Capítulo 277 – Presentes, revelações e presságios
Nota do autor: Só passando para informar àqueles que ainda não sabem que estamos comemorando o aniversário da nossa comunidade e site. No meu caso em específico, eu vou tentar manter a publicação diária de 2 capítulos por dia durante essa semana de evento e comemoração… Sempre no nosso horário tradicional e de praxe, às 20:00.
Bom capítulo a todos.
Assim que a carruagem com o grupo chegou ao “forte-vila” do casal na baronia da Luz, a primeira a descer foi Alex, que partiu em busca do seu “rival”, Adam, para revidar a “intimidação” que vinha sofrendo dele. Mas, como um legítimo portador da linhagem dracônica, mesmo quando a viu maior e mais translúcida, Adam não se intimidou, sorrindo entusiasmado, e se lançou contra a criatura num “abraço”.
Assustada, Ánara, a mãe dele, com uma agilidade até então não descoberta, o agarrou novamente ainda no ar, enquanto uma das avós quase se lançou para tentar pegá-lo, e a outra sacou o cajado, posicionando-se para contê-lo com sua mana. A linhagem dele lhe prometia poder, mas o temperamento destemido era um agravante em situações como aquela.
Ao assistir àquela cena, no mínimo, pitoresca, de um homenzinho com uns 3 meses de vida se lançando contra uma criatura de 1ª evolução, Galene sorriu, consternada, mas honestamente encantada com aquela família. Parecia que ser uma dissonância civilizacional era recorrente por ali.
— Eu posso? — indagou a jovem CrossSea a Diana, que foi pegar a sua vigorosa e entusiasmada familiar.
— Claro — respondeu Diana, que pareceu se lembrar de algo. — Só não se assuste muito com os olhares que vai receber.
Confusa, Galene só compreendeu a situação quando 3 olhares se voltaram para ela ao se aproximar do jovem e enérgico humaninho da família… Um enorme cão negro à sombra de um muro, uma grande loba cor da lua atrás da vidraria da estufa e uma imponente ave sobre o telhado fitaram-na simultaneamente, como se a medissem.
Conhecendo Ocean de vista, e já tendo ouvido falar dos outros, a jovem CrossSea ficou mais impressionada do que assustada com eles, visto que em uma única casa, para não dizer casal, havia vários familiares extremamente poderosos. Mas isso não a impediu de seguir em frente e, com passos firmes, ela se aproximou de Ánara e da criança, entregando um cordão com uma joia de brilho suave e esverdeado.
— [Gema da Essência do Vento] — identificou Alexander à distância.
— Exatamente — confirmou Galene, com a voz dançando como uma brisa. — Um presente da minha família para o pequeno gênio elemental da família de vocês.
Instintivamente franzindo a testa e refletindo sobre as implicações de tal presente, ele olhou significativamente para Galene, e então, virou-se para Diana. — Nesse caso, acho que está na hora de entregarmos aqueles presentes a ele também.
Assentindo em concordância, Diana retirou 2 broches-pingentes com outras joias de leves brilhos, branco-luminoso e marrom-alaranjado, para o seu irmão. Elas, por sua vez, também abrigavam [Gemas de Essência], uma da luz e a outra da terra.
— A joia da luz é um presente meu e de Alexander, e a joia da terra foi dada por aquela senhora que conhecemos na Cidade Gêmea — explicou Diana, entregando as joias a sua mãe. — A mesma cuja neta foi salva por Alexander… a Dona Pauline.
Com delicadeza, Anara posicionou os presentes em Adam, que pareceu gostar da sensação que as joias lhe proporcionaram. Galene, por sua vez, pareceu movida, para o bem ou para o mal, ao reconhecer o nome ‘Pauline’…
Ao receber um sinal discreto de Alexander, ela se aproximou dele enquanto Diana resolvia alguns detalhes com sua mãe.
— A logística e a inteligência informacional da sua família são boas — comentou Alexander, estreitando os olhos, após estabelecer uma barreira de som. — Mas vocês subestimam a minha paciência e informações; ou já encontraram outra fonte para achar que aquela gema me compraria. Em todo caso, vou honrar sua boa vontade para comigo e repassar as informações que não envolvem a técnica em si, assim como lhe prometi que iria fazer.
Preocupada com o mal-entendido daquela interpretação errônea, pois sua família ainda não havia encontrado ninguém, muito menos queria cortar relações com ele, Galene não conseguiu controlar totalmente sua reação, e isso já disse tudo o que ele precisava saber no momento, fazendo-o gesticular para que ela parasse e ele pudesse concluir: — O texto extra no tabloide, descrito como ‘o segundo’, é a mensagem de que se deve seguir na direção oposta às estrelas do vasto mar.
