CAPÍTULO ANTERIOR

    — Tu é meio estressadinho, né não? — provocou Gorthok, batendo com força no próprio peito. — Teus pais nunca te deram educação, foi?

    Louie soltou uma leve risada e respondeu com um grande sorriso no rosto, cheio de ironia.

    — Meu pai eu não sei, mas minha mãe provavelmente me ensinou sim… — disse, enquanto seus olhos perdiam, por um segundo, o brilho na lembrança em branco. — Mas, infelizmente, eu não me lembro.

    Ele avançou um passo, firme, entrando em posição de combate. Seus músculos se tensionaram, e faíscas sutis e inconscientes percorriam suas mãos.

    — E que sabe como é… eu tô tendo um dia meio difícil…


    Gorthok rangeu os dentes, a carapaça de argila crescia do peito aos braços, até o rosto, formando uma máscara cinza como cimento, com apenas abertura para os olhos rosas e dois pequenos buracos para o nariz.

    — Difícil, é? Agora vai é ficar bem pior.

    Com um gesto calmo, Gorthok estendeu seu braço direito, agora coberto por uma proteção cinza à frente.

    A palma da mão antes fechada agora se abria lentamente… e então, se fechou com força.

    CLACK!

    Junto com o som do fechar de punho, o chão de cimento sob os pés de Louie se deformou do sólido ao líquido no mesmo instante,

    tornando-se uma massa de argila molenga e maleável. E, sem dar tempo para Louie pensar, tomou forma de uma lança, cortando o vento para cima em alta velocidade, buscando perfurá-lo de baixo.

    Ambos os olhos de Louie, tanto azul quanto vermelho, se moveram de forma instintiva, olhando o ataque pouco tempo depois de ser iniciado.

    O que permitiu a Louie reagir no limite, deitando seu corpo para trás num movimento veloz, desviando da repentina estocada.

    — “Uma lança de cimento?!” — pensou ele, com a mente a milhão.

    Porém, sem dar tempo para Louie pensar muito, Gorthok já mandava outras duas lanças no garoto.

    Vinham em linha reta da parede atrás dele, como dois foguetes desgovernados.

    Louie respondeu com precisão milimétrica, girando no ar e executando um mortal perfeito, desviando de ambas as lanças, que passaram por baixo dele.

    Mas, ao fazer isso, ele ficava à mercê no ar.

    Completamente exposto… a um ataque sorrateiro.

    — Agora!

    O grito de Gorthok ecoou por todo o velho prédio e, junto com ele, Vorgath chegou ao lado de Louie no mesmo instante.

    — “Q-que rápido! Merda! Então os ataques de argila eram só pra tirar minha atenção do Vorgath!” — pensava Louie; seus olhos tremiam, perdidos em tantos ataques ao mesmo tempo.

    O braço direito de Vorgath estava inflado, revestido por um metal acinzentado que reluzia mesmo no escuro. Ele era como um trem furioso, impulsionado por combustão interna.

    — “O-o que eu faço agora?!” — os olhos de Louie vasculhavam para todos os lados, buscando uma alternativa. — “Não tem o que eu fazer… a não ser devolver com a minha força máxima!”

    Ainda no ar, Louie girou seu corpo em trezentos e sessenta graus com maestria absurda, respondendo ao ataque do agente de olhos verdes com um soco transbordando super força.

    O impacto foi mortal.

    Os golpes colidiram no ar, gerando uma onda de choque que rachou o solo ao redor e lançou ambos os combatentes para trás em alta velocidade.

    Vorgath foi arremessado de costas, mas se manteve em pé. Cravou o apoio no chão, deslizando por vários metros e destruindo tudo em sua trajetória até finalmente parar.

    Já Louie foi lançado sem sequer ter tempo de reagir.

    Seu braço direito, usado para golpear, sangrava como uma nascente de rio.

    Enquanto girava no ar, jorrava sangue sem parar, que se espalhava de forma desordenada, pintando o chão, as paredes e até o teto de vermelho.

    O choque o lançou através de várias paredes, que se partiam como gesso a cada impacto.

    Só conseguiu parar porque, num último instinto de sobrevivência, curou o braço destruído em menos de um segundo e o cravou no chão, segurando-se com todas as suas forças.

