Índice de Capítulo

    — Que brincadeira é essa? — disse Meredith, dando um sorriso enquanto caminhava em direção ao trono onde estava sentado o irmão da Frida. — Então você chegou aqui… Haviam outros caminhos?

    — Isso, haviam outros caminhos! — Ele se levantou e começou a caminhar até ela enquanto sorria.

    — Nossa! Então estamos mesmo na sétima fase?!

    — É o que parece…

    Assim que chegaram próximo um do outro, Meredith sacou sua espada e transpassou aquilo que pensou ser o pescoço do irmão da Frida, mas, na verdade, aquele corpo havia se transformado em areia e ele havia voltado para o seu trono enquanto dava uma risada.

    — Por um momento, pensei que você pudesse se deixar levar por sua ingenuidade. Ia mesmo decapitar o corpo do irmão da sua amiga?

    Quando ele disse isso, Meredith se deu conta do que realmente estava prestes a fazer e contorceu seus traços em uma expressão que mesclava confusão e irritação enquanto elevava a mão à cabeça.

    — Droga, eu havia me esquecido…

    — Não se preocupe, não precisa se segurar — disse Oceano, colocando a mão no ombro da Meredith. — Aquele não é o irmão da Frida… Aquele é o rei dos bandidos.

    — O quê?

    — Meus parabéns, meu rapaz… — O rosto começou a se deformar de uma forma enrugada tão grotesca, que causou enjoo naqueles dois por contemplar aquela transformação de rosto. — Guardar esse segredo até o fim não deve ter sido fácil, não é? Mas afinal, o que você podia fazer quando a vida dos seus companheiros estava em perigo?

    No fim, o verdadeiro rosto dele estava sendo coberto por uma máscara e seus cabelos negros por um capuz.

    — Eu quero vomitar… — disse Meredith enquanto colocava a mão na boca, contorcendo seus traços de irritação. — Só de pensar que cheguei a falar tão bem de um ser tão nojento quanto você…

    — Eu salvo você e é assim que me agradece? Francamente, princesas são mal-agradecidas.

    — Meredith, você está com raiva, não é?

    Oceano fez uma pergunta retórica, que teve como resposta um aceno de cabeça acompanhado de palavras imbuídas de frieza.

    — Então, acabe com ele.

    — Não precisa dizer. É o que eu vou fazer! — Meredith cerrou o punho na alça da espada e direcionou seus olhos franzidos para aquele homem.

    — Ué? Eu pensei que fossem unir seus poderes para tentar me derrotar. Vamos, se aplicarem a transferência de mana, quem sabe tenham alguma chance, não é? Não era esse o plano, Oceano?

    — Pois, parece que o plano mudou.

    Quando ele disse isso, Meredith carregada de sua espada, partiu ao ataque contra aquele homem, que simplesmente fez aparecer uma teia de corda na sua frente, que foi despedaçada em cortes.

    Então, formou uma muralha que não resistiu ao turbilhão de cortes.

    — Então, a raiva deixa mesmo as pessoas fortes, não é?

    Rei dos bandidos travou a espada dela com a ponta do dedo enquanto ela tentava avançar, explodindo seu braço com veias, mas nem por isso sua lâmina atravessa aquele dedo, nem um simples arranhão. Apenas contemplou aquela pessoa mudar de coloração para uma mais castanha enquanto o corpo ganhava a composição da terra.

    Reaparecendo ao seu lado em carne e osso, rei dos bandidos sussurrou em seus ouvidos.

    — Então acho que não é o suficiente.

    Meredith deixou impediamente a espada daquela estatua que se transformou em areia e lançou ataque contra o verdadeiro que se esquiva para aqui e para lá por simples prazer.

    Enquanto isso, Oceano conjurava seu cubo mágico.

    — Ohhhh! Agora ele vai entrar na luta!

    Dizendo isso, o rei dos bandidos deu uma deda na testa da Meredith, que foi arremessada contra um dos pilares enquanto mirava seus olhos no Oceano, que unificava aquele cubo mágico em um só fortificado.

    — Era disso que eu estava falando!

    — Ahhhh!

    Assim que pegou impulso em um dos pilares, Meredith voltou a atacar com o seu turbilhão de cortes, que foi barrado por uma muralha de defesa mais forte do que a outra.

    Oceano elevou o cubo ao alto para o espanto dos olhos do rei dos bandidos e com um grito, esticou os braços enquanto transbordava a uma aura que abria cratera, suas narinas chegando a sangrar.

    — Ei, ei, o que está tentando fazer?

    — O que você está pensando.

    — Ei, ei, não me diga que…

    Assim que o cubo unificado alcançou a distância limite aérea daquela dimensão, começou a quebrar a barreira em estilhaços de cristais como Fred havia lhe dito.

    — Ah, que saco… Parece que descobriram o segredo das dimensões. Mas não é como se fossem consegue algo… — Rei dos bandidos deu um sorriso. — Sabe quantos dias… O que? Tá conseguindo atravessar as camadas. Ah, sim, agora parou.

