Índice de Capítulo

    Tendo se alavancado até o pescoço para gerar todo aquele crescimento acelerado em seu território, mesmo depois de vender alguns dos seus lotes e imóveis para certos nobres, já que nenhuma das suas construções em si era lá muito lucrativa durante o período de incubação, com o hospital, a biblioteca e o centro acadêmico sendo planejados para operar literalmente dando prejuízo financeiro, após separar o fundo de caixa e o capital de giro para todas elas, além do dinheiro que gastou ao assumir alguns negócios daqueles que contratou, para que pudessem liberar seu pessoal, Alexander, outrora ultrajantemente rico, se viu com “apenas” 2.500 grandes moedas de diamante negro, das suas outrora 15.000 moedas de capital líquido. E isso porque ele nem estava contabilizando os gastos e as finanças de Diana e sua família, que geralmente se custeavam com o dinheiro que tinham à parte do dele.

    Não podendo fazer outra coisa além de se resignar e se confortar com o fato de que ao menos 5.000 dessas suas moedas iriam voltar para ele, já que foram apenas empréstimos às baronias sob sua proteção, como capital de giro, ele convocou a reunião de toda a sua facção ali presente para debater alguns pontos importantes e fazer valer a pena o seu dinheiro. Pois, mesmo que este último não fosse lá tão importante aos seus olhos, era um fato que poderia ser usado como uma ótima ferramenta facilitadora para muitas coisas, e, portanto, devia ser bem empregado.

    Sob a convocação dele, os cerca de 1.000 funcionários, entre os combatentes e não combatentes, reuniram-se no térreo e no 1º andar do prédio da facção.

    Com tanta gente ao mesmo tempo, aqueles andares do prédio ficaram obviamente cheios, mas não era nada espremido ou tão desconfortável assim.

    Ao correr seus olhos por todos ali presentes impassivelmente, da área central onde estava, sabendo que eles eram só uma parcela de suas famílias, que obviamente não tinham todos os seus, em média 25 membros, como trabalhadores funcionais e/ou adequados para a facção, Alexander respirou fundo e começou a colocar seus pontos de forma clara e bem objetiva: — Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que estou feliz que todos, independentemente do motivo, aceitaram trabalhar para mim. Dito isso, acredito que, para evitar que alguém venha tentando alegar desconhecimento, devo pontuar certas coisas e deixar algumas questões claras.

    — Logo de cara, quero dizer que EU SEI que, mesmo não verbalizando isso, para alguns de vocês aqui eu não passo de um moleque fedendo a leite que acabou de largar a biqueta do mamilo da teta da mãe e já está tentando bancar o importante sem nem conhecer, ou mesmo entender, do mundo. E para isso eu digo: acabamos de nos conhecer, logo eu não me importo com o que pensam de mim em seus íntimos. Mas qualquer insubordinação ou desrespeito aberto não será tolerado — advertiu ele, mantendo-se impassível.

    Ao ver o silêncio surdo e pesado que se estabeleceu no prédio da facção, a ponto de não só uma alfinete poder ser ouvida se caísse, mas de parecer que até o ruído exterior era abafado, Alexander aproveitou para martelar o ferro enquanto ainda estava bem quente: — Outra coisa bem óbvia que vocês devem manter em mente é que os CONTRATEI para a minha facção e os coloquei sob a minha bandeira para vocês me ajudarem a lutar a minha luta, não eu lutar as suas… Obviamente, não vou deixar os meus serem intimidados por outros, mas, se alguém aqui tentar me enredar propositalmente em suas disputas pessoais, eu vou rifá-lo de volta para os seus inimigos e ficar assistindo de lado.

    — Uma última verdade difícil de admitir, que vocês têm que manter em mente o máximo que puderem: eu sou, sim, o mais forte aqui. E, para além de poder voar e ser especialista em lutar contra múltiplos inimigos, eu ainda controlo todos os guardas das duas baronias. Logo, vocês devem ficar bem cientes de que podem deixar minha facção assim que seus contratos expirarem, se assim desejarem, mas insurreição e traição são caminhos sem volta, porque ninguém pode protegê-los de mim, e ninguém vai comprar briga comigo por matar um traidor… Não se iludam quanto a isso — pontuou ele assertivamente, com uma expressão fria. — Vocês chegaram até aqui por suas próprias pernas. Não devem nada a ninguém… Mas, a partir de agora, vocês lutarão por mim e terão que agir como tal.

