Capítulo 278 – Matriz de terraformação mágica regional

Nota do autor: Só passando para informar àqueles que ainda não sabem que estamos comemorando o aniversário da nossa comunidade e site. No meu caso em específico, eu vou tentar manter a publicação diária de 2 capítulos por dia durante essa semana de evento e comemoração… Sempre no nosso horário tradicional e de praxe, às 20:00.

Bom capítulo a todos.

Com as duas mulheres ao seu lado, claramente, sem entender, afinal, aquilo era uma verdadeira surpresa que ele mantivera em segredo de todos, Alexander chamou um dos guardas da cidade e ordenou que fosse decretado um toque de recolher. A medida visava garantir a segurança de todos, já que as matrizes defensivas da cidade seriam desativadas para fins de “manutenção”.

Qualquer um que interferisse no processo seria severamente punido, dada a complexidade e a sensibilidade do trabalho que seria executado por toda a cidade.

Instantaneamente curiosas com o que Alexander pretendia fazer, as mulheres lhe lançaram olhares e se entreolharam, ao passo que toda a cidade começou a ficar em polvorosa com o toque de recolher para tal “manutenção”.

Após 1 hora de muito suspense, o desligamento das matrizes defensivas da cidade, algumas rondas e o espalhamento de vários grupos de guardas para garantir que não houvesse engraçadinhos que colocassem tudo a perder, ele fez alguns últimos preparativos e se posicionou no coração da cidade, sob o teto da sua biblioteca, com 2 papéis posicionados no chão à sua frente.

Reféns da própria curiosidade em seu auge, todos aqueles que tinham autorização para estar na rua se voltaram para o teto da biblioteca, aguardando o que ele ia fazer, com Diana e Galene não sendo exceção.

Com os preparativos devidamente realizados e vários frascos de tintas altamente condutoras ao seu lado, Alexander relaxou o corpo, deixou suas energias e poder fluir e, por fim, usou |Asura| para ativar uma |Inspiração Divina| dupla, a normal e a mantida na habilidade |Mutualidade|, armazenada justamente para fazer aquilo.

Sob a grandiosa condução do deus dos artesãos, o poder dele passou a fluir por conta própria e usou a tinta ao seu redor para aplicar as matrizes nos papéis à sua frente pela cidade, paralela e simultaneamente, virtualmente os integrando.

Dançando pela cidade em palhetas de energia ou mana, as tintas formaram linhas, caminhos, desenhos, como uma enorme tatuagem topológica intricada, cujas formas pareciam se fechar e prender entre si, mas que nunca se conectavam de fato.

Desgastado a ponto de fraquejar depois dos vários minutos que a aplicação demandou, Alexander forçadamente regularizou sua respiração e então posicionou um [Núcleo de Masmorra (Avançado)] no centro do telhado com uma mão e levantou a outra.

Rugindo em poder ao ativar |Natureza Selvagem|, ele novamente usou |Asura| e ativou as matrizes ao mesmo tempo, servindo como um condutor entre elas. Uma das matrizes era uma criação de nível (Transcendente) que se ajustava e amplificava a habilidade usada por meio dela, e a outra aumentava a densidade das energias da região com base na fonte que a alimentava…

A habilidade amplificada pela primeira matriz era |Colher Essência|, ou seja, a ideia era que a primeira reunisse energia natural usando a cidade, e a outra usasse toda essa energia para intensificar a densidade energética da cidade. Uma ideia louca e totalmente inviável para a maioria das pessoas, e ainda insustentável por longos períodos mesmo para ele, um monstro em termos de energia.

A grande sacada dele foi ativar, junto da primeira matriz, uma segunda matriz, “A Matriz Espelhada”, desenhada diretamente no [Núcleo de Masmorra (Avançado)]. Com isso, ele passou a forçar as matrizes na cidade a se tornarem veios de energia natural, integrando-se entre si, de forma que o fluxo criado se tornasse “natural” e perene; mesmo sem depender de um intermediário.

Se no início era a energia dele que percorria as matrizes para ativá-las, o que ele fez foi uma espécie de cabo de guerra: usou o núcleo como âncora para puxar e obrigar a energia natural a fluir ordenadamente por todas as linhas das matrizes. Assim, o sistema se tornou uma matriz autônoma, capaz de funcionar como um ponto de convergência para a energia natural.

Era como o funcionamento de um fogão, um fogão mágico, em que o próprio uso do fogo estimula e mantém o fluxo contínuo de combustível enquanto a chama estiver acesa, alimentando a própria chama com eficiência.

Ativando novamente o combo de |Até a Morte| e |Tambores de Guerra| para usar ainda mais do seu poder ao romper seus limites e aumentar a sua vazão, Alexander ampliou tudo o que estava fazendo com tanta potência que |Colher Essência|, após muito tempo, finalmente deu o primeiro passo para subir de nível.

