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                       Minuto antes

    — Nããããooooo! Vamos ser digeridooos!

    Eu gritava enquanto deslizava naquela superfície viscosa, que era a língua daquele monstro. Estávamos escorregando em direção à garganta dele, o fim de tudo. 

    Seria esse o castigo de eu ter faltado a algumas aulas de biologia? 

    Eu veria o processo todo ao vivo e a cores e seria transformado em amontoado de carne e pulverizado com ácido?

    — Pare de gritar.

    — Frida tem razão. Gritar não vai ajudar em nada.

    Aquelas duas diziam isso enquanto estavam todas cobertas por aquele líquido pegajoso que fazia minha mente vagar por pensamentos estranhos… Essa minha imaginação, francamente.

    — Olhem.

    O irmão falso da Frida apontou para um portal que se formava bem a poucos metros de nós.

    — Um portal… Então, quer dizer que todo esse tempo o interior desse monstro era o conectivo para outra dimensão. Faz sentido, quando pensamos que a terceira boca nunca se abria — emitiu Frida.

    — Caramba… Não acredito que fiquei preocupado à toa — sorri de satisfação, suspirando de alívio.

    — Sendo assim, como eles saberão?

    Possivelmente, não sabemos o que vai acontecer se eles matarem esse monstro com a raiva que devem estar sentindo.

    — Meredith e o Zernen devem estar uma fera.

    — Oceano tem tudo sobre controle.

    Frida tinha razão. Oceano era o mais calmo, tão calmo que podia ser confundido com frieza extrema, como se, no fundo, ele não se importasse com os sentimentos de seus companheiros.

    — Assim espero.

    Assim que Theresa disse isso com uma expressão preocupada, todos atravessamos aquele portal que girava com pequenos feixes de luz. 

    Num piscar de olhos, nos vimos caindo de uma altura de não sei quantos metros em direção a um amontoado de água, que formava um mar no interior daquela caverna.

    Também havia um barco com uma bandeira negra de caveira com os ossos cruzados. Parecia um daqueles barcos piratas que eu via nas séries. Possuía um leme, um convés, barris e muito mais. Meus olhos brilharam de admiração e fascínio. Zernen com certeza iria adorar essa visão.

    Caímos no mar.

    Eu, que era péssimo a nadar, comecei a me afogar, mas Sond segurou um dos meus braços e sussurrou palavras de calmaria nos meus ouvidos enquanto me guiava ao barco. Theresa guiou Frida na mesma situação que eu até aquele barco, que havia caído como uma benção do céu para nós.

    O irmão dela nadava sozinho a passos lentos com uma expressão de medo enquanto olhava para os lados. 

    Naquele momento, pensei…

    “Compressível.”

    Afinal, apesar de ele ser capanga do rei dos bandidos, estava na mesma situação que a nossa.

    Como ele tinha nos ajudado, talvez eu devesse fazer uma proposta para ele deixar essa vida depois que isso tudo acabar. 

    Enfim, deixando isso de lado…

    Finalmente estávamos dentro do barco. Corri imediatamente para o leme e, quando queria tocar, Frida chamou minha atenção.

    — Não toque em nada.

    — É só uma deda, não vai fazer mal.

    — Quer que eu te deixe nu?

    — Não! Não faça isso… — Deixei o leme com um desconforto.

    — Essa dimensão… — Theresa falou, atraindo meus olhos. — Como isso tudo pode estar debaixo de Ahrmanica?

    — Ah, eu tenho reposta para essa pergunta.

    Todo mundo lançou seus olhos arregalados para mim, inclusive o Sond que permanecia calado.

    — Estão lembrados daqueles gêmeos com instrumentos? É, eles mesmos. Acontece que eles têm o poder de, tocando uma certa música, fazer tudo o que quiserem. Deve ser assim que o rei dos Bandidos construiu tudo isso.

    — Como você sabe disso?

    O irmão da Frida perguntou.

    — É uma informação que até nós não temos acesso.

