Capítulo 268 – Combo de |Size| com |Natureza Selvagem|
Naquele momento, um silêncio surdo ressoou, como o instante de quietude antes de uma onda engolir o mundo. O que se revelou diante deles era um poder mágico que parecia querer envolver aquele lugar com mana da água…
Assim que seus pés tocaram o chão, Alexander os cravou com firmeza. Aquilo não era mais uma simples criatura, era uma força elemental bruta, moldada por puro instinto e raiva, transformando o entorno com seu poder: um domínio.
A pele e os músculos externos da {Salamandra Draconiana da Água} cintilavam com poder, assumindo padrões bem nítidos, como um mosaico de escamas lapidadas e sobrepostas, lembrando a armadura de um dragão esculpida em músculos.
— Expandam o círculo de contenção! Essa coisa agora está fora de controle e vai atacar qualquer um que estiver minimamente no seu alcance! — avisou Alexander, com extrema seriedade.
Se fossem só eles, fugir e esperar a criatura sucumbir ao próprio recuo seria viável. Mas ali, com toda a facção presente, a retirada não era uma opção. Restava apenas um caminho: uma luta até o fim.
— Independentemente do que aconteça, não se aproximem se não for um caso certo de vida ou morte, ou poderão ser vítimas de fogo amigo — acrescentou ele para a facção, após ponderar algum tempo, aproveitando para se virar para Diana e pegar um frasco com 4 pílulas enquanto a criatura ainda estava imóvel. — Essas pílulas vão aumentar muito o nosso desempenho, quase como um mini frenesi, mas só as tome em último caso, porque vão nos tornar mais agressivos.
Não dando-lhe tempo de passar mais explicações, o rugido da salamandra retumbou tão suave quanto um trovão, fazendo a própria ilha estremecer. Após consolidar a habilidade, o corpo dela brilhava com um azul etéreo, parecendo emanar energia dracônica instável, e as águas do mar pareciam ignorar a gravidade, movendo-se em sua direção como numa capilaridade sobrenatural.
Recuando também sua lança ao ver tal cena, Alexander cobriu-se com um véu de névoa densa, alimentou Ocean e Storm com uma pílula cada, jogou o frasco com uma para Diana e também ativou a sua |Natureza Selvagem|, liberando um pulso assustador de poder e agressividade inerente à sua aura naquela forma.
— Magos, vocês devem fazer chover feitiços sobre essa coisa sempre que tiverem a oportunidade; e não a deixem, de forma nenhuma, lançar um ataque mágico de grande escala, ou muitos aqui estarão em perigo — bradou Alexander com uma voz mais grave e imponente, ao disparar contra a criatura, que também já se movia contra ele e seu grupo.
Ao analisar que obviamente não tinha chance em um embate frontal, mesmo com seu “entrave cognitivo” devido à sua forma frenética, ele usou sua superioridade em termos de velocidade, agilidade e destreza para desviar da patada da criatura e acertar com tudo a outra pata dianteira dela.
Caindo sob o próprio peso devido à falta de sustentação, a salamandra só pôde rugir em dor e fúria ao ser atingida por ambos os lados pelos grandes espinhos de gelo e terra que Ocean e Storm lançaram nela.
— Agora, Diana. Faça-a afundar e prenda-a sob a terra — instruiu Alexander.
— Não dá — respondeu ela. — Eu já estava tentando fazer isso, mas a mana e o poder dela estão se espalhando pelo entorno dela de forma que dificulta, e muito, que eu consiga ter uma verdadeira eficiência sobre a área onde ela está.
Não podendo deixar de se exasperar, ele avançou para socar a cabeça da criatura com as próprias mãos. Mas, após apenas alguns ataques, uma patada certeira o enviou voando para longe… Se eles geralmente não atacassem por cima, a essa altura já teriam batido várias vezes contra o círculo de contenção e quebrado a formação deles, mesmo sem querer.
Ao se reerguer em ainda mais fúria e poder, a salamandra levantou-se sobre suas patas traseiras e bateu com as dianteiras no chão, fazendo com que Alexander surgisse de sabe-se lá onde e entrasse na frente de alguns guardas, pois um jato pulsante de água pressurizada saiu do chão na direção deles.
