Índice de Capítulo

    Quando presenciaram o par de olhos aterrorizantes observando o interior das muralhas, todos os membros do Batalhão Zero não puderam evitar de tremer. A coisa rapidamente desapareceu na escuridão, recuando sua enorme palma.

    Após avistar aquilo, até mesmo Fernando sentiu todo seu corpo arrepiar-se. Seus instintos diziam-lhe para apenas virar e fugir imediatamente dali!

    Deve-se saber que a muralha de Garância tinha cerca de vinte metros de altura e mesmo assim aquilo estava espiando o interior, o que significava que aquela coisa deveria ser gigantesca!

    Após analisar o par de olhos verdes vorazes, que pareciam estar olhando dentro da cidade como se estivesse abrindo uma geladeira e verificando seu interior, assim como notar algumas características gerais, Lerona franziu as sobrancelhas, aproximando-se do rapaz pálido, que havia parado seus passos.

    A mulher havia decidido não intervir em suas ações e apenas o servir como sua guarda, mas levando em conta a gravidade da situação, sentiu que não tinha escolha senão compartilhar algumas informações.

    “Essa coisa… Isso é um Rei Carniçal. Uma Criatura das Trevas, e das bem poderosas, ela possui muita força e é um desastre natural ambulante.” informou, com uma expressão pesada. “Mas mesmo que seja uma monstruosidade, algo está estranho. Com a Matriz Defensiva de Garância e tantos Generais presentes, aquilo não deveria ser uma ameaça tão grande, é até possível afastá-lo com algum esforço, mas para terem convocado tanta gente, algo mais pode estar acontecendo. É melhor ter isso em mente.”

    Ouvindo isso, o jovem Tenente engoliu em seco, isso só fez seus instintos gritarem ainda mais alto para que ele saísse dali, assim como os homens que ele acabará de punir. Apesar disso, essa sensação opressora e tenebrosa era levemente familiar. Quando ele havia enfrentado um filhote de Obscuro no retorno da missão a Vila Lunar, sentiu algo que parecia similar, como se o terror fosse engoli-lo. Independente disso, rangeu os dentes, firmando-se, pois não havia para onde fugir! Se a Matriz de Defesa caísse, todos morreriam.

    “Em frente!” declarou, incitando a marcha.

    As tropas do Batalhão Zero pareciam tão abaladas quanto seu líder, mas ao ouvirem a ordem, rapidamente começaram a mover-se como se fosse algo cravado em suas mentes após tantos treinamentos.

    Boom! Booom!

    Magias estavam sendo disparadas sem parar pelos Magos nas muralhas, enquanto Arqueiros atacavam a todo momento.

    “Uhh!” Um gemido estrondoso foi ouvido, como se aquilo estivesse ficando irritado.

    Ao longe, Fernando viu várias tropas chegando de outras regiões de Garância e no topo das muralhas também já havia outras posicionando seus Magos. 

    Mesmo que o Batalhão Zero tivesse reagido rapidamente, estava muito atrasado em relação a essas pessoas, o que fez Fernando ficar surpreso, já que o prédio deles não estava tão distante do portão Sul.

    De repente ele notou um rosto familiar dentre aqueles que estavam subindo as muralhas pelo outro lado, era Alonso Allen, o Capitão da Brigada Salazar. Ao contrário da maioria das tropas que estavam apavoradas, ele e seus homens pareciam relativamente calmos, enquanto subiam ordenadamente as gigantescas escadas de acesso ao topo.

    Ainda que o jovem Tenente não tivesse tido uma boa impressão do sujeito ou de seus Capitães subordinados, tinha que admitir que tanto na batalha pela retomada da cidade quanto agora, as tropas que ele liderava eram verdadeiras elites.

    “Apenas Magos e Arqueiros devem subir, o restante fique de prontidão no portão! Apressem-se!” Um Major gritou, enquanto lançava ordens próximo às escadarias. Caso a Matriz de Defesa caísse, o alvo prioritário do inimigo seria claramente o portão, então eles teriam que ter uma forte infantária pronta para pará-los.

