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Capítulo 97 — Última Chance
O som do metal se chocando contra o metal ecoava pelo campo de batalha. Marlin e Thomas trocavam golpes ferozes, seus corpos movendo-se com velocidade e precisão. Faíscas saltavam no ar conforme a lâmina de Marlin deslizava contra a armadura de Thomas, que respondia com socos reforçados por sua tecnologia.
Marlin recuou ligeiramente, observando com atenção os movimentos do adversário. A cada impacto, ele percebia um padrão: o lado esquerdo de Thomas não tinha a mesma proteção que o resto da armadura. Pequenas falhas nos movimentos defensivos revelavam a vulnerabilidade.
Com um salto ágil, Marlin girou no ar, desferindo um golpe certeiro na lateral exposta. Thomas rangeu os dentes ao sentir o impacto através da blindagem. Seu sistema tentava compensar, ajustando a posição e distribuindo a energia para minimizar os danos, mas Marlin já havia encontrado a brecha.
— Entendi… — murmurou Marlin, um sorriso afiado se formando em seus lábios. — Sua armadura é poderosa, mas não é perfeita.
Thomas não respondeu. Em vez disso, avançou com um soco direto. Marlin desviou no último instante, deslizando para o lado e desferindo mais um golpe na lateral esquerda. A armadura de Thomas estalou, um pequeno fragmento se soltando com o impacto.
Os olhos de Thomas se estreitaram. Ele sabia que precisava agir rápido antes que Marlin explorasse ainda mais sua fraqueza. Sua última chance estava se aproximando.
Do centro da arena, a voz do locutor Hermes ecoou com empolgação:
— QUE COMBATE INTENSO, SENHORAS E SENHORES! MARLIN ESTÁ SE ADAPTANDO À ARMADURA DE THOMAS! ELE ENCONTROU UMA BRECHA, MAS SERÁ QUE CONSEGUIRÁ EXPLORÁ-LA POR TEMPO SUFICIENTE?!
As arquibancadas rugiram em resposta. Parte da plateia gritava pelo nome de Marlin, confiando na superioridade do tradicional ARGUEM, enquanto outros começavam a torcer por Thomas, impressionados por sua tecnologia.
Na sala de preparação, Helick e Cassian acompanhavam a luta com expressões concentradas.
— Ele percebeu a fraqueza da armadura — comentou Helick, observando os movimentos de Marlin. — Agora resta saber o que Thomas irá fazer.
Cassian cruzou os braços, pensativo.
— Thomas pode aproveitar da situação que a sua armadura é desconhecida pelo adversário e fingir falsas brechas para contra atacar — respondeu o herdeiro, tendo um pequeno dejavu de seus treinamentos com o irmão.
Helick assentiu lentamente, os olhos ainda fixos no combate.
— Então vamos ver quem realmente está no controle dessa luta.
As palavras de Hermes voltaram a ecoar:
— E MARLIN GOLPEIA NOVAMENTE O LADO ESQUERDO! THOMAS VAI REAGIR OU ESSA SERÁ SUA QUEDA?!
A luta continuou.
Thomas conseguiu bloquear alguns golpes com a parte mais espessa e resistente de sua armadura que ficava no peitoral direito e transformou a energia do impacto mais uma vez em flechas elétricas. O desafiante tentou acertar o adversário a queima roupa, mas os reflexos de Marlin foram rápidos e ele conseguiu se esquivar evitando pontos críticos, mas ainda sim, fora atingido por duas flechas elétricas no ombro direito.
— Meu ombro… — Resmungou Marlin.
Os resmungos se transformaram em gritos quando a eletricidade percorreu seu corpo e ele perdia as forças nas pernas, caindo no chão.
— ISSSO!!! — Gritou Thomas em euforia. — EU CONSEGUI!
— INCRÍVEL! MAS AINDA NÃO ACABOU! — bradou Hermes, a voz vibrando por todo o coliseu. — TODOS AQUI SABEM QUE AS REGRAS SÃO CLARAS! MORTE, DESISTÊNCIA OU INCONSCIÊNCIA! MARLIN AINDA ESTÁ CONSCIENTE!
No centro da arena, Thomas ofegava, os olhos arregalados fitando Marlin, que gemia no chão, os músculos ainda sofrendo os espasmos residuais das descargas elétricas. O público rugia, dividido entre expectativa e delírio. O que Thomas faria? Como ele encerraria a luta?
