Capítulo 266 – A Ponte para um “Novo Mundo”
Um tanto sem jeito sobre como se portar um com o outro, visto que as parceiras de ambos conversavam como se eles, e suas opiniões pessoais, passionais e temperamentais, fossem fumaça, Alexander e o grifo pousaram no chão e se entreolharam, ao que o último, por fim, colocou: — (O que exatamente você propõe, dragonoide?)
— (Ofereço-lhe coexistência) — respondeu Alexander, recuperando a calma. — (Eu vou transformar este território em um reduto seguro para os meus, mas não quero fazer isso em guerra com você, se não for necessário… Junte-se a nós. Permaneça. Ajude a manter esta terra e minha família segura, e, em troca, seus filhos crescerão sem serem caçados e com espaço para voar, pois também farei isso pelos seus.)
Aguçando seus olhos ao extremo e focando sua visão e detecção de movimento de literalmente quilômetros só sobre Alexander, como se quisesse ver através dele, o {Grifo da Tempestade} o analisou extensamente de cima a baixo antes de, por fim, recuar o olhar. — (Você não parece estar mentindo, dragonoide… Você fala e age como um humano, voraz e autoritário, mas sua confiança e palavras não parecem falsas… O sangue de dragão em você não é fraco, afinal.)
Após gastar mais algum tempo para aparar as arestas e acertar seus pontos com o {Grifo da Tempestade} e sua parceira, ele lhes deu algumas criaturas de 3ª evolução como presente de despedida, para que não precisassem se preocupar com comida por um tempo, e desceu a colina com Diana… Alexander não estava preocupado com o grifo voltar atrás em sua palavra, pois, mesmo que evoluísse e se tornasse bem mais forte do que ele, a natureza da criatura em si era bastante leal.
Ao retornarem sem sequer o menor arranhão, mesmo após a intensa disputa de auras e a explosão luminosa que aconteceu, o casal reassumiu seus grupos e os liderou, contornando a colina como se nada tivesse acontecido. Não era que ele não confiasse em seu povo para lhes contar as coisas, era apenas que explicar tudo para eles de maneira adequada levaria um tempo que ele “não tinha” naquele momento.
Instigados por seus líderes, os membros da Raid marcharam por todo o território das baronias, “pavimentando-o”, até chegarem à cidade de Port, no denso manto negro da noite, que há muito havia engolfado o sol. No entanto, a chegada à cidade não deixou os combatentes mais relaxados, pelo contrário, pois isso significava que a criatura da 4ª evolução ainda estava à frente; logo, era marinha.
— Comam alguma coisa; descansem; durmam e se preparem — disse Alexander aos que chegaram à cidade do porto. — Os eventos de amanhã fecharão esse ciclo, esse arco. Depois de amanhã, nossa base estará consolidada.
Após alocar sua facção, em especial Diana e seus familiares, e comer algo de leve, ele mesmo não seguiu suas instruções e mergulhou na água. Havia todo tipo de informação a ser coletada e preparativos a serem feitos antes do ataque.
Já na manhã seguinte, depois que ele dormiu algumas horas e todos os outros se prepararam, Alexander reuniu todos os combatentes em uma área muito próxima do porto da cidade e declarou: — Sei que muitos aqui estão um pouco ansiosos devido ao nosso confronto iminente, mas gostaria de esclarecer isso de antemão. Eu, Alexander Ocean Dragonseal, não lhes pedirei mais do que vocês realmente podem dar… Se eu digo que podemos fazer isso, é porque podemos fazê-lo.
— No meu sinal, vocês devem me seguir, correndo sobre a água atrás de mim em direção ao nosso alvo. Esta é a última chance daqueles que querem desistir, porque, independentemente dos motivos, eu não ouvirei nenhuma sugestão, objeção ou contestação — afirmou Alexander, firme, em sua impassibilidade. — Escolham seu futuro agora: quebrem os seus contratos e relações comigo para ficarem seguros aqui, ou mantenham-se acreditando que lhes mostrarei um caminho… Agora, me sigam para a vitória… para a glória.
Sem esperar por resposta ou argumentação, ele se lançou na água com um salto e os mais inteligentes, que sabiam que ele não podia e não se permitiria falhar naquele momento, avançaram rugindo atrás de Ocean, que liderava o grupo em seu avanço sobre a água. E, como esperado, enquanto Alexander deslizava como um dragão marinho sob sua superfície, uma ponte de gelo se formava sobre a água, sustentando-os e mostrando o caminho.
