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    Felizmente para os envolvidos, direta ou indiretamente, o Duque Marvin estava na Cidade do Mar Imperial quando Alexander chegou para resolver aquele caso. 

    Obviamente notificado e ciente do que estava acontecendo, o Duque rapidamente o recebeu. — Você não me dá um segundo de paz, garoto. Diga logo o que você quer com eles e comigo.

    — Eu já havia avisado tanto aqueles dois quanto ao visconde, mas mesmo assim eles continuaram — disse Alexander, colocando cópias das notificações que havia enviado sobre a mesa. — Isso não só começou a gerar instabilidade na minha área, como também passou a ameaçar não apenas o meu prestígio, mas também o do seu protetorado e o do próprio Império… Então, eu quero o controle sobre o afluente do rio que vai para a nossa região, assim como das estradas que levam em direção à Cidade Gêmea. Caso contrário, vou exigir aqui e agora um jogo de guerra.

    Ao ouvir o início da demanda, o Duque considerou que aquilo parecia um tanto excessivo. No entanto, ao escutar o final e, principalmente, ao ler a confirmação formal do aceite de um “convite”, que o mesmo colocou sobre a mesa dele, sua expressão mudou. Afinal, o Império regia-se pela força.

    Com motivo, status, prestígio e poder, ele poderia, de fato, aventurar-se a tentar tomar parte de outro território, amplamente amparado pelas leis do Império.

    — Como conseguiu convencê-los a vir ao seu território, ainda mais com algo dessa natureza? — perguntou o Duque Marvin, erguendo os olhos da confirmação.

    — Isso não é de todo impossível, se a pessoa em questão tiver os contatos certos e estiver disposta a “doar” uma quantia adequada — respondeu Alexander, dando de ombros com um sorriso sardônico. — Os deuses olham por aqueles que são devotos de coração, mas as igrejas… bem, essas tendem a se mover mais rápido por devotos “de bolso”.

    Apenas podendo imaginar quanto aquele garoto havia desembolsado para fazer um movimento daqueles, o Duque suspirou e ordenou que notificassem o Visconde em questão. Porque, dada a situação, mesmo sem saber a real seriedade do caso, os filhos dele acabaram colocando muito a perder, deixando-o no dilema: ou cederia o controle do afluente e das estradas, ou um jogo de guerra seria iniciado após a entrada do novo ano.

    Sob a forte coerção daquela ameaça, o Visconde rapidamente decidiu conceder o controle integral do afluente e das estradas, buscando evitar um confronto direto em um momento tão delicado, marcado pela falta de união interna no território.

    — Obrigado, Duque Marvin — disse Alexander ao receber o documento que lhe concedia o que havia sido solicitado para o seu território. Mas ele não parou por aí. — Por mais que tudo tenha terminado de forma fácil e pacífica, meus homens ainda trarão aqueles idiotas à sua presença. Afinal, o primeiro ativou a matriz para me afastar, o que certamente consumiu recursos de defesa… Mas, acima de tudo, por favor, lembre-os que, se quiserem se matar pelo poder, que ao menos tenham a dignidade de pegar as suas armas e agir como homens, em vez de ficar enviando outros para a morte e causando confusão. Porque, mesmo não querendo ter o trabalho de lidar com a dor de cabeça que seriam mais áreas, se houver uma próxima vez, eu realmente irei requerer um jogo de guerra e extirpá-los.

    Ao ver que a outra parte não parecia estar brincando ou mentindo em nenhum dos seus pontos, o Duque estreitou os olhos, mas não disse nada. O temperamento da outra parte era bem conhecido, e não era como se ele fosse totalmente sem razão, já que a instabilidade era realmente horrível para áreas periféricas como a dele, pois tornava muito difícil formar novas rotas, tanto para pessoas quanto para comércio.

