Capítulo 118: Mais um aliado para essa nobre missão adquirido com sucesso
Já era de manhã. Os raios do sol que se erguiam no horizonte agora banhavam nosso corpo naquele ambiente em que estávamos rodeados de casas, com algumas pessoas da vizinhança nos espiando ao longe enquanto tentavam passar despercebidos.
Depois que deixou aqueles olhos, Sr. Luvru se focou em nós enquanto os irmãos da Meredith velavam seu sono. As outras crianças agora presenciavam o despertar de sua professora, que reuniu seus traços em confusão quanto ao ambiente, mas os braços calorosos e repletos de lágrimas das crianças e do seu marido adiaram qualquer pergunta.
Já Frida estava bem próxima ao Oceano, que havia recebido a cura de Theresa. Ela estava preocupada pelo rapaz ao lado dela, que alegava ser seu irmão, mas a aparência o contra argumentava. Porém, Frida acreditou em suas palavras pelos gestos, lembranças e maneira de falar.
Na altura, quando ela fez chegar a questão sobre como poderia fazer para trazer seu irmão de volta, eu prometi pensar e depois de um pouco de tempo, encontrei a possível solução…
— Basta jogar água.
Era tão simples quanto isso, desfazer a magia que cópia imagem e implanta em outrem. Ela era de um bandido conhecido como mestre dos disfarces, que tentou roubar Meredith e seus aliados, mas quem diria que ele acabaria com sua magia roubada?
Aconteceu que, para o seu azar, começou a chover e todos aqueles cujos corpos haviam sido transformados voltaram ao normal, com a magia se desfazendo como tinta borrada.
No fim, a cena dele não passou de um alívio cômico que me rendeu muitas risadas depois de ser capturado e preso por seus crimes, embora houvesse quem o quisesse recrutar para fazer parte da guilda.
— Água… tem certeza disso?
— Leiliane, poderia experimentar? — chamei a atenção da professora que trazia consigo a magia de água.
Depois de se inteirar do assunto, ela impôs sua mão sobre a cabeça do Friederico. Ela verteu água como uma torneira aberta e deslizou por todo seu corpo, deixando o rapaz com a aparência de um gato molhado.
Contudo, como eu previa, a tinta borrou e ele voltou ao corpo normal. O mal era que suas vestes e corpo ficaram sujos de tinta colorida, então ele teria que fazer um bom banho.
— Nossa, resultou!
Os olhos de Frida brilharam.
— Você é incrível, Jarves! Muito obrigada!
— Eu agradeço também!
“Espera… Espera…”
Os meus ouvidos estavam falhando ou eu estava ouvindo isso da Frida? Era isso mesmo? Não era delírio meu, pois não?
— Sério isso?
— O que é bom precisa ser elogiado. Estaria sendo infantil se não demonstrasse minha gratidão.
— Queria que essa maturidade estivesse presente em todos os momentos… — murmurei, fazendo ela soltar um leve sorriso.
— Como presente, eu te dou a mão de minha irmã! Pode se casar com ela!
“Ei, ei, ela já tem dono, sabia?”
Eu não queria estar na pele do irmão da Frida após dizer aquelas palavras. Ele tomou um grande soco no estômago, que fez sua boca cuspir saliva enquanto caia de costas, segurando sua barriga.
— Nunca mais repita isso, entendeu?! Como a mais velha, exigiu respeito!
— Também não é como se eu quisesse uma baixi…
Antes que eu terminasse de fazer minha brincadeira, seus olhos miraram em mim.
— Você ficará nu se continuar.
— Tá…
Minha garganta travou. Eu é que não queria passar vergonha no meio dessa toda criançada e da Meredith que agora estava despertando enquanto recebia o abraço dos seus dois irmãos.
Agora os únicos que permaneciam dormindo era o Sr zestas, Fred, Sond, Zernen e Oceano. Bem… O Sr. Zestas de cansaço mesmo.
— Escutem…
Assim que o mestre dos aventureiros falou, nossos olhos foram direcionados para ele.
— Eu decidi confiar em você, jovem. Então o ajudarei indiretamente a cumprir os seus objetivos em prol deste reino que tanto me acolheu.
Aquelas palavras soaram como sons aos meus ouvidos e dos demais que apoiavam essa causa justa.
— Abrirei caminho para que cheguem ao norte da biblioteca de Hengracia. Isso é tudo o posso fazer.
— Muito Obrigada, mestre Luvru — agradeceu Meredith com um sorriso.
— Eu sabia que o senhor no fim faria um julgamento justo.
— E como abrirá esse caminho?
Fiquei um tanto quanto curioso. Já tínhamos o Zestas do nosso lado, e agora teríamos a grandiosa pessoa responsável por todos os aventureiros desse reino.
