Capítulo 317 – A Gênese de uma Nova Magia
Nota do autor¹: Boa noite, pessoal! Este capítulo extra é em virtude do apoio integral de L.S. à obra… Espero que todos gostem e aproveitem, mas deixo um agradecimento especial para a pessoa mencionada, e espero que todos possam deixar seus cumprimentos de gratidão para ela.
Nota do autor²: Dessa vez, venho aqui pedir que, se possível, vocês divulguem a obra nas suas comunidades e também entre conhecidos que demonstrem interesse.
Sei que isso pode parecer chato e que vocês não me devem nada, mas o engajamento e ver a comunidade da obra crescer me ajudam muito a continuar motivado como escritor; ainda mais considerando o trabalho que dá escrever, editar e revisar. Por isso, ficaria muito agradecido se vocês pudessem me ajudar começando pela divulgação da novel.
Nota do autor³: Estou passando para anunciar que a temporada de Natal finalmente pode ser considerada iniciada e por essa semana natalina, desde sábado até o próximo domingo, a cota de apoio para um capítulo extra vai cair pela metade. Mas é apenas por esse período específico, independentemente de o valor abaixo não ser corrigido posteriormente.
Bom capítulo a todos.
Ao notar que ambos não conseguiam se aproximar um do outro com facilidade (sua ameaça física contra a ameaça do elemento raio do oponente), e que não possuía nenhum feitiço, habilidade ou técnica de combate particularmente eficaz naquela situação, Alexander concluiu que precisava forjar uma nova magia. Ele teria de criar algo que canalizasse seu poder mágico de forma única, aproveitando-se plenamente do ambiente ao seu redor no calor da batalha.
Com uma ideia pronta e quase palpável em mente, mas ciente de que o oponente no céu não o deixaria agir livremente, o dragonoid passou a deslizar sobre a água, bem abaixo da criatura, traçando a forma do símbolo do infinito: ∞.
A gênese de qualquer feitiço, magia ou influência mágica reside em seu âmago: a capacidade do mago de formular o conceito com clareza, visualizando com precisão o que deseja realizar para, só então, estruturá-lo. E o ataque que Alexander concebera exigia, como matéria-prima, a água em agitação; como a que estava gerando logo abaixo de seus pés.
Não precisando ser um gênio para notar que um ataque estava sendo formado (ao ver seu adversário despejar mana na água, ainda traçando um padrão específico e suspeito sobre a superfície), o dragão concentrou os seus esforços no epicentro do símbolo, lançando uma saraivada de bolas de fogo e lâminas de vento para interromper aquele padrão tão estranho.
Focado em seu objetivo, o dragonoid esquivava-se só quando não havia alternativa, enquanto infundia cada vez mais de sua mana na água e acelerava o seu raciocínio para o próximo passo. Ele compreendia que o segundo elemento primordial da magia era o entendimento da forma antes das fórmulas: Ciência e magia, embora pudessem ser consideradas relacionadas em sua essência, eram contrapartes da mesma moeda que apontavam para lados opostos.
O entendimento de uma abria portas a serem exploradas e impulsionava a outra imensamente, mas não era estritamente obrigatório compreender cientificamente o que se desejava realizar. A magia, em sua natureza fluida, adequava-se à estrutura mental que seu usuário conseguia estabelecer; desde que a forma conceitual fosse sólida e clara em sua mente.
Sentindo a paciência do dragão esgotar-se, culminando em uma ação urgente para detê-lo e em uma grande liberação de mana, Alexander brandiu sua lança de ponta dupla. A ponta incrustada com o núcleo do {Dragão Azul} foi usada para finalizar o ataque que estava concebendo e, simultaneamente, ele apontou a ponta com o núcleo do {Dragão da Água} para se preparar contra a retaliação iminente da criatura.
O terceiro pilar da magia eram as propriedades. E a mais crucial delas, para além de velocidade, sentido, tamanho ou mesmo as propriedades especiais que por vezes também eram incutidas, era o controle; pois, sem controle, tudo aquilo poderia muito bem explodir na cara do usuário.