    Ouvindo isso, Fernando parou seu pessoal.

    “Os Arqueiros e aqueles que podem usar magia comigo, Kelly, você também, os outros Oficiais fiquem no aguardo!”

    “Sim, senhor!”

    Em poucos instantes, o rapaz reuniu um pequeno grupo, nele haviam cerca de trinta Arqueiros e nove Magos, além dele e Kelly. Conforme o tempo passava, cada vez mais pessoas estavam começando a aprender Magia. Lerona também os seguiu discretamente, então rapidamente subiram as muralhas.

    A frente de todos, assim que chegou ao topo, Fernando olhou para os lados, por todo local havia pequenos grupos de Arqueiros disparando ataques, mais a frente também havia alguns Magos. Ele não sabia bem onde se posicionar, já que nunca tinha lutado nas muralhas, sendo esta sua primeira vez. Apesar disso, logo buscou um dos espaços vazios, posicionando-se junto aos outros.

    “Magos de Luz, iluminem a base das muralhas!” Um Major gritou em plenos pulmões, quando cinco homens deram um passo a frente, erguendo as mãos.

    Swish! Swish! Swish!

    Rajadas luminosas foram disparadas para o alto.

    Boom! Boom!

    Como se fossem fogos de artifício, explodiram em fragmentos. Entretanto, ao contrário do que se esperava, não se dispersaram, mas cada pequeno fragmento parou no ar, emitindo uma grande quantidade de luminescência. Todo o local, que antes era tomado pelo breu, iluminou-se.

    Fernando então aproximou-se da beira da muralha, olhando para baixo e assim que o fez, suas pupilas dilataram-se, enquanto um arrepio frio espalhou-se por todo seu corpo.

    Não muito longe, um enorme ser gigantesco estava parado, olhando para as luzes no topo do céu. O ser colossal tinha pupilas verdes, uma boca gigantesca aberta, com um maxilar distendido, dentes afiados por toda parte, como se fosse um enorme moedor de carne. Apesar de seu tamanho descomunal, sua estrutura física era humanoide, mas em seu corpo não havia pele, apenas músculos expostos, como se algo tivesse queimado todo seu corpo.

    Contudo, isso não era a única coisa que assustou o rapaz, mas também os inúmeros vultos aproximando-se por todos os lados em direção à muralha. Devido à distância e pouca iluminação, Fernando não conseguiu identificar corretamente, mas pareciam semelhantes à criatura gigantesca, mas eram comparáveis ao tamanho de uma pessoa normal.

    “Então é isso.” Lerona falou, com seu rosto pálido. “O Rei Carniçal está liderando Carniçais, um exército deles. Mas essas coisas não andam em bandos tão grandes e geralmente são covardes e oportunistas, nunca atacariam uma cidade tão grande por conta própria… Algo deve estar os atraindo propositalmente até nós.”

    O jovem Tenente e os outros ficaram estupefatos ao ouvirem isso.

    “Se isso for verdade, devemos avisar os Generais!” Kelly exclamou, respirando pesadamente.

    “E acha que eles não sabem? Se alguém como eu percebi isso, eles também já devem estar cientes. Por acaso está vendo algum deles aqui?” A Capitã perguntou, de forma retórica.

    Só então Fernando e os demais perceberam que havia alguns poucos Majores e Capitães ao redor, mas nenhum General!

    Eles saíram da cidade? perguntou-se mentalmente.

    Enquanto divagava, uma voz soou ao longe aos berros.

    “Vocês, idiotas, o que estão fazendo parados?! Acertem essas coisas, não deixem que elas ataquem a Matriz!” Um Major gritou, enfurecido, ao ver o grupo do Batalhão Zero que havia acabado de chegar apenas olhando.

    Ouvindo isso, o rapaz suspirou. Independente do que fosse aquilo ou o que os Generais estavam pensando, não era problema para um peixe pequeno como ele.

