Todos começam a correr para as celas. Sarah pega a máscara, e a coloca enquanto apanha o fuzil. Depois arrasta um dos extintores para perto da escada, e abandona o outro jogado no meio do Salão. Sem perder tempo, se esconde em uma cela perto da escada.

    Enquanto isso, o senhor também pega um fuzil e uma das máscaras na cela branca. O homem jovem e mais um negro e forte, pegam as outras duas máscaras enquanto correm para dentro de outras celas.

    Após alguns segundos, o barulho de pisadas nas escadas se fazem presente. Ao ouvir, Sarah atira no extintor ao pé da escada, que começa a vazar e cai no chão. Com a pressão do vazamento, ele se arrasta até ficar preso debaixo da escada enquanto solta fumaça para cima. Antes que perdesse a visão, ela atira no outro extintor, que voa longe, para o outro lado do salão, bate nas grades enquanto roda no chão enquanto e some em meio da fumaça. Quando o primeiro segurança desce a escada, ele já está envolto em fumaça.

    De forma sorrateira, Sarah se esconde atrás da escada.

    Mais um par de pisadas vem descendo, e ela se prepara. Quando percebe que ele pisou no chão, se inclina para o lado e desfere um tiro no que ela acha ser a cabeça. Então outro tiro vem de uma das celas, logo uma chuva de tiros e gritos ecoam pelo ambiente e ricocheteiam nas grades. Sarah arrasta o corpo para trás da escada, sumindo entre algumas grades em meio a fumaça.

    Ela pega seu terno, sua calça e seus sapatos. Os veste rapidamente enquanto tira a camisa que vestia. Passado mais de um minuto desde o começo dos tiros, ela pega a pistola do segurança, e joga o fuzil pelo chão em direção a uma das celas. O fuzil é rapidamente pego por mãos negras e fortes, ao mesmo tempo em que a pega sem perder tempo, começa a disparar em direção ao centro do salão. Com cuidado, ela sobe a escada.

    — Minha munição acabou, os prisioneiros foram libertos e conseguiram desarmar alguns dos seguranças. Não dá para enxergar quase nada, descarreguei o pente em direção as grades. — Sarah tem sua voz abafada pela máscara.

    Um dos guardas aponta para uma das escadas vermelhas.

    — Está tudo aberto, pode subir! — Ele a ordena desesperado.

    Sem olhar para trás, ela sobe em disparada pela escada vermelha. Passa correndo pelo salão de monitoramento enquanto repara nos guardas ali. Todos agitados olhando uma tela no canto. Continuando sua subida, chega ao andar dois. Ao ver um punhado de cápsulas de gás bem ali na sua frente, jogados no chão como um presente, sem pensar pega três, e as joga escada abaixo por onde acabou de subir.

    Após alguns segundos, desce a escada devagar a procura dos guardas. A princípio está tudo vazio, então inicia a busca pelo painel de controle. Não demora a encontrá-lo. Aperta o botão branco, assim as escadas dos andares um e zero começam a descer.

    Sarah está começando a se direcionar para a escada quando percebe que os guardas estão todos desmaiados e amontoados em outro canto.  Se aproximando, percebe uma movimentação vinda da tela com o número oito acima na parede. Olhando mais atentamente em uma das pequenas telas, vê que tem uma pessoa encapuzada nos quartos. Está abrindo as portas e libertando as crianças. Não só ela, as próprias crianças estão com chaves, e estão abrindo os quartos, e libertando umas às outras.

    Sarah olha nas outras telas, e o mesmo em todas, crianças se esgueirando para todo lado. Por alguns segundos ela fica paralisada, em uma das telas, vê Sophie ajudando outra criança a sair do quarto.

    Logo se lembra de seu objetivo, e volta a correr para o andar dois, porém, agora sente que alguém tirou boa parte do peso que colocou em si mesma. Seus movimentos até estão mais rápidos do que antes. Ao chegar no andar dois, pega mais seis cápsulas de gás. Coloca quatro nos bolsos e joga duas para o andar de cima pelas escadas que acabaram de se abrir. Gritos começam a ecoar vindos de lá.

    — Como que ele quer que continuemos trabalhando com toda essa confusão? Ele ficou maluco! Eu vou embora! — Uma voz de mulher adulta ecoa pelas escadas.

    Então a figura de uma mulher, cabelo loiro cacheado, saia social branca e salto alto vermelho aparece no topo de uma das escadas. Sarah aponta a pistola para ela, fazendo-a recuar enquanto avança. Algumas mulheres tentam descer pelas outras escadas. Ao velas, Sarah pega duas cápsulas de seu bolso e joga no andar abaixo. Alguns segundos depois, elas voltam correndo para o andar de cima, mas já é tarde. O gás já fez efeito e todas caem inconscientes pelo chão.

    Sarah observa o panorama da sala por alguns segundos. Avista uma das escadas brancas que dão no andar zero, e começa a subir passo a passo. Quando chega perto do topo, tira os sapatos e os coloca no degrau em que está.

    Olhando para baixo, observa que perto da base da escada tem um corpo de uma das mulheres jogado ao chão. Sem fazer barulho, se joga por baixo da barra lateral da escada, caindo de uma altura de quatro metros, pousa no corpo que avistou anteriormente. No impacto, escuta alguns ossos daquele corpo quebrando, mas não se importa com isso.

    Ela corre até o canto da sala e pega uma caneta em uma mesa, descalça, começa a subir por outra escada. Depois de alguns degraus, pega a caneta e a arremessa rumo a escada em que estava. A caneta colide com o metal, e quica por três degraus abaixo, fazendo um pouco de barulho. No mesmo instante, escuta barulhos de passos vindos do andar acima. Então começa a subir sem fazer barulho. Chegando no topo, com cuidado, busca dar uma espiada. Logo vê dois homens com pistolas nas mãos se movimentando lentamente em volta da abertura que dá a escada onde estava.

    Um passo atrás do outro, ela se coloca no andar zero por um instante. Bate as duas cápsulas contra seus joelhos tentando não fazer barulho. Elas se abrem e disparam a soltar gás. As coloca no chão sem que seja percebia e volta e descer a escada. Volta a subir por aquela em que estava antes. Aparecendo no final da escada, os dois homens apontam suas pistolas apontadas em sua direção. Em um gesto de rendição, ergue suas mãos deixando sua arma cair. Um dos dois homens acena para ela andar devagar na direção dele.

    — Ei Pablo! Algeme ela! — O homem alto de cabelo loiro comprido ordena o outro homem —Rápid…

    Antes que concluísse sua fala, começa a se desequilibrar e se ajoelhar no chão. O gás começa a tomar conta do ambiente. Resistente, ele tenta se levantar, mas não consegue escapar do efeito e cai no chão desmaiado. Quando Pablo olha para ele assustado, percebe o gás perto do corpo. Coloca sua mão na boca na tentativa de não o inalar, nesse mesmo instante, sente uma pancada em suas pernas, o que o desestabiliza. Antes de poder reagir, sua cabeça se choca contra o chão, uma pancada no lóbulo temporal que o apaga.

    Apoie-me
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.

    Nota