Capítulo 133 – Um problema atrás do outro (Parte II)
Depois de pensar um pouco, Alexander finalizou a missão da masmorra que havia concluído a pouco e usou seus ganhos em conjunto com o ponto de crescimento que tinha guardado para dar a Diana o aprimoramento (Telepatia).
* Ding! *
[Você presenteou o familiar {Diana} com o aprimoramento (Telepatia)]
* Ding! *
[Devido à interferência do aprimoramento (Descendente Divino), o aprimoramento (Telepatia) evoluiu para o aprimoramento (Telepatia Empática)]
— (Agora você também pode se comunicar mentalmente com criaturas que sejam inteligentes o suficiente) — disse Alexander para Diana, que pôde sentir o ganho de um novo poder vindo dele, antes de começar a lhe explicar como usá-lo enquanto começava a curar Ocean.
Ele não era tão proficiente em cura quanto ela, mas a sua mana era densa e Ocean respondia muito bem aos seus elementos Água e Luz.
Quando estava prestes a completar o tratamento que podia oferecer a Ocean, Alexander sentiu a energia e a aura de Diana subirem de uma forma quase sem precedentes. E enquanto ela parecia formar um vínculo com o {Cão Negro Infernal}, o vagão no meio da caravana começou a balançar em resposta à sua energia depois de ter ficado parada por um tempo.
— (Eu consegui, Alexander!) — disse Diana, exultante de felicidade e realização.
— (Então dê um nome a ele e cure-o) — respondeu Alexander, extremamente feliz por ela. — (E não se esqueça de usar |Desintoxicar| nele, pois ele deve ter recebido uma grande quantidade do veneno de Ocean durante a luta.)
Como ele acreditava, ela conseguiu tornar o {Cão Negro Infernal} seu familiar. A confiança dele nessa possibilidade vinha do fato que eles dois, em algum nível, estavam interligados, assim como os {Dragões} e os {Dragonewts}, e ela tinha um aprimoramento que evoluiu do aprimoramento (Existência Superior).
Se Diana quisesse mesmo, o mastim provavelmente a veria como algo muito próximo do divino, graças ao aprimoramento especial (Centelha Divina). Sem mencionar a supressão de linhagem que a aura pseudo-divina dela causaria.
Assim que terminou os seus cuidados com Ocean, Alexander foi até o comboio da caravana verificar a situação do {Dragão} lá dentro. Por isso ainda não havia desativado sua transformação.
Apesar dessas intenções, assim que o confinamento dele foi quebrado, o {Dragão} dentro da carruagem pulou e o atacou. E assim como o pobre infeliz que libertou o mastim, ele foi atingido pela criatura aprisionada que libertou.
Mesmo sabendo que havia sido atacado por um {Dragão} de linhagem nobre, Alexander sentiu como se fosse ser desmentido por alguém, porque, para ser justo, o {Dragão} que o atacou era mais um projeto de {Dragão}.
[{Monarca Vermelho (Bebê)} – Dragão – 1ª Evolução]
Ao ver um dragão tão pequeno, com cerca de 1m de comprimento, sem cauda; 40cm de altura, pois suas pernas eram/estavam levemente flexionadas; e 50cm de largura, sem asas; Alexander ficou tão chocado com a dissociação da imagem imponente que tinha em mente que acabou sendo atingido antes de pegá-lo.
O interessante no caso desse {Dragão} era que apesar dele ser claramente da raça {Dragão Vermelho}, o seu corpo produzia um leve brilho dourado, que não era encontrado, muito menos característico, em um {Dragão Vermelho}.
Ao ver que a criatura estava completamente desorientada de medo a ponto de continuar tentando atacá-lo mesmo tremendo, Alexander simpatizou com ela e tentou se comunicar: — (Pare com isso e se acalme.)
— (Meu pai vai matar todos vocês quando chegar aqui) — bradou o pequeno dragão. — (Tente colocar suas patas em mim para ver o que vai acontecer.)
A criaturinha estava tão desesperada para manter sua bravata que não percebeu que começou a falar fluentemente com a conexão telepática de Alexander.
Sem outra escolha, Alexander liberou a sua energia e a sua aura reforçadas pelo aprimoramento (Existência Superior) para pressionar o bebê {Dragão} a parar.
— (Pare com isso) — mandou ele. — (Se eu quisesse você morto, você já estaria morto. E se eu ainda não te matei, é porque não pretendo te matar.)
— (…) — bebê dragão.
Com a pressão exercida, o bebê dragão se acalmou. Mas o mais intrigante foi que a pequena criatura não parecia ter sido afetada pelo aura opressiva do aprimoramento (Existência Superior), porque qualquer {Dragão} normal nas mesmas circunstâncias dela não seria capaz de se manter inalterado diante da aura dele em potência máxima, que era semelhante, ou infinitamente próxima, à 4ª evolução.
— (Você também é um dragão?) — perguntou o bebê dragão, desconfiado.
— (Eu não sou um dragão…) — disse Alexander. — (Mas posso ser considerado, em algum nível, parte dragão.)
O bebê dragão pareceu não entender totalmente o que lhe foi dito e continuou desconfiado. Mas ele também parecia tentar entender o que lhe foi dito.
