Índice de Capítulo

    Nota do autor: Boa noite a todos. Como falei no primeiro capítulo de janeiro, e nos comentários do último capítulo, eu, e consequentemente a novel também, vamos entrar em uma nova fase tendo em vista a minha meta de conseguir um notebook, até mesmo para continuar com a novel.

    Tendo em conta esta informação, e tendo em conta as restrições de tempo que terei, as publicações da novel vão passar a ser só uma vez por semana, aos sábados, às 20hrs/08hrs (PM).

    Em alguns dias de publicação, como hoje, eu publicarei 2 capítulos para tentar manter, mesmo que minimamente, a normalidade e o fluxo de publicação da novel. Mas espero contar com a compreensão e o apoio de vocês nas semanas em que só puder lançar um único capítulo.

    Por fim, gostaria de agradecer a quem leu esta mensagem até o final e dizer que espero realmente atingir meu objetivo o mais rápido possível para poder voltar a publicar com mais frequência e liberdade, bem como alinhar e ampliar novel, como por exemplo: começar um bestiário das criaturas já encontradas, montar fichas com informações sobre os personagens, sim, penso até nessas coisas para cada personagem, cada uma com seu significado.

    E como um bônus para quem gosta de pensar e teorizar sobre as novels, até para aproveitar o que está acima, digo que existem “N” motivos para o Alexander fazer aniversário no primeiro dia do ano, bem como que essa é uma data com um significado muito especial na novel.

    Bom capítulo a todos.

    — Como parece que não há mais perguntas, o melhor é que todos comam e durmam — disse Alexander. — Partimos ao nascer do sol.

    — Alexander. — chamou Diana, finalmente entrando na conversa. — E aquela raposa ali?… Não é melhor guardá-la?

    Alexander, Mark e Stella acabaram se esquecendo da raposa por causa da conversa, mas assim que Diana os lembrou, todos se aproximaram dela.

    — Acho melhor vocês não chegarem muito perto — alertou Alexander.

    — Por que? — perguntou Stella, que continuou se aproximando.

    — Pode ser perigoso — respondeu Alexander. — Ela está viva… E com raiva.

    As palavras de Alexander pareceram ser a deixa para a raposa, que até então estava completamente inerte, abrir os olhos e se virar para Stella.

    Stella ficou assustada ao ver que a raposa ainda estava viva e pulou para trás tentando escapar, mas a própria raposa não fez nenhum movimento para atacar, como se só quisesse espaço.

    Pouco depois que conseguiu afugentar Stella, a raposa começou a tremer e teve que fechar os olhos e voltar a ficar inerte.

    — Que raio foi aquilo? — questionou Stella com raiva. Provavelmente pensando que Alexander estava brincando com eles.

    — Instinto. Ela estava se protegendo — respondeu Alexander. — Olhem bem para ela e vocês entenderão o porquê.

    Stella e Mark começaram a observar a raposa com atenção, mas Diana já tinha um bom palpite: — É por causa daquelas “linhas” no corpo dela?

    — Exatamente — respondeu Alexander com uma expressão estranha.

    — Elas não parecem muito — apontou Mark. — São tão finas.

    — O que elas são? — perguntou Stella.

    — Veneno gélido — respondeu Alexander taciturnamente. — Melhor dizendo, o efeito dele no corpo dessa raposa.

    A simples menção do veneno gélido causou arrepios aos outros. Até mesmo Mark, que fez pouco caso das “linhas” no início, não foi exceção.

    Essa reação não foi sem razão, já que venenos com propriedades, como o gélido, são o ápice do veneno. Eles são os que mais se aproximam de dar um salto qualitativo e evoluírem para toxinas.

    Depois que o arrepio passou, o grupo não pôde deixar de se perguntar onde Alexander havia conseguido um veneno tão sinistro. Mas depois de pensarem por mais meio segundo, a imagem de uma loba apareceu em suas cabeças.

    Enquanto o resto do grupo engolia sua saliva e olhava para Ocean com um olhar meio assustado e meio admirado, Alexander sentou-se ao lado da raposa e a colocou em seu colo.

