangue jorrava de forma quase descontrolada e atacava as criaturas, fatiando-as e despedaçando-as. Ela sentia como se as ondas de sangue tivessem aumentado. Era como se a armadura fizesse seu corpo produzir mais sangue do que o normal, ampliando sua capacidade destrutiva.

    — E eu pensando que não tinha como esse poder ficar mais nojento… — Any torceu o nariz, mas continuou atacando.

    O sangue se movia como chicotes de lâminas, girando ao redor dela e cravando-se nos golens como estacas de aço rubro. Eles tentavam avançar, mas eram dilacerados antes que pudessem sequer levantar um braço.

    Tály, por sua vez, se movia entre os inimigos como um redemoinho de destruição. Ela distribuía socos flamejantes e chutes de pedra e vento conforme a armadura anulava completamente as chamas negras dos golens.

    — Isso é incrível! — gritou a soldado em euforia. — Minha maior preocupação nas batalhas era ser atingida por golpes de mana, agora sou basicamente imune!

    — Precisamos acabar com isso logo! — gritou Visna por detrás do grupo, seu rosto começando a demonstrar sinais de cansaço. — Eles são muitos! Estão drenando minha mana muito rápido!

    A luta continuava intensa, e apesar da habilidade do grupo, os golens pareciam não cessar. A cada criatura destruída, outras surgiam do próprio chão, como se o círculo mágico no chão não tivesse limites de conjuração.

    Mas então, uma mudança ocorreu.

    As criaturas começaram a se contorcer de maneira estranha, seus corpos de ferro e rocha negra rangendo como se estivessem sendo esmagados por uma força invisível. Os restos despedaçados dos golens caídos começaram a tremer e se arrastar pelo chão, sendo atraídos para um ponto central como um vórtice.

    Os monstros restantes ergueram suas cabeças para o céu, e seus olhos, antes brilhando com chamas negras, começaram a pulsar freneticamente, como se estivessem prestes a explodir. Suas formas se desfizeram em torrentes de fogo sombrio e metal retorcido, sendo sugadas para o centro da formação. O som de metal se fundindo, de ossos inexistentes estalando, preencheu o local.

    O amontoado cresceu, formando uma massa disforme de placas de ferro e magma negro, um redemoinho caótico de peças e brasas que girava cada vez mais rápido. De dentro dele, espirais de chamas emergiram como tentáculos furiosos, enquanto partes de armaduras se moldavam, se dobravam e se encaixavam em um padrão ritmado, como se uma força invisível as estivesse forjando ali mesmo, no calor do combate.

    O som do metal se chocando e rangendo ecoava pelo espaço, e então, em um último estalo estrondoso, a estrutura tomou forma. O turbilhão caótico se dissipou, revelando duas espadas colossais, flutuando no ar que giravam em sincronia, como lâminas de um furacão demoníaco.

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