    — Um poder desses não existe. Eles seriam um deus com isso, fazer tudo o que quiser… — Frida emitiu, descrente.

    — Não é impossível — Theresa observou. — Levando em consideração as palavras de Jarves, que eles estão restritos a determinada música que seja do seu conhecimento. Mas me intriga você saber disso, Jarves. — Ela olhou para mim com olhos desconfiados, no entanto, eu já estava preparado para isso.

    “Ah, espera… Melhor eu não usar a desculpa das visões.”

    — Sei disso porque enfrentei eles com o Zernen. Na nossa luta, eles fizeram muitas demonstrações de magias.

    — Mas isso é o suficiente para você determinar “fazer o que quiser” como algo ilimitado? — emitiu Theresa, me colocando contra parede.

    — Tem razão, acho que exagerei um pouco. Fiquei tão emocionado ao contemplar seu arsenal bélico que pensei ” Esses caras realmente não têm limite.” — Dei um sorriso forçado.

    Eu realmente tinha que refrear minha boca.

    — Nesse caso, esse poder precisa ser selado. Tal poder estar nas mãos de um bandido é inconcebível.

    — Isso mesmo. — Ele concordou com a irmã. — Mas como pretendem selar esse poder?

    — Não é da sua conta.

    Frida deu a ele uma resposta fria e afiada.

    Nem precisava disso.

    Fui consolar o soldado abatido enquanto batia nas suas costas ligeiramente.

    — Não liga, mulheres são assim.

    — O que você quer dizer com “mulheres são assim” ? — Frida cruzou os braços, me olhando severamente.

    — Isso mesmo, Jarves. Responda.

    Theresa deu um sorriso sombrio enquanto metia a mão em um dos bolsos do jaleco, retirando algo que parecia ser uma seringa.

    — Vocês mulheres são adoráveis! Perfeitas!

    — Ainda bem que você sabe disso — Frida balançou seus cabelos para trás.

    — Ehhh… — Theresa semicerrou os olhos. — Você sabe que está sendo bajulada propositalmente, não sabe? Que o que ele queria dizer era outra coisa, não é?

    — Theresa, não! — contestei. — Afinal, é uma verdade universal. Vocês mulheres são todas perfeitas, porque afinal, conseguem trazer coisas tão adoráveis quanto os homens ao mundo!

    — Aí você foi longe demais — disse Theresa e Frida concordou. — Vocês homens são os bagunceiros e nós, as meninas, é que temos que arrumar a bagunça, estou errada?

    — Sim, sim. Erradíssima! Não é, companheiros?

    Olhei para Sond e o irmão da Frida, que balançaram a cabeça, concordando comigo.

    — Ah, é isso, não é? Então, quem nos colocou nessa situação? Com certeza foi uma mulher, a rainha dos bandidos e manipuladora charlatã.

    Quando Theresa disso isso, todos começamos a rir.

    Ok, contra fatos não havia argumentos.

    — Mas há homens dignos — emitiu Frida enquanto corava as bochechas, obviamente pensando no Oceano. Um bonitão com postura certinha, que caçava bandidos e salvava o dia.

    — O meu irmão é um deles — Theresa sorriu. — Meu pai também…

    — Aí, é melhor pararmos com essa conversa. Assim, vocês partem os nossos corações.

    — Então siga o exemplo deles e quem sabe um dia você entre para a lista.

    — Isso aí — Theresa concordou. — Você e o Zernen têm muito a aprender sobre conduta moral.

    “Mas por quê?”

    Depois daquele nosso momento de descontração, decidimos investigar o barco a pente fino para ver se acharíamos alguma pista de como sairíamos dessa dimensão estranha, que aparentemente escondia muitos mistérios.

    Fomos para o convés no fundo do barco. Seu interior era composto de barris, alguns estavam vazios e outros continham bebidas muito fortes, daquelas que os piratas adoravam. Havia uma cadeira com uma espada que se desfazia em ferrugem, dando o indicativo de que aquele barco com certeza era de muito tempo e que talvez tivesse dono.

    — Vejam.