Ao ver o dragão adversário completar sua magia e disparar o que parecia uma grande broca de vento, o dragonoid sentiu o poder percorrer seu ser com destino à lança e evocou seu próprio feitiço, pulando uma boa parte da evocação completa: — Que a salmoura marinha e as correntes salinas do mar congelem a água e tudo ao seu redor instantaneamente… |Dedo Gélido da Morte|!
Broca contra estalagmite, vento contra gelo, Tier III contra Tier III; o embate mágico foi a centelha inicial de um conflito de grandes proporções.
O espinho de gelo que irrompeu da água teve sua metade superior estilhaçada pela investida de vento, mas a ventania mágica foi, por sua vez, perfurada e dissipada pelo poder gélido, mantendo o duelo em um equilíbrio virtual. A diferença, contudo, residia no movimento de Alexander: ele abandonara a figura do infinito e passou a deslizar em um círculo na superfície, um movimento que, progressivamente, ia afunilando-se.
Com os preparativos finalmente concluídos, o dragonoid, com uma surpreendente leveza que negava seu próprio peso, pulou para o epicentro do redemoinho que o seu movimento circular havia criado na água.
— |Turbilhão D’água Inverso| — evocou ele ao golpear o núcleo das águas revoltas com sua lança, ativando a conjunção da forma que forjara com sua mana e vontade.
O quarto e último passo básico da magia era a ativação: o momento em que o mago entregava ao mundo uma forma sólida (com suas características, propriedades e mana adequada) para ser perpetuada pelo meio exterior. A partir daí, a intenção predefinida pelo conjurador assumia o controle, operando para além do seu comando direto e completo.
Mais do que apenas surpresa, a reação da criatura alada foi confusão.
Ao ver a magia submergir em vez de ir em sua direção, o dragão demorou a reagir, e a hesitação custou-lhe a oportunidade de atacar no momento em que Alexander saltou em seu encalço. Pior: um instante após o dragonoid passar a se alçar ao céu, o turbilhão de água dele irrompeu da superfície do outro lado, como se ambos (o guerreiro e o feitiço) estivessem convergindo para o mesmo ponto no espaço; para se reencontrarem precisamente onde a criatura estava.
O termo “Inverso” e o símbolo do infinito não foram escolhidos ao acaso. A magia do turbilhão, em sua essência um movimento helicoidal, foi meticulosamente ajustada para seguir um sentido inverso e ter como alvo não o inimigo, mas o seu próprio conjurador; ou, de forma mais precisa e traiçoeira, qualquer coisa que estivesse convenientemente posicionada entre ambos antes de se chocarem.
Brandindo sua lança e sacudindo levemente a cabeça para libertar-se do hiperfoco de concentração e do ruído conceitual que ecoava em sua mente, Alexander viu seu próprio ataque mágico surgir pelo outro lado, formando uma pinça perfeita.
Apesar de o |Turbilhão D’água Inverso| ser um improviso mágico (ainda não podendo ser chamado de feitiço em pleno direito), a forma física incutida na água ajudara a cristalizar a forma mental, ampliando a intenção do conjurador sobre sua criação. Por sua vez, a forma mental dera ordem à forma física, estruturando seu desenvolvimento e seu deslocamento helicoidal em um ciclo fechado, guiado pela mana de origem no corpo do conjurador.
A magia era um sistema tão profundo que a mera harmonia entre forma e conceito passou a compensar suas falhas individuais, fundindo-as em um todo coerente.
À distância, sentados na praia, o Duque Robert não pôde conter o espanto ao ver Alexander forjar uma magia de Tier III daquele modo (improvisada) e virou-se para o amigo para perguntar: — Você ensinou isso a ele?
— Se eu o ensinei? — retrucou Marvin com uma expressão estranha. — Dentre as opções disponíveis, essa nem sequer passou pela minha cabeça. O caminho que ele tomou foi… peculiar, para dizer o mínimo.
— Esqueça os relatos de que ele só come e dorme, ou que não se aplica a estudar a fundo os princípios da magia. Eu mesmo duvido que conseguiria fazer o que ele fez quando estava no mesmo nível, simplesmente pela disparidade na quantidade absurda de mana que ele demonstra; quem dirá ter essa desenvoltura na idade que ele tem agora — completou o duque do Mar Imperial.
