Capítulo 252 – Aniversário de Diana (Parte II)
Quase chutando seus parentes, ou mesmo descendentes já crescidos, ao ver quem tinha chegado, correndo para ir recebê-los, todos os avós de Diana levaram até as suas próprias cadeiras, como se não quisessem nem que a outra parte tivesse que andar. O mais interessante era que, apesar de nenhum deles ser um combatente notável, afinal, nem todos são como o bisavô de Mark, que se manteve bem ativo perto dos 100 anos sem decair muito, a deferência era óbvia.
— Mãe, o que a senhora está fazendo aqui sem me avisar nada? — perguntou Laite LittleLight, o avô paterno de Diana. — Cuidado com a sua saúde. Se a senhora tivesse me avisado, eu mesmo teria ido buscá-la.
— Seu grande idiota não filial, você ainda me pergunta por que eu estou aqui no dia de hoje? — respondeu a mulher que já havia sido bonita, mas que agora mostrava mais o cansaço da idade. — Não bastasse eu ficar sabendo do noivado de uma de suas netas por pessoas de fora, agora você nem voltou para prestar respeito ao seu pai depois de recuperar o título da família.
Sem saber ou tendo como se defender, Laite ficou meio sem jeito. A verdade era que ele pensou em fazer isso assim que recuperou o título da família deles; e mais, ele pretendia levar Diana para conhecê-la, mas houve o expurgo da outra baronia.
— Não duvido ou tiro sua razão em dizer que ele não é filial, mas quanto a última parte, ela provavelmente se deve a mim — disse Alexander ao se aproximar deles, com Diana já fazendo uma saudação respeitosa. — Acabei tendo que tomar algumas medidas mais… enérgicas logo após esses últimos eventos.
— Eu ouvi falar… — respondeu a mulher com uma voz pesada, sem nem mesmo se virar para ele, focando-se na sua bisneta, consternando um pouco a todos com suas palavras. — Sim. Certamente é uma das minhas… Tem a beleza da minha juventude.
Mesmo que fosse de sangue mestiço, Diana era uma Demi, e uma bem parecida com a mãe, enquanto sua bisavó era uma humana sem qualquer traço férico…
Não se importando nem um pouco com os olhares ao redor, a senhora enfim se voltou para Alexander, encarando-o diretamente nos olhos. — Dizem que você é forte, e que por isso tem um mundo de possibilidades ao seu alcance. Mas não se deixe levar demais, garoto… De que lhe valerá tudo isso, se no fim você não puder aproveitar os frutos de tanto esforço, sangue e tempo?
Indubitavelmente ganhando-o ali, com aquelas palavras que fizeram todos em volta sentir o peso daquela sabedoria, pois ela era a única dentre os bisavós sem um companheiro presente, Alexander sinceramente assentiu a aquele ensinamento e a recebeu como se ela fosse a convidada de mais alta honra, depois de Diana.
Sem ousar demonstrar um favoritismo muito evidente em detrimento dos outros, ele rapidamente recebeu a todos com toda a sua cortesia e os conduziu para dentro, com toda a educação possível, até a grande área de almoço. Aqueles eram os VIPs dos VIPs da família.
Não tendo mais nada para preparar ou alguém para chegar, Alexander abriu alas sobre a mesa e começou a dispor o que havia preparado: Um {Presas de Aço} assado inteiro com acompanhamento de frutas vermelhas e vinho; Medalhões grossos e ao ponto de {Urso-Rei da Floresta} com cerveja preta forte; Posta de {Marlim-Azul} de 3ª evolução no vapor ao cítricos e sal com chás e infusões, quentes ou gelados; Hambúrgueres de bovino de 3ª evolução com pão e condimentos caseiros; Salada fresca ao molho de ervas finas com frescal de gado imperial; Uma gigantesca tigela de macarrão com bolonhesa também de bovino de 3ª evolução; e, para finalizar com chave de ouro: caldo de {Pássaro Imortal das Chamas Infernais}.
Se antes eram o cheiro e a curiosidade sobre o que Alexander estava preparando que “matavam” os convidados, agora era a visão. Aquele banquete, apesar de simples em sua apresentação doméstica e modesta, superava qualquer outro que qualquer um deles já tinha provado ou ao menos visto… Todos os pratos ali eram à base de produtos de 3ª evolução, ou equivalente, para cima.
— Comam e provem de tudo… Só tentem não exagerar, pois a comida não vai fugir de vocês. Então levem o seu tempo para apreciá-la e saboreá-la — disse Alexander assim que terminou de dispor a mesa. — Aqueles que tiverem coragem e estômago também podem me acompanhar no [Vinho Quente] gelado, rsrsrs.
Sorrindo, conversando, entrelaçando-se e comendo à vontade, todos os ramos da família ali reunidos pareciam ficar mais coesos enquanto se banqueteavam. Mas, ao perceber que já estavam ficando pesados, Alexander brevemente os interrompeu, colocou outra mesa e passou a dispor outros pratos, desta vez, sobremesas à base de leite de gado imperial: sorvetes de fruta, tortas, cheesecakes, bolos umedecidos com camadas de creme, creme azedo, coalhada, sucos e por aí vai.