    Com aquele assunto bem resolvido, a menos que a outra parte fosse muito burra, Alexander ponderou por um momento, fez a aquisição total de certos insumos nos mercados da Cidade do Mar Imperial, pegou Storm e repassou suas ordens para seus homens antes de retornar para casa. Por mais que, às vezes, não parecesse, tudo o que ele desejava naquele momento era paz e tranquilidade para digerir o que já havia conquistado até ali.

    Sabendo que o fim do ano estava chegando, quando as coisas se tornariam mais movimentadas, Alexander listou as suas prioridades para determinar onde deveria começar. Logo um ponto imediatamente se destacou do resto: o caldeirão do leilão.

    [Caldeirão Estrelado do Vasto Mar (Transcendente – Danificado): Um item ancestral, que remonta a “Era de Ouro”, adornado com intrincados circuitos, formações estelares e runas arcanas que pulsam em sincronia com o fluxo do tempo, emanando um brilho suave e etéreo. Dizem que as estrelas em sua superfície podem manipular as chamas, o calor e até o próprio tempo em seu interior, acelerando ou desacelerando todo tipo de processo.]


    Habilidade I: |Controle Estelar de Calor|

    Habilidade II: |Purificação de Chamas|

    Habilidade III: |Manipulação Temporal Interna|

    Habilidade IV: |Campo Temporal|

    Habilidade V: |Aprimoramento Voraz|


    [Controle Estelar de Calor: O Caldeirão Estrelado possibilita ao usuário controlar o calor com precisão, redistribuindo o calor de uma região para outra por meio de suas estrelas. Custo: O consumo de energia varia dependendo da potência do processo em andamento.]

    [Purificação das Chamas: O Caldeirão possibilita purificar as chamas que ardem em seu interior, removendo as impurezas, influências externas e características pessoais do seu portador. Custo: Dobra o consumo de energia da fonte utilizada.]

    [Manipulação Temporal Interna: O Caldeirão Estrelado permite acelerar ou desacelerar o tempo dentro de seu interior, ajustando o fluxo temporal conforme a necessidade do usuário. Custo: O consumo de mana varia dependendo da potência do processo em andamento, e consome 1 MP/segundo para cada dígito do “multiplicador” temporal.]

    [Campo Temporal: O caldeirão gera um pequeno campo temporal ao seu redor, capaz de desacelerar levemente o tempo em situações críticas, proporcionando segundos preciosos para reações ou decisões. Alternativamente, o campo pode ser direcionado para acelerar a velocidade mental ao seu redor, aumentando a capacidade de resposta, compreensão e processamento de informações. Custo de Ativação: 1000 de mana. Custo de Manutenção: 600 de mana/minuto; e 5 MP/segundo para cada dígito do “multiplicador” temporal.]

    [Aprimoramento Voraz: Possibilita ao caldeirão consumir uma pequena porção da essência de todo material utilizado em seu interior, refinando-a para aprimorar tanto a si mesmo quanto ao que está sendo produzido. Esse processo resulta em melhorias significativas na pureza, qualidade e propriedades dos itens criados, elevando-os a um patamar superior. Além disso, parte da essência absorvida é direcionada para realçar gradualmente as runas e estrelas do caldeirão.]

    Aquele era realmente um achado que só seu |Identificar| poderia reconhecer após os anos que se abateram sobre tal item. No entanto, mesmo sendo classificado como (Transcendente), enquanto os itens Top-Tier fornecidos pelo sistema eram apenas de grau (Superior), os itens do sistema ainda eram melhores apesar de apresentarem um grau inferior na análise e/ou identificação, como Alexander confirmou ao tentar usar |Análise Transcendente| sem sucesso neles.

    A |Análise Transcendente| não conseguiu analisar os itens, o que indicava que eles não eram originalmente do grau apontado. Em vez disso, estavam naquele grau devido a alguma circunstância, sabe-se la qual, com seu grau sendo ao menos (Transcendente) para escapar da habilidade de análise das [Luvas do Deus Artesão]. Se não fosse por essa limitação, Alexander já teria começado a tentar produzi-los em massa, já que ele tentou analisá-los pouco depois que obteve as luvas.

