Índice de Capítulo

    Nota do autor: Boa noite a todos. Como não somos mais a VulcanNovel, não há mais boas práticas e ações/eventos em dezembro… Brincadeira, brincadeira. Como este ano foi um pouco esticado e ainda está difícil, farei apenas 2 eventos do ano passado: completar a meta lá embaixo, tendo publicado o capítulo extra às 19h59; e lançarei um capítulo a cada hora no dia de Natal, às 20h, 21h, 22h e 23h.

    Bom capítulo a todos.

    Assim que chegou ao local onde a reunião tinha sido realizada, Alexander olhou ao redor, viu que o número não havia diminuído e se virou para Sansy e Terry. — Todos eles compraram pelo menos um e estão esperando para recebê-lo, ou vocês não chegaram a um acordo e eles acham que podem conseguir algo de mim por um preço menor?

    — Todos compraram ao menos um — respondeu Terry, impassível em sua expressão de negócios.

    — Interessante — comentou Alexander. — Eu pensei que alguns deles tentariam monopolizar as compras e depois revendê-los para nobres mais distantes do meu território e ganhar algum dinheiro dessa forma.

    Assim que ouviram o comentário dele, alguns mercadores e enviados estrangeiros se entreolharam. Eles realmente pretendiam fazer isso no começo, porém os preços de Alexander eram muito tirânicos e eles queriam ver se poderiam usar o momento em que iriam receber o que haviam comprado para negociar diretamente com ele.

    Ao ver a expectativa nos olhos de alguns deles, Alexander voltou-se para os seus funcionários novamente. — Por quanto cada conjunto foi vendido?

    — Fixei o valor unitário de cada conjunto em 11 grandes moedas de diamante negro, mas pensei que seria uma boa ideia dar um desconto para aqueles que excedessem certos valores — respondeu Sansy, explicando a lógica que havia usado. — O valor total ficou em algo em torno de 10,5 grandes moedas para cada conjunto.

    — Uma abordagem realmente perspicaz — assentiu Alexander sem perguntar mais nada, surpreendendo as suas “visitas”, enquanto tirava vários conjuntos do item de armazenamento espacial na sua cintura.

    Surpresas ao vê-lo demonstrar tanta confiança em seus funcionários a ponto de não perguntar mais nada, as “visitas” se entreolharam com sentimentos estranhos enquanto mergulhavam em pensamentos profundos.

    — Por que eles estão me olhando desse jeito? — perguntou Alexander para os seus funcionários ao notar a atitude de algumas pessoas ao seu redor.

    — Para mostrar que estávamos falando sério sobre o preço, mostramos a eles os nossos contratos de servidão, quer dizer, os contratos de serviço que você nos fez assinar — explicou Sansy com um sorriso que era e não era um sorriso. — Eu acho que eles devem estar se perguntando se assinar tal contrato vale a pena…

    Envergonhados por terem sido pegos, e ainda mais porque os interlocutores não se deram ao trabalho de esconder o que estavam falando nem um pouco, os enviados e mercadores começaram a contar desajeitadamente o tempo até que fosse a vez deles de receber os conjuntos. Por mais tentadora que aquela oferta parecesse na época, 5 anos… 5 longos anos, era um custo bem maior do que o preço já exorbitante que ele estava cobrando.

    Obviamente sabendo que os contratos de 5 anos deles passavam longe da servidão, quanto mais da escravidão, tendo vários privilégios, compensações e salários, Terry sabiamente ficou de lado enquanto Alexander “brincava” com Sansy. Se ele não os tivesse observado por um tempo e confiado em sua capacidade de ler as situações, ele próprio poderia ter se juntado ao grupo daqueles que imaginavam que aqueles dois tinham algo mais nos bastidores.

    — Hmm… Senhor, agora que está aqui, podemos conversar sobre a compra de mais tônicos? — sondou um dos enviados cuidadosamente assim que todos receberam e pagaram o que lhes era devido.

