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    Com aquela troca de golpes a queima roupa tão intensa, Alexander foi fincado no chão com os machados do BOSS cravados profundamente nas suas asas. Mas o minotauro teve que pagar o preço capital pelo ataque: seu pescoço foi totalmente destroçado pelo |Destruidor Dracônico| dele.

    Vendo ali a sua deixa, Storm levantou voo e disparou a sua versão do que já foi o feitiço assinatura de Alexander, a |Rajada Elemental da Água|, no BOSS.

    * Ding! * 

    [Missão Concluída]

    * Ding! *

    * Ding! *

    Em uma situação normal, a monstruosa vitalidade de um minotauro de 3ª evolução seria um ponto de admiração, mas naquela situação, ela serviu apenas para que uma fraca criatura de 1ª evolução pudesse tirar vantagem da situação antes que o monstro realmente morresse.

    Quando conseguiu se levantar, Alexander já estava cercado por todos. A maioria tinha um misto entre preocupação e outros sentimentos, a exceção era Pequeno Preto, que parecia indiferente à sua condição.

    As expressões das suas companheiras de equipe foram engraçadas do ponto de vista de Alexander. Helena parecia ter esquecido o que havia acontecido com o BOSS e seu rosto estava repleto de um misto de preocupação e admiração; Ariel também ficou um pouco assim, só que o que mais demonstrou foi curiosidade; mas certamente a expressão mais engraçada para ele foi a de Diana. 

    Desde o início o rosto dela demonstrou pouquíssima preocupação, o que mais ele tinha era desaprovação. Mas o mais engraçado disso tudo era que ela não parecia conseguir ficar brava com ele, especialmente com ele machucado, e por isso seu rosto ficou mudando constantemente.

    — Por que vocês estão me encarando tanto assim?… Não me digam que vocês três se apaixonaram por mim — brincou Alexander. — Mesmo estando feliz com isso, terei que recusar. Já estou comprometido com uma vida de aventuras.

    — … — Ariel.

    — … — Helena.

    — Ainda tem coragem de ficar brincando com a gente? — reclamou Diana. — Olhe o seu estado. Eu disse que nós deveríamos lutar juntos.

    — Desculpa. Não queria te irritar — disse Alexander, voltando a falar sério. — Mas falando sério agora, essa realmente foi a melhor escolha. Este BOSS estava pelo menos na parte intermediária da sua 3ª evolução… Um golpe direto dele em uma região pouco protegida colocaria até a minha vida em risco.

    — Mas, mas… — quis argumentar Diana.

    — Eu sei que não gosta de me ver assim, mas ainda acho que essa foi a melhor escolha — disse Alexander sem demonstrar nenhum arrependimento. — Ainda estou vivo. Com machados cravados nas asas, mas vivo.

    — É mesmo, os machados — lembrou Diana. — Deixe-me tirá-los de você.

    — Rsrsrs… Lembrou deles só agora? — sorriu Alexander. — Não se preocupe em encontrar o jeito certo para puxá-los, vai doer do mesmo jeito. Só tome cuidado para não se machucar, pois são bem pesados.

    Mesmo com o conselho que recebeu, Diana ainda procurou a melhor forma de retirar os machados. E mesmo demorando mais do que deveria, ela não pareceu se importar e apenas os retirou depois de pensar na maneira menos dolorosa de retirá-los e usar |Redução de Dor|.

    Mesmo que os machados não tenham transpassado totalmente as asas, ainda foram o mais fundo possível antes disso, e foi por isso que Alexander decidiu que iria mantê-los e os guardou com o minotauro antes de começar a ser curado. Mas mesmo com seu corpo se curando, ainda foi preciso quase 10 minutos só para fechar as feridas nas suas asas.

    Mesmo que Alexander tenha dito para ela só continuar quando eles chegassem ao quarto deles na Guilda, Diana se recusou. Ela disse para Pequeno Preto levar Ariel e Helena e ficou curando-o enquanto eles estavam montados em Ocean.

    Como não tinha nada para fazer durante a sua volta, pois não devia se mexer muito, Alexander aproveitou para conversar com as suas novas companheiras: — Vocês estão bem? Você já se acostumou com as lutas nas masmorras?

    — É um pouco brutal, mas não é como se fosse insuportável — disse Helena.

    — E você Ariel? — perguntou Alexander.

    — Não é tão difícil, mas é muito volátil/instável — respondeu Ariel.

    — Verdade. Aventureiros estão constantemente em risco — concordou ele.

    — Não é só isso — explicou Ariel. — O aspecto econômico também é instável.

    — Hmm? — surpreendeu-se Alexander com aquela resposta.

    — Gastos com mantimentos, hospedagem e manutenção de equipamentos são constantes — respondeu Ariel. — Além disso, ainda é preciso economizar para comprar equipamentos melhores e poder se sustentar em casos de doença e/ou imprevistos, como ferimentos graves.

    — Você está certa. Estou até surpreso que tenha entendido isso tão bem em tão pouco tempo — comentou ele. — Mas também tenho que acrescentar que vocês deveriam se preocupar com mais duas coisas.

    — A primeira é com a imprevisibilidade das masmorras, pois pode parecer que a chance é baixa, mas esse fator quase me matou várias vezes — explicou, bem sério. — E a segunda e mais obscura é a imprevisibilidade dos aventureiros. Eles podem lhes trair ou abandonar quando vocês menos esperarem. É por isso que todos neste ramo geralmente se preocupam muito com a sua reputação.