    “Preparar.” disse, com uma voz calma.

    Ouvindo o comando, os Arqueiros rapidamente se posicionaram nas beiradas da muralha, os Magos fizeram o mesmo.

    “Qual o alvo, Tenente?” Kelly perguntou. “Devemos mirar naquela coisa gigante?”

    Ouvindo a pergunta, Fernando olhou para o lado.

    Boom! Boom!

    Uma saraivada de flechas e magias acertou a coisa, mas mal havia arranhado-a, apenas a fez desviar sua atenção das luzes no céu, voltando-se novamente para a cidade.

    GRROOAAHHH!

    A Criatura das Trevas soltou um enorme grito estridente, obrigando todos a taparem seus ouvidos, ainda que a Matriz os defendesse de ataques, não parecia impedir completamente a propagação de som.

    Avançando em direção à cidade, a enorme coisa ergueu uma das mãos, então a fechou em um punho, socando o solo próximo à Matriz como um martelo.

    BOOOM!

    Toda a muralha tremeu como se fosse um terremoto quando o ataque acertou o chão, que balançou fortemente.

    Um arqueiro que estava muito inclinado para frente escorregou devido ao forte tremor causado pelo impacto, caindo para frente. Seu corpo despencou dos vinte metros de altura, esmagando-se no chão e morrendo instantaneamente. Seu cadáver, que mal havia tocado o solo, foi rapidamente despedaçado pelas coisas menores que estavam por todos os lados.

    Ao sentirem o gosto de sangue, as criaturas ficaram ainda mais frenéticas, atacando a muralha, enquanto algumas erguiam suas garras para o alto, como se estivessem pedindo por mais.

    O enorme Rei Carniçal percebeu algo, então olhou para baixo. Sentindo o aroma do sangue, moveu sua enorme mão, agarrando um punhado dos Carniçais menores que estavam devorando o arqueiro. As coisas tentaram lutar, mordendo e arranhando, mas a mão do ser colossal apenas as ergueu, levando-as em direção a imensa boca.

    Crock! Crack!

    Sons de ossos partindo, sendo triturados, soaram. Todos aqueles que estavam mais próximos da criatura dentro da Matriz, ficaram cheios de medo, principalmente porque puderam observar toda a cena horrenda de perto. Alguns apenas se viraram e fugiram, tentando descer as escadas, enquanto outros que subiam os seguravam.

    “Mirem nos Carniçais, não vamos conseguir abater o maior. Só precisamos aguentar e diminuir seus números!” Uma voz soou não muito longe.

    Quando Fernando olhou mais de perto, percebeu que eram alguns membros da Brigada Salazar. A pessoa que havia dito aquilo parecia familiar. De repente, lembrou-se que era o Capitão careca que havia lhe ameaçado antes, um dos dois Capitães subordinados de Alonso Allen.

    O homem, que estava a apenas cinco metros de distância, pareceu notar o olhar do rapaz, voltando-se na sua direção.

    “O que está olhando, desgraçado?!” O sujeito careca, chamado Anthony Moraes, exclamou, com uma carranca.

    Parece que ele também se lembra de mim… Fernando pensou, ao ver seu jeito de falar, somado a sua expressão de irritação. Mesmo nessas circunstâncias, o homem ainda tinha tempo de guardar rancor por algumas poucas palavras.

    Suspirando, o rapaz pensou em suas palavras anteriores. Embora o sujeito parecesse ser o tipo de pessoa rasa e mesquinha, ainda era um Capitão e deveria haver um motivo para suas ordens.

    Ao pensar um pouco, rapidamente entendeu seu raciocínio. Assim como Lerona havia dito, o Rei Carniçal não deveria conseguir romper a Matriz Defensiva por si mesmo. No entanto, se as centenas de Carniçais fossem colocados na equação, a situação mudaria totalmente!