    Deu uma risada de alívio ao constatar o cubo suspenso com a velocidade praticamente regredindo.

    — Viu só? É demais até para você, garoto! Deixa disso e vem lutar comigo!

    — Nesse caso… — Após ouvir essa voz feminina, o rei dos bandidos direcionou os olhos para ela que estava bem do lado do Oceano, elevando sua espada ao alto enquanto suas auras se fundiam, fazendo com que o cubo fortificado continuasse avançando.

    — Ei, ei, o que vocês estão fazendo? Não era assim que deveria ser… Estão… — Num zás, deu um chute na Meredith que resistiu graças a sua habilidade tornar pesado como ferro. — Estragando minha diversão?

    — Falta pouco… — disse Oceano.

    — Falta muito! — Rei dos bandidos atravessou a muralha de roupa pesada da Meredith e derrubou os dois comum pontapé. Ambos foram arrastados para bem próximo do princípio das escadas que levavam a pirâmide. Seus olhos enquanto estavam deitados contemplaram a abertura se fechando lá ao longe.

    — Estão satisfeito de terem feito uma cratera na barreira principal? — Ele começou a andar até eles enquanto franzia as sobrancelhas, levantando seu dedo. — Estão sendo maus meninos, sabiam? Vocês deveriam estar tentando completar a sétima fase, sabiam? Ao invés disso, estão tentando trapeacar.

    — Não seria você quem estaria trapaceando? — Oceano mal conseguia levantar, seus olhos estavam se fechando de cansaço enquanto sangue não parava de fluir das narinas.

    — Maldito…

    Já Meredith tentava levantar com o pouco de força que lhe restava.

    — Não era isso que eu queria. Era suposto que vocês me divertissem depois de eu ter os tornado forte! Mas não, não está acontecendo… Por quê?

    Meredith apontou a espada para ele enquanto sua mão tremulava.

    — Tse… Estragaram o meu dia… — Ele começou a coçar a cabeça até passar a mão na sua máscara enquanto seus olhos violetas brilhavam intensamente. — Já sei…

    Estalou os dedos, fazendo aparecer Zernen que ficou um tanto quanto confuso já que há poucos momentos estava na prisão escura. Assim, pegou a espada da mão da ruiva e agarrou seu pescoço, a elevando para cima enquanto seus traços torciam de agonia. Gemidos e suspiros ofegante lançados ao vento a medida que seus pés batiam contra o outro buscando liberdade, mas traídas por suas mãos fracas que desistiram de impor sua força perante aquela mão tão dura quanto aço.

    — Ei, você… Eu vou eliminar essa mulher. Fique bem furioso, tá bom? E me ataque com tudo o que têm.

    — Maldito! O que pensa que está fazendo?!

    Zernen arregalou os olhos enquanto veias espreitavam as extremidades de sua pele a medida que cerrava os punhos de braços ansiosos para uma calorosa batalha, porém sua falta de mana deixava seus passos tão lentos como o de uma tartaruga e seu corpo tão fadigado quanto um leão ferido depois de uma batalha.

    — Ah, não, você também não tem muita mana sobrando… Tse… O que está se passando com essa gente?

    — Zernen… — Meredith tentou murmurar.

    — Tanto faz, vou eliminar essa mulher e enviar a cabeça para o rei… Não, é melhor eliminar todo mundo e trazer aqui apenas aventureiros rank A. Ah, que droga, no fim meu esforço foi inútil.

    — Aaaaah!

    Ainda na sua lentidão, Zernen desferiu golpes no vento, mas quando o rei dos bandidos apontou seu dedo para ele, sua barriga foi fortemente atingida. Sangue saltando enquanto colidia contra um dos pilares, vomitando sangue da boca que se esparamou no chão.

    Seua cabeça curvou enquanto seus olhos se fechando para o breu, seu corpo incapaz de sustentar caindo contra o chão violentamente.

    Ao presenciar isso, Meredith reuniu forças e segurou nas mãos que apertavam seu pescoço, cuspindo na máscara do rei dos bandidos. Naturalmente enfurecido, ele cerrou punho na espada. Mas quando estava prestes a decapita-la, olhou para cima onde o buraco estava terminando de se fechar e largou a mulher, se distanciando por alguns metros.

    — Ah, o que vocês fizeram?

    Quando acabou de dizer isso, viu uma silhueta enraizada de luz pousar bem na sua frente, criando uma poeira que omitiu seu corpo até o momento em que a névoa se desfez e revelou sua identidade que para a ruiva foi fonte de alegria, mas para aquele homem fonte de irritação.

    Este homem que possuía madeixas negras e olhos azuis escuros, segurava um livro em mãos enquanto era ataviado por um sobretudo.

    — Finalmente nos encontrarmos.

    — Ah… Tinha que ser você, mestre dos aventureiros.

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