    — Não se preocupe. Não sou tão irracional quanto pareço, ou quanto as pessoas descrevem… Eu geralmente não ataco sem uma razão ou provocação — respondeu Alexander calmamente, mesmo na aparente contradição. — Quanto ao seu pedido, graças aos céus, uma certa pessoa intercedeu por vocês e eu irei relevar tudo o que aconteceu ontem… Voltem ou entrem em contato com seus senhores e digam a eles que, assim que eu resolver a demanda desta baronia, farei um leilão final com o que sobrar, sendo cada item no leilão uma média de 10 conjuntos.

    Assim que ouviram tal afirmação, todos, os que estavam previamente interessados ​​ou não, se despediram apressadamente e saíram correndo para encontrar uma maneira de contatar seus mestres.

    — Você realmente vai vender sua preciosa moeda de troca assim? — surpreendeu-se Sansy, pois essa escolha não se parecia com a sua análise da personalidade dele.

    — E por que não — sorriu ele, como se pudesse ver através dela. — Cheguei a um ponto de ruptura em que tentar “comer mais” me fará mais mal do que bem. Então por que não passar a vez e usar o dinheiro deles para solidificar e consolidar minha base mais rápido, enquanto ainda evito que um monte de gente chata venha até a minha porta implorando por mais com demandas “infinitas”?

    Ao vê-lo abrir um “caloroso” sorriso frio, Sansy e Terry não conseguiram deixar de estremecer ao finalmente entenderem o que ele planejava fazer. Alexander não só usou aquela tempestade para colher o melhor que podia das “águas turbulentas”, como também iria transferir para outros a maior parte do efeito rebote que sofreria com as demandas de todos os lados nos meses seguintes, pois sabia muito bem que ainda faltavam 2 meses de inverno e que a situação se deterioraria ainda mais.

    — Agora, se me dão licença, eu tenho que ir atender as demandas dos queridos moradores como um dos pilares da nossa querida comunidade — disse ele, abrindo ainda mais o sorriso a ponto de fazer até pequenos demônios se assustarem.

    Estremecendo mais uma vez, Sansy e Terry desejaram poder morrer no lado bom de Alexander. Ele era simplesmente assustador e problemático demais para se ter como inimigo aos olhos deles…

    Fazendo um voo curto para ganhar tempo, Alexander desceu em frente a uma área da cidade Lester que já tinha visitado algumas vezes, mas nunca tinha sido tão bem recebido até então. A área do mercado de escravos.

    Assim que ele chegou, uma comoção se instalou e todos na área imediatamente se perguntaram por que ele estava ali e pareciam prontos para tentar fugir.

    — Não se preocupem, porque, dessa vez, não estou aqui atrás de ninguém — disse Alexander calmamente, como se já estivesse bem acostumado a criar esse tipo de reação. — Mas eu gostaria de falar com seu chefe.

    — Hmm… De quem é o chefe que o senhor quer ver? — perguntou um homem, nervoso, após alguns momentos de silêncio sem que ninguém respondesse nada.

    — O seu chefe… O chefe da pessoa ao seu lado… O mesmo chefe dessas pessoas escondidas atrás das janelas — respondeu Alexander com um tom estranho na voz enquanto começava a emanar sua aura. — Você realmente não sabe do que estou falando, ou está apenas me fazendo perder tempo?… Ou vocês acham que eu não sei nada sobre o que acontece por aqui?

    Suando profusamente, tendo perguntado aquilo só porque um dos encarregados acima dele havia lhe dado um sinal para fazê-lo, o homem começou a recuar e tremer diante da aura de Alexander quando o encarregado assumiu a liderança. — Sinto muito por isso, senhor. Ele realmente ainda não sabe como as coisas funcionam… Por aqui, por favor.

    Refreando sua aura, Alexander seguiu o encarregado até uma sala aparentemente simples, porém com um interior contrastantemente luxuoso. Seu objetivo ali era encontrar o homem chamado Lars.

