Capítulo 313 – O Ano do Dragão: Os 17 Anos do Dragonoid
Nota do autor¹: Boa noite, pessoal! Quanto tempo, né? Rsrsrs.
Dessa vez eu estou passando para anunciar que a temporada de Natal finalmente pode ser considerada iniciada e por essa semana natalina, desde sábado até o próximo domingo, a cota de apoio para um capítulo extra vai cair pela metade. Mas é apenas por esse período específico, independentemente de o valor abaixo não ser corrigido posteriormente.
Nota do autor²: Salve, pessoal!
Em comemoração ao nosso 3º Natal juntos, vou estar lançando 3 capítulos extras na virada do dia, e espero de coração que vocês curtam os capítulos, assim como tenham um ótimo Natal e boas festas…
Lembre-se sempre: não importa como tem sido este ano, pois no ano que vem pode sempre melhorar, e eu espero continuar aqui como uma das leituras de vocês para animar suas semanas.
Bom capítulo e Feliz Natal a todos.
Assim que encerrou a reunião, Alexander despediu-se e partiu com Diana, deixando os seus demais capitães a discutir os desdobramentos dos reajustes internos e da transformação da 2ª Divisão em uma força náutica.
Sem mais questões a resolver, o casal retirou-se para seu solar na cidade, deixando ordens expressas para não serem incomodados. Havia um assunto de extrema importância a ser tratado; algo que Alexander havia pedido, quase suplicado, a Diana.
Deitado na cama, completamente nu, Alexander abriu braços e pernas (estendendo totalmente a sua envergadura postural) antes de sentir o corpo quente de sua noiva posicionar-se sobre o seu.
O ato que se seguiu não tinha uma explicação fácil para terceiros, mas, após um trabalho conjunto intenso, Diana aliviou a pressão e permitiu que o fluido jorrasse em seu corpo, exatamente como o dragonoid havia solicitado.
A aproximação de Diana não era sobre calor corporal; havia um objetivo silencioso e urgente, porém cuidadoso, em seus movimentos. Alexander podia sentir o peso da expectativa do que havia pedido, pois ali, cada toque, cada pressão, carregava um duplo sentido anatômico; e ele estava pronto para ambas as possibilidades.
No instante em que o sangue de Drayygon foi liberado e começou a ser infundido no corpo dele (um corpo devidamente resfriado por seu poder gélido e preparado com extensões artificiais extracorpóreas derivadas de |Constructos de Combate|, que davam acesso direto às artérias do seu coração; tanto para alimentar o órgão quanto para colher o sangue proveniente do pulmão), a sensação foi a de lava incandescente percorrendo todas as suas veias e vasos sanguíneos.
Um corpo draconiano como o de Alexander normalmente conteria entre 14 e 15 litros de sangue; mas eles utilizaram 20 litros do sangue de Drayygon para evitar qualquer margem de erro. Isso não apenas consumiu todo o sangue antigo do ||Rei Dragão||, como também incluiu vários mililitros do novo sangue como um aditivo.
O processo em si foi rápido, usando o coração e as artérias principais como força motriz. No entanto, a dor e os efeitos colaterais persistiram mesmo após o término.
A dor foi avassaladora. Ela era intensa a ponto de ultrapassar por completo o encantamento de |Redução de Dor| lançado por Diana, fazendo-o urrar de dor.
O sangue transfundido era tão denso, espesso e quente que o dragonoid começou a aquecer e sofrer espasmos cada vez mais violentos (como um carro tentando pegar no tranco forçadamente). Seu coração se esforçava para bater com força crescente, tentando compensar a densidade do novo sangue que corria por suas veias, enquanto a pressão aumentava ainda mais com a redução e o fechamento das extensões.
A situação chegava a ser angustiante para qualquer um que assistisse. Cada pulsar se transformava em uma batalha, e cada fibra do corpo dele parecia querer protestar veementemente contra o fluxo opressor que ameaçava despedaçá-lo por dentro.
A iminência do ato era, por si só, a razão dupla que polarizava suas vontades: Diana relutava em realizá-lo devido aos riscos imensos, a ponto de fazê-lo suplicar por sua ajuda; para Alexander, porém, era exatamente por isso que a sua participação se tornava quase indispensável. Ele necessitava da sua energia vital e do seu poder de revitalização para garantir que as células e tecidos de seus órgãos mais vitais não morressem por falta de energia ou oxigênio durante o processo.
Após “engasgar” em choques, contorções e espasmos de dor, o corpo do dragonoid finalmente pareceu recordar que não era a primeira vez que recebia aquele tipo de sangue e começou a, aos poucos, “pegar no tranco”. O problema foi que, bem diferente da primeira vez em que recebeu o sangue de Drayygon, a energia contida nele não tinha para onde fluir.
Não havia um corpo devastado a ser reconstruído, nem tecidos clamando por reparo; naquele momento, ele não estava severamente danificado (e isso mudava tudo). Ele era, no máximo, como um pequeno jatinho, quiçá um bimotor teco-teco, tentando operar com combustível de Air Force.
Pulsante e superaquecido, com o poder líquido e escarlate correndo feroz por suas veias, o físico quimérico de Alexander começou a se acostumar, e a se autorregular, à medida que o tempo avançava e os ciclos de circulação se completavam.
Era tamanha a energia acumulada dentro dele que suas veias pareciam vibrar sob a pele de couro dracônico, salientes e inquietas, como se quisessem romper o próprio limite do corpo. Todas as marcas do procedimento, assim como os ferimentos internos, regeneravam-se em um ritmo tão acelerado que era possível ver as cicatrizes se desfazendo diante dos olhos, apagando-se como se nunca tivessem existido.
