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    “Moleque, que tipo de piada é essa?” O General perguntou, pelo Cubo Comunicador, sua expressão severa, mas cheia de surpresa.

    Deve-se saber que a carne de um ser tão poderoso quanto esse não era algo simples, o preço de mercado era de cerca de 1 moeda de ouro por quilograma. Levando em conta que o salário de um General era de 6 moedas de ouro por mês, os 10kg que Fernando acabara de oferecer eram quase dois meses de salário.

    Entretanto, isso era apenas levando em conta o preço a granel de mercado. Carne de Delgnor era um item extremamente procurado e escasso, sendo realmente difícil de achar e quem possuía geralmente não estava interessado em vender. Em leilões ou em grandes empresas de comércio, o preço do quilograma poderia chegar a dez ou até vinte vezes o valor original se achassem um comprador ideal.

    “Não é nenhum tipo de piada, senhor, eu realmente tenho isso,” O jovem Tenente afirmou, com um olhar sério.

    Zado o olhou com severidade, tentando entender o que se passava em sua cabeça. Se um mero Tenente realmente possuísse tal item de valor, jamais iria revelar para outras pessoas abertamente dessa forma, já que seu fim seria mais do que garantido. Porém, ao pensar no Mestre de Runas de antes, achou que era possível que aquela pessoa tivesse o presenteado com isso.

    Mestres de Matrizes e Runas geralmente eram pessoas ricas e com uma abundância de recursos a sua disposição, não seria estranho ter algum estoque de carne de Delgnor, já que utilizavam principalmente o sangue da criatura na criação de Matrizes.

    De repente, Zado caminhou fazendo um sinal com a cabeça, indicando que Fernando deveria o segui-lo, afastando-se dos Guardas e membros do Batalhão Zero. Assim que ele fez isso, sua Magia de Gravidade, que outrora pressionava todos no local, dissipou-se.

    Fernando o seguiu de perto, indo em direção à parte interna da guarita, que devido ao acontecimento atual, estava vazia.

    O Capitão Henrique, ao notar isso, ficou boquiaberto, os demais também não entendiam como um mero Tenente tinha conexões com um General tão famigerado e violento como Zado.

    Dentro da guarita, ao ver que estava longe o suficiente para não ser ouvido ou visto pelos outros, Zado, com seus olhos arregalados, virou-se na direção de Fernando, que parou seus passos.

    “Mostre.” O General ordenou, com frieza.

    O jovem Tenente sentiu um arrepio na espinha, tendo a sensação de que se o contrariasse talvez ele o matasse ali mesmo.

    “Aqui está, senhor.” respondeu, movendo o pulso e retirando 10 quilogramas de carne.

    Assim que a carne crua de Delgnor foi retirada da Pulseira de Armazenamento, um intenso odor tomou conta do local. Apesar do cheiro ser extremamente forte, não era repulsivo ou desagradável, pelo contrário, era refrescante e atraente. Mesmo Zado, um velho General que já experienciou uma série de coisas ao longo da vida, sentiu seu olfato aguçar-se, essa era a segunda vez em sua vida que ele via esse tipo de iguaria rara.

    Merda, é realmente a coisa real! Como diabos esse pirralho conseguiu isso?

    O velho homem exclamou mentalmente, surpreso, então voltou seu olhar para Fernando, que parecia calmo, sempre com um rosto inexpressivo, mesmo mostrando algo de tamanho valor na sua frente.

    “Então você diz que vai me dar isso se eu te ajudar? Você realmente está tentando subornar um General?” Zado questionou, com seus olhos arregalados.

    Fernando sentiu um arrepio na espinha, enquanto suas costas encharcavam-se de suor frio. Ele sabia que estava cometendo um crime, talvez até mais severo do que deserção. Tentar subornar um General de sua própria Legião não era um assunto leviano, era algo que sequer lhe daria a chance de ir para uma prisão, já que a penalidade era uma execução no local.

    Apesar de saber disso, Fernando manteve um rosto calmo e frio, e respondeu com uma afirmação.

    “Sim, senhor.”

    Foi uma resposta simples e curta, sem qualquer tentativa de convencimento, o jovem Tenente sabia que era péssimo nisso, então não se deu ao trabalho. Pelo contrário, ergueu a carne de Delgnor em sua mão direita, como se estivesse entregando-a ao velho homem, enquanto o encarava diretamente, seu olhar fixos nos olhos dele.

    Zado não respondeu nada de imediato, fazendo com que um estranho silêncio tomasse conta do local.

    Fernando sabia que no momento sua vida estava nas mãos desse velho, se o mesmo quisesse, poderia matá-lo ali mesmo e o próprio Dimitri não poderia sequer fazer nada a respeito, já que com o poder e influência de Zado na facção, ele dificilmente tentaria sequer vingá-lo.