    A raposa até abriu os olhos para ver quem era, mas quando ela percebeu que era Alexander, pareceu resignar-se, fechou os olhos e aninhou-se nele.

    O aconchego dela nele surpreendeu os outros e fez Diana e Stella derreterem por dentro, mas Alexander sabia que ela não fez isso porque gostava dele. O que ela queria era obter mais do calor corporal dele.

    — Você não pode deixá-la ir? — perguntou Diana, comovida com a situação da raposa. — Esse veneno deve estar fazendo ela sofrer muito.

    — Não… Ainda não — respondeu Alexander. — Eu tenho planos para ela.

    — Quais planos? — perguntou Diana, mesmo com medo da resposta.

    — Você não precisa se preocupar tanto — garantiu Alexander. — Eu só pretendo torná-la um familiar. 

    — Outro familiar?! — extravasou Mark, quase xingando os céus por serem tão injustos. Pois, do ponto de vista dele, era apenas uma questão de tempo até que Alexander ganhasse outro familiar. Era só olhar como a raposa estava aninhada.

    — Eu disse que pretendo fazer dela um familiar, mas nunca disse que seria um dos meus familiares — sorriu Alexander.

    Essa reviravolta surpreendeu a todos, mas não demorou muito para que o grupo entendesse as entrelinhas. O que Alexander queria era “dar” a raposa como familiar para outra pessoa.

    Stella e Mark viraram-se instintivamente para Diana, que por sua vez não tinha mais ninguém para olhar. Ela então só pôde abaixar a cabeça para que ninguém visse seu rosto completamente vermelho de vergonha.

    — Desta vez não — disse Alexander. Pela primeira vez sentindo-se um pouco envergonhado desde que chegou a aquele mundo. — Meus planos são um pouco diferentes desta vez.

    Alexander ignorou a leve faísca de constrangimento que passou por sua mente e explicou: — Decidi fazer dela um prêmio para todo o grupo desde o momento em que a vi pela primeira vez. Tudo que vocês teriam que fazer era concordar em lutar contra o {Hobgoblin Rider}.

    Alexander teve essa ideia com base na teoria do chicote e da cenoura… Usar o chicote era eficiente, mas se ele não jogasse uma cenoura de vez em quando para quem estava sendo chicoteado, as coisas ficariam complicadas.

    — Essa raposa tem potencial para se tornar um grande familiar para qualquer um de vocês — garantiu Alexander. — Mas como podem ver, só existe uma. Então vou deixá-la escolher com quem ela quer ficar.

    — Sério? — perguntou Mark com um misto de alívio, excitação e descrença.

    — Sim — assegurou Alexander. — Ela nem combina comigo.

    Essa informação surpreendeu o grupo. Apenas alguns segundos atrás, Alexander estava falando sobre como a raposa era uma boa combinação para eles, mas ele mesmo não a queria.

    Ao ver a dúvida e a desconfiança pairando sobre seus companheiros, Alexander apenas sorriu levemente. — Memórias curtas… Vocês não se lembram o que nos levou a encontrar essa raposa e o hobgoblin?

    As palavras de Alexander foram como uma virada de chave nas mentes do resto do grupo, pois eles realmente tinham esquecido dessa parte. Mas assim que lembram, as coisas começam a se encaixar e a fazer sentido.

    — Esta raposa é uma besta mágica com poderes de fogo? — perguntou Stella, com clara excitação nos olhos.

    — Sim — confirmou Alexander. — Mas ela não é qualquer besta mágica com poderes de fogo. O fogo dela é especial.

    — Especial? — perguntou Mark, parecendo ainda mais animado que Stella.

    — Ela é uma {Raposa do Fogo Azul}. Como o nome da raça dela sugere, ela tem uma das variações elementais do fogo, o {Fogo Azul} — esclareceu Alexander. — Stella deve entender melhor do que eu o que significa ter essa variação. Qualquer dúvida sobre isso, perguntem a ela.

    Após essa revelação, Alexander não sabia mais dizer quem estava mais animado com a raposa. Diana até demonstrou algum interesse nela, mas a excitação nos olhos de Mark e Stella estava em outro nível.

