40 Resultados com a tag ‘Escravidão’
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Capítulo 9 - Dia de Descanso
Mais uma vez, o sol nasceu sobre o engenho. Ao contrário dos outros dias, desta vez Carlos acordou com um fio de animação para o trabalho. Ele conseguira convencer o senhor do engenho a comprar armas no dia anterior. Ou seja, só teria que aguentar seus dias de escravo até a próxima visita do comerciante ambulante, no mês seguinte. Claro, tudo dependia de o ambulante conseguir algumas armas e balas. Animado, devorou o café da manhã — se é que se podia chamar aquele punhado de feijão cozido e…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 8 - Um Mundo Livre
Carlos voltou para a senzala depois de uma longa tarde de trabalho na casa-grande. O ar quente e pesado do entardecer carregava o cheiro doce e enjoativo da cana queimada, misturado ao odor de terra molhada. No caminho, sob a luz fraca do crepúsculo, avistou a figura conhecida de Tassi. O rosto dela era parcialmente oculto pela máscara de flandres que cobria a boca, e na testa, uma ferida recente formava a marca cruel de um "F", cicatriz indelével deixada pelo senhor do engenho. Se aproximou com…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 7 - Comerciante
Voltando para o canavial, Carlos se deparou com uma mulher usando uma máscara no rosto e um "F" marcado na testa. Era Tassi, que segurava um cajado de madeira com uma gema marrom incrustada na parte superior e, logo acima, uma pequena gema verde. Lentamente, ela se dirigiu ao meio do canavial e fincou o cajado no chão. Assim que o fez, os pés de cana-de-açúcar começaram a crescer visivelmente, folhas verdes sussurrando ao vento enquanto se erguiam. O aroma adocicado da cana fresca encheu o ar.…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 6 - Gemas Mágicas
O sol do meio-dia queimava como fogo na nuca de Carlos, cada raio uma agulha de dor que penetrava profundamente em seus músculos já exaustos. O suor escorria em riachos salgados por seu rosto, misturando-se à poeira vermelha do canavial e formando uma pasta grossa que ardia em seus olhos. Seus pulmões ardiam a cada respiração, o ar pesado e quente carregado do cheiro adocicado da cana esmagada e do odor acre de seu próprio corpo suado. Quando finalmente ousou erguer os olhos para o céu, o sol…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 5 - Casa-Grande
Carlos seguiu Jairo em direção à casa-grande, seus pés afundando na terra fofa do caminho. A construção erguia-se imponente contra o céu azul. Aos seus olhos, a casa era rústica, mas inegavelmente luxuosa, como uma mansão saída de um romance de época. A madeira escura da estrutura contrastava com as janelas brancas e bem cuidadas. Um cheiro leve de terra molhada e flor de laranjeira pairava no ar. Ao atravessar a pesada porta de madeira, Carlos foi envolvido por uma penumbra fresca e pelo…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 2 - Chegada no Engenho
A madrugada ainda envolvia o mundo em um manto úmido e frio quando Carlos recuperou a consciência. A primeira sensação foi uma dor latejante na cabeça, seguida pela descoberta de que suas mãos estavam firmemente amarradas por videiras resistentes. Ele estava sendo arrastado pelo cavalo de Joãozinho, seu corpo raspando contra a vegetação rasteira. À frente, Tassi caminhava com os braços presos por um cipó vivo que pareça contrair-se a cada movimento, seguida de perto por Sebastião, montado em…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 53 - Novo Capitão-Mor
A luz do sol inclemente de Recife reverberava sobre as paredes pintadas de branco do Palácio das Duas Torres, fazendo o ar tremer. Na entrada principal, o Governador Bento Vidal, um homem jovem de trajes impecáveis, recebia seu novo Capitão-Mor. O suor já formava uma fina lâmina em sua testa, e o cheiro salgado da maresia misturava-se ao pó da rua. — Boa tarde, Senhor Caetano Velho — cumprimentou Bento, estendendo a mão. — Ouvi boas coisas sobre o seu trabalho como bandeirante nas…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 4 - Senzala
O cansaço era tão profundo que Carlos mal conseguia pensar. Quando o trabalho finalmente terminou, seus pés descalços o carregaram por inércia, seguindo o fluxo de corpos exaustos em direção à senzala. O barracão de paredes de barro rachado e telhado de palha se erguia como uma sombra contra o céu alaranjado do crepúsculo. Dentro, o ar era pesado e estagnado. A primeira coisa que atingiu suas narinas foi o cheiro encorpado de feijão cozido, vindo de grandes panelas de ferro suspensas sobre…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 3 - Vida de Escravo
Os escravos fugitivos, Carlos entre eles, permaneciam amarrados de pé, expostos ao sol inclemente. A luz do meio-dia queimava suas peles e refletia no chão de terra batida, criando um calor que distorcia o ar. Todos haviam sido arrastados para a frente da senzala, forçados a servir de exemplo para os outros cativos que se reuniam aos poucos, sob o olhar vigilante dos capatazes. O senhor do engenho, Jorge, queria marcar aquele dia na memória de todos. Até alguns homens livres da redondeza se…- 128,9 K • Ongoing
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Capítulo 52 - Prisioneiro de Guerra
A semana não estava sendo boa para Jorginho, um homem branco baixinho e magrelo, ele foi com a força do governador para lutar contra o Quilombo da Jabuticaba apenas para sofrerem uma derrota. Jorginho em meio a mata em chamas, foi encontrado dentro de um casulo de gelo que ele mesmo fez usando um escudo com a gema do gelo para se proteger. Dentro do casulo ele havia borrado as calças, mas jurava que se molhou quando usou o seu cajado de água para apagar as chamas da floresta. E para…- 128,9 K • Ongoing
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