Entreolhando-se enquanto ele preparava a mesa, as mães se dividiam entre servir de forma ordeira e conter as crianças que ameaçavam avançar sobre a mesa, tal era a ânsia que brilhava em seus olhos.
Não suportando mais, como se aquilo tivesse sido a gota d’água, quase todos os homens com companheiras ali puxaram Alexander para um canto, o enquadrando. A mensagem deles era bem simples: — Pare de nos arrastar para baixo… Você está destoando demais do resto de nós.
— Não se preocupem, meus companheiros. Eu não esqueço dos camaradas que estão comigo — disse ele em tom conspiratório ao abrir um sorriso. — Sou eu quem está gerenciando as bebidas. O que as mulheres de vocês estão tomando é uma variante do vinho da fúria… Se jogarem as cartas certas, a noite de vocês vai ser muito boa.
Milagrosamente perdendo as suas queixas num instante, eles logo começaram a se dispersar, dando-lhe tapinhas de “bom trabalho” no ombro, tentando não chamar ainda mais atenção, e retornaram a suas mulheres. Não poderiam ser um retrato mais perfeito de bons moços, adulando-as em tudo e fazendo todas suas vontades.
Ao ver o movimento ali e perceber que todos os homens pareciam extremamente favoráveis a Alexander, Diana foi até ele e perguntou o que havia acontecido para toda aquela mudança, ao que ele respondeu-lhe com um sorriso travesso: — Nada muito importante. Só entrei no negócio de vender “sonhos”, transformando o irreal em verdade pelo poder da sugestão, rsrsrs.
Revirando seus olhos, sabendo que o mesmo havia enganado parte dos presentes mesmo sem entender completamente suas intenções, ela voltou a conversar mais com os seus bisavós. E assim, entre muita comida, bebida e lazer… diversão, o dia foi passando. Alguns convidados se despediram, enquanto outras pessoas apareciam de passagem para felicitar Diana e, os poucos que sabiam, parabenizavam também Alexander pelo seu aniversário pregresso.
Feliz pelo dia dela ter sido ainda melhor do que ele havia planejado, com os bisavós dela aparecendo, Alexander continuou preparando drinks e afins para os convidados até que o sol começou a se pôr e ele fechou tudo, levantou seu dedo bem alto para cima e desencadeou de leve seu feitiço |Chuva Elemental|.
Ao emanar aquela massa de mana para os céus, densas nuvens negras cobriram o firmamento da cidade, tornando o pôr do sol ainda mais sombrio e escuro.
Surpresos com tal ação, todos no forte voltaram-se para ele, que apenas manteve um sorriso enigmático, em silêncio, como se aguardasse algo, enchendo todos ali de curiosidade. E então, no exato momento em que o sol se pôs por completo, Storm elevou-se aos céus e perfurou algumas das nuvens negras como uma flecha multicolorida.
Sob a elevação certa e o ângulo perfeito, um feixe de luz desceu como um holofote sobre o forte deles, sobre Diana, e Alexander se ajoelhou diante dela e lhe apresentou, em uma caixa, o [Colar do Juramento], já com a [Gema da Essência de Luz], o presente de noivado deles, anexada. Tudo aquilo para tornar o momento o mais especial que podia, pois, segundo o que ele havia averiguado, Diana tinha nascido banhada, literal e poeticamente, sob o primeiro raio de luz da lua do dia em que nasceu.
Alexander poderia ter usado uma de suas |Inspirações Divinas| para uma lapidação impecável da gema. Mas, desde o início, incumbiu-se de executar toda a lapidação da gema pessoalmente… Não por orgulho, mas para oferecer a ela tudo o que havia em seu ser, inclusive as suas imperfeições. E, ao aproveitar a superfície pontuda, bruta e irregular da gema, ele confeccionou o pingente que nomeou “Estrela de 100 Pontas”, as quais suas superfícies mais irregulares foram camufladas pelo colar.
A dedicação e vontade que Alexander colocou naquele craft foram tão grandes que a sua habilidade |Lapidar| saiu do nível iniciante para o nível avançado. Não só pelo “poder do amor e sentimentos”, mas porque, com |Asura| ativado, seus 2 dias de trabalho na peça foram multiplicados por 11. E isso para ele, pois, se fosse levar em conta que ele não precisava descansar como um trabalhador normal quando estava no foco, quem sabe quantos dias aqueles 2 dias seriam equivalentes.
Com os olhos visivelmente se iluminando com a joia dupla que lhe refletia a luz da lua, Diana gentilmente brincou com o pingente antes de pegar a caixa e pedir para Alexander colocar o colar de noivado nela, o que ele fez prontamente. Mas, assim que todos, incluindo eles mesmos, pensaram que iriam se beijar, um grito exprimindo dor e felicidade rasgou aquela quase solenidade. Ánara havia entrado em trabalho de parto. Tal data auspiciosa poderia passar a ser um aniversário duplo.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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