    Desde que havia começado a aprender conceitos sobre Runas e Matrizes, Fernando passou a entender melhor a lógica por trás de como elas funcionavam. Mesmo se fosse uma Matriz focada em Defesa, havia um limite para a quantidade de dano que poderia sofrer e esse limite era diretamente correspondente a quantidade de energia fornecida. Ou seja, ainda que a Matriz fosse danificada, contanto que houvesse um fluxo constante de reabastecimento, ela seria rapidamente reparada, porém, se a quantidade de dano fosse maior que a energia, haveria uma sobrecarga e consequentemente ela desmoronaria!

    “Foquem naqueles menores!” O jovem Tenente ordenou.

    Vendo que mais alguém importante tinha desavenças com o Tenente, Lerona balançou a cabeça, pensando no quão problemático esse rapaz era para arranjar tantas inimizades. Todavia, ao notar sua rápida tomada de decisão baseada na atuação das demais tropas, a mulher assentiu, percebendo que o rapaz entendia as coisas rapidamente e que não era tão infantil a ponto de agir diferente apenas por ter desafetos com alguém.

    Swish! Swish!

    Os Arqueiros e os Magos rapidamente começaram a mirar nos Carniçais menores.

    Perfura! Perfura!

    Mesmo acertando flechas em seus corpos, a maioria das coisas continuava atacando a Matriz como se nem sentisse os ataques. Isso fez Fernando e os demais ficarem surpresos.

    Boom! Boom!

    Por outro lado, os ataques com Bolas de Fogo e Mini Bolas de Fogo pareciam muito mais efetivos. Algumas das criaturas rapidamente começaram a pegar fogo. Mesmo que não aparentassem sentir a dor dos disparos de flechas, pareciam afetadas pelas chamas.

    Vendo isso, Fernando entendeu. Ataques com magia eram muito mais efetivos, enquanto as flechas pareciam só atrasar e atrapalhar as criaturas.

    “Carniçais são Criaturas das Trevas. Elas só vão morrer para ataques físicos se destruírem sua cabeça ou seu Cristal.” Lerona explicou, logo atrás.

    Kelly e os outros observaram a mulher ocasionalmente aconselhando ou dando explicações para o jovem Tenente, achando a situação estranha. 

    O próprio rapaz também ficou um pouco sem jeito com isso, já que a mulher deveria apenas ser sua guarda, mas não desgostou também. Seu maior defeito era ser inexperiente demais, então ter alguém lhe dando dicas e conselhos era algo que realmente era bem-vindo.

    Entendendo que seria difícil abater os Carniçais com apenas flechas, Fernando franziu a testa. Mesmo que tivesse muitos Magos nas muralhas nesse momento e a cada instante chegassem mais, a precisão de disparos da maioria deles era péssima em relação a dos Arqueiros. De cada dois ou três ataques, apenas um acertaria.

    Inicialmente ele pretendia não se envolver muito, já que não queria mostrar muitas das suas capacidades em frente as pessoas, mas sentiu que não deveria se conter numa situação crítica como essa. 

    Logo, ergueu ambas as mãos para o alto. Acima de sua cabeça, cerca de dez Flechas de Fogo começaram a se formar. Então, seus olhos focaram-se nas criaturas abaixo, acompanhando lentamente seus movimentos.

    Swish! Swish! Swish!

    Num único movimento de fechar, moveu ambas as mãos para frente numa alta velocidade. A enxurrada de Flechas de Fogo caiu como uma chuva.

    Perfura! Perfura! Perfura!

    Várias delas acertaram as criaturas, atravessando seus peitos ou cabeças e incendiando-as.

    “Hahhh!” Os Carniçais gritaram, afetados pelas chamas.

    Kelly, Lerona e os demais de sua tropa ficaram abismados ao testemunharem isso, mesmo os Magos da Brigada Salazar, que estavam ao lado, não puderam deixar de olhar na sua direção. Com exceção de três das Flechas de Fogo, as demais haviam acertado cada uma ao menos uma das criaturas!

    Que controle absurdo é esse? Lerona perguntou-se, espantada. Só o fato dele conseguir criar e disparar tantos ataques já era algo absurdo por si só, mas acertar tantos alvos simultâneos assim era algo muito anormal!