* Ding! *

[|Colher Essência (Iniciante)| subiu de nível para |Colher Essência (Intermediário)|]

Feliz, mas no fim de suas monstruosas reservas de energia, ele reforçou a circulação e fluxo de energia com a versão aprimorada da habilidade, e então guardou o núcleo no [Anel do Deus Ladrão] antes que ele se vinculasse totalmente à nova estrutura de veios; uma ação que gerou uma poderosa onda de choque que o lançou para longe. Mas a matriz em si, após oscilar um pouco, se ajustou até se tornar estável, apenas mais fraca do que quando o núcleo estava nela.

Sem muitas opções devido ao seu desgaste extremo, e não querendo esconder o custo de montar aquela matriz pseudo-natural, pois iria chover gente enchendo o seu saco por uma igual caso parecesse minimamente fácil e viável fazer mais delas continuamente, Alexander convocou Storm para ir lhe buscar enquanto ainda era lançado para longe. No entanto, mesmo assim, passou por cima das muralhas da cidade e bateu pesadamente no chão devido ao recuo que recebeu da matriz.

Ao voltar até Diana, perto da biblioteca dele, em seu imponente familiar, enquanto limpava a poeira e o sangue que escorria por vários cantos do seu corpo, ele viu o olhar estupefato da maioria ao seu redor, exceto Diana (que se focou em curá-lo), e advertiu com seriedade: — Vocês podem ver o quanto que isso me custou, e podem imaginar o quão benéfico isso pode ser para esta cidade, então vou deixar isso bem claro: está determinantemente vetado qualquer uso de habilidades e feitiços Tier III não autorizado dentro ou perto da cidade… Essa matriz é relativamente sensível a partir do Tier III, e ela me custou muito caro para ser destruída tão levianamente. Logo, quem se atrever vai pagar o preço, de um jeito ou de outro.

Assustados frente à gigantesca aura e à poderosa presença que emanavam dele, mesmo estando extremamente desgastado, ferido e enfraquecido com a desativação de |Natureza Selvagem|, ninguém ali ousou não levá-lo a sério, especialmente devido à fama da eficiência atroz e brutal dele nos combates que escolhia lutar. A situação era mais estável, a energia e a mana natural estavam se adensando, mas o paradoxal “grande Leviatã” à frente deles ainda parecia maior que todo o resto.

— Chega. Estamos voltando — decretou Diana, sem espaço para objeção. — Você tem que ir descansar e dormir para poder se recuperar mais rápido.

Assumindo a situação e suspendendo o toque de recolher, junto com uma ordem para a reativação das matrizes defensivas da cidade, Diana subiu e alocou Galene junto com eles em Storm, que se dirigiu para a casa deles como um wyvern.

Surpresa com o controle do casal sobre a cidade, mesmo sem títulos oficiais, Galene ficou cada vez mais certa de que formar, manter e ampliar relações favoráveis e vigorosas entre eles seria muito bom para sua família; ao menos naquele momento.

Exausto, mas ainda tentando manter o equilíbrio social e as aparências, Alexander solicitou à nora do Duque Marvin que acolhesse a jovem CrossSea como hóspede na residência que estava ocupando. A intenção era não apenas promover algum tipo de convivência entre elas, mas também evitar que a mulher alegasse, mais tarde, uma suposta tentativa de monopolizar o contato com Galene por parte deles.

O mais incrível, embora esperado devido ao tanto de poderes, forças e facções que estavam de olho nele e na sua família, foi que o casal foi dormir em uma cidade e, basicamente, acordou em outra, tanto física quanto moralmente. Pois além do nível de concentração crescente das energias nela, todos os polos do Império já sabiam do seu feito e estavam em polvorosa com tal façanha estratégica.

Transformar a cidade em uma, entre muitas aspas, “pseudo-masmorra”, um verdadeiro campo de energia densa, poderia, mesmo que apenas ao longo de anos, provocar uma série de fenômenos climáticos e ecológicos: crescimento acelerado de flora mágica, surgimento espontâneo de fontes de mana, mutações naturais em certas estruturas ambientais e, mais nitidamente, a elevação gradual do potencial energético de toda a população local. Isso permitiria o uso contínuo de matrizes menores sem custos exorbitantes, viabilizaria forjas encantadas, alquimia em escala industrial, produção avançada de artefatos, melhorias profundas na infraestrutura urbana e ainda atrairia uma vasta gama de pesquisadores, artífices, artesãos e demais especialistas ligados às artes místicas e tecno-mágicas.

O grande problema para os demais poderes do Império era que tal conhecimento, e a cidade, estavam, em sua maioria, fortemente atrelados a uma única família, em especial a um único casal, que já detinha as áreas da cidade, exceto as residências e os negócios principais dos seus moradores, os quais Alexander permitiu que eles mantivessem. No mais, ele já havia feito uma limpa em tudo e todos, usando seu dinheiro e peso institucional, pois não iria permitir que terceiros lucrassem com especulação imobiliária às custas de seus avanços e realizações na cidade.

Obs ¹: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.