Assentindo, Robert não perguntou mais nada para não estragar o ânimo de ambos (que, afinal, podiam ser considerados gênios em suas respectivas áreas), e eles voltaram a assistir à luta de longe, agora com o interesse ampliado.
Sem ter como lidar adequadamente com ambas as ameaças simultaneamente, o {Dragão Azul} voltou-se por completo para enfrentar o dragonoid, fazendo sua patada crepitar com poder e energia elétrica. Ele podia sentir que a magia d’água visava mais ao controle do que à letalidade.
Apesar da sua desvantagem no corpo a corpo, a fera já havia constatado que seu adversário não lidava bem com ataques elétricos.
Em pleno ar e sem muitas opções para evitar um embate de golpes, dada a velocidade de seus corpos, Alexander cerrou os dentes ao ver a eletricidade crepitando na pata do dragão; e mesmo assim mordeu a bala. No entanto, em vez de buscar um confronto direto, ele suavizou a força em seu braço e usou o contato rápido com a criatura para se alavancar, projetando-se para uma posição de vantagem no preciso instante em que seu turbilhão d’água atingia o dragão pelas costas.
Aderindo à criatura com o impacto, o |Turbilhão D’água Inverso| rapidamente começou a acelerar e a gerar mais água, envolvendo-a por completo. A descarga brutal de sensações físicas e mágicas que percorreu o corpo do dragão forçou-o a fechar os olhos, anulando grande parte da percepção sensorial dele.
Aproveitando a oportunidade criada, os olhos do dragonoid reluziam com um brilho sinistro; não de crueldade ou loucura, mas de pura letalidade. Ele sentiu todo o seu sangue acelerar e girou o corpo como uma poderosa alavanca antes de desferir o golpe na lateral da criatura: — |Chute do Rei das Feras|!
Sob o poder da habilidade, uma projeção espectral do que parecia ser um dragão vermelho formou-se atrás dele por um instante fugaz, para então fundir-se a ele e reluzir em sua perna no momento exato do impacto.
Seja por puro instinto, seja por um atraso no corpo do dragonoid devido à eletricidade remanescente, o fato é que a criatura ainda conseguiu reagir e se defender.
A força física e destrutiva do golpe, porém, superou em absoluto a resistência. Mais das escamas do dragão racharam, e sua guarda foi completamente desfeita.
Implacável e aparentemente incansável, Alexander desapareceu de onde estava e reapareceu sobre o peito exposto e desprotegido da criatura. Ele então jogou a sua lança para o alto e, enquanto o adversário não conseguia manter qualquer defesa, desferiu um golpe devastador de palma: — |Pata do Rei das Feras|!
Não podendo deixar de se surpreender mais uma vez, os duques na praia viram o réptil alado despencar do céu como uma grande pipa de linha cortada, enquanto se perguntavam que golpes eram aqueles; e que imagens espectrais foram aquelas que emergiram sobre o jovem Cavaleiro Honorário de seu Império.
Ferido e vertendo sangue pela sua boca, o dragão chocou-se pesadamente contra a superfície do mar. No entanto, longe de parecer fraco e abatido, a fera ergueu um rugido de besta ensandecida.
Imponente mesmo em meio à sua fúria, a criatura passou a liberar energia dracônica em profusão, envolvendo-se numa aura de mana cada vez mais densa e caótica, enquanto se reerguia das águas com os olhos completamente injetados de sangue e uma raiva que não parecia ter fim.
Diante daquele olhar selvagem e da energia que emanava em torrentes do {Dragão Azul} (mesmo não sendo essa a especialidade da revoada azul dele), o dragonoid instintivamente apertou o cabo de sua arma com mais força e preparou-se para o que sentia ser o verdadeiro perigo.
Ali, frente à humilhação e à dor, o dragão havia abandonado parte de seu raciocínio inato em favor de puro poder bruto, disposto a reduzir o adversário a pó a qualquer custo com a ativação da sua habilidade furiosa.
Obs1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 10,00 R$).
Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: https://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.
Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, porventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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