    Após finalmente frear, Louie lentamente se levantou, a dor estampada em seu rosto, mas o corpo… sem nenhuma ferida.

    Apenas sua camisa azul, que tomava um tom mais escuro, manchada pelo próprio sangue de Louie.

    Após ficar em pé, Louie, ofegante, trocou olhares silenciosos com Vorgath, que, embora tivesse recebido menos dano, não saíra ileso da troca de golpes, apresentando uma pequena e quase imperceptível rachadura em seu braço direito, coberto por cinza metálico.

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    ♦ Expansão Corporal

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    Síntese:

    Manipulação do próprio oxigênio (EA) + Manipulação de Titânio (EA) + Fogo (EN)

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    » A Expansão Corporal permite ao usuário revestir o corpo com titânio, tornando-o absurdamente resistente ao calor. Com o uso do fogo, o oxigênio no sangue é expandido, inflando partes do corpo com calor e pressão, resultando em membros descomunais e força esmagadora. Uma técnica poderosa — mas extremamente difícil de controlar. «

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    — “Incrível… Ele não só revidou meu golpe de Expansão Corporal, mas também conseguiu rachar minha camada de titânio e se curar de alguma forma.” — pensou Vorgath, impressionado.

    Louie apertava os punhos, encarando Vorgath.

    — “Que porra foi essa…? Ele… aumentou o próprio braço?” — Ele observava ambos os irmãos, como se analisasse cada pequeno movimento deles. — “Certo… Então o idiota de moicano controla o cimento, e o do cabelo espetado aumenta o próprio corpo… vai ser difícil, mas eu tenho chance de vencer se for só isso!”

    Mas não era como se Louie tivesse o luxo de pensar naquele momento e, graças a esse erro, nem percebeu o que vinha por trás dele…

    Das ruínas às suas costas, emergia um soldado silencioso; um grande golem cinzento aparecia, moldado inteiramente de argila, era como uma massa viva.

    E, antes mesmo que Louie percebesse, foi agarrado pelas costas.

    O golem se fechou lentamente ao redor dele, transformando-se em uma espécie de armadura rígida, uma prisão onde nem mesmo o menor dos movimentos conseguia escapar.

    Gorthok sorriu com deboche.

    — Tu até que não é nada mal, muleke… Mas cê é muito ingênuo. — Falava Gorthok, passando a mão no nariz orgulhoso. — Achou mesmo que nós ia te dar tempo pra pensar? Quero ver sair do meu Golem de Argila agora!

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    ♦ Golem de Argila

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    Síntese:

    Invocação de Golem de terra (Mís) + Manipulação de Argila (EN)

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    » Diferente dos tradicionais Golems de Terra, o Golem de Argila possui moldabilidade e fluidez superiores. Pode se mover, deformar e endurecer sob comando do invocador, sendo ideal para combates urbanos e aprisionamento. Ao ser endurecido pelo calor, torna-se uma prisão viva.

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    Vorgath não hesitou. Após ver o corpo de Louie completamente coberto pela massa de argila, com um estalar de dedos, chamas intensas envolveram a carapaça.

    O calor endureceu a argila, transformando-a em um casulo sólido e perfeitamente grudado à pele, tornando qualquer movimento dentro dele… impossível.

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    •♦• Carapaça Ardente

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    Síntese Externa:

    Manipulação de Argila (Síntese Mís + EN) + Fogo (EN)

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    ›› O fogo esquenta o Golem de argila, moldado perfeitamente sobre o corpo da pessoa, endurecendo ela no mesmo instante com sua temperatura elevada, tornando assim uma prisão carapaça. ‹‹

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    Dentro da armadura, imobilizado, Louie forçadamente ficava em silêncio.

    Sua respiração dificultosa pela falta de espaço.

    — “… M-merda… Eu… Tenho que fazer algo pra me libertar…” — Seu corpo mal conseguia suar, por causa do minúsculo espaço. — “Então… Eu vou com tudo e… quebrar essa merda!”

    Com um grito sofrido, Louie concentrou toda sua super força para expandir os próprios músculos, que se tensionaram ao máximo.