    Se antes o silêncio era surdo e pesado, naquele ponto tornara-se tão denso que parecia pressionar um pouco a todos. Ninguém sabia se era uma advertência, uma ameaça real, ambas as coisas ou quem sabe apenas um alerta para que famílias não comprometidas e espiões abandonassem sua facção.

    — O que encontrarão aqui não é conforto, nem uma facção tirana e caótica que vai fazer tudo o que quiser nesse “canto esquecido pelo Império e pelos deuses”. Está aqui não é luxo, e sim uma oportunidade de recomeçar e crescer — disse Alexander, sem frieza, mas com seriedade. — Trabalho; proteção; terra; mas também desafio… Aqui se constrói com as mãos, mas também se protege com sangue, se for preciso.

    — Não esperem milagres de mim. Eu sou apenas um homem que não aceita ser dobrado — acrescentou ele vigorosamente. — No entanto, se vocês conseguirem se manter firmes ao meu lado, terão mais do que qualquer outro lugar jamais lhes deu como benefício, mesmo depois de tanto semearem e trabalharem por eles.

    Ao ouvirem até o final, sem que se soubesse ao certo quem começou, a maioria dos combatentes começou a rugir em vibração e entusiasmo, a ponto de o prédio vibrar levemente em resposta. Até algumas lágrimas podiam ser vistas.

    Observando tudo e vendo o fluxo das pessoas como quem sente o pulsar de um organismo vivo, Alexander sentiu que, ali, suas baronias deixavam de ser apenas territórios. Agora, eram a engrenagem de uma grande máquina em construção… Um eco do que ele era e um espelho do que ele pretendia se tornar.

    Não querendo deixar de ser contagiado pela animação, ele estalou os dedos de forma audível, e várias mulheres entraram no prédio, abrindo caminho por entre as pessoas. Elas então abriram o 2º andar para que todos pudessem se acomodar e começaram a puxar barril após barril dos itens de armazenamento, enquanto Alexander anunciava: — Ainda temos que ver as regras e diretrizes, bem como a nossa primeira Raid para planejar… mas hoje, beberemos. É por minha conta.

    Bebendo e “socializando” mais do que qualquer um ali, Alexander também atuou como o porteiro-segurança, chutando qualquer um que quisesse brigar, ou ficasse bem bêbado, para fora. O “mimo” de participação era um balde de água gelada na cara para acordar, uma erva para mascarar o cheiro do excesso de bebida e um líquido alquímico que ele jurava que lhes seria bem útil no dia seguinte.

    Já tarde da noite, cansado, sendo o último dos que estavam bebendo a sair, e ainda voltando para casa, onde Diana o esperava, Alexander parou em frente a uma loja de flores ao ver a flor, e decidiu comprá-la de presente para ela. Nada por ali poderia ser mais singular para representá-la do que a flor da lua… Ao menos, nada à venda.

    Na manhã seguinte, com a flor da lua repousando na sombra sobre uma mesinha no quarto deles, luminescente em seu brilho bem suave, Diana levantou bem cedo e acordou Alexander, pois precisavam se preparar logo para sair.

    Com Adam já tendo algum tempo de vida e estando mais estável, a família toda iria viajar até a terra natal, basicamente as raízes da família dela. O lugar onde os pais dela se conheceram e onde está enterrado o avô de Dimitri.

    Impassível em relação a uma pessoa falecida que nunca chegou a conhecer e com quem nunca teve o menor vínculo emocional, ele apenas assentiu, preparou-se de forma contida e seguiu junto com toda a família em uma carruagem escoltada, com Ocean à direita, Pequeno Preto à esquerda, Storm sobre o teto e o especialista da IronShield à frente.

    Por mais fria que fosse a impassividade dele diante de uma situação tão solene, Alexander não era particularmente emocional para além de Diana, e ainda menos com fatos ou pessoas que ele nem conhecia, ou chegou a conhecer pessoalmente.

    Foi, sim, uma situação estranha para todas as partes, mas ele ainda compareceu, a apoiou nas solenidades e, especialmente, manteve a proteção de todos ali bem à risca, visto que muitos olhos se voltaram para os movimentos deles como um todo, especialmente porque aquele território estava fora das suas baronias.

    Por mais hipócrita que isso parecesse, e era, até o atual Barão local apareceu para tentar fazer média sobre o avô de Dimitri e sua família, mesmo a família dele não tendo feito lá muita coisa para ajudar quando os LittleLight caíram anteriormente.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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