— (Deixa eu lhe dar um conselho de sobrevivência, garoto) — disse Alexander, quebrando o silêncio. — (Nunca tente ameaçar alguém que pode te prejudicar sem ter uma vantagem, muito menos alguém que controla sua vida.)
— (Sempre que você estiver em situações como essa, tente oferecer algo para a pessoa, algo valioso, algo que ela não vai dizer não, algo que vale mais para ela do que sua vida) — sugeriu ele. — (Porque se você é um dragão, é inerente que seus pais também são, só que maiores e mais fortes. É por isso que qualquer ser que esteja disposto a te machucar não os teme e/ou acredita que é capaz de se esconder ou fugir deles. E se for esse o caso, qual é o sentido de ameaçá-los?)
Ao ver que a criaturinha estava prestando atenção e tentando entender a sua própria situação, Alexander continuou: — (Tome-me como exemplo e vamos supor que eu te matei no momento em que você me atacou… Se seus pais não estiverem bem próximos, eu posso fugir e limpar meus rastros. Assim o máximo que seus pais poderiam fazer seria destruir a área ao redor tentando matar o culpado, mas isso não te traria de volta à vida.)
— (E se eu não tiver nada a oferecer, tio?) — perguntou o pequeno dragão, que claramente era muito inteligente e intuitivo.
— (Tio? Não precisa me chamar assim. Eu sou Alexander.) — respondeu ele. — (Mas voltando à sua pergunta, você não precisa ter coisas, você só precisa fazer com que os outros pensem que você as tem… No seu caso é fácil, pois você só precisa prometer em nome dos seus pais, já que eles devem ser fortes, e aqueles que são fortes geralmente têm muitas coisas boas.)
— (Obrigado, tio Alexander. Você é inteligente) — disse a criaturinha, parecendo mais calma e confortável. — (Mas eu não sou garoto, sou Anna.)
Alexander não se preocupou com o fato dela ter entendido errado o significado de “garoto”, já que não era grande coisa. A questão era que ela ainda continuava a chamá-lo de tio.
— (Me desculpe por ter errado seu nome, Anna. Mas como eu disse antes, você não precisa me chamar de tio) — disse Alexander, não querendo ter qualquer mal-entendido com os pais dela. — (E só para deixar claro, não estou, ou estava, com aquelas pessoas. Você está livre e pode voltar para casa agora.)
— (Muito obrigado, tio Alexander) — respondeu Anna.
— (…) — Alexander.
Assim que terminou a conversa deles, Anna voou em direção ao fundo da Floresta Estelar. Mas antes que ele tivesse a chance de se virar, ela voltou parecendo querer retomar a conversa deles.
— (O que foi?) — perguntou Alexander ao segurá-la.
— (Tio Alexander, poderia me levar até o meu pai?) — pediu Anna — (Ele pode te dar muitas coisas boas assim que chegarmos lá.)
— (…) — Alexander. — (Você não pode usar o que eu te ensinei contra mim…)
— (A verdade é que estou com medo de voltar, porque quando eu me afastei um pouco do meu pai, um pássaro muito grande tentou me comer) — explicou Anna. — (Só consegui fugir dele porque entrei em uma caverna pequena demais para ele entrar. Mas quando consegui sair de lá por outra entrada, fui capturada e colocada naquela coisa… Não quero que isso aconteça comigo de novo.)
Antes mesmo dele ter a chance de pensar no pedido dela e suas consequências, um som familiar soou na sua cabeça.
* Ding! *
[Você tem uma nova missão]
Reencontro familiar
Tipo da Missão: Escolta.
Descrição da Missão: Anna é um bebê dragão que quer encontrar seu pai, que é um poderoso dragão, mas tem medo de voltar sozinha devido aos perigos no caminho. Então a leve em segurança para um de seus pais.
Limite de Tempo: Indefinido/Incerto.
Recompensas: Depende da condição em que Anna retorna.
Tarefa Extra: A prática é uma parte importante para se aprimorar durante a vida. Aproveite esse momento para ensinar, treinar e fortalecer Anna o máximo possível.
Recompensa da Tarefa Extra: Depende da condição em que Anna retorna.
Condições de falha: Anna torna-se um dos familiares de alguém ou morrer.
Penalidade: Se Anna não for devolvida a um de seus pais dentro de um período hábil de tempo, os pais dela irão massacrar indiscriminadamente, abrindo caminho através da Floresta Estelar até encontrarem a filha ou satisfazerem sua sede de vingança.
— (…) — Alexander.
Alexander já estava tentado a tentar levar Anna de volta para seu pai assim que ouviu o pedido dela, mas a missão que recebeu cortou-lhe qualquer retirada, pois ele não podia ignorar a penalidade dela.
Alexander não se atreveria a arriscar, pois os pais de Diana moravam bem perto da Floresta Estelar. Sem falar no fato de que é simplesmente impossível saber até onde se estenderia o rastro de destruição que os pais de Anna causariam.
O simples pensamento de algo ou alguém causando o menor dano a seus entes queridos deixa Alexander furioso. Imagina a reação que 2 dragões adultos terão com a perda de sua filha.
— (Tudo bem. Vou tentar levá-la até o seu pai) — disse Alexander. — (Mas só podemos ir amanhã. Hoje vamos descansar e nos preparar.)
— (Muito obrigado, tio Alexander.) — disse Anna ao pular no peito dele, feliz.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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