    — De fato. Esses são pontos válidos — concordou Ariel. — Mas até você quase morreu em masmorras?

    — Sim — garantiu Alexander. — A primeira vez foi logo em uma masmorra inicial devido a uma variante rara; a segunda foi devido a uma anormalidade em uma masmorra avançada, pois ela estava com a porta do BOSS aberta; e a última vez foi em uma {Masmorra Avançada – Variante} onde meu grupo acidentalmente acionou uma armadilha e ela me jogou na sala do BOSS, que era um crocodilo bem mais perigoso que esse último BOSS… Até por isso procuramos um ladino.

    — Então existe até esse tipo de armadilha nas masmorras… — surpreendeu-se Ariel. — Espera um pouco, você disse que já foi lançado na sala do BOSS de uma {Masmorra Avançada – Variante}? Os BOSSes das masmorras variantes não são sempre monstros no final da sua 3ª evolução?

    — Sim, são. — confirmou Alexander. — Eu só saí vivo daquela masmorra porque consegui neutralizar a principal arma do BOSS, sua mordida, ou não estaria aqui.

    Com eles conversando, o tempo passou muito rápido. E após conversarem mais sobre esse e outros assuntos, eles chegaram na cidade.

    Após acomodar os familiares, exceto Storm, e terminar suas missões, o grupo se separou e Alexander, Diana e Storm foram para o quarto deles.

    Enquanto Diana se concentrava em curá-lo, Alexander estava mais preocupado em finalizar os preparativos para a evolução de Storm e pensar em quais aprimoramentos lhe passar, pois o mesmo já estava no nível de evoluir novamente.

    Com o foco na evolução de Storm, ele logo concluiu que Storm não precisava receber tantas habilidades e/ou feitiços. Mas antes de iniciar a análise de opções e a evolução dele, Alexander consultou Storm sobre sua determinação: — (Storm, nunca te perguntei isso, mas por que você quer ser forte?)

    — (Meus pais me diziam para lutar e ser forte, mas eu tinha medo… A última vez em que me disseram isso foi no dia em que a sombra alada desceu do céu… Mesmo juntos eles não foram fortes o suficiente… Depois daquele dia eu nunca mais vi os meus pais) — contou Storm, de uma forma arrastada e sombria. — (Fiquei escondido durante a luta e não conseguia me mover… Não era como se a sombra me notasse. Era apenas puro medo não me permitindo me mover… O medo era tão grande que não consegui nem ver meus pais uma última vez… Mesmo depois que a luta acabou, eu ainda estava paralisado… Não sei quanto tempo passou, mas alguém apareceu e me colocou naquela coisa.)

    — Pobre criatura — pensou Alexander. — O que deveria ser uma bênção em sua vida tirou-lhe a “dádiva” da ignorância e trouxe-lhe o medo… Ele nasceu inteligente demais para não reconhecer o perigo ao seu redor, então o medo o perseguia, ainda mais quando perdeu seus pais para a lei da selva.

    — (Eu não quero mais ser fraco… Eu não quero mais ter medo… Eu quero ser livre nos céus!) — clamou Storm. — (Mas meu eu fraco não pode fazer isso, porque somente os fortes podem viver assim… É por isso que eu quero ser forte.)

    — (…) — Alexander. — (Eu realmente não queria fazer isso, mas já que seu desejo é tão forte, eu lhe darei o direito de escolher seu próprio destino… Existem duas opções: a primeira é se tornar mais forte normalmente, e a segunda é se tornar ainda mais forte de uma forma muito, muito arriscada, correndo o risco de morrer.)

    Com uma escolha tão vital em pauta, Storm caiu em contemplação. As criaturas inerentemente desejam se tornar mais fortes, mas quando isso envolve o risco de morte súbita, as inteligentes inevitavelmente pensam sobre isso.

    Storm ficou um bom tempo pensando sem conseguir decidir quando, por alguma reviravolta do destino, uma nuvem cobriu o sol naquele exato momento, projetando uma leve escuridão no quarto. E isso pareceu fazê-lo se decidir.

    — (Escolho a segunda) — declarou Storm. — (Eu sou forte! Eu vou sobreviver!)

    — (Então que assim seja) — disse Alexander, já usando |Natureza Selvagem|.

    Ao sentir a sua linhagem chegar no ápice do que era possível naquele momento, Alexander furou o dedo e deu algumas gotas do seu sangue para Storm beber, rasgou a mão para “banhar” Storm com seu sangue e começou a lhe passar uma série de aprimoramentos. — Prepare-se, porque eu garanto que vai doer.

    * Ding! *

    [Você presenteou o familiar {Storm} com o aprimoramento (Veias Mágicas)]

    *

    [Você presenteou o familiar {Storm} com o aprimoramento (Bênção da Água)]

    *

    [Você presenteou o familiar {Storm} com o aprimoramento (Bênção da Luz)]

    *

    [Você presenteou o familiar {Storm} com o aprimoramento (Linhagem de Dragão)]

    *

    [Você presenteou o familiar {Storm} com o aprimoramento (Constituição Dracônica)]

    *

    [Você presenteou o familiar {Storm} com o aprimoramento (Corpo Dracônico)]

    Com todos esses aprimoramentos surgindo e se consolidando de uma só vez, Storm começou a se contorcer de dor. 

    No curto período que durou, Alexander viu as penas dele começarem a calcificar, como se estivessem tentando se transformar lentamente em escamas. Mas isso não durou muito, pois ele tinha uma solução para seus pontos de crescimento esgotados: as recompensas da missão {Reencontro Familiar}.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: http://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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