— Embora mestre dos aventureiros, estou limitado quanto ao cessar às buscas e as capturas. O que posso fazer agora é difundir uma informação falsa para que os aventureiros procurem vocês em um lugar longe de vossa rota. Enquanto isso, tentarei com a ajuda dos aventureiros rank S persuadir o rei a ponderar tudo quanto você tem dito.
— Parece-me bem… — Dei um sorriso enquanto Zernen estava acordando.
— Infelizmente, não poderão levar o Zestas consigo, porque preciso dele como testemunha.
Agora fiquei desanimado. Embora ele pudesse abrir caminho para nós, ter um aventureiro rank S era a melhor proteção segura que nos levaria são e salvos para o norte de Hengracia.
— Ao invés disso, levarão o Rein. Qualquer coisa, ele poderá vos teleportar para um lugar seguro.
Considerando a agilidade com a qual teleportou o Sr. Zestas quando chegamos em Ahrmanica, ele não era uma má escolha.
— Será um prazer trabalhar com vocês.
— Dito isso, sugiro que partam agora. Porque a confusão que se abateu aqui com certeza atrairá pessoas e com isso aventureiros sedentos de recompensa.
— É, tem razão… — eu disse, logo sendo ofuscado por Zernen que fez uma cara de preocupação.
— O meu avô! Ele está lutando contra aquele Xavier… Eu estou preocupado com ele, então vou voltar para lá!
— Por mais que volte, não poderá fazer nada. Xavier é um soldado que não pode ser parado por qualquer um.. Mesmo para mim e Zestas seria um feito difícil.
Isso vindo do terceiro homem mais forte desse reino.
— O máximo que posso fazer é ir checar com o Zestas, mas garanto que o seu avô deve estar bem. Xavier não mata apenas por matar, ele segue a lei e é racional. Suas medidas são respondidas na proporção do arguido. Se o seu avô se render, com certeza ficará bem.
— Ainda assim…
Zernen franziu os olhos.
— Ei, não se preocupe, ok? Xavier não matará ninguém além de mim… Isso não ficou claro quando ele te imobilizou naquela altura?
— É…
— Mas por quê ele quer tanto te matar?
A pergunta veio do mestre dos aventureiros.
— Por causa do clone da mulher dele que Princesa invocou graças minha ideia.
— Aí você pegou pesado…
Se até o Luvru estava dizendo, então era o meu fim mesmo…
— Mas isso não é razão para mata-lo. Os clones da minha prima nem falam — Meredith surgiu em minha defesa.
— Então ela estava falando? Entendi. Deve ter um motivo a mais, talvez as palavras que tinham despertado nele um sentimento de irá.
Agora que ele falou isso, eu estava suspeitando fortemente que isso tivesse alguma ligação com o rei do reino das trevas. De alguma forma, ele havia trazido Belia aqui…
— Com licença, quando for ao palácio, poderiam verificar a Alexandra. Se ela tem alguma coisa, ou se ela está bem, mas discretamente.
— Por que diz isso?
Meredith começou a ficar um tanto quanto preocupada.
— É mais pelos seus poderes. Fazer com que clones de outros falem e despertem sentimentos pode ter haver com magia proibida.
Quando eu disse isso, ela arregalou os olhos.
— Não tinha pensado nisso…
— Entendi. Então é possível que ela tenha despertado magia proibida? Certo, me encarregarei disso. Como sou mais próxima da irmã, vou pedir ajuda dela para cuidar dela.
— Tudo menos isso.
Sr. Luvru levantou uma das sobrancelhas para mim enquanto Zernen concordava comigo.
— Aquela princesa não…
— Tenho de concordar. Minha prima agora é a menos confiável.
— Problemas familiares, ah, entendi… Tudo bem se vocês dizem — ele disse enquanto sorria para nós, não entendendo perfeitamente o que queríamos dizer.
Depois de acertamos tudo quanto deveria ser acertado, nós partirmos… Era o que eu queria dizer, porém, os irmãos da Meredith não queriam lhe deixar, queriam que ela voltasse com eles para casa. Tudo quanto passaram havia lhes traumatizado.
— Own… Meus pequeninos…
No entanto, a própria Meredith enquanto contorcia seus traços, teve que aplicar um golpe na nuca deles enquanto lágrimas fluíam dos seus olhos.
— Cuide deles, por favor.
— Tem certeza disso? Eles ficaram inconsoláveis quando acordarem.
— É algo que tenho de fazer — disse Meredith enquanto se levantava, deixando seus irmãos na companhia de Ur que os acolheu enquanto outras crianças já estavam sonolentas demais para tecer qualquer comentário a respeito disso. Tudo o que queriam era dormir depois de um longo período de desmaio forçado.
Depois daquele episódio, Frida nos ofereceu sua casa para recarregarmos nossas forças para a próxima cidade enquanto o mestre dos aventureiros pedia para que Sond — que pensava estar dormindo, mas estava ali — fosse pedir ajuda a guilda dos aventureiros para que viessem imediatamente para aqui.
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