Assim que o ouviram terminar sua fala, antes mesmo dele pular na água, Ocean e Storm retumbaram em poder e ativaram suas |Naturezas Selvagens|, avançando sobre a água e liberando massas e mais massas de poder mágico, fortalecendo o congelamento inicial, formando um ciclo perfeito. Pois, por mais rápido que fosse Ocean, ela não conseguiria ultrapassar seu líder, que se movia como um torpedo marinho sob a água. Assim, ele formava o caminho; Ocean ampliava ainda mais a resistência e o corpo; e Storm, que não era tão rápido se movendo por superfícies quanto voando, no meio para o final da formação, mantendo e “revitalizando” a ponte, diminuindo o desgaste do grupo de pessoas que avançavam sobre ela.
Por volta da metade do caminho, quando todos os minimamente inteligentes e/ou corajosos já estavam sobre o gelo e o resto havia desistido, Alexander lançou uma massa gigantesca de mana, congelando a água até o destino final e completando a interligação da ponte com as vigas de sustentação que posicionou na noite anterior.
Com a sua parte concluída, ele acelerou, submergiu completamente e se ocultou, sumindo da visão e percepção de todos, o que, surpreendentemente, não abalou ou desmobilizou o avanço da sua facção.
Avançando desenfreadamente sob a liderança de Ocean, mesmo sem a presença aparente do seu líder, os membros da Raid passaram pela metade do caminho e seguiram em frente em direção à ilhota para a qual a ponte levava. Mas, assim que eles se aproximaram de 3/4 do caminho, uma grande salamandra azul posicionou-se na cabeceira da ponte e começou a canalizar uma grande massa de poder mágico da água em sua boca.
Não parecendo se importar com a grande criatura ou a poderosa canalização dela, Ocean avançou ainda mais rápido, e Storm mandou uma última carga mágica pela ponte antes de levantar voo com Diana nas costas, também avançando contra a salamandra azul na ponta da ponte.
Se distraindo leve e momentaneamente com tal divisão do grupo, a salamandra ficou confusa por só um segundo antes de se focar completamente em Ocean e o grupo atrás dela, já basicamente pronta para atacar assim que eles se aproximassem apenas mais um pouco.
Alheios às intenções da salamandra, Storm mergulhou, atraindo a atenção dela por um pequeno momento; mas um importante momento, no qual Alexander saiu da água como um míssil, a golpeando com seu machado, e Ocean pisou com força no gelo, reunindo mana na água para também desferir um ataque.
Guinando um pouco para o lado após receber tal golpe pesado na cabeça, mesmo o ataque não sendo do tipo nomeado, a salamandra acabou errando seu canhão hídrico. E o grande espinho de gelo produzido por Ocean também a atingiu com força, logo atrás da pata, convergindo e combinando com o ataque de Alexander, fazendo-a tombar e rolar, o que deu tempo para os membros da Raid começarem a invadir a ilhota em profusão.
Ao se levantar, sacudindo a cabeça, que sangrava muito pouco para um golpe tão pesado, os olhos da salamandra se iluminaram em poder e raiva, e ela emitiu um poderoso som dissuasivo, recheado da sua aura. Nem toda criatura é passível de negociação; nem todas são tão conscientes ou sencientes; e menos ainda são contidas diante de seres que consideram mais fracos, especialmente quando a linhagem dracônica dela claramente ressoava em resposta à de Alexander.
[{Salamandra Draconiana da Água} – Besta Mágica – 4ª Evolução]
Nenhum pouco intimidado, Alexander bufou para a criatura e se soltou, elevando-se ao poder máximo da sua forma base e emitindo um poderoso {Rugido de Guerra}, também carregado com sua aura, amplificada pelo seu aprimoramento (Existência Superior). Ele poderia até ser uma criatura teoricamente inferior, sendo “apenas” uma {Quimera Dracônica} na 3ª evolução ao confrontar uma da 4ª evolução, mas, com seus aprimoramentos e a poderosa linhagem de Drayygon correndo nas veias, ele basicamente não era inferior em aura à {Salamandra Draconiana da Água}.
Sob rugido contra rugido, naquela potência, a própria ilhota e a água ao seu redor reverberaram com a potência. O interessante era que, se por um lado a {Salamandra Draconiana da Água} estava chamando as criaturas da região subordinadas a ela, por outro, o {Rugido de Guerra} de Alexander serviu para aumentar a iniciativa dos seus aliados em 1-5% e a moral em 5-10%.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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