Conseguindo defletir a maior parte da água e proteger os membros da Raid atrás dele, aquele “bravo líder” de facção não conseguiu ver ou reagir a tempo, sendo pressionado impiedosamente no chão pela pata, pela força e pelo peso que a criatura colocou sobre ele, o que, “felizmente”, cobriu o que a névoa dissipada pela água começou a deixar parcialmente à mostra.
Instigados e basicamente espumando de raiva, Ocean e Storm pareceram perder o bom senso e avançaram corpo a corpo contra a pata da criatura para libertá-lo de seu tormento, que o fazia tossir sangue e rosnar de dor.
Com a {Salamandra Draconiana da Água} não tendo muita escolha além de recuar sob as fortes mordidas, garras e venenos de tudo quanto é tipo que estavam se acumulando, Alexander se libertou, arfando por ar e completamente transtornado com a criatura, fazendo sua mão arder em energia espacial e avançando contra a garganta dela com todo o ímpeto que tinha no momento, rosnando para sua facção com uma raiva tangível. — O que estão esperando?… Nós sempre estaremos ao menos parcialmente no raio de efeito dos seus ataques. Ataquem logo!
Sob o comando do seu líder, barragens de feitiços começaram a ser canalizadas e logo choveram sobre a salamandra, fazendo Ocean e Storm recuarem, nem que fosse por puro instinto de autopreservação, porém, Alexander não recuou. Ele se manteve ali, ao lado da fera, socando com toda a sua força qualquer pata que esboçasse o mínimo esforço para colocá-la de pé, mesmo que isso lhe custasse também sofrer uma parte do dano dos feitiços.
Surpreendentemente não conseguindo obter todo o efeito desejado com a energia espacial, devido à disparidade de evolução, físico e nível entre ele e a criatura, mas ainda conseguindo mantê-la no chão com a força dos seus socos, Alexander viu a água do mar finalmente alcançar a salamandra e explodir em uma onda de poder, empurrando tudo e todos em um caos aquático disforme.
O ar ficou pesado… úmido… denso… como se a própria ilha estivesse afundando levemente no mar pela presença tão opressora da besta.
Os membros externos da formação começaram a recuar. Alguns cambalearam e outros caíram de joelhos, não pelo dano físico, mas pelo choque de vontade.
— Ela está consumindo energia numa taxa absurda — rosnou Alexander em um estado claro de alerta. O seu corpo pulsava com uma fúria sincronizada com a do inimigo. — Se ela quer apostar tudo, então vamos até o fim… Diana, agora.
Assentindo e reacendendo seus olhos em puro poder, Diana, que havia recuado anteriormente para apenas curá-los enquanto acumulava uma grande quantidade de mana, sobrepôs suas mãos, fazendo o brasão dela se iluminar em ambas, mas com a mão ofensiva à frente, e materializou um grande círculo mágico de luz com pontos elementais à sua frente.
Ao ver o grande círculo mágico reluzir em poder diante de seus olhos, quase todos os presentes ficaram bastante surpresos, mas Alexander, Ocean e Storm sitiaram o alvo da Raid, enquanto a própria {Salamandra Draconiana da Água} canalizava a água em puro poder para sua habilidade mágica de revide.
Frente a frente, limpo e reto, era quase certeza que Diana perderia. No entanto, ao ingerir a pílula que Alexander lhe deu, as linhagens dracônicas nela se ativaram como nunca tinha acontecido antes, e até o pingente do colar em seu pescoço se acendeu com uma fonte de luz pura, enquanto ela começava a emanar mais e mais aura e poder dourado.
Para além da pílula que Alexander deu aos seus familiares, as [Pílulas de Linhagem], feitas com uma pétala da [Flor Sangue de Dragão], uma erva rara que só floresce mediante ser regada com sangue de um dragão maduro, a partir da 4ª evolução, que naturalmente ajuda a extrair o poder da linhagem em troca de um pouco de frenesi, a gema no pescoço de Diana não era só uma [Gema de Essência da Luz], era também uma [Essência de Linhagem Sublimada de Dragão]; por isso ele reagiu tanto a ela, só podendo imaginar quanto poder tem na linhagem dessa essência, claramente de um {Dragão da Luz}, para ela também ter gerado uma [Gema de Essência da Luz] ao redor de si.