    De repente, o General ergueu a mão, então o jovem Tenente sentiu uma enorme força de atração em sua mão, quando o grande pedaço de carne foi subitamente puxado em alta velocidade, sendo pego por Zado.

    “Negócio feito!” O velho homem disse, com uma expressão carrancuda em seu rosto, como se não quisesse fazer isso, no entanto, quando seu olhar caiu sobre a carne em sua palma, a avidez logo tomou conta de si. Então, sem dizer mais nada, guardou-a em sua própria Pulseira.

    Suspira!

    Ele aceitou… Fernando relaxou mentalmente, ao ver o General aceitar a proposta, contudo, seu alívio logo foi substituído por um sentimento ameaçador, quando Zado voltou a o questionar.

    “Me responda rapaz e é melhor não mentir, você tem mais disso com você?” Zado perguntou, com um olhar de cobiça.

    O rapaz sentiu o ar em seus pulmões congelar por um segundo, mas retomou rapidamente o controle de seu corpo, negando com a cabeça.

    “Não senhor, mas quiser, posso tentar conseguir um pouco mais com meu professor.” respondeu, com uma voz calma.

    Ouvindo isso e lembrando-se do velho Mestre de Runas, a expressão de Zado mudou, parecendo descontente.

    “Deixa para lá, é suficiente.” respondeu, irritado.

    Mesmo ele, com sua força, preferia não irritar um Mestre de Runas.

    Por outro lado, Fernando ficou aliviado ao ver que o General havia recuado. Ao mesmo tempo, sentiu-se mal por usar a imagem de professor de Wedsnagauer como escudo.

    Achei que ele realmente ia me assaltar… pensou, suspirando, aliviado.

    Apesar de possuir toneladas de carne de Delgnor em sua Pulseira de Armazenamento, sabia que era um material de alto valor e não seria inteligente revelar isso para as pessoas, ou seria o mesmo que andar com um alvo gigante em suas costas.

    Na área de treino da guarita, os Guardas que antes estavam caídos devido à Magia de Gravidade já haviam se recuperado e estavam de pé, a sua frente estava o Chefe da Guarda, assim como o Capitão Pedro Henrique, que olhavam com alguma hostilidade e, ao mesmo tempo, desconfiança, para os membros do Batalhão Zero.

    Todos eles, mesmo o Capitão e o Chefe da Guarda, sentiram que havia algo de errado com essas pessoas. Mesmo os Cabos pareciam ter uma força de, no mínimo, nível Sargento-Subtenente. Isso simplesmente não era normal!

    Inicialmente o Capitão Henrique estava confiante de derrubar todos eles em caso de insurgência, mas quando Zado liberou sua Magia de Gravidade, dentre todas as pessoas, ele sentiu que havia uma que foi a menos afetada e incrivelmente esse não era ele próprio, mas o Subtenente do Batalhão Zero, um sujeito de cabelos loiros compridos e bagunçados.

    Sentindo um olhar perfurante, Ilgner, que ainda estava se recuperando dos ferimentos e ossos quebrados da batalha, voltou-se na direção de seu observador. Vendo o Capitão o olhando atentamente, ele ergueu o rosto, de forma confiante e desafiadora, sorrindo.

    Esse desgraçado… O flagrante desrespeito e provocação por parte do sujeito loiro o fez ranger os dentes, irritado. Quando ele estava prestes a agir, uma voz retumbante soou.

    “Chega dessa merda, soltem esses quatro e voltem a seus postos!” Zado gritou, retornando, com Fernando logo atrás.

    “O-o quê?!” Tanto o Chefe da Guarda, quando o Capitão Henrique, exclamaram, sem acreditar.

    “Vocês querem que eu repita?” Zado perguntou, com uma voz autoritária.

    “Não senhor, agora mesmo!” O Chefe da Guarda respondeu, tremendo. “Soltem eles, rápido!”

    Os outros Guardas tinham olhares confusos em seus rostos, mas rapidamente obedeceram.

    Em poucos instantes, Archie, Louise e os dois Soldados foram libertos das Algemas Evral, levantando-se, incrédulos, enquanto olhavam para Fernando.

    Inicialmente, com a chegada de um Capitão e depois de até mesmo um General, eles acreditavam que a situação havia se complicado num ponto em que até mesmo o Batalhão Zero e seu Tenente sofreriam pesadas consequências, mas, incrivelmente, Fernando, de alguma forma, havia os tirado dessa crise!

    “G-General, com todo respeito, essas pessoas são infratores, eles tentaram desertar. O senhor vai realmente libertá-los assim?” O Capitão Henrique questionou.

    Apesar de estar hesitante, ele tomou coragem e disse, afinal o mesmo tinha o apoio do General Pagliuca, mesmo que Zado quisesse, não poderia prejudicá-lo facilmente.