    — HHAAAAAGH…!

    Os dois irmãos trocaram olhares surpresos, como se, mesmo vendo, desacreditassem da cena que ocorria ali, naquele exato instante.

    E, com um estouro brutal, vapor fervente saía de rachaduras, que agora surgiam e se alastravam pelo casulo.

    Um segundo depois, a carapaça explodiu em milhares de fragmentos de barro queimado, manchado por sangue vermelho.

    Louie emergiu no centro da nuvem de estilhaços, olhos vermelhos de dor e fúria, a respiração cheia de dor.

    Seu estado era assustador e nojento.

    Ossos expostos, sangue escorrendo por todo corpo e diversos músculos rompidos, com o esforço…

    — “Ele… Sacrificou o próprio corpo para destruir a carapaça ardente…” — observava, os olhos tremendo em direção ao garoto completamente destruído.

    Mas, em menos de milésimos, sua carne e membros dilacerados se regeneraram por completo, graças ao uso da Reconstrução Eletrocinética.

    — “Entendi! Ele apostou tudo na sua cura… Por isso ele estava disposto a dilacerar o próprio corpo pra sair do casulo…” — pensava Vorgath, com um pequeno sorriso de empolgação e ansiedade surgindo no canto da boca.

    — “Esse garoto… Ele até que é elegante…”

    As veias de Louie brilhavam em azul, como se o raio passasse na própria circulação sanguínea dele.

    — “A cura dele é como se os relâmpagos costurassem a própria carne viva, como agulha atravessando um pano.” — Vorgath lançou um olhar nos olhos de Louie, enquanto ajeitava o terno. — “Se eu não lidar com essa regeneração o quanto antes, isso pode se tornar um problema…”

    — Tsk. Que jeito mais tosco de se libertar, né não, irmãozão? — grita Gorthok, os olhos tremendo assustados, indo em direção ao irmão.

    — Cala a boca, Gorthok. — disse Vorgath, a voz fria se dirigindo ao irmão.

    — M-mas… I-irmão…?

    — Você até que é elegante, garoto… Mas vai precisar ser bem mais se quiser me vencer.

    — “Esse cara só sabe falar sobre elegância isso e elegância aquilo?” — pensa Louie, lançando um olhar de desprezo ao adversário. — “Mas a verdade é que eles realmente são fortes… ou talvez eu ainda seja fraco demais. Mesmo assim… de algum jeito, eu tô conseguindo me virar bem até agora.”

    Ele respira fundo, as pupilas firmes em seus alvos.

    — “Controlar meus poderes tem sido quase instintivo até agora… Eu tô fazendo coisas que eu nunca imaginei serem possíveis em um período de tempo muito curto.” — Louie fecha os olhos por um segundo. — “E pensar nisso agora só vai encher minha cabeça, tenho dois inimigos bem na minha frente, então meu foco agora é… derrotar esses dois.”

    Louie e Vorgath trocavam olhares intensamente, como se a qualquer momento eles fossem partir pra cima um do outro.

    Em meio a isso, Gorthok se encontrava com os olhos perdidos em ambos, sem nem saber o que fazer.

    Até que uma voz ecoou chamando sua atenção.

    — Gorthok.

    Era Vorgath o chamando.

    — Se prepare. — disse, entrando em posição de luta, com os olhos verdes fixos em Louie. — A luta de verdade… está prestes a começar.

    Gorthok não falou nada, apenas afirmou com a cabeça, como se soubesse exatamente onde Vorgath queria chegar com essas poucas palavras.

    E, num instante… os dois se moveram juntos.

    Vorgath some da visão de Louie a uma velocidade hipersônica, enquanto Gorthok moldava todo o chão e paredes à volta de Louie, transformando em dezenas de mãos de argila, vindo de baixo e dos lados em alta velocidade em direção a Louie.

    Que, mesmo com espaço para desviar pra cima, continuava parado, sem mover um músculo, apenas um olhar estranhamente tranquilo no rosto, como se esperasse o ataque acertar.

    — Vocês tão me achando com cara de idiota? — perguntou Louie, com deboche.

    As mãos cada vez mais próximas dele.