Quando Diana finalmente sentiu que seu noivo começou a se estabilizar o suficiente para que sua condição pudesse ser considerada minimamente sustentável, Alexander virou-se para ela, hiperventilando, os olhos rubros e totalmente injetados de sangue.
Sem esperar para ver o que aconteceria (pois já sabia muito bem o que viria a seguir quando ele a encarava com desejo daquele jeito), a imagem residual da Demi brilhou no instante exato em que ela literalmente se atirou pela janela do quarto.
Diana sabia que precisava alcançar a terra, pois não teria energia para acompanhá-lo e contê-lo ali dentro sem o contato amplo com o solo para se reabastecer. Contudo, poucos instantes após tocar o chão, antes mesmo que a toca mágica que havia conjurado pudesse se abrir, ele já estava sobre ela, e as mãos dele agarravam as suas roupas com uma firmeza quase desesperada.
Tragados pelo solo que se abriu sob seus pés, a última coisa visível foi o rasgo brusco do dragonoid nas roupas dela. Logo em seguida, a abertura se fechou sobre ambos, ocultando-os por completo; ainda assim, era possível sentir, irradiando por toda a área do solar, as ondas de choque provocadas pelas intensas colisões entre seus corpos ou contra as paredes da toca, violentamente, sob a terra.
As reverberações do casal se estenderam pela tarde, pela noite e pela manhã seguinte, literalmente virando o dia sem parar, impulsionadas pela energia avassaladora, pelo vigor e pelos poderes regenerativos de ambos. Somente no cair da tarde do dia seguinte o ímpeto deles começou a diminuir, e foram vistos novamente apenas ao anoitecer.
Surpreendentemente, Alexander não apenas parecia de volta ao normal, como ambos transpareciam pleno bem-estar, visivelmente revigorados e de ótimo humor.
Além do aprimoramento (Vínculo com a Natureza) que auxiliava Diana, ela ainda ficou usando e ajustando a intensidade de |Absorção de Nutrientes| sobre ele; tanto para absorver o poder dele e conseguir acompanhá-lo por tanto tempo, quanto para mantê-lo sob controle até que se acostumasse com sua nova intensidade.
O engraçado foi que, quando finalmente voltaram a se encontrar com a família, todos lhes lançavam olhares estranhos.
Ninguém tinha visto nada (afinal, eles estavam sob a terra), mas era impossível não reconhecer quem tinha feito o terreno inteiro reverberar enquanto ambos estavam desaparecidos. E, como eles raramente discutiam para aquilo ser uma briga que durava tanto… bem, não era preciso muito para imaginar o resto.
Aproveitando a distração dela, enquanto se aproximava para cumprimentar a família estendida (reunida ali para a inauguração do arquipélago e da ponte), a jovem Demi foi praticamente arrebatada do braço do seu noivo pelo grupo de mulheres mais velhas. Elas a arrastaram para longe dele sem a menor cerimônia.
Por mais dominante e imponente que fosse em qualquer outro contexto, o dragonoid tornava-se surpreendentemente passivo quando o assunto era sua mulher. Por isso, acabou cedendo, forçado a aceitar a situação com um sorriso torto, murmurando algo sobre “alguns assuntos a resolver” antes de bater as asas e desaparecer dali.
Não fazia o menor sentido tentar impor-se e estragar o clima festivo; e menos ainda tentar segui-la para ouvir o que aquelas mulheres adoravelmente cruéis certamente comentariam, tornando-os ainda mais alvo de suas brincadeiras.
Quando o casal voltou a se reencontrar antes da virada do ano, a Demi estava com as mãos cobrindo o rosto, completamente avermelhada. Parecia alguém que já havia esgotado todas as tentativas de protesto e apenas se resignara, aceitando tudo o que tinha acabado de ouvir enquanto lutava para sufocar uma mistura de riso e um suspiro de desânimo constrangido pelo conteúdo daquela conversa.
— Anime-se. Faltam apenas algumas horas para eu alcançar sua idade, e só alguns dias para você e seu irmão também completarem aniversário — brincou Alexander, estendendo o braço para acompanhá-la com cortesia. — Imagino as brincadeiras que você deve ter ouvido delas, mas nós sabemos que a verdadeira piada está nelas, que nem suspeitam da profundidade que já alcançamos. Então, por hoje, vamos apenas relaxar e aproveitar o que resta do dia até a abertura oficial e os pronunciamentos.
Revirando os olhos para o outro “valentão” que tentava intimidá-la e deixá-la corada, ela aceitou o braço de cortesia e retomou a |Absorção de Nutrientes| sobre ele; um gesto simples e pessoal que instantaneamente mudou a aura do casal.
Com a energia e o poder de Alexander pulsando em intensidade renovada, era quase impossível para o dragonoid conter a sua própria aura. Mas, com Diana absorvendo e modulando essa energia, estimulando-a a se manifestar e os envolver para que fosse assimilada por ambos, o casal passou a irradiar uma magnitude rara, quase tangível.
Era como se uma miragem viva os envolvesse, fazendo com que os mais fracos ou estranhos os vissem com olhares ardentes e julgadores, que os pressionavam com o peso de sua presença.
O efeito em si não era intrinsecamente bom nem mau para pessoas neutras, mas era inegavelmente coercitivo. Havia, simplesmente, energia demais dançando em torno deles; a sensação de uma força e um poder impossível de ignorar.
Quando a lua cheia no céu denunciou a virada do dia, um novo ano foi decretado e, com ele, o aniversário de Alexander. Aquele seria o Ano do Dragão.
Obs1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 10,00 R$).
Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.
Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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