    “Hm?” Ouvindo isso, o General olhou para o homem, com um olhar irritado, reconhecendo que era alguém da Cidade Dourada. Somente pessoas assim ousariam questioná-lo após uma ordem. “O Tenente Fernando já não explicou? Eles estavam partindo para cumprir um pedido pessoal meu, mas esses idiotas realmente cagaram a porra toda ao saírem sem pegar autorização.”

    Zado respondeu, acompanhando a explicação que Fernando havia lhe enviado por mensagem. Mesmo que sentisse um gosto amargo na boca, ele havia aceitado a carne de Delgnor, então deveria cumprir com sua parte.

    De certa forma, ele sentiu-se humilhado, pois nunca havia aceitado um suborno na vida antes, mas a carne de Delgnor era simplesmente tentadora demais!

    Como os Leões Dourados eram apenas uma Legião de Médio Porte, raramente conseguiam colocar as mãos em recursos tão raros como esse e quando conseguiam, estes sempre iriam para os Generais do Conselho, sendo quase impossível chegar em Generais que estavam na linha de frente como Zado.

    Na verdade, a carne de Delgnor era algo tão bom que, se usada corretamente, poderia ajudar até mesmo um General como ele.

    Então, mesmo indo contra suas crenças e preferencias, o velho homem acabou aceitando a proposta de Fernando, afinal, tudo que ele estava pedindo era para salvar alguns Soldados sem relevância, algo que não traria qualquer implicação ou problemas.

    Por que ele deveria recusar um recurso de alto nível que estava sendo oferecido de graça? 

    Além disso, no momento, a facção de Wayne estava em crescimento, mas vários Generais estavam com a saúde debilitada, Herin danificou seus canais de mana ao protagonizar o ataque ao acampamento Orc a caminho de Garância, Oliver forçou seu corpo ao limite ao adaptar Efusão de Mana para aumentar o poder de suas magias de reforço e mesmo Wayne não estava muito bem após ter usado o Pergaminho Elemental de Mana para enfrentar o Soberano.

    A carne de Delgnor seria ótima para ajudá-los em sua recuperação e até mesmo a aumentar seus atributos físicos. Se fosse pelo bem da facção e da Legião, Zado estava mais do que disposto a quebrar algumas regras pequenas.

    “Mas General…” O Capitão estava prestes a insistir, quando uma mão o agarrou com ferocidade pelo pescoço.

    Mesmo sendo um Capitão que servia na Cidade Dourada, alguém que andava de cabeça erguida em qualquer cidade dos Leões Dourados e até mesmo em Legiões menores, ele não conseguiu reagir, sendo erguido como uma galinha, debatendo-se.

    “Eu já disse que esse assunto acabou, está surdo?” O velho General falou, irritado, enquanto levantava o homem, sufocando-o, parando apenas ao ver o sujeito assentindo repetidamente, assustado. “A punição deles vai ficar a encargo do Tenente, não é algo que lhe diz respeito.”

    Paft! 

    Caindo de joelhos, enquanto colocava a mão em seu pescoço, o Capitão Henrique estava apavorado. Por servir a Moura Pagliuca, ele acreditava que Zado não se atreveria a tocá-lo, mas, ao ver os olhos do homem quando o agarrou, ele tinha certeza que se dissesse qualquer coisa a mais, o mesmo torceria seu pescoço sem qualquer hesitação!

    Merda, com quem diabos eu me meti? O homem perguntou-se, cheio de medo, enquanto olhava para o jovem Tenente do Batalhão Zero. Sem entender porque um General como Zado realmente iria intervir a seu favor. 

    Naquele ponto ele já havia se decidido a não se envolver mais com esse rapaz, apenas reportaria todo esse incidente ao General Pagliuca, que com certeza se interessaria em investigar um mero Tenente que estava sobre a proteção tanto de Dimitri, quanto de Zado.

    Após tudo resolvido, o General levantou voo, saindo, mas antes de sair ele ordenou que o Chefe da Guarda destruísse todos os registros do que ocorreu naquela manhã.

    Então, com olhares apáticos e assustados, os Guardas, o Chefe da Guarda e o Capitão Pedro Henrique se viram impotentes, com Fernando levando os outrora prisioneiros consigo, sendo seguido pelo restante dos membros do Batalhão Zero.

    Naquele dia, vários Guardas fizeram uma anotação mental, para nunca mexer com um membro do Batalhão Zero.

    Dentro do prédio do Batalhão Zero, num enorme salão, Fernando estava de pé, enquanto Archie estava parado logo a frente, sem saber o que falar.

    “E-eu não sei o que dizer, Fernando… Não só você não me puniu, como até me salvou, eu não tenho palavras para express-” Quando Archie estava prestes a terminar a frase, foi interrompido.

    “Silêncio!” Fernando falou, com uma voz fria.