— Acredito que sua interpretação sobre a boa vontade da minha família está bem equivocada. Minha família não tem intenções de cortar nossas relações — garantiu ela categoricamente, mas com a impassividade restabelecida. — Mas, voltando à mensagem, ela especificava exatamente quais estrelas do vasto mar eram essas?
— Não — assegurou Alexander em retorno. — Mas acredito que sua família tem uma boa ideia de quais sejam, assim como eu. Afinal, o caldeirão que eu comprei se chama: [Caldeirão Estrelado do Vasto Mar].
Instantaneamente parecendo reconsiderar e recalcular a sua abordagem, Galene pareceu ficar bem surpresa quando ele materializou o caldeirão dele de forma despreocupada, para que ela pudesse dar uma boa olhada, como se não fosse nada. Deixando-a ainda mais surpresa ao vê-lo parecendo restaurado e pronto para uso.
Sufocada… oprimida… assustada frente àquele jovem ainda mais novo que ela, mas transcendente de qualquer dimensão mensurável por ela, deixando-a sem métrica, Galene percorreu cada estrela do caldeirão com olhos atentos antes de devolvê-lo, mascarando tudo em sua impassividade diante daquele caos ordenado, pulsante e vivo que a confrontava.
— Você… — consternou-se ela. — Como conseguiu recuperá-lo à usabilidade?
— Não foi exatamente eu que consegui tal façanha. Mas eu tenho acesso a certos contatos, meios, recursos e afins aos quais posso recorrer para isso — sorriu ele.
— … — Galene.
Não tendo mais respaldo para negociar a partir dali, visto que a outra parte estava, moralmente, léguas à frente dela com tantas vantagens táticas naquela negociação, ela tentou se manter o mais impassível possível enquanto focava-se em se manter introspectiva para não ceder ainda mais vantagem.
Sorrindo da escolha dela, que, muito longe de estar errada, era bem possivelmente a melhor possível ao se ater às suas condições, Alexander materializou a sua lança, assustando-a um pouco, mas elegantemente a passando para ela. — Analise-a com cuidado. Vou lhe mostrar algo interessante como retribuição pela sua gema.
Dirigindo-se até eles, devido a materialização da lança, Diana atravessou a barreira como se fosse uma bolha de sabão, e o viu sorrir com gosto ao declarar: — Você chegou na hora certa. Deixe-me mostrar a habilidade de que lhes falei; aquela que os tabloides de pedra contêm.
Estendendo a mão bem à vista delas, uma segunda lança, formada de algum tipo de energia, começou a se formar/solidificar na mão dele, em um nível ultrajantemente realista e sólido para uma mera “ilustração”. — Essa é a habilidade especial naqueles tabloides de pedra: |Construtos de Combate|. Ela permite mesclar energia e mana em uma espécie de amalgama bem resistente e maleável para gerar constructos, como esse da minha lança, e depois solidificá-los para serem usados; daí o nome.
Essa bendita habilidade o fez quebrar a cabeça por vários dias, durante meses, para decifrar o trecho em sumério nela com sua base informacional. Só então ele pôde começar a tentar dominá-la na prática, até forçar o sistema a reconhecê-la, cobrando-lhe 1 ponto de crescimento para concedê-la. Finalmente, compreendendo as nuances do texto e, com isso, expandindo seu conhecimento de sumério com mais precisão.
Ao ver a admiração e a surpresa das jovens mulheres, Alexander girou sua arma e a bateu com força no chão, causando um som considerável mas sem quebrá-la. Em seguida, jogou-a contra um muro à distância, onde a lâmina se fincou levemente, mas a arma não desapareceu por ter saído de sua mão.
— Que habilidade versátil — comentou Galene, impressionada. — Ela obviamente não pode substituir todas as armas, mas certamente é um fator a ser considerado em todos os níveis, nem que seja como elemento surpresa ou pressão mental.
Gesticulando com a mão e desfazendo a lança, que se decompôs nas energias que a formaram, Alexander estampou um sorriso, quase maníaco, e fez uma grandiosa declaração à convidada singular: — Este foi o poder do passado: eficaz, potente… impossível de ignorar. Mas hoje, hoje vou lhe mostrar o poder do presente voltado ao futuro: a ambição… a inovação.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.
Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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