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    Aturdida com tal proposta, afinal, servir a filha de 2 Barões não era algo ruim, pois muitas pessoas fariam isso até de graça, quanto mais sendo pagas, a senhora não soube como reagir e decidiu ir para casa com a neta para discutir a situação com os pais dela. Ela nem perguntou sobre o valor do salário… Algo que Alexander não achou ruim; pelo contrário, ficou feliz por a família se importar realmente com a jovem.

    Não tendo mais nada a fazer ali, ele também foi para casa ver a situação por lá, mas, surpreendentemente, parecia tudo sob controle. Mesmo sendo nora de um Duque, a mulher não parecia tentar forçar nada, e foi muito simpática e compreensiva com a família dele enquanto o aguardava.

    — Peço desculpas pela demora. Acabei me atrasando mais do que planejei — disse Alexander à mãe de Steve, e a Diana, assim que chegou. — Já lhe mostraram nossas residências disponíveis, ou a senhora ainda precisa vê-las?

    — Eu, de fato, ainda não as vi. Mas ouvi dizer que, por acaso, existem cinco áreas residenciais nesta morada da sua família, e apenas quatro estão sendo usadas por vocês no momento… — apontou a mulher com um claro olhar sugestivo, fazendo-o franzir a testa imediatamente.

    — Realmente, é como a senhora diz. Mas nossas áreas residenciais são humildes… Nunca atenderiam aos seus padrões, muito menos poderiam acomodar a senhora e os seus funcionários — respondeu Alexander, já observando Diana para sondar a reação dela. — E para além do fato de termos vários familiares territorialistas em nossa casa, toda a estrutura interna foi planejada de forma muito restritiva, com apenas a residência atual dos chefes da família, os pais de Diana, tendo acesso total a tudo de forma muito unilateral.

    — Se vocês consentirem, eu realmente não me importo com isso… Tenho fé nas suas capacidades de conciliar a situação, e meus funcionários menos essenciais podem residir em algum lugar aqui por perto — respondeu a mulher calmamente.

    — Entendo… — disse Alexander de forma significativa. — Mas a decisão final sobre isso cabe aos pais da minha noiva, especialmente se a senhora está visando uma estadia mais prolongada devido ao ensino do seu filho.

    A nora do Duque Marvin ficou surpresa com aquela resposta e analisou a todos ali por um breve período de silêncio antes de assentir. — Me parece plausível…

    Satisfeito que ela não tentasse os forçar além do aceitável, ele sinalizou para Diana, que foi consultar seus pais com um rosto que parecia transpor e mudar sob diversas emoções, tornando-o bem difícil de ler.

    Para a surpresa deles, aconselhados pela avó paterna de Diana, os pais dela, mesmo sem aparecer, acabaram aceitando abrigar a nora do Duque Marvin, o que deu carta branca para Alexander reajustar as coisas à sua maneira. — Como a senhora ouviu, eles de bom coração dão boas-vindas à senhora em nossa casa. Mas eu mesmo não me atrevo a receber a família do Duque protetor de forma leviana… Eu simplesmente não poderia suportar se algo acontecesse… Se a senhora realmente deseja ficar, por favor, convença o Duque a mandar pessoas, CONFIÁVEIS, para protegerem TODO o perímetro externo da área. Ou simplesmente não me sentirei seguro em responder por vocês em minha casa sem essa devida proteção.

    Sorrindo comedidamente ao entender que aquele era o preço dele, a mulher aceitou pedir aquilo ao Duque, sabendo que ele não faria algo daquele porte de graça… Com isso, Alexander começou a rearranjar as áreas residenciais: os avós de Diana ficariam onde estavam, os pais dela iriam para a área central com os familiares, e ele e Diana se mudariam para a casa que ela originalmente comprou para os pais, enquanto ele esvaziava e limpava a casa que era deles para a família do Duque.