Por um instante, Thomas hesitou. Seu peito subia e descia pesadamente. Ele não queria matar Marlin. Mas como poderia nocauteá-lo sem o risco de acabar com sua vida?
— Droga… — murmurou para si mesmo. — Eu nunca cheguei nessa parte…
Seu momento de reflexão foi sua ruína.
Com um urro de esforço, Marlin saltou para frente, surpreendendo Thomas. Em um instante, seu punhal riscou o ar, obliterando a lateral esquerda frágil da armadura tecnológica do desafiante. O metal rachou como vidro, e um rastro carmesim manchou a arena.
— AAAAARGH! — Thomas gritou em agonia, cambaleando para trás, o braço esquerdo cortado em vários pontos. O sangue escorria, os ferimentos latejavam.
Marlin ergueu-se, arfante, e retirou as flechas elétricas cravadas em seu ombro, descartando-as ao chão. Ele virou-se de costas para Thomas e riu.
— Foi uma boa luta — disse ele, com um tom despreocupado. — Você me surpreendeu. Seu estilo de combate, sua armadura… Fascinante. Mas já acabou.
Thomas, mesmo pressionando o braço ferido, arregalou os olhos.
— Como assim acabou?! — rebateu, furioso. — Eu ainda não desisti! Essa é minha última chance de ascender, eu não vou jogá-la fora!
O sorriso de Marlin alargou-se.
— Magia de Lâminas. Cortes Hemorrágicos.
Os olhos de Thomas se arregalaram em confusão, mas a resposta veio de imediato. Os cortes em seu braço começaram a latejar de forma anormal. A pele inchou e abriu-se ainda mais, como se lâminas invisíveis estivessem dilacerando a carne novamente.
— AAAAAAAARGH! — Um grito de pura agonia ecoou pela arena. Thomas caiu de joelhos, os olhos marejados de dor, o rosto contorcido num sofrimento inumano.
— VAMOS, PÚBLICO! O QUE DEVE FAZER O DESAFIANTE?! — Hermes rugiu para as arquibancadas.
A plateia se inflamou. Alguns bradavam:
— ACEITE A MORTE E MORRA COM HONRA!
Outros, em resposta:
— JÁ LUTOU O SUFICIENTE! DESISTA!
Thomas, ofegante, seu corpo inteiro tremendo, recusava-se a ceder. Seu olhar vacilava entre a dor e a determinação.
Marlin se aproximou lentamente.
— Eu posso fazer parar — disse ele, a voz quase gentil. — Mas para isso, você precisa se render.
Thomas lutava para permanecer ereto, a dor consumindo sua mente. Mas era isso? Sua última chance acabaria assim?
Seu corpo tremia. Suas lágrimas caíam. Seus punhos se cerravam. Mas, no fim… ele não tinha escolha. Mais valia sair dali vivo do que morto.
— E-eu… me rendo… — sussurrou, a voz falhando.
Marlin suspirou e estalou os dedos.
Os cortes pararam de se expandir imediatamente.
Então, ele começou a gargalhar.
— Você realmente acreditou que ia morrer? — zombou. — Meus cortes só aumentam até dez vezes o tamanho original. No máximo, você perderia o braço. Mas você se rendeu. Sua determinação não era grande como pensava. Você perdeu como um covarde.
Na sala de preparação dos desafiantes, Cassian socou a parede.
— Maldito… — rosnou. — Isso foi um truque sujo!
Helick cerrou os punhos, mas manteve o olhar frio.
— Não há regras contra isso… e Thomas caiu feito um peixe na rede.
Hermes ergueu os braços e anunciou:
— O DESAFIANTE THOMAS FOI DERROTADO! COM ISSO, MARLIN SEGUE INVICTO!
A multidão aplaudiu, vibrou e zombou. Thomas desabou no chão, encharcado de suor e sangue, encarando o céu escuro do coliseu.
— E, COMO TODOS SABEM, APÓS PERDER TRÊS VEZES COMO DESAFIANTE PARA A ASCENSÃO, THOMAS JAMAIS PODERÁ ULTRAPASSAR A MURALHA EXTERNA! SUA JORNADA TERMINA AQUI!
E assim, sob vaias e aplausos, o destino de Thomas foi selado. Sua última chance havia se esvaído para sempre.
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