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Capítulo 89 — Morgan
Os príncipes se depararam com uma sala fechada após serem empurrados por Tály e Nastya. Ela era iluminada com o mesmo sistema de lâmpadas do resto do império, e possuía uma pedra de mármore que circundava todo o cômodo em uma altura média.
— Hey, o que foi isso? — protestou Cassian.
— Não é momento para flertes, príncipe, vamos nos concentrar em recuperar nossas energias e seguirmos para o Castelo Negro. — Respondeu Tály.
— O que é isso? Tá até parecendo a Any falando. — Brincou Marco entrando no cômodo também.
Any ignorou o comentário e apenas os seguiu.
Rhyssara adentrou o local após ter uma breve conversa com Geotecna, e se dirigiu a uma espécie de armário branco com duas partições, uma menor em cima e uma maior embaixo, que ficava encostado no fundo da sala.
Ela abriu a partição maior e um som oco ecoou seguido por uma leve brisa gelada.
Por dentro aquele armário gelado estava com várias barras envoltas em uma proteção colorida e uma jarra de suco.
— Suco de guaraná? — Comentou Nastya após sentir o cheiro cítrico característico. — Achei que Ossuia não possuísse plantações frutíferas e essa fruta em específico é raríssima de se encontrar, até mesmo em Lyberion.
Rhyssara retirou a jarra e as barras e as colocou no mármore.
— E não temos. — Respondeu a imperatriz abrindo um dos pacotes coloridos. — Compramos remessas do Reino Independente do Sul e do Norte, já que Lyberion não consegue atender nossa demanda.
Rhyssara gesticulou para as barras indicando que cada um pegasse uma, enquanto retirava copos de dentro de uma gaveta por baixo do mármore.
E eles o fizeram. Ao abrirem as embalagens eles se depararam com uma barra bege brilhante.
— O que seria isso? — perguntou Redgar, seu semblante tomado pela curiosidade.
— Uma barra de vitaminas misturada com um leve aditivo energético. — Respondeu a Imperatriz. — Comam logo, tem algo que gostaria de mostrar a vocês.
Eles morderam a barra e sentiram um misto de sabores secos e doces que jamais haviam experimentado antes. Ao se servirem do suco de guaraná eles se surpreenderam com o sabor.
— Isso não é suco de guaraná comum! — Se espantou Nastya. — Que coisa é essa que parece estar borbulhando na minha boca?!
— Quem disse que isso é um suco? — Riu Rhyssara. — É uma mistura que desenvolvemos em laboratório que além de dar grande quantidade de energia ainda é bem mais refrescante que um suco comum. Chamamos de “refrigerante”.
— Talvez eu não consiga mais tomar um suco normal! — Exclamou Cassian. — Isso aqui é muito bom!
Os olhos de Rhyssara brilharam e ela se aproximou abruptamente para perto de Cassian.
— Estarei disponível para negociarmos acordos comerciais quando tudo isso se resolver. — Falou ela o encarando como se quisesse arrancar cada centavo que Lyberion podia pagar.
Antes que Cassian pudesse responder à proposta comercial de Rhyssara, o som de batida na lateral da parede próximo ao arco de entrada da sala desviou a atenção de todos.
Um homem alto e de pele parda entrou na sala com passos tranquilos. Seu olhar percorria o ambiente como se estivesse apenas analisando a cena sem pressa. Ele vestia uma calça preta com um número exagerado de bolsos — sendo dois nos lugares habituais e dois próximos aos joelhos e dois atrás. Sua blusa vermelha, de tecido mais pesado, contrastava com o branco do ambiente. O cabelo era curto, bem alinhado, com um risco discreto na lateral esquerda, e um óculos de armação preta e cinza descansava em seu rosto.
Mas o detalhe mais chamativo era o que repousava entre seus lábios: um fino enrolado de seda queimava lentamente enquanto ele tragava, soltando uma fumaça leve que serpenteava no ar branco da sala.
— Interessante — comentou ele, soltando mais um pouco de fumaça e encarando as barras de alimento e os copos ainda cheios sobre a mesa. — Parece que temos convidados importantes.
Seus olhos se fixaram em Rhyssara, e um sorriso quase imperceptível surgiu no canto de sua boca.
— Você devia ter me avisado que ia trazer gente de fora, Imperatriz. Eu teria preparado algo melhor para recebê-los.
— Não que você seja bom na culinário, Morgan. — Rebateu Rhyssara retribuindo o sorriso. — Chegou em boa hora. Como anda as coisas na muralha central?
— O concelho tá na mesma, querendo queimar você com a população de toda forma. Estão aproveitando que a presença da coroa está longe para te caluniar das formas mais babacas possíveis. — Respondeu Morgan.
— Tudo conforme o esperado então. — Rhyssara se virou para o grupo e continuou — Terminem logo e me sigam, o CSR já deve estar abastecido.
Helick franziu a testa ao ouvir a resposta de Morgan.
— E esse conselho não será um problema? Se estão tentando desestabilizar sua posição, pode ser perigoso deixá-los agir livremente.
Morgan soltou uma risada curta, tragando mais uma vez antes de responder:
— Problema? Esses caras vivem sendo um problema. Mas não se engane, eles ladram mais do que mordem. Enquanto Rhyssara continuar entregando resultados, eles não têm força suficiente para derrubá-la.
— Mas e se eles conseguirem convencer a população? — insistiu Helick, cruzando os braços.
Morgan ergueu uma sobrancelha e olhou para Rhyssara, como se a deixasse decidir o quanto revelar. A imperatriz sustentou seu olhar por um instante antes de voltar-se para Helick.
— O apoio do povo oscila conforme suas necessidades. O conselho tenta incitar a insatisfação sempre que pode, mas enquanto eu garantir a estabilidade, eles não terão argumentos suficientes.
Ela pegou mais uma das barras de alimento e abriu a embalagem com calma.
— Eles são os menores de nossos problemas agora e não espero colocar o futuro rei do reino rival ao meu a par dos problemas de meu império.
Cassian engoliu o alimento que estava na boca cheia com uma cara de “mas eu não perguntei nada!”
Morgan deu uma risada abafada e apagou o enrolado de seda contra a pedra de mármore.
Helick se aproximou e estendeu a mão.
— Não fomos devidamente apresentados, eu sou…
— Príncipe Helick Havilfort, presumo. — Cortou Morgan rapidamente, apertando a mão do príncipe. — Morgan IronFist, O Punho do Império. Pelo menos é assim que me chamam.
Helick assentiu. Então Morgan era alguém realmente importante para Ossuia.
Rhyssara se levantou e passou os olhos pelo grupo antes de se virar para a saída.
— Bom, já que as apresentações foram feitas, vamos para a passagem da próxima muralha.
Sem esperar resposta, saiu do cômodo com passos firmes, guiando-os pelo mesmo caminho na qual vieram, em direção ao CSR.
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