    Surpresa por Alexander terminar tudo tão rápido, e ainda mais surpresa por a casa ser extremamente modesta, privilegiando o estilo aconchegante, mesmo ele sendo recém-ascendido e rico, a nora do Duque não pôde deixar de ficar com a guarda alta enquanto instruía suas empregadas sobre como queria a casa arrumada. Aquelas pessoas pareciam tão fora do padrão que chegavam a ser imprevisíveis…

    Ao não ver escolha além de acelerar ainda mais os seus planos com aquele tanto de coisas imprevistas acontecendo, Alexander deixou Diana a par de tudo que estava ocorrendo, fazendo-a suspirar, por motivos diferentes; deu plena autoridade a ela para fazer e ajustar as coisas como achasse melhor; e então voou. Ele queria resolver tudo de uma vez e estar de volta em, no máximo, 1 semana, para garantir que nada fugisse muito do controle antes de se assentar com o tempo…

    Algum tempo depois, em uma cidade quase estrategicamente localizada na borda das baronias, um homem entrou em sua sala, aparentando uma certa exasperação e cansaço. Mas, assim que fechou a porta, ele tomou um susto que faria pessoas com o coração mais fraco terem um infarto do miocárdio catastrófico… Bem ali, sentado no seu sofá de descanso, havia um “dragonewt” gesticulando por silêncio… O mais absurdo era que ele podia jurar que não o tinha visto ali antes de fechar a porta.

    — Vejam só se não é o grande Stefan Greedin, o homem que faz jus ao líder que lhes conseguiu esse nome de família — disse Alexander de forma significativa e animada, ao caminhar até o homem assim que ele se sentou para tentar se recompor, pelo menos um pouco. — Como conheço um pessoal mais exaltado que adoraria “comer a sua carne e beber o seu sangue”, e tenho poder para conceder isso a eles, acredito que, a essa altura, a minha presença dispensa apresentações.

    Engolindo BEM a seco, enquanto uma miríade de coisas cruzavam sua cabeça, Stefan ficou surpreso quando a outra parte apenas estendeu a mão para ele. — Satisfação.

    Aquele que lutava para entender a intenção da outra parte era Stefan Greedin, atual líder da família baronete Greedin, que, por sua vez, era líder, ou ao menos a que mais se beneficiou, dentre o grupo que derrubou e tomou o lugar da família do pai de Diana, LittleLight, algumas gerações atrás.

    — Veja você como a vida dá voltas… E pensar que até hoje ainda há certas pessoas por lá que não querem mais nada do que as cabeças da sua família para enfeitar os muros da Cidade das Luzes, acredita? — comentou Alexander desinteressadamente.

    — Nós nunca fizemos nada tão sórdido contra eles — argumentou Stefan.

    — Sabe o que é mais injusto? Eu acredito em você… Pesquisei sobre o assunto e vi os registros — comentou Alexander, impassível.

    — Então… — quis continuar Stefan, buscando mais tempo, ao menos para pensar.

    — Mas você sabe tão bem quanto eu, e eles, que alguém fez. Pois uma família nobre geralmente não cai se não for por desavenças com um nobre de status maior, como é o caso da minha família em relação à sua por agora… — apontou categoricamente Alexander, cortando-o e tirando qualquer saída por alegação de não estar nem um pouco relacionado. — Além disso, independentemente de qualquer coisa, foi a sua família quem mais se beneficiou… É difícil não levar algumas coisas para o pessoal.

    Ao ver que a mente do homem estava a mil, totalmente focada em encontrar uma forma de tirar ele próprio e sua família daquela situação, a ponto de ter esquecido de soltar a mão dele desde que o cumprimentou, Alexander deu alguns tapinhas na mão dele para lembrá-lo de soltá-la e o tranquilizou: — Fique tranquilo. Eu não vim aqui dessa vez para lhe fazer mal… No final do dia, eu ainda sou eu, e os LittleLight ainda são os LittleLight. Não sou sempre a arma deles.

    Expirando pesadamente, como se uma montanha tivesse saído das suas costas, e finalmente voltando a respirar com um pouco de normalidade, o homem começou a se recompor um pouco. Ele então ofereceu uma cadeira para seu “convidado” e foi para sua cadeira com um olhar de negócios: — Já que não se trata de nada de cunho pessoal, a que devo a sua vinda?

    Animado, Alexander esboçou um sorriso discreto, mas desafiador, ao ver Stefan se recuperar tão rápido. Ele conhecia outra identidade dele: o verdadeiro líder por trás de várias associações que exerciam controle econômico sobre suas terras, como guildas comerciais e a associação mercantil da Cidade das Luzes. — Não comemore ainda. Eu não vim por motivos pessoais, mas você ainda lidera um grupo que tem pendências comigo… Serei claro: ou se submetem às nossas baronias, ou retiram sua influência de uma vez.

