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    Max, após desferir golpes críticos contra o inimigo, se via agora preso em uma situação complicada. Apesar de a habilidade de cantar lhe proporcionar um aumento significativo de força, algo parecia fora de controle. 

    À medida que suas explosões se intensificavam, ele começava a perder o domínio sobre seu modo Galante. O efeito, que antes parecia vantajoso, agora se tornava uma armadilha: sua aura se dissipava com rapidez crescente, muito mais do que o esperado, deixando-o cada vez mais vulnerável.

    Preciso acabar com isso logo…

    O destemido, que já havia recebido inúmeros golpes críticos, se curava com uma rapidez impressionante, especialmente quando as cicatrizes de fogo em seu corpo começaram a despertar. Max, ao observar, sabia que seu próximo ataque precisaria ser o mais devastador de todos. 

    No entanto, ele estava ciente de que já havia utilizado seu golpe mais forte, que não causou efeito algum naquele demônio. Restava-lhe somente uma última opção, algo que até aquele momento ele hesitou em fazer, mas que agora se tornava inevitável.

    Talvez funcione…

    Max, naquele momento, concentrava-se em regularizar sua aura e buscava manter a calma para evitar que sua energia se dissipasse descontroladamente. No entanto, durante essa breve pausa de reflexão, ele percebeu que suas explosões haviam enfraquecido consideravelmente, pois havia interrompido o canto que as sustentava. 

    — Não vai atacar?! — declarou Léo.

    Sem hesitar, começou a entoar a primeira parte de sua música. No entanto, cantar por si só não seria suficiente. Ele precisava acumular a aura em cada centímetro de seu corpo, ampliando sua força e preparava para o próximo movimento.

    Léo, impaciente após tanto tempo de espera, decidiu agir. Seu pé esquerdo se obscureceu, e o piso sob ele se transformou em um nevoeiro negro. 

    Do chão, surgiram demônios invocados, com aparências que remetiam diretamente a ele, como reflexos negros e distorcidos de sua própria essência. Sem perder tempo, os seres atacaram seu alvo com ferocidade, avançando de maneira coordenada.

    — 🎵Minhas habilidades são uma explosão!🎵 — cantou, enquanto destruía aqueles seres.

    No entanto, uma das invocações, que deveria ser destruída com facilidade, surpreendeu Max. Com uma agilidade inesperada, bloqueou o chute, segurou a pernas com força e, em um movimento preciso, o arremessou ao chão. 

    Em um reflexo rápido, ele detonou explosões concentradas em suas costas e impediu que o impacto fosse fatal. Ao aproveitar a oportunidade, girou o corpo e, com uma velocidade impressionante, lançou um poderoso chute no rosto da invocação, fazendo-a recuar instantaneamente.

    — 🎵Meus sentimentos são uma explosão! Nenene! Neneneneeeee!🎵

    — Putz, não funcionou — disse o ser invocado, que começava a voltar a forma normal do destemido.

    — Seus truques não funcionarão! — respondeu e cantava com confiança.

    — De fato.

    — 🎵Nenene! Neneneneeeee! Te amar não é uma ilusão!🎵

    — De novo declarando seus sentimentos? Isso te fortalece? — perguntou o demônio, limpando o sangue da boca.

    — 🎵Cala a boca, senão eu te explodo em pedaços de um milhão!🎵 — cantou, com uma voz ameaçadora.

    O demônio, sem perder tempo, iniciou seu trabalho de pés, movendo-se com destreza enquanto invocava mais criaturas para auxiliá-lo. Aproveitava as brechas que Max deixava, atacando sempre que podia. No entanto, seu rival estava mais forte do que o esperado. 

    Cada invocação que surgia era destruída com rapidez, e, como se fosse um golpe adicional, Max acertava o próprio destemido em cheio. 

    O demônio sabia de sua desvantagem, no entanto, persistia.

    Sim, logo, logo vai acabar, não tem como essa habilidade que deixa a sua aura tão bagunçada durar tanto tempo. Ganharei tempo, e no fim serei vencedor!

    Max, ao perceber a pausa, sabia exatamente o que estava em jogo: o inimigo tentava ganhar tempo, provavelmente aguardando uma abertura ou uma mudança de estratégia. 

    Ambos  jogavam suas próprias cartas, cada movimento calculado, como se a vitória dependesse de quem mantivesse a calma por mais tempo. No final, somente um sairia vitorioso

    Esse destemido tem bastante experiencia, ele já havia notado que o meu estado era temporário, mas com certeza ele não espera o que estou guardando para ele.

    Ambos, com sorrisos de satisfação, observavam o desenrolar de suas próprias estratégias, confiantes em seus planos. Enquanto isso, Idalme, embora constrangida, não conseguia desviar os olhos da luta entre os dois. 

    Ela estava surpresa consigo mesma; normalmente, quando utilizava suas habilidades, a perda de consciência era inevitável. No entanto, desta vez, algo era diferente. Ela permanecia consciente.