    O irmão falso da Frida segurava uma pequena fechadura castanha camuflada naquele piso de madeira. 

    — Será que é uma boa ideia abrirmos?

    Enquanto Theresa hesitava, o irmão da Frida já havia aberto, revelando escadas que desciam a uma pequena cavidade profunda. Engolindo em seco, descemos aquelas escadas com passos receosos e olhares afiados.

    Uma escuridão tomava conta dos cantos da parede daquele lugar e de um corredor que ficava na parte frontal de uma das paredes.

    Por questões de segurança, nos mantemos perto enquanto perambulávamos nossos olhos por aquele breu até encontrar luzes que subitamente acenderam, oferecendo claridade, mas também uma visão assombrosa.

    As luzes provinham de pedras que flutuavam suspensas no interior de esqueletos, na parte do peito concretamente. Seus olhos foram tomados por chamas roxas, enquanto um sorriso largo e medonho era formado pelo movimento de suas mandíbulas.

    Theresa e eu, imediatamente, nos abraçamos de susto, mas quando nos olhamos severamente, nos soltamos e suspiramos. Frida olhou para nós com os olhos semicerrados, enquanto o irmão dela sorria como um louco fascinado com aqueles esqueletos que seguravam uma espada em mãos.

    Outra coisa que nos chamou a atenção eram os seus laços que variavam entre as cores vermelho e azul. Apenas um deles não possuía lanço, pelo contrário, no lugar havia um chapéu negro de pirata que cobria seu crânio.

    — Essa dimensão é muito detalhista para ser verdade… — Frida murmurou enquanto aqueles esqueletos caminhavam até nós, seus ossos estalando em um crack a cada passo enquanto moviam suas mandíbulas. — Esse pessoal não eram piratas de verdade?

    Havia essa hipótese.

    — Se for isso, então o rei dos bandidos atingiu o ápice de sua crueldade.

    — E o que isso importa agora? 

    Olhei para o irmão da Frida.

    — Temos que nos preocupar com eles agora! Eles vão nos matar!

    É, ele tinha um ponto.

    — Sond, não tem como fazer eles dançarem para bem longe? 

    Só agora que eu estava lembrando dele. Sabe, Sond era tão apagado que parecia um fantasma nos acompanhando durante toda a viagem.

    Ele balançou a cabeça negativamente.

    — Burro, a magia do Sond só funciona contra seres vivos.

    — Dessa vez, você não tem razão. Como eu ia saber?

    — Ei, vocês dois, vamos nos concentrar — disse Theresa, segurando uma espada que o irmão da Frida havia conjurado para ela. Frida colocou uma flecha no arco, apontando para aqueles esqueletos que, por sorte, tinham movimentos de tartaruga.

    — Olha, eu vou querer uma.

    Pedi para o irmão da Frida conjurar uma espada para mim. 

    — Mirem na pedra mágica. Ela com certeza deve ser a fonte de energia deles, como a das aves voadoras.

    Frida lançou sua flecha contra um dos esqueletos, mas ela foi imediatamente cortada pelo movimento rápido de sua espada, o que foi estranho, pois eles andavam a passos de tartaruga. Então, como eles eram tão rápidos para reagir?

    Nem tive tempo para pensar nisso, eles haviam chegado até nós e agora um deles tentava me cortar enquanto eu colocava a espada horizontalmente contra a cabeça, impedindo a dele de avançar.

    Frida deu dois saltos para trás e então lançou sua flecha no que estava travando batalha comigo, mas ele imediatamente focou na defesa da pedra mágica.

    Hum, provavelmente eles tenham como principal foco proteger a pedra mágica ao invés de nos atacar…

    Theresa, por outro lado, travava um combate cerrado com um dos esqueletos. Espada contra espada. Ela deu sinal verde para que eu pudesse atacar, mas outro esqueleto se pôs diante de mim, lançando um golpe que foi imediatamente defendido.

    O irmão falso da Frida e o Sond também estavam na mesma situação, travando uma batalha acirrada com sua espada e lança.

    — Bom trabalho!