    Ao contrário do que se acreditava na superfície, todo o mercado de escravos da cidade Lester, talvez de toda a baronia, era controlado e possuído basicamente por esse homem. Obviamente, havia várias pessoas envolvidas e se beneficiando, mas para todos os efeitos normativos e nominais, era tudo dele e controlado por ele.

    — É sempre um prazer rever o nosso atual regente — disse o homem de estatura média, vestindo roupas de boa qualidade, mas que ainda assim não pareciam muito refinadas ou luxuosas. — Como esse humilde homem pode servi-lo hoje?

    — Pare com a pompa e a formalidade — rapidamente colocou Alexander. — Acredito que ambos somos homens diretos, então vamos ser práticos aqui… Você ainda está interessado nos tônicos que estou vendendo mesmo depois de ouvir sobre o preço?

    — Sim — respondeu Lars, sem nem piscar ou franzir a testa.

    — Ótimo. Isso facilita as coisas — assentiu Alexander. — Agora, vamos ao que me interessa… Quero que me mostre todos, absolutamente todos, os escravos que você tem como mercadoria nesta baronia.

    — E mesmo que eu não tenha vontade de procurar erros/crimes nos outros para prender vocês ou algo do tipo, esteja preparado para perder todos os escravos que não tiverem documentos — acrescentou ele.

    Sorrindo calmamente para Alexander com o olhar de alguém que não tinha nada a temer, Lars o encarou e assentiu calmamente. Ele já tinha limpado tudo há muito tempo, com medo de que seu regente aparecesse para irritá-lo e complicar sua vida.

    Ao observar um por um dos escravos que ainda restavam na baronia entrarem pela porta e se amontoarem para ele ver, Alexander franziu a testa em exasperação. — Eu disse que queria ver absolutamente todos, então isso obviamente também inclui os ariscos, os doentes, os feridos e aqueles incapazes de se moverem sozinhos.

    Surpreso com aquilo, foi a vez de Lars franzir a testa. Que tipo de exigência era essa? Tudo aquilo era apenas um jogo para mostrar quem podia mandar mais?

    — Meu senhor, temo que alguns deles não sejam muito apresentáveis ​​e será difícil trazê-los aqui — informou o mercador de escravos, ainda desconfiado.

    — Confio na sua capacidade e na de seus homens de fazer isso em pouco tempo e sem ainda mais brutalidade, afinal, meu nariz é muito sensível a sangue — rebateu Alexander sem demonstrar nenhuma consideração.

    Internamente saturado por toda aquela imposição e oposição, mas ainda sem ousar desafiar o regente do baronato, Lars pediu a seus homens que atendessem a esses caprichos o mais rápido possível.

    Sentindo vários odores aumentarem e impregnarem aquela sala à medida que mais e mais escravos eram colocados ali, o comerciante teve cada vez mais certeza de que Alexander estava fazendo aquilo para mostrar/impor sua autoridade, mas o último permaneceu impassível até que todos os escravos fossem trazidos.

    — Muito bem — disse Alexander, sem parecer se importar com o cheiro forte assim que a base de 40 escravos entrou na sala. — Coloque o valor deles para baixo e então arredonde, pois eu vou levar todos eles.

    Franzindo a testa profundamente, Lars olhou atentamente para ver se seu cliente em potencial estava falando sério ou não. E ao confirmar que a oferta era séria, ele disse: — Não duvido que você tenha dinheiro para isso, mas por que comprar tantos nessas condições? Especialmente em um momento como agora?

    — Não se preocupe. Eu não quero entrar no mercado de escravos e competir com você… Porém, quando mais eu poderia comprar tantos escravos por apenas 1/3 do valor tão facilmente? — respondeu Alexander maliciosamente, fazendo a expressão do comerciante afundar. — Ou você vai me fazer essa desfeita?

    Forçando um sorriso que era pelo menos um pouco profissional, Lars considerou recusar tal oferta abusiva. Mas assim que olhou nos olhos de Alexander, ele soube que essa decisão seria uma má ideia e acabaria dificultando sua vida durante esse turbulento período de inverno.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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