Com tanto poder sendo extraído do solo por seus aprimoramentos e fluindo para o seu brasão mágico através da linhagem em seu corpo, mais o poder que Alexander conseguia transferir para ela ao concentrar-se em exclusivamente fortalecê-la com |Impulsionar Familiar| e |Energizar Familiar|, os cativantes olhos dela se tornaram dracônicos no momento do seu ataque em potência máxima. — |Prisma Reverso|.
Sob tal ameaça, a grande salamandra revidou com seu ataque, mas acabou que ela calculou muito mal. Além de não conseguir vencer nem empurrar Diana para trás, a velocidade concedida pela propriedade do vento envolvido na mescla fez com que a colisão entre os ataques acontecesse perto da criatura, que, ao não conseguir ganhar vantagem, viu as habilidades explodirem perto dela.
Desnorteada, sangrando e com parte do rosto e da lateral do corpo desfigurada pela explosão, a {Salamandra Draconiana da Água} tentou se virar e fugir, mas foi derrubada por um |Sopro do Dragão| mágico de Storm na outra lateral do seu corpo, tombando de lado.
Ao ver que, mesmo desgastada e ferida, aquela criatura conseguia se regenerar a olhos nus, pelo menos na parte externa, mesmo bem ferido, Alexander decidiu dar um fim àquilo, ingeriu a última pílula e agarrou a cauda da criatura.
Se para aqueles com aprimoramentos ou linhagens draconianas tais pílulas eram bastante efetivas, para Alexander elas representavam um outro nível. Dentro do seu corpo habitavam tanto a linhagem quanto parte do puro sangue de Drayygon ainda não metabolizado.
Com os olhos se injetando de sangue e reluzindo em poder, cada fibra muscular do corpo de Alexander pareceu responder e aumentar de tamanho a cada passo forçado que ele dava, arrastando a criatura.
— |Fortalecimento Corporal Mágico|.
— |Aprimoramento Corporal Mágico|.
— |Impulsionar Força|.
— |Impulsionar Resistência|.
— |Impulso Cerebral|.
— |Tambores de Guerra|.
Ultrapassando os 2,5 metros devido à expansão de seus músculos, mas ainda não conseguindo fazer o que queria, ele ativou a |Aura do Herói| no sentido inverso e passou a absorver uma parte de cada um dos seus apoiadores ali presentes para aumentar sua força. No entanto, ao notar que nem isso seria suficiente, ele usou |Até a Morte| para romper os seus limites, permitindo que todos seus músculos se expandissem rapidamente, inflando-os ainda mais com pura energia condensada.
Mesmo sangrando, internamente e por todos os orifícios, com o coração parecendo prestes a explodir devido a |Tambores de Guerra|, Alexander rugiu alto em fúria e poder quando começou a girar a pesada criatura, e então a arremessou para o céu, direto contra o projétil de gelo que Ocean disparou, carregado com todo o poder mágico acumulado. Tamanha era a força de seus agora quase 3 metros de altura, que ele conseguiu lançar a salamandra para cima, mesmo ela pesando pelo menos algo em torno de 100 toneladas.
Ainda não satisfeito, pois sabia que a criatura ainda não havia morrido, Alexander firmou-se no chão, materializou suas espadas e disparou para cima, girando como um turbilhão perfurocortante, indo de encontro à boca aberta da salamandra com uma fúria e poder atroz. — |Vórtex Ascendente|.
Atravessando a salamandra quase de ponta a ponta, entrando pela boca e saindo pelo baixo ventre, o impacto foi bem profundo: a carne foi rasgada, tripas e vísceras esfaceladas e o sangue verteu enquanto a energia acumulada recuou para dentro do corpo da criatura, que reagiu como se tivesse engolido magma.
Assim que caiu, o corpo, sem energia para manter suas transformações, começou a se contrair. A criatura perdeu tamanho rapidamente, sua forma original reaparecendo em meio ao vapor da mescla entre a energia residual no corpo e o poder que se esvaía velozmente.
A {Salamandra Draconiana da Água} guinchou, se contorceu e, por fim, colapsou. O que aconteceu nos segundos seguintes foi puro caos nas criaturas que vieram pelo seu rugido inicial de chamado.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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