    A voz da baixinha fujona ressoou pelos meus ouvidos. Não é só porque ela tinha arco e flecha que ela deveria ficar se escondendo lá, no fundo, enquanto simula tiros que nunca chegam.

    — Muito obrigado por se sacrificarem.

    — O quê? Vem lutar aqui, fujona!

    Quando olhei para trás, vi que ela havia deixado o arco e flecha, semicerrando os olhos enquanto formava um binóculo com as mãos. De repente, vimos alguns daqueles esqueletos pararem de se mover e nos perguntarmos o porquê, mas quando olhei precisamente, vi que metade da pedra dentro deles havia desaparecido.

    — Retiro o que disse! Mandou bem, baixinha!

    — Claro, eu sou uma profissional. — Ela arrastou os cabelos para trás com um tom presunçoso. — Mas ainda não acabou…

    Ela tinha razão, faltava o capitão e mais quatro deles.

    — Então, quital derrotamos eles a estilo pirata? — sugeri e todo mundo me olhou confuso. — Se, na verdade, eles tiverem sido pessoas de verdade, creio que gostariam de ser derrotados ao seu estilo!

    — Estilo pirata, o que quer dizer exatamente?

    Theresa questionou.

    — Espere e verá. — Dei um sorriso e olhei para o irmão falso da Frida. — Quero chapéus de piratas e redes de pescar.

    — Certo, vou projetar agora mesmo!

    — Perfeito! Você nunca decepciona! 

    Depois que eu disse isso enquanto levantava o polegar, chapéus negros caíram sobre nossas cabeças ao mesmo tempo, em que uma rede caía sobre aqueles esqueletos.  Logo caíram por falta de equilíbrio, enquanto recuavámos.

    — Marujos! — Levantei a espada.  — Angard!!!

    “Caramba, sempre quis dizer isso!”

    O irmão da Frida havia feito um bom trabalho. Aquelas cordas eram tão fortes que os esqueletos estavam tendo dificuldade em se libertar. Então, aproveitamos aquela chance e cravamos nossas espadas naquelas pedras, causando leves rachas que fizeram aqueles ossos pararem de se mover.

    — Se tinha essa ideia, por que não disse antes?

    Frida chutou minha perna.

    — Tem noção do quanto doeu apertar meus olhos para fazer com que pequenos fragmentos desaparecessem?

    — Sinto muito, é que veio do nada… Ah, espera? Por que estou me desculpando? Se você aqui é a tal profissional, a analista que decifra os enigmas!

    Ela apenas chutou minha perna três vezes e me deu as costas com a cara carrancuda.

    — Não sei de onde você tira essas ideias malucas, mas se continuar assim, vai ser ótimo para nós, não é, Jarves?

    — É claro que sim! — Levantei o polegar.

    — Lembrando que isso não teria resultado se não fosse por mim, sabem?

    — Como assim, você? — Frida o olhou severamente.  — Esse poder é do meu irmão, você não fez mais do que sua obrigação.

    — Frida, não precisa exagerar — Theresa emitiu. 

    — Isso mesmo — concordei com a cabeça em defesa dele e sorri para ela. — Apesar de tudo, ele merece algum mérito, não é?

    — Por que está sorrindo para mim? Que nojo.

    Ela virou o rosto para mim novamente.

    “O que essa baixinha tem comigo?”

    — Você até que não é um completo inútil.

    Quando ela disse isso, um sorriso torto surgiu nos lábios do seu irmão.

    — Custava dizer “obrigado”?

    — Quer ficar nu?

    Me escondi atrás da Theresa, segurando seus ombros.

    — Me salva, por favor!

    Theresa apenas suspirou.

    Depois daquilo, nossa atenção foi voltada para tochas que acendiam naquele corredor estreito. Elas levavam a um trono onde havia um esqueleto com uma coroa que continha sete poções ao redor. Em sua mão, apoiada no braço do trono, havia um papel.

    — O que será que vem agora?

