Capítulo 315 – O presente dos Raiovas
Nota do autor¹: Boa noite, pessoal! Quanto tempo, né? Rsrsrs.
Dessa vez eu estou passando para anunciar que a temporada de Natal finalmente pode ser considerada iniciada e por essa semana natalina, desde sábado até o próximo domingo, a cota de apoio para um capítulo extra vai cair pela metade. Mas é apenas por esse período específico, independentemente de o valor abaixo não ser corrigido posteriormente.
Nota do autor²: Salve, pessoal!
Em comemoração ao nosso 3º Natal juntos, vou estar lançando 3 capítulos extras na virada do dia, e espero de coração que vocês curtam os capítulos, assim como tenham um ótimo Natal e boas festas…
Lembre-se sempre: não importa como tem sido este ano, pois no ano que vem pode sempre melhorar, e eu espero continuar aqui como uma das leituras de vocês para animar suas semanas.
Bom capítulo e Feliz Natal a todos.
Assim que viu a sua madrinha chegar, Solas, que parecia estar se escondendo do padrinho, correu em direção a Diana e se lançou nos braços dela. O gesto arrancou um sorriso de Alexander, deixando claro que ele sabia, desde o início, que o pequeno garoto astuto estava ali.
Sem se dar ao trabalho de importunar o afilhado desta vez, o dragonoid voltou-se para o Duque com um olhar mais contido: — É sempre um prazer recebê-lo e aos seus como meus convidados. Mas o senhor não é dado a tais ações sem intenção, especialmente faltando tão pouco para o seu aniversário; um marco para a família Raiovas, queira ou não.
— O que deseja o grande duque dos Raiovas, vindo de tão longe numa época tão festiva e familiar? — perguntou por fim, de forma incisiva e direta.
— Ainda pergunta? É claro que é por causa do seu aniversário — declarou Robert com uma expressão difícil de decifrar, carregada de no máximo 50% de sinceridade. — Com que cara a minha família ficaria se eu não trouxesse meu filho para prestar respeito ao seu padrinho, depois de você lhe dar presentes tão bons?
Alexander assentiu, revirando os olhos mentalmente. Ele não queria alongar uma conversa que era pura conveniência, especialmente quando o próprio Solas parecia mais interessado em Diana do que nele.
No fundo, em seu íntimo, suspeitava que o verdadeiro interesse do Duque estava no conhecimento exclusivo que ele prometeu ministrar aos palestrantes no último dia do evento. Caso contrário, não traria os jovens, tanto de sua família quanto de cada uma das linhagens de suas mulheres.
Alheio às intenções e politicagem do pai, mas parecendo lembrar-se de que aquela era a sua deixa, Solas pediu licença a Diana e finalmente reconheceu seu padrinho como se deve, puxando-lhe suavemente a roupa. — Aqui, padrinho… Estes são os presentes da minha família para o senhor.
Afetuosamente, o dragonoid esfregou o cabelo do afilhado ao aceitar a grande caixa de suas mãos. Ao abri-la, ele surpreendeu-se com o conteúdo, que era realmente excepcional: 3 gemas do raio de altíssima qualidade.
— Não sabia que o território dos Raiovas tinha minas tão boas dessas gemas. Se soubesse, já teria roubado algumas para me ajudar a obter uma afinidade elemental com o raio, mesmo que não chegasse a ser mágica — brincou Alexander, analisando uma das gemas. — Eu pensava que gemas desta qualidade só apareciam do outro lado do Império, nas montanhas perto do reino dos anões ou nas minas próximas ao Reino Mágico de Bariel.
Revirando os olhos para a brincadeira de seu “jovem dor de cabeça”, Robert passou o dedo pelas gemas (uma lapidada, uma semi-trabalhada e uma bruta), parando na última antes de começar a falar. — Esta foi a única que veio do nosso território, como um achado em si… A lapidada era parte do tesouro da família, e a outra eu mesmo obtive na {Masmorra Infernal} sob o meu território.
Movido a ponto de erguer as sobrancelhas ao ouvir a origem da gema, o dragonoid analisou a peça proveniente da {Masmorra Infernal} e ponderou por um momento. Ele então virou-se para agradecer ao seu afilhado, ainda que soubesse que o emissário era o Duque, e não a criança. — Obrigado, Solas. Gostei muito do seu presente…
— Gostei tanto que, quando você tiver uma idade adequada, eu usarei esta gema do seu território para fazer um belo item especialmente para você — prometeu o padrinho ao afilhado.
Ao ouvir que ganharia um presente tão especial (e sem sequer ser seu aniversário), os olhos do garoto brilharam, transbordando o agradecimento silencioso de muito afeto e interesse em adiantar o momento de receber o que lhe fora prometido.
Após a introdução do grupo, Alexander nem precisou mover-se antes que Diana determinasse que os convidados fossem levados a acomodações adequadas. Uma tarefa que não se mostrou um desafio desta vez, pois praticamente tudo ali lhes pertencia naquele momento.
A família deles, ou pelo menos o núcleo que representavam, não era numerosa. No entanto, por serem cidades novas (em um arquipélago onde quase tudo era deles ou de um fundo mercantil destinado a recuperar o investimento nas construções), cada cidade possuía ao menos um pequeno solar e algumas residências disponíveis para o casal regente e sua comitiva.
Sem ver a menor necessidade de ostentação, o casal prontamente cedeu seu solar na Cidade da Água Ilusória, de Sunzu (que sediaria o dia seguinte da conferência), para a comitiva de Robert, instalando-se numa casa mais humilde nas proximidades.