    Não desejando ser incomodado ou ficar à vista de olhos estranhos, Alexander foi para a sua recém-construída oficina de trabalho; que havia sido erguida junto a uma forja, uma área para Diana e outras construções no “Forte Vila” deles, enquanto estavam na Cidade Gêmea. Ele então posicionou o caldeirão na área de trabalho e começou a separar todos os insumos que poderia precisar, já que sua oficina estava repleta de todas as ferramentas que podia imaginar.

    Com ele não ousando levar aquela situação séria de forma leviana, sua primeira ação foi usar |Análise| para fazer uma verificação primária, checando se havia algum dano estrutural mais evidente…

    Ao confirmar que não havia nada tão superficial a ponto de sua |Análise (Iniciante)| detectar, e sem subestimar o real cooldown que o processo exigiria, ele decidiu usar a |Análise Transcendente| copiada em seu [Anel Espiritual Behemoth].

    Objetivamente, a |Análise Transcendente| não deveria funcionar para analisar um artefato de grau (Transcendente). Mas Alexander não a usou no artefato em si, ele a usou para tentar analisar a avaria no item e a extensão dela…

    Assim que ativou a habilidade com o seu objetivo em mente, exatamente como acontecia quando utilizava |Inspiração Divina|, seu corpo pareceu entrar no modo automático para realizar o seu objetivo, e ele se tornou um espectador em 1ª pessoa do que seu corpo estava fazendo. 

    Alexander, em si, não tinha insights ou entendimento do porquê estava realizando determinada ação; simplesmente as executava. Se começasse a causar turbulências mais fortes, pensando demais ou tentando realizar as ações mais devagar, a sua habilidade era sumariamente cancelada, como se ele mesmo tivesse a interrompido.

    Feliz pela análise ter sido bem-sucedida, ele tomou ciência dos desgastes, ranhuras, porosidades e outras avarias do caldeirão. Esses defeitos, embora imperceptíveis a olho nu ou a habilidades primárias, basicamente inviabilizavam o uso do artefato, sob o risco de piorar ainda mais seu estado, ou mesmo destruí-lo, dependendo da intensidade do processo realizado.

    Instigado a martelar o ferro, ou, nesse caso, o caldeirão, enquanto ele ainda estava com aquilo fresco na memória, Alexander usou |Mutualidade| para substituir a já gasta |Análise Transcendente| por |Inspiração Divina|. Burlando assim o tempo de cooldown delas em troca dos 20 dias de |Mutualidade|, garantindo assim usos extras de cada uma dessas habilidades…

    Com seu uso extra de habilidade preparado, as [Luvas do Deus Artesão] equipadas e todos os tipos de insumos e ferramentas que tinha à sua disposição, ele ativou |Inspiração Divina| para reparar o [Caldeirão Estrelado do Vasto Mar] enquanto desejava fortemente que o que ele tinha lá fosse o suficiente para restaurar o seu artefato ao esplendor original dele.

    Completamente alheio ao tempo e totalmente imerso no que o seu corpo estava fazendo, Alexander tentou absorver ao máximo todos os processos, observando-os de 10 formas diferentes graças à habilidade |Asura|.

    Felizmente para ele, a |Inspiração Divina| do Deus Artesão foi suficiente para ajudá-lo a reparar completamente o caldeirão. No entanto, sem entender nenhum pouco a lógica por trás de como o artefato funcionava, o reparo consumiu uma variedade impressionante de materiais: desde metais, como ferro e ouro marítimo, pedras de energia e mana, cristais e jades de essência, até essências puras de Ferro Negro e Ouro… Para completar, o caldeirão exigiu até mesmo 100 ml do poderoso sangue de Drayygon, um custo total que fez seu dono querer chorar sem ter lágrimas.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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