    Theresa avançou enquanto eu a seguia por trás. Analista andava ao mesmo passo que ela, mantendo seus olhos em prontidão. Sond e eu segurávamos nossas espadas enquanto viajávamos na vanguarda ao lado do irmão da Frida, que se soltava um sorriso de fascínio enquanto seus olhos brilhavam ao contemplarem aquele cenário.

    — O rei dos bandidos é um gênio, não é? Afinal, ele pensou nisso tudo!

    — Então foi ele que pensou nisso tudo?

    Me aproximei dele, demonstrando um pouco de curiosidade.

    — Sim. Todo bandido sabe disso! Pelo menos, os mais próximos. — Isso ele sussurrou nos meus ouvidos.

    — Entendi. Uma perguntinha… Ah, agora que penso, não sei qual é o seu nome.

    Nossa conversa foi interrompida por Frida que analisava aquele papel enquanto Theresa examinava aquela coroa com poções.

    — Então, esse é o mapa que nos levará para fora daqui.

    — Como assim? 

    Corri até ela e observei com precisão o que estava desenhado naquele papel que tinha um aspecto tão antigo. Nele, haviam coordenadas desenhadas a negro que saiam desse barco e levavam a um x a vermelho que marcava um castelo nas profundezas do mar.

    — Caramba! Isso virou uma caça ao tesouro?! 

    Pulei de felicidade. Isso estava ficando muito empolgante.

    — Não se anime, idiota. Ao invés disso, comece a pensar como chegaremos até às profundezas do mar.

    — Acho que temos a solução bem aqui. — Theresa balançou duas das poções com coloração azul-claro em suas mãos enquanto sorria. — Se bebermos essa poção, talvez seja possível respirar de baixo da água.

    — Como você sabe disso?

    — Vem no rótulo de cada poção. Olha o desenho. — Theresa aproximou a poção.

    E eu não vi nada de tão interessante, se não um peixe com a cabeça presa em um círculo enquanto sua cauda estava fora.

    — Mas o desenho não quer dizer nada!

    — É, até eu tenho que concordar com o idiota. Isso pode ser veneno.

    — Eu conferi e não tem nenhum veneno. Podemos tomar sem problema, só não garanto que não haja efeitos colaterais.

    — Toma você primeiro, então.

    Assim que falei isso, Theresa não perdeu tempo, bebericou tudinho.

    — Não, eu estava brincando…

    Uma bolha começou a crescer a partir do nariz dela, outra da boca e outra das orelhas, o que me deixou muito assustado.

    “Theresa, não…”

    Todos nós nos afastávamos dela, temendo o pior, enquanto ela mantinha um sorriso triunfante no rosto.

    Aquelas bolhas se intercruzaram e formaram uma só, cobrindo a cabeça da Theresa.

    — Tudo bem! — Theresa levantou o polegar, nos deixando aliviados. — Eu consigo respirar por dentro! Ao mesmo tempo, em que… — Ela penetrou a mão na bolha, mas ela não passava. — Parece ser inquebrável, perfeita para respirar de baixo de água.

    — Se for isso, então… — Frida pegou a poção e bebeu, uma bolha cobriu seu rosto.

    Eu também ganhei coragem e bebi, me assustando com as bolhas que saiam de tudo quanto fosse buraco no meu rosto para, no fim, formarem um balão transparente.

    Sond e o irmão da Frida também tomaram, tendo um balão mantendo suas cabeças cativas. 

    — Espera, ah, droga, a gente acabou tomando todo o frasco… — Frida só se deu conta agora e depois olhou para a cesta de coroa, contendo duas poções. — Parece que duas pessoas vão ficar sobrando. 

    — O problema está na eficácia. Se há sete poções, pode significar que cada pessoa deve beber uma inteira — Theresa observou.

    — Então, só podemos esperar até eles chegarem para podermos discutir melhor o assunto. — Quando falei isso, um estrondo balançou o barco e nos fez perder o equilíbrio, nos arremessando contra o chão e as paredes.

    Eu já estava estranhando toda essa paz vinda das profundezas do mar. Não é, monstros marinhos?

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