    Ao contrário dos outros que estavam impressionados, Fernando franziu a testa ao ver que havia errado três dos alvos. Ele havia calculado mal a trajetória, então seu disparo errou por vários centímetros.

    O Capitão careca da Brigada Salazar, que estava não muito longe, também havia notado a atuação do rapaz, franzindo a testa.

    Tentando se exibir, seu merdinha? pensou, com uma expressão escura. Veja o que é o verdadeiro poder!

    Ao pensar isso, o homem apontou com sua mão para frente, mirando nas criaturas abaixo.

    Whoooosh!

    Um enorme barulho agudo começou a soar, quando o sujeito criou enormes lâminas de vento a frente da sua palma, flutuando no ar, então moveu-a para frente.

    Swish! Swish!

    Boom! Boom! Boom!

    Como se fosse um bombardeio, as lâminas caíram por todo o lado, causando uma enorme destruição no terreno, lançando membros dos Carniçais por todos os lados. Não havia qualquer precisão em seu ataque, apenas poder bruto!

    “Incrível! Esse é o Capitão Anthony!”

    “Isso ai! Vamos acabar com esses desgraçados!” Vários dos homens da Salazar naquela parte da muralha gritaram, ao ver a força de seu líder.

    Respira! Respira!

    Arfando pesadamente e suando, o homem olhou para o lado na direção de Fernando, com um sorriso arrogante. Ele havia se excedido um pouco, mas ficou satisfeito com o resultado.

    Um mero Tenente desconhecido quer se exibir na minha frente? Acho que não! O que acha disso? pensou, porém, ao ver que o jovem Tenente sequer lhe lançou um único olhar, erguendo a mão e preparando-se para lançar outro ataque, sua expressão escureceu.

    Fernando estava prestes a formar novas Flechas de Fogo, dessa vez ampliando o poder de seu Disparo Neural para calcular melhor a trajetória, quando um pedido de comunicação chegou em seu Cubo Comunicador.

    Inicialmente ele pensou em ignorar a comunicação, mas quando viu o remetente, sua expressão mudou. Era Noah!

    “Noah!?” perguntou apressadamente.

    “Fernando, você finalmente atendeu!” A voz de Noah soou do outro lado.

    Ouvindo isso, o rapaz pálido não entendeu, ele não havia recebido qualquer outro pedido de comunicação nesse meio tempo.

    “O que quer dizer com isso?”

    “A comunicação, algo parece estar afetando nossa Rede de Mana, não estávamos conseguindo entrar em contato e nem enviar mensagens!” A voz do Oficial soou do outro lado, parecendo apreensiva.

    Kelly, que estava próxima, ouviu tudo atentamente, enquanto disparava flechas banhadas em Magia de Fogo. Devido a sua Magia de Vibração ser um trunfo, ela havia sido orientada por Theodora a não usá-la tão abertamente.

    Olhando para o mar de criaturas que estava cercando as muralhas da cidade, a garota não pôde evitar tremer em pensar em estar do lado de fora nessas circunstâncias. Ela sabia que alguns ainda estavam fora em missões e isso a deixou apreensiva.

    Ouvindo tudo aquilo, Fernando franziu a testa. Tanto o grupo de Noah, quanto de Trayan e Ilgner estavam realizando missões externas. Theodora havia tentado entrar em contato antes, mas não havia obtido resposta, eles haviam achado que não haviam obtido resposta devido à circunstância caótica, mas isso mudava totalmente a situação.

    Se a comunicação estava comprometida, significava que esse deveria ser o motivo pelo qual eles não estavam conseguindo contato com os outros.

    “Onde vocês estão?” perguntou, de forma séria.

    “I-isso… É sobre isso que queria comunicar.” A voz de Noah soou, com alguns ruídos, havia uma leve entonação de pesar em sua fala. “Está tudo acabado para nós, estamos completamente cercados.”

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