    O sujeito loiro calou-se, abaixando a cabeça. Ele entendia porque o rapaz estava irritado. Não só Archie e Louise tentaram desertar, como quase envolveram o Batalhão Zero nisso tudo.

    Sob o olhar atento de Fernando, Archie manteve-se quieto, em meio ao silêncio. Ele sabia que o jovem deveria estar furioso e aceitaria qualquer punição que lhe fosse dada, afinal ele lhe devia sua vida, a de Louise e até mesmo de seu filho que não havia nascido.

    Entretanto, contrariando suas expectativas, o jovem Tenente não falou qualquer coisa sobre punições, ou algo do tipo, mas jogou algo em sua direção.

    Sem sequer pensar a respeito, Archie agarrou o objeto no ar e, para sua surpresa, era uma moeda de ouro!

    “Fernando… O que isso significa?” perguntou, chocado.

    O jovem pálido o observou com um olhar calmo, então virou-se de costas.

    “Oficial responsável pelo Quarto Pelotão, Archie Alexander, eu, Fernando, como Tenente, responsável pelo Batalhão Zero, lhe dispenso de todos os serviços. Você e seus subordinados estão oficialmente demitidos por má conduta!” O rapaz pálido disse, sem se virar. “Essa é a compensação por seus serviços, você e os demais devem arrumar suas coisas e partir agora mesmo.”

    Ouvindo isso, Archie ficou paralisado, em choque, sem saber o que dizer. Ele estava sendo despedido? O que isso deveria significar?

    No entanto, sua confusão durou por apenas alguns instantes, pois logo entendeu tudo.

    Um Soldado não poderia pedir demissão em meio a uma área de guerra e também não poderia partir por conta própria, já que isso seria uma deserção. Porém, se ele fosse demitido por seu superior, a situação seria totalmente diferente. 

    Em outras palavras, o que Fernando estava fazendo era basicamente dar a ele e Louise uma saída, estava os permitindo partir sem consequências. Não só isso, como estava até mesmo lhe dando uma moeda de ouro! Isso era suficiente para eles viverem confortavelmente por um longo tempo!

    Archie sabia que para demitir um Oficial como ele em tempos de guerra, o jovem Tenente deveria ter conseguido algum tipo de permissão especial do Salão ou até mesmo de um General, pois não era algo tão simples. De repente, o homem sentiu remorso, por tentar fugir sem sequer ter falado com o rapaz ou qualquer outro membro do Batalhão Zero.

    “Eu não posso aceitar esse dinheiro…” disse, com lágrimas nos olhos, erguendo a moeda de ouro em sua palma. Claramente esse dinheiro não era para compensação, afinal quando um soldado era demitido, o mesmo não receberia uma única moeda de bronze, muito menos uma de ouro. 

    Era óbvio que o jovem rapaz estava tentando ajudar ele e Louise a se estabelecerem após sua saída da Legião. Archie não estava disposto a aceitar ainda mais ajuda do que havia recebido até ali. Contudo, foi recebido com silêncio por parte de Fernando, que ainda estava de costas.

    Vendo-o ser tão inflexível em sua decisão, Archie retrocedeu, sem se atrever a insistir em devolver. Apesar de não ser tão próximo dele, sabia que uma vez que ele havia decidido algo, dificilmente mudaria de ideia.

    Então, com um rosto decidido, ajoelhou-se.

    “Eu sou grato a você, Fernando. Você gastou muito para me dar força, treinamento e até salvou minha vida. E, ainda, sim, depois disso tudo, eu não pude retribuir… Sinto muito por isso, juro que um dia pagarei por tudo que fez por mim.”

    Ainda de costas, o jovem pálido ouviu tudo com um semblante calmo, sem parecer se importar.

    Vendo a falta de reação dele, Archie levantou-se, com um rosto decidido, curvando-se uma última vez para aquele que o liderou até aquele momento. Porém, antes de partir, parou em seus passos. Ambos de costas, um para o outro.

    “Eu estou dizendo isso não como subordinado, mas como amigo. Entendo que conquistar força e poder é importante se quiser viver e não apenas sobreviver nesse mundo hostil, mas Fernando, se você ama sua esposa também deve ir embora, você tem que sair da Legião. Nada de bom virá desse caminho de sangue e guerras.” O homem disse, com a voz levemente rouca. Entretanto, ao não ouvir uma resposta, continuou seus passos. “Independente de sua escolha, torço por seu sucesso.” Após dizer isso, sem olhar para trás, saiu do enorme salão, deixando apenas um jovem pálido, ali parado.

    Com o fechar da porta, Fernando olhou em direção à saída, seu rosto, normalmente frio e calmo, estava franzido, com alguma angústia e hesitação, enquanto em sua mente, uma miríade de pensamentos o envolviam.

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