O incômodo implícito da situação era que, apesar de serem anfitriões considerados generosos, o casal inadvertidamente quebrava a tranquilidade de qualquer grupo mais capacitado, especialmente durante comemorações.
Simplesmente, no meio da noite, vibrações e reverberações variadas emergiam de onde estavam, deixando os outros hóspedes desconfortáveis. Devido à sua fisiologia anormal, era um desafio superá-los, ou mesmo igualá-los, por meios convencionais.
Em outras circunstâncias, poderia haver moderação para passarem despercebidos por quem não estava na mesma residência; especialmente da parte de Diana. No entanto, além de ser o aniversário de Alexander (que estava com o sangue de Drayygon a fervilhar em suas veias), a própria Demi se entregava àquela intensidade, parecendo esquecer tudo à sua volta assim que se deixava levar pelo momento.
Obviamente, nem todos conseguiam captar as emissões que o casal emitia; afinal, o ímpeto deles era caótico, e não se tratava de uma exibição ao público. Porém, para quem alcançara certo nível de poder e percepção, o corpo tornava-se sensível a tais estímulos, gerando quase que um relatório involuntário do que ocorria ao redor, como um instinto de autopreservação.
A manhã do dia seguinte transcorreu de forma tranquila e civilizada, mas olhares rápidos e fugazes repousavam sobre o jovem casal vez ou outra, interrogando-se sobre como conseguiam tudo aquilo e ainda assim parecer tão bem. Aparentemente, era maravilhoso ser jovem, pleno de vigor e vitalidade.
Semi-alheias àquele dia da conferência, cujos temas mágicos principais (Trevas, Raio, Fogo e Energia Corporal) não lhes eram particularmente úteis ou do seu interesse, as duquesas consortes descobriram, após alguma observação prática, que Diana servia como uma espécie de passe para todo e qualquer recurso, humano ou material, que desejassem. Por isso, tomaram-na de assalto para que as acompanhasse.
Dotada da autoridade total conferida a ela sobre os territórios e a facção, e da boa vontade da maioria dos membros e/ou habitantes num nível pessoal, Diana possuía, possivelmente, até mais acesso do que o próprio Alexander. Basicamente, não havia nada além do seu alcance; só coisas que não lhe interessavam no momento.
Munidas da boa vontade da Demi, que passeava com o seu afilhado, as duquesas consortes passaram a “espoliar” os cremes de Alexander aos poucos.
Na visita anterior, apesar de tê-la tratado com extrema cortesia, o dragonoid evitara o assunto e não permitira que a segunda esposa levasse muito. Desta vez, porém, a meta de ambas as duquesas era sair com pelo menos 1 mês de produtos; cada uma.
Apesar de sua boa vontade, Diana não era ingênua para não entender o que estava acontecendo. Ela simplesmente não se importava em agradar mais um pouco as mulheres do duque com essas pequenas vantagens; no fim das contas, cabia a ela ser o lado amável e amigável do casal.
Em outro ponto da cidade, quase em oposição ao pragmatismo de Diana, Alexander dedicava-se a ouvir atentamente em vários estandes, seu olhar invariavelmente analítico. Como organizador, ele ajustara os horários das apresentações que mais desejava assistir para evitar conflitos, permitindo-se passar o dia inteiro imerso nelas.
Houve surpresas louváveis, com destaque para o Capitão Bjorn, da 6.ª Divisão, na área de energia corporal combinada com energia elemental; a Capitã Umbriel, da 5.ª Divisão, e seus poderes elementais das trevas de alta potência; e até um professor de Bariel, nativo do Império, que usara parte das suas férias para participar. No entanto, acima de todos eles, o ponto alto foi Robert atuando como orador num estande sobre o elemento raio, compartilhando parte de sua expertise.
Ter ambos os Duques (forças da natureza encarnadas do Império) como oradores na conferência não apenas garantiu o sucesso do evento como um marco regional, como também elevou imensamente o prestígio da facção e da família anfitriã, graças à sua relação privilegiada com tais potências.
Uma coisa era a sua presença, que poderia ser interpretada de várias formas e por vários motivos. Outra, completamente diferente, era alguém do nível deles dispor do próprio tempo para falar de forma tão acessível para o público em geral.
Obviamente, houve ganhos para além do seu vínculo com Alexander, com a sua imagem e favor disparando entre as massas. Contudo, num contraponto pragmático, esse sucesso popular precisava ser medido e dimensionado, pois ainda precisavam manter a imagem de uma nobreza; uma parte do rosto do Império a ser considerado.
Num apanhado geral, o segundo dia superou o primeiro; não pela qualidade dos palestrantes, mas pelo entusiasmo e pelo afluxo maciço de pessoas, impulsionados pela notícia da participação de Marvin no dia anterior. No entanto, tal como no primeiro dia, certos “convidados” problemáticos chegaram sem aviso, obrigando Alexander a deslocar-se em direção à Cidade Água Sangrenta para os interceptar.
Tempestuoso, impulsionado pelo sangue fervilhando em suas veias, o dragonoid não pôde deixar de se perguntar quem teria sido tão corajoso, ou insensato, para causar confusão justamente naquele momento. Uma coisa era provocá-lo; outra, muito diferente, era alvejar as instituições de alicerce e prestígio da sua família.
Obs1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 10,00 R$).
Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.
Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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