    Ao ser puxado de volta para a incerteza, e com força, Stefan afundou na cadeira para formular como responder: — E o que exatamente você coloca como “se submeter”?

    — Simples: vocês vão parar de tentar se evadir e pagarão os impostos devidos de forma integral, a uma, ou a ambas as baronias, com base em como querem operar por lá; e seguirão as diretrizes mais gerais das nossas terras. De resto, eu não ligo de forma alguma para o modo como você gerencia as coisas por aqui — apontou Alexander, de forma bem direta. — No entanto, não pensem nem por um segundo que o que aconteceu no passado voltará a acontecer… Se eu ao menos sonhar que, depois que escolheram atuar na nossa área, vocês passaram a conspirar contra nós, vocês não virarão nem saudade. Pois não restará ninguém para sentir saudade.

    — Mesmo que eu queira fazer tudo certo, não posso garantir pelos outros — tentou colocar Stefan, mas foi rapidamente cortado.

    — Não me venha com essa evasiva dizendo que você não controla tudo sozinho por aqui. Até porque a primeira diretriz a ser seguida, se ainda quiser atuar nas nossas baronias, é limpar e/ou dar um chega nessa sujeira intrínseca que se espalha por aqui, tal qual eu fiz na antiga Cidade Lester assim que assumi — cortou-o Alexander, sem nenhuma consideração por aquelas desculpas. — Mas uma coisa é certa: se vocês tentarem continuar atuando em nossa região sem se adequarem, eu vou voltar; e ninguém aqui vai querer me ver nesse momento. Afinal, posso limpar vocês à força, se precisar. Imagina comigo tendo questões familiares para legitimar isso tudo.

    Ao sentir que estava sendo forçado a escolher entre a seca e a espada, pois era bem improvável que ele, sua família ou sua cidade tivessem tal infiltração em áreas mais desenvolvidas, Stefan apertou com força o braço da cadeira. Não haveria muito para onde correr diante de um poder tão opressor e “legitimado”.

    — Não fique assim. Não é como se houvesse apenas notícias ruins… A minha vinda aqui hoje também é para lhe oferecer uma oportunidade — disse Alexander, como se lhe atirasse uma corda de salvação do poço em que estava caindo. — Acontece que, apesar de tudo o que apresentei, ainda reconheço o grande potencial e os feitos da sua família. E, por isso, eu gostaria de lhe oferecer a oportunidade de delegar a gestão e administração mais corriqueira desta cidade para alguém da sua confiança, afinal, você em si ainda não é o Baronete, e vir trabalhar para mim.

    Atônito com aquela reviravolta, Stefan não conseguiu encobrir a gritante miríade de emoções que passaram a dançar loucamente em seu rosto, em sua expressão, e levou alguns bons minutos para começar a digerir tudo. Mas assim que ele pareceu se recuperar um pouco, Alexander voltou a martelá-lo. — Toda a administração de sua família, especialmente sob a sua gestão, grita que vocês são negociantes e não pessoas verdadeiramente adequadas para lidar com situações adversas como a que lhes apresento. Então, por que não quebrar essas algemas e diversificar?… Eu posso dizer, pela composição dos seus negócios, que o sonho da sua família, ou ao menos o seu, é montar uma companhia comercial bem-sucedida no Império. E eu posso lhe fornecer as conexões necessárias para isso.

    Pego pelo coração, Stefan sentiu-o pular uma batida e começou a se perguntar quem era aquele jovem à sua frente, que parecia ser tudo, e mais um pouco, ao mesmo tempo, a ponto de conseguir até ler o seu coração com base em seus negócios.

    — Não se preocupe em me responder agora. Eu ainda tenho que resolver algumas outras questões Império afora — disse Alexander, já se levantando e abrindo uma das janelas para sair voando, como se aquela sala fosse sua e não do outro. — Pense bem… Tente digerir tudo… Consulte algumas pessoas, se achar melhor… Você tem 1 semana para me dar sua resposta.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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