    A excitação deles não era sem razão. A maioria das pessoas sonhava em ter uma besta mágica como aquela.

    Obviamente, havia aqueles que queriam ter bestas ou monstros humanoides como seus familiares devido à alta vitalidade e/ou os instintos mais aguçados deles, mas a preferência da maioria sempre foi pelas bestas mágicas, pois elas eram mais inteligentes e poderiam compensar a falta de dano mágico e/ou cura. As coisas só ficaram mais intensas naquele caso, onde o possível familiar em questão tinha uma variante particularmente poderosa.

    Ao ver que todos estavam pelo menos um pouco ansiosos, Alexander explicou como aconteceria a escolha de quem ficaria com a raposa: — Cada um de vocês terá apenas uma chance, e a ordem será decidida por uma disputa de sorte.

    — E se ela se recusar a se tornar um familiar — perguntou Diana, preocupada com o destino da raposa.

    — Vou deixá-la ir — respondeu Alexander. — Tem coisas que simplesmente não deveriam ser forçadas, e não vou matar algo que cogitei com um familiar… Não escolher um de vocês é o mesmo que escolher a liberdade.

    Alexander então apresentou Jankenpon a eles para que pudessem decidir quem tentaria primeiro de uma forma relativamente justa. E após algumas rodadas, foi decidido que Stella seria a primeira, Mark o segundo e Diana a última.

    Stella, que não poderia estar mais feliz, deu um passo em direção a Alexander, que estava com a raposa, e ele lhe perguntou: — Você quer fazer isso sozinha, ou quer minha ajuda?

    Se tivesse sido antes, Stella certamente teria escolhido enfrentar a situação por conta própria, mas ela não era mais tão intransigente como antes. — Não quero sua ajuda… Mas aceito conselhos se você tiver algum.

    Ao ouvir isso, Alexander sorriu e respondeu: — Ela está com frio. Tente formar um vínculo com ela usando as propriedades do fogo para aquecê-la.

    — O calor não deve ser muito fraco, a ponto de não conseguir aquecê-la, nem muito forte, a ponto de incomodá-la — disse Alexander. — Ou seja, crie um calor bem aconchegante para ela.

    Stella assentiu e, seguindo o conselho de Alexander, acalmou a sua respiração, concentrou-se e colocou a mão na cabeça da raposa para tentar formar um vínculo entre elas.

    A raposa, mesmo estando no colo de Alexander, abriu os olhos assim que Stella colocou a mão em sua cabeça, mas não a atacou.

    Ao sentir aquela mana quente tentando entrar em seu corpo e se conectar com ela, a raposa pareceu ficar em dúvida. Ela deseja esse calor, mas também deseja não ficar limitada/vinculada a outro ser.

    Após alguma indecisão, a raposa ainda optou por rejeitar Stella. Mas assim que ela começou a se afastar da mão quente de Stella, o frio que a assolava começou a voltar e a lembrou de que sua situação não era muito boa.

    Resignada com sua situação e temendo por sua vida, a {Raposa do Fogo Azul} aceitou se submeter e permitiu que Stella formasse uma vínculo com ela.

    Sentindo que o vínculo entre elas foi estabelecido com sucesso, Stella quase deu um pulo de alegria. Mas assim que pensou em comemorar, os desejos da raposa começaram a fluir para ela. 

    Ao sentir aquele desejo dela de se aquecer, Stella tentou pegá-la das mãos de Alexander para aquecê-la, mas ele a impediu. — Parabéns por conseguir formar um vínculo entre vocês. Mas tome muito cuidado com o relacionamento que vai estabelecer entre vocês, ou ele pode gerar “acidentes”, principalmente após algumas possíveis evoluções.

    — A maioria das criaturas selvagens gostam e anseiam por lutar — garantiu Alexander. — Mas se você tratar seu familiar apenas como uma arma, o destino de um de vocês, ou de ambas, tende a ser triste.

    Com seu aviso colocado, Alexander passou a {Raposa do Fogo Azul} para Stella.

    Obs: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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