    A luta entre Max e o destemido se desenrolava em um ritmo intenso, mas de uma maneira peculiar. Apesar da sensação de que haviam se enfrentado por horas, não havia passado tanto tempo assim; eram apenas alguns minutos de confronto. 

    Durante esse breve período, algo inesperado aconteceu. O demônio, focado no combate, ficou pasmado ao perceber que a aura de seu rival, que antes estava caótica e instável, parecia ter se estabilizado. 

    Será que ele chegou ao seu limite?

    No entanto, Max também sorria, preparado para aniquilar o inimigo completamente, até o transformar em cinzas.

    — 🎵Nenene! Neneneneeeee! Idalme eu te amo, te amo, te amo, te amo, te amo de um milhão🎵 — cantou com toda a sua força.

    Ele se posicionou com a precisão de um atleta prestes a correr a sua melhor prova, cada músculo preparado para o movimento seguinte. O destemido, percebeu o que estava prestes a acontecer, tentou reagir, mas foi tarde demais. 

    Antes que ele tivesse a chance de mover um dedo, Max disparou em alta velocidade, como um foguete e alcançou-o em um piscar de olhos. Com um agarrão firme, o levantou do chão e, sem hesitar, atravessou várias muralhas, saindo da fortaleza em um estrondo.

    Sim, se eu explodir naquele local, não sei o que poderia acontecer.

    — Me larga, seu desgraçado!

    Léo, ao perceber o plano de seu rival, entrou em pânico. A aura estabilizada que ele havia sentido antes de estourar quando o seu inimigo posicionou para o pegar, era uma armadilha.

    — Você está planejando se suicidar?! — gritou e batia com força nas costas do rival.

    — Sim!!! — declarou, com firmeza.

    — Seu!!! — exclamou, irritado, sem conseguir esconder a preocupação.

    Léo, gêmeo de Loi, compartilhava o amor pela luta com sua irmã, mas suas abordagens eram bem diferentes. Enquanto Loi prezava por uma luta justa e honrada, ele adotava uma filosofia bem distinta. 

    Para ele, qualquer meio de vencer era válido, não importando se fosse jogar sujo, usar truques ou enganar o oponente. A vitória era o único objetivo. No entanto, apesar de sua disposição para fazer o que fosse necessário para ganhar, havia uma coisa que Léo não suportava.

    — Seu suicida!!! — bradou com raiva.

    Naquele momento, eles haviam se distanciado o suficiente, e Max sentiu que estava em um local seguro o bastante para liberar toda sua energia. Ele sabia que a explosão seria imensa, mas nem mesmo ele conseguia prever a verdadeira magnitude do poder que estava prestes a liberar. 

    O receio de que aquilo pudesse ser mais destrutivo do que ele imaginava pairava sobre sua mente, mas não havia mais volta. Ele estava prestes a romper os limites de sua força. 

    — Adeus, destemido! — declarou.

    — Adeus uma ova, para com essa idiotice!

    O demônio continuava a golpear com força, mas Max não se importava com o sangue que escorria de seu corpo. Mesmo ferido, aguentava firme, pois sabia que aquele momento era tudo ou nada. 

    Em um movimento ágil, Max prendeu-o com suas pernas, abraçando-o com força. Sua explosão de energia já estava completa desde o momento em que o destemido percebeu que sua aura havia se acalmado.

    No entanto, não estava acalmada, ela simplesmente atingiu seu ápice. Por breves instantes, parecia tranquila, mas essa calma era ilusória.

     Quando Max atingiu seu limite, ele finalmente compreendeu sua aura e adquiriu um controle mais refinado sobre ela. Em um ato de estratégia, ele escondeu a agitação de sua energia do inimigo, fazendo com que o destemido descontraísse, acreditando que seu rival havia alcançado seu limite.

    Tudo de acordo com o plano!

    O destemido lutava e gritava para parar, no entanto, Max olhou para ele sorrindo e declarou:

    — Explosão Fulminante!!!!!

    Diferente da explosão Galante comprimida, essa se liberou em sua forma pura, sem ser contida, e sua força foi incomparável. A explosão alcançou uma escala muito maior, muito mais explosiva e devastadora. Max, que já havia se distanciado mais de um quilômetro da fortaleza de Tartaruga, sabia que tomou a decisão certa.

    Aquela explosão foi tão colossal que qualquer coisa a menos de dois quilômetros de distância seria atingida pela onda de choque. Mesmo a fortaleza, que estava fora do alcance direto do ataque, não escapou das consequências. O vento forte gerado pela explosão atingiu a tartaruga e forçou-a a sofrer com a pressão nos olhos.

    Era difícil descrever a magnitude daquele momento. A explosão, poderosa e linda, poderia ser chamada de um ataque nobre, um golpe final de pura grandiosidade. Foi um espetáculo de poder, um brilho esplendoroso que, de longe, causava a impressão de uma visão indescritível. Quem a observasse, sem dúvida, diria: “Que vista maravilhosa”.

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