    — Porque eu desviaria das mãos, sendo que o verdadeiro ataque… vem de cima? — disse, tensionando ao máximo seus músculos e mirando um soco pra cima.

    No mesmo instante, um som estourou na sala.

    KLABOOM!

    O teto acima de Louie despedacava, e junto dos destroços dele, vinha Vorgath.

    Com sua massa corporal aumentada, caía de cima como uma marreta gigante e efervescente de titânio.

    Louie agora já olhava pra cima, seu soco próximo a se chocar com o de Vorgath.

    E com isso…

    BOOOOM!!!

    Ambos os punhos colidiram.

    O vento que emanava do soco destruiu todas as mãos de argila à volta de Louie, e destruiu por completo todas as paredes em volta da área do impacto, destroçando tudo até o décimo andar.

    O prédio, já não suportando mais o impacto dos golpes, estava prestes a ceder…

    Mas foi salvo por Gorthok, que, em um movimento rápido, toca com ambas as palmas das mãos no chão.

    — Aaaa, tu não vai cair não! — gritou Gorthok. — AAAAHHHH!

    Assim, construindo toda uma nova estrutura de argila, conectando-a ao edifício, e fazendo dela a nova base do prédio, segurando-o e impedindo sua queda.

    Enquanto isso, Vorgath e Louie trocavam golpes poderosos e rápidos.

    A cada impacto, os braços de Louie se quebravam e reconstruíam rapidamente, seus ossos e músculos ficando mais resistentes a cada vez que se remodelavam.

    Já Vorgath também não saía ileso da trocação. Mesmo que, pouco a pouco, a rachadura em seu braço crescesse cada vez mais, tomando uma cor cada vez mais ardente.

    — “Esse cara é um monstro… Mesmo com os braços desse tamanho, eles são tão rápidos que chega a ser difícil pra mim acompanhar!” — pensava Louie, fazendo grande esforço pra acompanhar a velocidade de Vorgath.

    Mas, em meio à trocação, uma estocada de argila veio em sua direção subitamente.

    Ele desviou por pouco, recebendo um corte superficial no rosto.

    Com isso, se impulsionando para trás, usando os destroços como cobertura, saltando entre as colunas desmoronadas para escapar da sequência de ataques de ambos.

    — “Eu tenho que acabar com o do moicano primeiro! Caso contrário, vai ser impossível manter uma luta corpo a corpo onde eu saia em vantagem!” — raciocinou Louie, investindo rapidamente em direção a Gorthok.

    Gorthok reagiu rápido. Moldou um golem com uma grande lâmina de argila à sua frente, usando como escudo contra Louie.

    O golem cortou a frente, mas Louie não freou ou desacelerou.

    Continuou em frente, levando assim um ataque direto do golem no peito, que, mesmo que tenha ferido Louie, não parou sua trajetória.

    Atravessando assim o peito do golem, estando pronto para desferir um golpe direto em Gorthok.

    Mas antes que o golpe o acertasse, foi defendido por Vorgath, que se jogou em frente ao ataque.

    — AAAAARGH! — gritou de dor Vorgath, cuspindo sangue e voando longe.

    — M-mano!? — gritou Gorthok surpreso.

    — Agora! — gritou Vorgath, enquanto se afastava voando pela força do soco.

    Gorthok então, aproveita a brecha de Louie após o golpe, rapidamente molda do chão um soco de argila que acerta em cheio o peito de Louie, também o jogando para longe.

    Após colidirem com algumas paredes, tanto Louie quanto Vorgath conseguem frear com esforço.

    Os dois estavam arfando de dor.

    Encarando os irmãos, Louie pensou, os olhos quase se fechando.

    — “A Reconstrução Eletrocinética já está no limite… eu estou tonto de tanto forçar o meu corpo a se regenerar. Devo ter no máximo mais uma ou duas curas antes de ficar inconsciente.”

    Ele suspira, tentando abafar a dor do corte e do soco que recebeu.

    O peito escorrendo sangue com a ferida aberta.

    — “Por enquanto… Tenho que suportar essa dor.” — Seu olhar já embaçado. — “Mas eles também já estão no limite… Eu só preciso de mais uma… só de mais uma brecha. E eu finalizo eles!”

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